Falar sobre os grandes craques que já jogaram pelo Palmeiras é chover no molhado. Constelações múltiplas, ao longo da história, já brilharam no gramado palestrino, mas há sempre aqueles cuja genialidade é patente. Fosse virtual, haveríamos que, obrigatoriamente, reconhecer mais informações deste site palmeirense. Na tentativa de não cometer injustiças, pois elencar cinco estrelas desta imensa constelação é tarefa das mais difíceis, usamos de alguns critérios, a saber, épocas vitoriosas, longevidade no clube e, claro, o talento.
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Em uma posição na qual já atuaram nomes como Emerson Leão e Marcos, soaria como um despropósito citar qualquer outro goleiro, mas em se tratando de Oberdan Cattani, o despropósito seria não incluí-lo na lista dos cinco mais famosos. Oberdan nasceu em Sorocaba, em 12 de junho de 1919, e chegou ao Palmeiras em 1940. Sua alta estatura, elasticidade e mãos privilegiadas capazes de pegar a bola apenas com uma delas, Oberdan foi o primeiro grande goleiro do Palmeiras. Reverenciado como um dos grandes gênios palestrinos, pelo clube do Parque Antártica conquistou quatro títulos do Campeonato Paulista, 1942, 1944, 1947 e 1950, um Torneio Rio-São Paulo, em de 1951 e a Copa Rio Internacional no mesmo ano. Sobre a Copa Rio, o torneio é o primeiro mundial interclubes da história e foi conquistado pelo Palmeiras. Oberdan Cattani faleceu em 20 de junho de 2014, aos 95 anos de idade.
Júlio Botelho é considerado um dos maiores pontas direita da história do futebol mundial. Nascido na cidade de São Paulo, em 29 de julho de 1929, Julinho Botelho começou a sua trajetória no futebol na base do Juventus da Mooca, tradicional clube paulistano, onde se profissionalizou. Em 1951, seu futebol chamou a atenção de dirigentes da Portuguesa de Desportos que acabou comprando seu passe por cinquenta mil cruzeiros. Pela Lusa, Botelho disputou 191 jogos e marcou 101 gols. Suas atuações na Copa do Mundo de 1954 – foi considerado um dos melhores jogadores naquela edição – fizeram com que o clube italiano da Fiorentina oferecesse 5 milhões de dólares à Portuguesa, que não recusou. Em 1955, negócio feito, Botelho seguiu para a Bota. Logo na primeira temporada, 1955/1956, foi figura de destaque na conquista do primeiro título nacional da Fiorentina. Três anos mais tarde, Julinho regressou ao Brasil para jogar no Palmeiras e se consagrar como um dos maiores ídolos da história do clube. Encerrou sua brilhante trajetória em 1967. Morreu em 11 de janeiro de 2003.
Para muitos, inclusive para a Fifa, Djalma Santos é o maior lateral direito da história. Nascido em São Paulo, no dia 27 de fevereiro de 1929, Djalma é assim descrito pela revista PLACAR, nasceu para ser o maior. Sua biografia é uma coleção de vitórias técnicas e morais. Um monumento de simplicidade e modéstia”. Longevo e idolatrado pelos três clubes que defendeu, Portuguesa de Desportos entre 1948 e 1959, Palmeiras, 1959/1968, e Atlético Paranaense, 1968/1972, Djalma Santos conquistou na “Primeira Academia do Futebol” o maior número de títulos de sua carreira, foram 3 estaduais em 1959, 1963 e 1966 os Campeonatos Brasileiros de 1960 e 1967, uma Taça Brasil, também em 1967, e um Torneio Rio-São Paulo, em 1965. Vestiu a camisa do Palmeiras em 496 partidas e jamais foi expulso de campo. Pela seleção brasileira disputou 100 partidas e 4 Copas do Mundo, 1954, 1958, 1962 e 1966. Apenas 3 jogadores ao longo da história das Copas do Mundo foram eleitos 3 vezes o melhor em suas posições, Franz Beckenbauer, Philipp Lahm e Djalma Santos, em 1954, 1958 e 1962. Um monstro, um deus. Nos deixou em 23 de julho de 2013.
Nascido em Juazeiro da Bahia, em 21 de junho de 1949, Luís Pereira é reverenciado como um dos maiores zagueiros da história palmeirense. Luís Chevrolet, apelido adquirido graças à força e potência de suas jogadas, chegou no Palmeiras em 1968, onde ficou até 1975. Em uma segunda passagem, atuou entre 1981 e 1984. Na Academia conquistou diversos títulos, os nacionais de 1969, 1972 e 1973, 2 paulistas, em 1972 e 1974, 3 Troféus Ramón de Carranza, na época torneio disputadíssimo entre os maiores clubes do mundo, 1969, 1974 e 1975. Luís Pereira assinalou 35 gols pelo Palmeiras, sendo o maior zagueiro artilheiro da história do clube. Jogou profissionalmente até 1997, ou seja, até os 48 anos de idade.
O carioca da cidade do Rio de Janeiro, Ademir Ferreira da Guia, nasceu em 3 de abril de 1942, e é o maior ídolo do Palmeiras em qualquer tempo. Sua carreira começou no Bangu, em 1960, mas em 1961, transferiu-se para o Palmeiras, clube no qual jogou até o fim de sua brilhante trajetória, em 1977. Pela Academia, vestiu a camisa em 902 jogos, sendo o jogador que mais vezes a envergou. Herdou do pai, outro gênio do futebol, Domingos da Guia, o apelido “Divino”. Conquistou 5 campeonatos brasileiros, 1967, 1967 (Taça Brasil), 1969, 1972, 1973, 5 estaduais, 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976, um Torneio Rio-São Paulo em 1965, 3 Troféus Ramón de Carranza, em 1969, 1974 e 1975, além de diversos outros torneios. Marcou pelo Palmeiras 153 gols e o poeta João Cabral de Melo Neto recebeu um poema, “Ademir impõe com seu jogo o ritmo do chumbo, (e o peso), da lesma, da câmera lenta, do homem dentro do pesadelo”.
Muitos e muitos outros craques vestiram e marcaram a camisa do Palmeiras. Me perdoem eventuais injustiças.
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