Tudo e todos não prestam nunca

"A pior partida que vi de um palmeirense desde 1972 foi seu segundo tempo contra o Grêmio na Libertadores. Tudo que você tentou fazer deu errado. Foi errado. Foi Deyverson em sua pior acepção.
Do nível de suas expulsões absurdas e obtusas. Da sua imaturidade de girino com ideias de jerico. Atitudes infantis imperdoáveis".

Foi um dos trechos do texto que usualmente faço em @onossopalestra quando alguém que julgo importante deixa o Palmeiras. A manchete "provocativa" como o Menino Maluquinho falava que a "casa" era dele. E bastou para quem lê apenas o título. E muitas vezes esquece um gol de título.

Mais triste e preocupante é quando mesmo escrevendo o que repeti acima, mas citando a pessoa legal que ele é mesmo com tantas atitudes absurdas em campo, Deyverson (e quem "ousa" o defender no que merece) são atacados e achincalhados como se o mundo fosse dividido entre os Ademires da Guia inatacáveis e os atacantes e atacáveis Deyverson.

Isso não é só fruto podre da má formação, má vontade e até de má índole . Não é só grita das redes antissociais e do zurro de quem surta por não saber interpretar um texto. É intolerância bastarda do que fazemos na mídia. A mírdia que fazemos e defecamos contra quem não gostamos.

Não respeitamos os contrários, precisamos vilipendiá-los ou nos vitimizar. Detonamos o que não gostamos, e bloqueamos o debate. Achincalhamos os rivais e usamos chocalhos como argumentos pueris.

Jornalistas não honram os diplomas de comunicação social porque não se comunicam e nem fazem "social". Acreditam que só na marra marreta suas opiniões e distorcidas emplacam e aplacam a ira dos deuses que se acham, e, portanto se perdem.

Muito do que não se sabe mais interpretar um texto está na incapacidade da gente de se manifestar com equilíbrio. Ou se escreve pra claque ou se caça clique.