Mauro Beting: ‘O fado de uma nota só’

"Abel segue mostrando toda a sua falta de criatividade ao manter há um e meio o time competitivo e campeão"

Esse Palmeiras não tem repertório. É a mesmice de sempre. 4 a 0 em casa em decisão de título contra um grande rival. 4 a 0 fora em estreia do torneio contra time fraco em torneio em que é o campeão. Até nisso ele se repete o Abel: é o bicampeão da Libertadores. Copiando inclusive o roteiro da conquista de 1999. Logo, o time é tri. O Abel apenas emula Felipão. Mais nada.

Repito: o Palmeiras joga sempre da mesma maneira. Para que golear em duas partidas seguidas? Mudou quase todo o time e de novo fez quatro gols. Pra quê? Só pra mostrar que o seu treinador não é tão retranqueiro? Em 2020-21 teve por duas vezes números históricos no ataque. Não precisa repetir isso.

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Assim como a mesmice medíocre de não perder como visitante desde 2019. Sequência recorde na Libertadores. O que o time ganha com isso além dos títulos? Qual o legado? Quem vai repetir isso além dele próprio se repetir em conquistas e superar em algumas coisas até o Luxemburgo e o Felipão?

O Palmeiras agora resolveu ficar com a bola, jogar bonito e fazer gols independente do rival.

E daí?

As Academias eram assim. A Via Láctea da Parmalat. E tem outra: o time de 1996 era muito mais ofensivo.

Enfim, Abel segue mostrando toda a sua falta de criatividade ao manter há um e meio o time competitivo e campeão. Não muda nunca esse padrão! E fica dependendo apenas de Dudu, Veiga, Weverton, Gómez e Danilo. De vários jogadores eficientes e multicampeões. De uma grande estrutura. Investimento. E fora o fato que o time já ganhou tudo que conquista desde 1920.

O Abel não tem repertório. Ele não muda. Parece a imprensa que sempre mete o pau até durante a volta olímpica.

Mas ele não vai calar a minha voz. Eu tenho repertório.

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