O Natal que eu quero ter

Ele acordou e saiu da cama como sempre. Mas hoje é véspera de Natal. Dia dele ganhar presente da mãe que só não é a maior do mundo porque toda mãe é assim. Mas talvez ela seja um pouco mais por ter sido escolhida pelo filho. E tem mais presente do que ela na vida dele?

Duvido.

Em outra cidade, meu outro novo amiguinho de 2018 não saiu da cama. Ele pulou como adora e como aprendeu com o pai. Foi beijar a mãe que vê o marido todo dia na feição e na afeição do filho.

Não duvide.

Papai Noel, a gente aprende que você não existe. É um dos problemas da idade. Mas no Natal não custa pedir pra você pro Nickollas poder olhar o canto onde vai chutar uma bola no gol defendido pelo Lorenzo e pelo pai dele, o Danilo.

Pra então o filho da Silvia correr pro abraço da mãe que ele nunca pôde ver. Para o filho da Letícia curtir um jogo com o pai que ele nunca mais pôde ver.

Papai Noel, a gente que tem a família, os amigos e a vida que tenho não precisa de mais nada. Obrigado por tudo. Mas para os amiguinhos que eu ganhei este ano, gostaria que você pudesse dar a maior alegria possível para essas luzes natalinas que nos iluminaram em 2018.

Sei que o que pedi, como você, não vai descer hoje pela chaminé. Não vai estar no pé da árvore amanhã. Mas tem tanta gente torcendo pelo melhor que o Natal deles será ainda mais santo e amoroso.

Se não temos como pedir pro Papai Noel, podemos pedir para todos que podem ver que se enxerguem neste Natal e em 2019. Para todos os que não perderam que ganhem ainda mais os seus em 2019.

Nickollas e Lorenzo superam as ausências nos presenteando com muita vida. Vamos também nos presentear com o que temos e somos. Sem perdas e danos. Com prendas de fato e sem donos da verdade.

Uma festa de luzes aos que nos iluminam e às mães que são tocadas pelos que as amam.