Nessun dorma

“NESSUN DORMA”, já contei aqui, foi a canção com que em 2015 o Allianz Parque saudou os tricampeões da Copa do Brasil depois do pênalti do Prass contra o Santos. Ideia do Paulinho Corcione e outro amigo que o marketing do Palmeiras, pelas mãos do Luciano Kleiman, abraçou e eu, por 1,99 dólares, comprei no iTunes a canção que tocou pouco antes da volta olímpica, na versão definitiva de Luciano Pavarotti.

“NESSUN DORMA” foi a melodia que fechou o domingo no Allianz Parque no dia da retomada da liderança do BR-18, no Pacaembu, pela manhã, na vitória contra o Cruzeiro. Desta vez na melhor versão que ouvi de Andrea Bocelli. Fechando bela e emocionante noite com Maria Rita encantando como sempre, e cantando e chorando como deve fazer quem tem talento para tanto. Não é pra represar emoção nesse ofício. Eu posso não celebrar gol do meu time na cabine da Jovem Pan e nem me chatear com os gols dos outros. Mas quem solta o dó de peito de “vincerò” tem mais é de se arrebatar como Andrea e mitar como Maria Rita, arrebentando nosso choro.

Quando eu secava as lágrimas no Allianz encontro com Prass nos corredores. O mesmo que nos levou à vitória em 2015. O que inspirou a mim e ao Vitor Galvão a editar o vídeo da conquista ao som da ária de “Turandot”, de Puccini. O vídeo que abre minha fanpage no Facebook.

Aquela canção que invoca para que não se durma. Para que não se digam as palavras de amor que carregamos no peito. Para que as estrelas esvanesçam. Para que a escuridão desapareça. E para que logo de manhã a gente possa gritar que “venceremos”. Foi maravilhoso o Bocelli no Allianz Parque em 2018 como havia sido em 2016 – e como foi o primeiro NESSUN DORMA em 2015, na voz de Pavarotti.
É lindo acordar e acreditar que podemos vencer com a mesma paixão com que nos emocionamos com a última canção da noite. De todas elas.