Opinião: A penitência pela competência

Maratona na reta final de 2020 vai piorar, ainda mais, em caso de classificações nas copas

O Palmeiras terminará o ano com 60 partidas e a despedida de 2020 acontece nesta quarta-feira (30) contra o América-MG, em confronto decisivo que vale vaga na final da Copa do Brasil. O número é normal para uma temporada regular, mas está bem longe de acabar quando se trata de Brasil.

Oficialmente, o calendário brasileiro vai até o final de fevereiro. Nos primeiros dois meses de 2021 o elenco palmeirense pode realizar até 19 compromissos, na conta máxima. São 12 prélios por Campeonato Brasileiro, dois por Copa do Brasil, três por Libertadores e outros dois pelo Mundial de Clubes.

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É certo que serão mais 14 partidas nestes dois meses, com as do Brasileiro e a semifinal diante do River Plate, na competição continental. Inclusive, quando entrar em campo na Argentina para o primeiro duelo, dia 5 de janeiro, serão dois meses exatos da primeira vez em que Abel Ferreira comandou o time, contra o Red Bull Bragantino, pela volta das oitavas da Copa do Brasil.

Desde então, são 18 jogos em 60 dias – já contando a ida contra o River. O Palmeiras de Abel Ferreira entra em campo a cada 3,3 dias na média. Para efeito de comparação, o adversário argentino jogará pela décima quarta vez no mesmo período. Um descanso de 4,2 dias entre uma partida e outra.

Em momentos tão decisivos, qualquer descanso faz diferença significativa. O treinador português trocou oito titulares em relação ao time que empatou com o América em relação ao que venceu o Red Bull Bragantino. Dos três que entraram em campo: Weverton, Gabriel Menino e Gabriel Veron, o último saiu com lesão muscular.

A penitência pela competência que já é sentida na reta final de 2020, pode ficar pior à medida que o Palmeiras avançar nas copas. O próximo passo é nesta quarta, em Minas. Não há tempo para respirar.

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