Deyverson relata choro com má fase, futuro no clube e felicidade com os gols contra o Flamengo

Autor dos dois gols da vitória do Palmeiras sobre o Flamengo, no último domingo (12), no Allianz Parque, duelo válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, Deyverson concedeu entrevista coletiva na na tarde desta segunda-feira (13), na Academia de Futebol.

O atacante comentou sobre a sua má fase no Palmeiras e a reserva após saída do técnico Cuca. Com a ausência de Borja, convocado para a seleção colombiana, e Willian, que ainda não está 100% fisicamente, o camisa 16 teve mais uma chance e não desperdiçou. O atleta disse ter vivido momentos difíceis com as cobranças.

“Se eu disser que não fiquei triste e até chorei… Homem falar que é de pedra é mentir. Todo homem chora e tem seu momento frágil. Eu chorei, fiquei triste. São cobranças fortes que você ouve e vê. O torcedor tem o seu direito de cobrar e falar o que quiser, não entro em polêmica. Respeito o ser humano, somos de carne e osso, temos família. O que eu não vou admitir é agressão. Eu tenho família, como eles também. Respeito a cobrança, pode me xingar e falar o que quiser, só não toca a mão em mim. Tenho família, como eles também. Não gostaria que eu tocasse a mão no filho deles. Respeito é a melhor coisa que tem. Falar pode falar. Crítica e elogio fazem parte do futebol”, afirmou Deyverson.

O jogador também comentou sobre o protesto da torcida na saída da Academia horas antes do confronto contra o Flamengo e lamentou a confusão. Além de pamonhas, bananas e pipocas, foram atirados outros objetos contra o ônibus dos jogadores e o carro da comissão técnica.

“É normal a cobrança da torcida. Não é normal quando passa do limite. Teve uma cena que chateou todos os jogadores. Um torcedor jogou uma pedra bateu no vidro, e o estilhaço pegou na nutricionista, no Keno e no Jailson. Na van também, quase cegou um da comissão técnica. Isso deixa chateado. Temos família, filhos. A cobrança da torcida é normal, todo clube passa por isso. Eu estive na Europa, Real Madrid, Barcelona passam por cobrança. É o que eu falo, cobrança existe para fazer a gente melhorar, tiro isso como um aprendizado na minha vida”, afirmou o atacante.

Sobre o seu futuro no clube, Deyverson afirma que quer ficar na equipe em 2018 e indica que vai lutar até o fim para o Palmeiras conquistar a vaga na Copa Libertadores no próximo ano:

“Isso eu deixo com o clube, sou jogador. O que o clube tiver de fazer… Tenho cinco anos de contrato. Sou profissional, jogando ou não. O que o clube decidir estarei feliz. Se ficar vou trabalhar da mesma forma, se for emprestado vou trabalhar da mesma forma. Temos de seguir trabalhando, independente de não ter conseguido ser campeão. Fica um gosto amargo. Não desmerecendo as outras equipes. Eu não tenho nenhum título e vim com esse sonho de ser campeão. Estou feliz de fazer parte desse grupo, é seguir trabalhando”, completou o camisa 16.