Nacional pede antecipação de pagamento por Viña e usa possível ida à FIFA como ameaça

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

A diretoria do Palmeiras recebeu com surpresa a notícia de que o clube precisa quitar urgentemente a primeira parcela do acordo feito pela contratação do lateral-esquerdo Matías Viña.

O Nacional-URU, time em que Viña foi revelado e defendeu até o início desse ano, está pressionando a diretoria alviverde para que o valor combinado entre as duas partes pela primeira parcela dos direitos do atleta, seja pago pelo Verdão nos próximos dez dias.

Segundo o portal Ovación, os uruguaios entendem que o valor já deveria ter sido quitado, mas devido ao momento vivido por causa do coronavírus, o Palmeiras não pagou o combinado de abril e até tentou renegociar o prazo, pedindo mais tempo para o pagamento.

A diretoria do Nacional não quer esperar e pode até enviar uma intimação judicial ao departamento jurídico do alviverde.

Pelo o que o NOSSO PALESTRA apurou com a diretoria do Nacional, o Palmeiras já pagou uma parte do valor, mas ficou restando 1/3 do combinado, que seria quitado em abril.

As duas partes já estão em negociação e a boa relação entre os clubes não deve fazer com que o caso precise ir até à FIFA.

Matías Viña foi a primeira contratação do Palmeiras em 2020. O Verdão adquiriu 50% dos direitos econômicos do camisa 17 por cerca de 3,5 milhões de euros, que deveriam ser pagos em três parcelas.

Procurada pela reportagem do NOSSO PALESTRA, a diretoria do Verdão disse que admite que uma pequena quantia da primeira parcela não foi paga, mas não por má fé do clube, e sim por toda dificuldade que o fluxo de caixa do Palmeiras passou nesses últimos dois meses.

A prova da boa fé do Palmeiras é que a quantia de 1 milhão de euros foi feita já após o início da pandemia, inclusive sendo acordado pela diretoria do Nacional.

Pela cotação atual, o Nacional já recebeu quase cerca de R$ 7 milhões de reais por Viña.

O Verdão entende o momento vivo pelo clube uruguaio e tem a plena certeza de que pagará todo o restante do acordo, mas assim como eles, o alviverde também vem sofrendo para receber parcelas de jogadores que foram negociados recentemente pelo clube, casos de Tchê Tchê (Dínamo de Kiev) e Matheus Fernandes (Barcelona).

Viña fez seis jogos com o manto palestrino. Todos eles como titular. Com muita força física e alta intensidade tanto para atacar quanto para defender, o uruguaio caiu nas graças da torcida alviverde que se via muito carente de alguém que enfim se encaixasse no setor esquerdo do time.