Jogo pelas laterais e Cristian Pavón: os perigos do Boca Juniors

O Palmeiras volta à campo nesta quarta-feira para enfrentar o Boca Juniors pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores 2018. O time de Roger Machado tem a grande chance de afastar um pouco da tristeza deixada após o polêmico vice-campeonato do Paulistão. Uma vitória pode fazer o Palmeiras disparar na liderança do grupo.

Com a ajuda do especialista em futebol argentino Joza Navalis, editor do site Futebol Portenho, analisamos o Boca Juniors para trazer pra você, torcedor palmeirense, todas as informações sobre um dos maiores campeões do nosso continente.

O Boca tem 4 pontos e vem de uma sofrida vitória por 1 a 0 em cima do Junior Barranquilla em casa na Libertadores. Os xeneizes lideram o campeonato argentino, mas perderam na última rodada para o Defensia y Justicia e ainda sofrem para ter um time organizado e formado, porém tem jogadores perigosos e que merecem muita atenção, além de ter uma das camisas mais pesadas do continente.

Ponto Forte

O grande ponto forte do Boca é a força de seu elenco. Jogadores como Cardona, Espinoza, Barrios (Seleção Colombiana), Pavón, Tévez e até o ex-cruzeirense Ábila são atletas que podem fazer a diferença a qualquer minuto.

Ponto Fraco

Apesar de ter um elenco fortíssimo, o Boca ainda não consegue se organizar como uma equipe. Um dos princípios técnicos do seu comandante Schelotto é a posse de bola. Mas nem isso está acontecendo ultimamente. No duelo diante do Barranquilla em plena La Bombonera, os colombianos tiveram 74% da posse de bola. Hoje é bem provável que os argentinos deixem a bola com o Palmeiras e tentem somente criar perigo no contra-ataque.

Força das laterais

O Boca gosta de jogar com dois homens abertos pelo lado do campo. A defesa do Palmeiras deve ficar atenta para fechar os espaços nas laterais, pois será provavelmente delas que o Boca construirá todo o seu jogo ofensivo, principalmente com o camisa 7, Cristian Pavón.

Formação

É provável que a equipe do Boca jogue no esquema 4-3-3 com a seguinte escalação: Rossi, Jara, Goltz, Magallan e Fabra; Pablo Pérez, Barrios e Reynoso; Pavón, Cardona e Ábila.

Cartlitos Tévez e o ex-são paulino Buffarini devem compor o banco de reservas.

Pavón

O jovem de 22 anos Cristian Pavón é hoje o grande destaque individual do Boca. Convocado para o último amistoso da Seleção argentina, o veloz atacante marcou o único gol do Boca nesta edição da Libertadores. Ele jogará pelo lado do Marcos Rocha e merece uma atenção especial da zaga palmeirense. Olho nele!

Tévez em má fase

Carlitos Tévez voltou para o seu time de formação e de coração, e era uma das grandes esperanças do Boca para esta temporada. Porém o camisa 32 vem de lesão, e mesmo antes de se machucar não estava fazendo diferença alguma para o time do Boca. Vale a atenção pelo seu passado e por sua conhecida qualidade, mas Carlitos está muito longe de ser o jogador que um dia já foi. Inclusive começará a partida de hoje no banco de reservas e deve ser muito vaiado pelo seu passado corinthiano.

Grande e conhecido desfalque

O meio-campo do Boca é um dos setores mais fortes da equipe. O desfalque que vai fazer mais falta ao visitante na noite de hoje é o uruguaio Nahitan Nandéz. Suspenso pela Conmebol por 5 jogos pela briga com Felipe Melo no ano passado, quando ainda defendia o Peñarol, o jogador seria uma peça importantíssima para o técnico Schelotto. O lendário volante Fernando Gago também será um peça muito sentida, já que com uma grave lesão, corre o risco de perder até a Copa da Rússia.

Fator Schelotto

Guillermo Barros Schelotto conhece a tradição e a força do Palmeiras como ninguém. O ex-camisa 7 xeneize e hoje comandante do Boca, fazia parte do elenco de Carlos Bianchi, que derrotou o Palmeiras na final da competição continental em 2000, e na semi em 2001. Ele também é um multi-campeão da Libertadores como atleta. Agora busca a sua primeira como treinador.

 Tradição e força nos bastidores

O Boca Juniors é um dos maiores times da América Latina. Com 6 títulos de Libertadores e 3 mundiais de clubes, os argentinos são os maiores vencedores da década no nosso continente. A força da camisa do Boca também reflete nas polêmicas arbitragens. O clube tem diversos títulos muito contestados em sua história, como a Libertadores de 2000 e 2001 frente ao próprio Palmeiras, e a de 2013, quando venceu o Corinthians de uma maneira vergonhosa no Pacaembu pelas quartas-de-final. A força política do clube na Argentina é tão grande que o atual presidente do nosso país vizinho, Maurício Macri, já foi presidente do Boca entre 1997 e 2005.

Palmeiras

O Palmeiras deve ter somente uma mudança do time que entrou em campo no domingo para enfrentar o Corinthians. Felipe Melo deve entrar na vaga de Moisés. A provável escalação deve ser: Jaílson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luís (Diogo Barbosa); Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Dudu, Willian e Borja.