No Palmeiras não se fala mais em DM! Entenda a novidade do essencial NSP

Com o passar dos anos, o futebol deixou de ser um esporte para jogadores e passou a ser uma prática de atletas. Ao menos quando falamos de alto rendimento, talvez seja possível conquistar uma ou outra vitória somente contando com boa preparação tática e realçada técnica, mas é impossível erguer uma taça de expressão sem permanente cuidado com a saúde e a performance de cada nome do elenco.

Por isso, separar os profissionais do departamento médico e do departamento de preparação física é antiquado. Principalmente no Palmeiras, que agora extinguiu os termos que segmentavam as funções e uniu em uma só nomenclatura todos os profissionais: Núcleo de Saúde e Performance.

O NSP conta com 20 profissionais que trabalham diariamente em sintonia. O núcleo reúne médicos do esporte, ortopedistas, preparadores físicos, fisioterapeutas, fisiologistas, massagistas, enfermeiros, além de nutricionista, dentista, radiologista e podólogo. “Todos os dias existe uma reunião entre medicina, fisiologia, nutrição, preparação e fisioterapia”, revela o Dr. Gustavo Magliocca, médico do clube, que ainda conta quando essa integração de rotina e processos se iniciou: “Isso começou em 2015, quando o clube introduziu o conceito do coordenador científico. Depois, com a saída do Altamiro Bottino, que ocupava o cargo, as áreas se prontificaram a se manter dentro dessa unidade e, desde então, trabalhamos dessa forma”. Além das reuniões diárias, o núcleo conta também com um grupo de whatsapp para trocar informações em tempo real.

Os 20 profissionais do Núcleo de Saúde e Performance da SEP:

•  4 Fisioterapeutas
• 3 Médicos do esporte
• 3 Preparadores físicos
• 3 Massagistas/Enfermeiros
• 2 Ortopedistas
• 2 Fisiologistas
• 1 Nutricionista
• 1 Radiologista
• 1 Dentista
• 1 Podólogo

É fundamental a compreensão do torcedor sobre o esforço conjunto por trás dos atletas para que o elenco esteja sempre com o maior número possível de jogadores à disposição do treinador, que também é peça fundamental no bom funcionamento do NSP. Por isso, excluir o conceito segmentado de departamentos na cultura do futebol brasileiro é importante. O trabalho de cada profissional é fundamental no processo de excelência, como exemplifica o Dr. Magliocca: “O médico não machuca ninguém. Quem machuca é a carga! E a carga é estudada e modificada pelo trabalho do NSP por meio do preparador físico e aplicada pelo treinador. A prevenção de um excesso de carga é trabalho dos médicos, fisioterapeutas e fisiologistas”.

A extensão das pré-temporadas de Moisés e Edu Dracena, por exemplo, é resultado de um esforço conjunto do NSP para que esses atletas, cujas condições merecem um trabalho específico de prazo mais amplo, possam melhorar suas performances e aumentar sua minutagem com qualidade durante a temporada. Os outros atletas também são analisados diariamente no Centro de Excelência do Palmeiras para que nenhum desgaste fuja do controle. “Essa individualização de cargas no trabalho diário, incluindo sessões personalizadas de treinos antes da atividade principal, as respostas de fadiga ao GPS, o controle das minutagens de jogos ou de treino, entre outras ferramentas de análise, envolvem uma ação multidisciplinar de um NSP que está cada vez está mais integrado”, explica o Dr. Gustavo Magliocca.

Assim como os profissionais do futebol, os torcedores também têm de se atualizar para entender cada detalhe que pode ser o diferencial na conquista de uma taça. Um drible inusitado do craque do time em um jogo decisivo sempre fará a diferença, entretanto, para que aquele lance possa acontecer, há uma série de profissionais trabalhando diariamente com o objetivo de colocar o atleta em campo com excelentes condições durante o maior número de jogos possível. Inclusive nos decisivos, quando a temporada já está em seu final e o desgaste do calendário nacional tende a minimizar o desempenho dos principais jogadores de um elenco.