Felipão deu jeito e jogo no(s) time(s)

Papo de pizza de aniversário da família Palmeiras, a conversa chega em Darth Vader. Eu brinco com a Mamma e digo que ele é filho de italianos. Ela responde toda feliz:

  • Então é por isso que eu gosto tanto dele!!!

(Para tentar entender o incompreensível é preciso conhecer um pouco minha mãe. Mas quem tem uma Mamma palestrina e com sangue italiano sabe que não é preciso. Para quem não tem, é impossível compreender).

Isso tudo só pra dizer que algumas vezes não precisa explicar muita coisa. Gostamos só porque é dos nossos. No caso e no caos palmeirense, pode ser o inverso. Desgostamos só porque é nosso.

Vai entender. Eu desisto.

Mas isso muda como o Palmeiras muda de treinador. O elenco “caríssimo”, “sem sangue”, “sem alma” agora divide bola como Lucas Lima no Beira-Rio como se fossem 11 Felipes Melos com responsabilidade e não como 11 Wesleys em final de contrato.

Virou o jogo. E que ele não vire como nosso humor – jamais amor. Que o time mantenha essa pegada que cresce como o desempenho do time de Felipão. Qualquer equipe. Não sei mais quem é titular ou reserva. Não porque são 35 reservas com reservas. Mas por estarem atuando quase todos como se fossem mesmo titulares.

Contra o Cerro, em casa, parada muito bem encaminhada pela grande vitória melhor do que a atuação em Assunção, aproveitaria a melhor partida com Felipão – a que empatou contra o Inter. Esse é jogo que quero e foi possível mesmo fora de casa contra rival embalado.

Começaria com Weverton que não sofre gol. Na lateral-direita, os dois vão bem. Mas pensaria primeiro em Mayke. Em casa, podendo atacar mais, escalaria do outro lado Diogo Barbosa.

Na zaga, Luan enfim estreou. Gómez parece jogar há anos no clube. Antonio Carlos pouco tem errado e Edu é essencial. Qualquer um começaria o jogo. Mas apostaria num misto entre as duas duplas: Gómez pela direita, Dracena pela esquerda.

Na cabeça da área, Moisés se recuperou fisicamente. Jogou muito contra o Inter e pode jogar ainda mais desde atrás. Faria a dupla com Bruno Henrique mais preso, marcando menos gols, mas ajudando a marcar mais atrás.

Na frente, Lucas Lima está correndo como nunca e, logo, jogando mais. Pode ser o articulador mais avançado, com Willian aberto pela direita, Dudu pela esquerda, e Borja como a referência ofensiva que tanto gosta Scolari. E como tenho gostado cada vez mais quando a bola sobra.

E ainda tem o treinador outras opções técnicas e também táticas em bom momento para fazer um elenco que parecia desenganado sonhar com muitas coisas.

Também pela quantidade disponível para um bem disposto Felipão.