Rock in Egídio: Fluminense 0 x 1 Palmeiras

Nibiru, ou Planeta X, dizem estudos e pesquisas, era para ter colidido com a Terra ontem. A tese se baseava em crenças, superstições e interpretações bíblicas ligadas aos número 33.

O do Gabriel Jesus na campanha do eneacampeonato do Palmeiras.

No Maracanã, no final do primeiro tempo (e não de todos os tempos), Egídio acertou um chute no ângulo de Júlio Cesar de proporções apocalípticas. Não foi o Armagedom do Fluminense. Nem a assunção plena do Palmeiras. Mas uma conjunção de planetas que até pode desarmar o tal do X que, por A mais B, 171 mais 0 à esquerda, deu em nada.

O 4-3-2-1 de Abelão não funcionou no primeiro tempo. Dourado foi esquecido pelo encaixotado Scarpa. O Tricolor chegou apenas duas vezes. O Palmeiras, cinco. Além do pênalti não marcado em Dudu, aos 24, em falta infantil de Léo, das tantas cometidas por um violento Fluminense. Tchê Tchê foi o primeiro volante e liberou Jean para pisar mais vezes na área rival.

O problema de Cuca é que Moisés e Dudu tecnicamente ainda não são aqueles. O que também levou o Flu a crescer e rondar mais a área paulista no segundo tempo. Prass foi bem quando acionado. Mas Abelão demorou a dar mais qualidade e velocidade com Wellington Silva e Sornoza. Cuca respondeu bem nas medidas. O Palmeiras criou mais oportunidades, até com Juninho que escapou aos 38 como se fosse atacante, mas acabou finalizando duas vezes como se fosse o zagueiro que é.

No final, Borja teve apenas sete minutos para tentar algo em um Palmeiras que segue com dificuldade para segurar a bola. Mas, de novo, ao menos venceu. Com inteira justiça. É a quarta vitória seguida no Maracanã contra um Tricolor que não mereceu mais do que tentou.

Vitória de Cuca que vai achando um time mais do que um jogo. E vai encontrando na lateral um exemplo para muitos, ainda que não seja o melhor exemplo de lateral.

Egídio mostrou que o fim do mundo pode ser chutado para longe. E de muito longe.