Em nova cobrança da FAAP, Palmeiras é condenado a pagar taxa por transações

Entidade já havia requerido valor referente à salários e agora cobra quantia por venda de seis jogadores

A Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP) voltou a cobrar o Palmeiras depois de requerer R$ 1,3 milhão na última semana em porcentagens de salários. Dessa vez, o clube foi condenado a pagar R$ 665 mil à entidade pelas vendas de seis atletas: Arthur Cabral, Mendieta, Tchê Tchê, Fernando, Vitão e Daniel Fuzato. A reportagem é de Diego García do portal ‘UOL’.

A primeira transferência foi a do paraguaio Mendieta, ainda em 2016, para o Olimpia, do Paraguai. Depois, o meia Tchê Tchê foi negociado com o Dinamo de Kyev, da Ucrânia, em 2018. Já as Crias da base alviverde, Fuzato, para a Roma, Fernando e Vitão, para o Shakhtar, foram para a Europa entre 2018 e 2019. Por fim, Arthur Cabral selou sua saída do Verdão na última temporada rumo ao Basel, da Suíça.

Atuando como um tipo de sindicato, a FAAP tinha direito, garantido por lei, de receber um pequeno percentual de salários e transações. No entanto, esta norma foi revogada por decisão judicial deste ano e, em decorrência disso, a instituição decidiu cobrar dos clubes os valores anteriores à medida.

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O processo está baseado no art. 57 da Lei Pelé, que obrigava o clube a pagar 0,8% das transferências dos atletas e 0,5% dos salários à entidade. Sem a obrigatoriedade estabelecida pela lei atual, a Federação agora busca receber os valores ainda pendentes relativos às temporadas em que a lei ainda estava em vigor.

Na sentença, o juiz expõe uma ressalva de que as quantias necessitam ser pagas em dólar com a devida correção monetária, além de juros e honorários, desde a data das transferências. Sendo assim, o Palmeiras deve ter de arcar com uma cobrança ainda maior que a prevista.

A FAAP já possui processos anteriores contra o Verdão, que totalizam cerca de R$450 mil, e são referentes às vendas do meio-campista Moisés, ao Shandong Luneng-CHI, e do lateral Lucas Cândido, ao RB Leipzig-ALE.

Questionada, a diretoria do Palmeiras ressaltou que não comenta questões judiciais.

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