Para executar o Guaraní

Quando joga Lucas Lima a gente pede Gustavo Scarpa até pedir a entrada de Raphael Veiga. Não faz pouco tempo só podíamos pedir Daniel Carvalho substituindo Felipe Menezes substituindo Pedro Carmona.

Evoluímos nesses nomes compostos. Alguns bons nomes. Mas com desempenhos aquém do que podem. Se podem.

Grandes treinadores como Luxemburgo inventam e se reinventam com o que têm. O treinador do Palmeiras é capaz de gerar mais futebol com o que tem. Mas a responsa não é só dele. Nunca será. Quem 1993 é quem joga. Quem 2009 é quem está em campo. Quem 2002 é quem está la dentro.

Luxa é dos maiores da história. Sabe demais de bola. Mas nem sempre acerta. Ele tem agora o que não teve em 2002 e 2008-09. Elenco para produzir mais do que tem feito.

Uma saída para a inoperância de seus meias é o que tentou na Argentina. Levou os pontos, mas não trouxe confiança. Se não tem esse articulador centralizado, se tem sempre Willian como pés para todas as obras, ainda vai ter um Rony melhor, tem Dudu para tudo, e tem Luiz Adriano, que siga com os quatro. Ainda mais em casa.

Eles vão se entender. Duro é a gente com os nossos genes entender que precisa de mais tempo.

O problema é sem a bola. E quando os rivais exploram a entrada da área verde. Tanto à frente dos volantes quando atrás deles, onde há um latifúndio improdutivo pelo espaçamento dos zagueiros (que estão bem) e dos volantes (Ramires e Bruno Henrique, ainda distantes da forma ideal).

Uma opção seria Patrick de Paula por ali. Para dar mais estabilidade e estamina à intermediária.

A outra seria trocar o 4-2-3-1 pelo 4-3-3, sacrificando um homem de frente por um meio mais dinâmico.

Mas não é pra hoje. É noite de Libertadores. De jogar e se jogar. Com todos os nomes compostos. E dispostos.

FOTO DE LARISSA ROSADA