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Rafael Bullara: 'O Palmeiras mudou e o torcedor precisa se acostumar'

Exemplo desde o começo da pandemia, Verdão precisa manter a austeridade financeira para não prejudicar o futuro, cada vez mais incerto

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)
Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)

O Palmeiras avassalador no mercado de contratações visto entre 2015 e 2019 não existe mais e o torcedor precisa entender isso. O palmeirense ficou mal acostumado com a quantidade de atletas contratados durante a passagem do ex-diretor de futebol. O ponto final foram as chegadas frustradas de Carlos Eduardo e Felipe Pires.

O alto investimento em meros coadjuvantes foi decisivo para o fim de uma era que rendeu títulos, mas que chegou ao fim e onerou os cofres. A mudança no perfil aconteceu no início do ano passado, quando a aposta na base se tornou necessária e os reforços se tornaram pontuais.

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Desde então, o time contou com quase duas dezenas de estreias das Crias da Academia e somente seis atletas chegaram: Matías Vinã, Rony, Breno Lopes, Kuscevic, Empereur e Danilo Barbosa. O último está certo, apesar de não ter sido confirmado oficialmente. Soma-se ainda a vinda do técnico Abel Ferreira.

A atual direção de futebol tem os seus alvos no mercado baseado na austeridade financeira. O clube entende que alguém chega se não for preciso tirar ninguém. Isso vale tanto para o futebol quanto para as demais áreas. Exemplo desde o começo da pandemia, os administradores entendem que é preciso manter o que foi feito no ano passado, ainda mais agora em que o país vive com um novo capítulo de incertezas.

O recuo na contratação de Borré é a prova disso. Os valores apresentados anteriormente já eram considerados altos há mais de um mês, quando a oferta foi apresentada. Agora, com o cenário mais indefinido, o Verdão estuda se a chegada do colombiano é viável, mesmo que da parte dele o aceno pelo acerto seja favorável.

A atual administração gastou além da conta com peças erradas e a mudança de pensamento é um ponto favorável. Isso não é “passar pano” ou acreditar que quem cuida do futebol é “amador”. Para seguir na rota dos títulos, é necessário ter uma saúde financeira estável, nem que para isso seja preciso voltar atrás em negócios que possam prejudicar o futuro.

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