Não vamos mudar tanto assim em 2018

O Palmeiras não vai comprar o que comprou em 2017, o que gastou em 2016, o que trocou elenco em 2015. Não é falta de dinheiro ou investimento. É a tentativa de manter uma base que não é tão boa como parecia. Nem motivo para pamonha de Perdizes, pipoca da Água Branca ou porrada na Barra Funda.

A ideia geral do elenco é a da reportagem de segunda-feira de O Nosso Palestra. Mais reforços poderão chegar (não muitos mais) dependendo do que Abelão pedir. Ou Roger Machado. Ou dificilmente Alberto Valentim.

Ou se pintar oportunidade de mercado como foram Cleiton Xavier ou Egídio, liberados pelos clubes europeus no começo da temporada de 2015. Ou algum presente que a princípio não tem nome da Crefisa. No máximo ela vai dar um vale-CD de Natal (pergunte a seu pai o quanto valia há 10 anos).

A base também será mais e melhor usada. Ela foi melhor aparelhada desde 2013 e tem profissionais competentes. Além do mais importante: bons jogadores. Nenhum Gabriel Jesus – que ninguém tem por aqui, ou já vendeu, como Vinicius Júnior. Mas tem como apostar em Pedrão como banco para a zaga. Tem como treinar em cima o volante Matheus Neris, de bom posicionamento e presença e passe de qualidade. Tem como apostar na velocidade de Fernando pelo lado. E trabalhar um pouco mais os talentos do armador José Aldo, do atacante Leo Passos e do lateral-direito Mailton. Mas todos para compor elenco. Muita calma nessa hora.

O Palmeiras ainda vai insistir em Juninho como opção de zaga. Deyverson na frente. Ok. Pagamos muito. Paciência. Mas poderia insistir no vencedor, técnico, tático e experiente Rafinha para a lateral. Poderia pensar em Jean, goleiro do Bahia, mais do que trazer quem já está acertado para maio (quem sabe antes) como Weverton. Além de mais jovem, com mais mercado, e com mais potencial do que o goleiro do Furacão, batalhar por Jean evitaria que ele reforçasse a meta do São Paulo. Num processo parecido com a negociação de Diogo Barbosa. O Palmeiras não só trouxe um dos melhores laterais do Brasil nos últimos dois anos como evitou que ele reforçasse concorrente direto.

Lucas Lima só não virá se pintar proposta da Inglaterra (muito difícil) ou de algum clube importante da Europa em janeiro. Algo que só deverá ocorrer se algum jogador na posição se lesionar até janeiro.

Se vai ser uma boa LL no Palmeiras em 2018? Temo que ele deixe o clube como Diego Souza em 2010. Ou Lucas Lucas Lima no Santos em 2017. Mas, até lá, espero que ele jogue o que sabe. Por pelo menos uma temporada.