Arquivos goleiro - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/goleiro/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Tue, 19 Dec 2023 04:30:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Renovação de Lomba mantém Palmeiras com goleiros veteranos e deixa terceira vaga para revelações https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/renovacao-lomba-mantem-palmeiras-com-goleiros-experientes-e-transicao-jovem/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/renovacao-lomba-mantem-palmeiras-com-goleiros-experientes-e-transicao-jovem/#respond Tue, 19 Dec 2023 09:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=144570

Weverton e Lomba seguem como as principais opções, enquanto Kaique e Mateus lutarão pela terceira vaga

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Com a recente renovação de contrato de Marcelo Lomba, o Palmeiras seguirá para 2024 com ele e Weverton como os dois goleiros principais do elenco. Dessa forma, a terceira vaga será disputada entre as Crias da Academia Kaique e Mateus.

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Quando Weverton chegou, em 2018, ele tinha 31 anos e já somava convocações para a Seleção Brasileira. Os goleiros do Verdão na época eram Fernando Prass, com 40 anos, e Jailson, com 37. Com isso, houve uma transição natural e Weverton não demorou a se firmar como titular.

Para 2024, o cenário é outro. Weverton tem 36 anos e seu reserva imediato, Marcelo Lomba, tem 37. A vaga de terceiro goleiro será disputada por Mateus (21) e Kaique (20), não havendo um atleta da posição com idade intermediária para fazer a transição feita pelo camisa 21 no ano de sua chegada ao clube.

VEJA NO NOSSO PALESTRA
Rogério Godoy fala sobre a preparação de goleiros no Palmeiras

Com 1,99m de altura, Mateus chegou ao Verdão em 2016, vindo do XV de Piracicaba. Sempre muito seguro e com boas atuações pelo sub-20, ele participa de atividades e treinamentos esporádicos com o elenco profissional desde 2019. Acostumado a vencer com o manto alviverde, sagrou-se campeão da Copinha (2022), do Mundial de Clubes Sub-17, da Copa do Brasil Sub-17, da Supercopa Sub-17 e dos Paulistas Sub-15 (2017), Sub-17 (2018) e Sub-20 (2021).

Já Kaique, mesmo atuando frequentemente entre os mais jovens, já era uma espécie de quarto goleiro do time profissional e, desde 2021, treinava com certa regularidade na Academia de Futebol. Relacionado para algumas viagens da equipe de Abel Ferreira, o jovem ficou no banco de suplentes em três oportunidades. O goleiro chegou no Palmeiras em 2019, após ser destaque na Portuguesa. Foi campeão da Copinha (2022), do Campeonato Brasileiro Sub-20 (2022), da Copa do Brasil Sub-20 (2022), da Copa do Brasil Sub-17 (2019), do Paulista Sub-20 (2020 e 2021) e da CEE Cup Sub-19 (2022).

As duas Crias da Academia já participaram de trabalhos junto com o elenco principal e devem compor o time para 2024. Mesmo com uma diferença grande de idade entre Weverton e Lomba em relação aos garotos da base, a tendência é que Kaique e Mateus lutem pelo terceiro posto dos goleiros alviverdes.

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Goleiro de 36 anos poderia ser titular em cerca de 15 times da Série A, mas escolheu o Verdão

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O Palmeiras sempre foi conhecido pela sua academia de goleiros e é referência no assunto de formação dos jogadores dessa posição. Poderíamos aqui elencar diversos nomes que foram formados dentro do clube, casos de Oberdan Cattani, Leão, Sérgio, Velloso e Marcos.

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Mas de uns tempos para cá, o Verdão apostou na contratação de goleiros como Fernando Prass, Jailson, Weverton e, mais recentemente, Marcelo Lomba. Desde a aposentadoria de ‘São Marcos’, o Palmeiras sofria para achar um substituto, e nomes como Bruno, Deola e Fábio não davam conta do recado.

Depois de seguidas falhas de seus goleiros formados em casa, o Maior Campeão do Brasil foi ao mercado e trouxe Fernando Prass em 2013, após rescisão do goleiro com o Vasco. Prass chegou com status de titular indiscutível do time, mas logo em seus primeiros meses de time lesionou a clavícula e ficou fora por dois meses.

Para a disputa da posição e com nova lesão de Prass em 2014, a diretoria alviverde trouxe um nome desconhecido que logo ganhou o coração dos palmeirenses. Jailson chegou ao clube depois de passagem pelo Ceará. Em 2016, o camisa 42 substituiu Prass, lesionado, e foi fundamental no título do Brasileirão daquele ano.

VEJA NO NOSSO PALESTRA
Rogério Godoy, preparador de goleiros do Palmeiras, fala sobre contratação de Marcelo Lomba

Em 2018, nova contratação para debaixo das traves. Weverton veio do Athletico-PR em busca de novos desafios para sua carreira, mas teve que conquistar seu espaço aos poucos. Chegou como terceiro goleiro e só foi se firmar na titularidade do time na segunda metade da temporada.

Weverton se tornou multicampeão no Palmeiras, assim como Jailson. O ciclo de ‘Jájá’ se encerrou, e ele deixou o Verdão. Para seu lugar foi contratado Marcelo Lomba, do Internacional. Em fim de contrato com os colorados, o camisa 42 veio sem custos em dezembro de 2021.

Contratado apenas por uma temporada, o goleiro já teve seu contrato estendido com o Verdão, tendo um vínculo atual válido até o final de 2023. Apesar de não estar entre os 11 principais com frequência, Marcelo Lomba é uma das peças importantes do elenco de Abel Ferreira e está feliz no clube alviverde.

Ao todo, Lomba acumula 15 jogos com a camisa do Palmeiras. São nove vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas, que só vieram nesse ano (Bolívar, na Libertadores, e Bahia, pelo Brasileirão). A última partida como titular aconteceu no dia 14 de agosto, diante do Cruzeiro, na vitória da equipe por 1 a 0 pelo Brasileirão, no Allianz Parque.

Além de um profissional competente, Lomba se mostra um atleta muito querido pelo elenco e próximo das principais lideranças do time. O goleiro de 36 anos poderia ser titular em cerca de 15 times da Série A, mas optou pelo Palmeiras, sendo reserva de um dos maiores da história do clube e escrevendo sua história com a camisa verde e branca. Dito isso, vejo que a renovação vem de forma natural e justa. Pelo que apurou o NP, clube e jogador estão satisfeitos e Lomba deve continuar para 2024.

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De Primo a Weverton, a história da centenária Academia de Goleiros do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/de-primo-a-weverton-a-historia-da-centenaria-academia-de-goleiros-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/de-primo-a-weverton-a-historia-da-centenaria-academia-de-goleiros-do-palmeiras/#respond Mon, 26 Apr 2021 12:18:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=31026

A trajetória, o presente e o futuro da principal escola de goleiros do Brasil

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Algo raro no futebol brasileiro, a aposentadoria do número da camisa de um ou mais jogadores representa algo simbólico para demonstrar respeito à passagem de ídolos. No Palmeiras, essa tradição é válida com a camisa 12, canonizada com São Marcos, e aposentada da utilização de goleiros.

Mais do que a camisa 12, a 1 também representa muito dentro do clube. Se na maioria das equipes a camisa 10 é o símbolo supremo de uma atleta, no Palmeiras essa responsabilidade é dividida com a vestida pelo arqueiro. O Alviverde sempre teve grandes goleiros que marcaram época e uma tradição inegável de revelar jogadores excepcionais para defender sua própria meta.

INÍCIO AINDA COMO PALESTRA

A história dos goleiros palmeirenses se inicia com José Stillitano. Nascido ainda no século XIX, Stillitano entrou para a história por ter atuado como goleiro da história do Palestra Itália. No dia 24/01/1915, contra a equipe do Savóia, em Votorantim, o arqueiro só não foi o primeiro número um por que a numeração para atletas só aconteceria no final dos anos 1940. Emprestado pelo Paulistano, o jovem de 17 anos não decepcionou e não sofreu nenhum gol na partida que terminou com vitória do Palestra por 2 a 0.

No entanto, o primeiro ídolo e marco zero para a Academia de Goleiros é Primo. Nascido na Itália, a ligação do arqueiro com o Palestra ia além das quatro linhas. Como de costume na sociedade paulistana da década de 1910, a instituição era uma forma de ligação pessoal dos imigrantes com a Itália. Torcedor do clube, ele chegou ao Palmeiras em 1918, se retirando apenas quando se aposentou, em 1927.

Titular na equipe que conquistou o Campeonato Paulista de 1920, o primeiro título do clube, Primo Zanotta realizou uma das grandes façanhas da história alviverde. Disputando um jogo extra diante do Paulistano – na época tetracampeão paulista – o Palestra venceu o gigante paulista por 2 a 1, e ficou com o título estadual. Primo, foi um dos grandes responsáveis pelo placar, parando o centroavante e um dos melhores atletas brasileiros de todos os tempos, Arthur Friedenreich.

Com Primo no gol, imagem publicada pelo jornal São Paulo Esportivo mostra o Estádio da Floresta lotado na decisão do Paulista-1920 (Acervo Histórico/Palmeiras)

Mesmo italiano, foi o primeiro goleiro palestrino a ser convocada pela Seleção Brasileira, sagrando-se campeão do Sul-Americano de 1919 (atual Copa América. Ainda foi campeão paulista de maneira invicta em 1926 e levantando a taça também no ano de sua aposentadoria, em 1927. Ao todo, somou 185 jogos com o uniforme, sendo 134 vitória e 20 empates.

AS MAÕS DE OBERDAN:

Poucos jogadores se identificam tanto com um clube como Oberdan Cattani no Palmeiras. Filho de pai italiano e mãe brasileira, o arqueiro desde a juventude era torcedor da equipe. De boa estatura, mãos grandes e envergadura maior do que os demais, Oberdan naturalmente era goleiro em sua cidade, Sorocaba.

Atuando por Sete de Setembro, Fortaleza, Estrada e até disputando amistosos com a camisa do tradicional São Bento, o futuro camisa 1 do Palestra e Palmeiras recebeu sondagens do Corinthians, mas seu coração recusou.

Atleta e caminhoneiro, constantemente assistia jogos do Palestra no Parque Antarctica, devido as constantes viagens com a carreta para a capital. Em 1940, enfim conseguiu um teste no clube, ao lado de mais 15 goleiros. Aos 20 anos, foi o último a ser testado, mas o único aprovado entre todos. Um fenômeno.

Sem Jurandyr, ídolo de Oberdan, nem o titular e tampouco o reserva da equipe passavam confiança para a meta palestrina. Treinando na equipe de aspirantes, estreou em outubro de 1940 no segundo quadro, realizando seu primeiro jogo na equipe principal apenas no estadual de 1941.

A partir deste momento se firmou como titular e construiu uma bela história vestindo o uniforme. Em 1942, Oberdan testemunhou o fim do Palestra Itália e o surgimento do Palmeiras. Primeiro a entrar em campo segurando a bandeira do Brasil no dia da Arrancada Heroica, o arqueiro foi o titular na decisão do Campeonato Paulista daquele ano, com uma vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo.

Sempre com espírito de liderança, ainda conquistaria os Campeonatos Paulistas de 1944 e 1947; além das cinco coroas, compostas pelos títulos do Paulista de 1950, Taça Cidade de São Paulo 1950 e 1951, a Taça Rio e o Rio-São Paulo de 1951.

Oberdan entre em campo com a equipe (Acervo Histórico/Palmeiras)

Aos 35 anos, sofreu a maior injustiça da história do Palmeiras. Após 351 partidas, sem maiores explicações, foi desligado do clube. Acertou com o Juventus para a disputa do Campeonato Paulista de 1954, torneio que ainda reservava outro episódio marcante. Atuando duas vezes contra o Verdão, Oberdan saiu as duas vezes derrotado dentro de campo, mas aplaudido pela torcida. Poucos eram tão Palmeiras como Oberdan Cattani.

AS ACADEMIAS COMEÇAVAM COM BONS GOLEIROS

Quatro anos após a saída de Oberdan, e sem que outro goleiro tivesse se firmado, o clube trouxe Valdir Joaquim de Moraes, ex-Renner, do Rio Grande do Sul. Com apenas 1.70m de altura, compensava sua pouca estatura com muita impulsão. Além disso, contava com muita elasticidade, boa colocação, reflexo apurado e ótima reposição de bola. Foi um dos goleiros mais completos de sua geração.

No dia 16 de maio de 1968, mais um vice-campeonato de Libertadores selou o fim da gloriosa trajetória no Verdão. Após ser campeão do Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966; Campeonato Brasileiro em 1960, 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa) e 1967 (Taça Brasil) e Torneio Rio-São Paulo em 1965, a última vez que Valdir atuou pelo clube foi na derrota por 2 a 0 para o Estudiantes de La Plata, resultado que deu o título aos argentinos.  

Porém, além do trabalho dentro de campo, fora das quatro linhas Valdir foi o precursor da preparação exclusiva para a posição de goleiro, que ajudou a profissionalizar a área e revelar nomes como Marcos, Zetti e Velloso, anos depois.

Valdir Joaquim de Moraes em treino no Palestra Italia (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Já formando um novo elenco, chamada de Segunda Academia, em 1969, o Palmeiras comprou Emerson Leão, de 20 anos, do Comercial de Ribeirão Preto. Assim que chegou ao novo clube, Leão mostrou muita técnica, e pouco tempo depois passou a figurar a Seleção Brasileira. No Verdão, Leão formou uma das maiores defesas da história do clube ao lado de Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca. Além disso, colecionou títulos enquanto esteve no Palestra Itália, entre eles os Paulistas de 1972, 1974 e 1976, os Brasileiros de 1969, 1972 e 1973.

A MALDITA DÉCADA DE 80

Sem Emerson Leão desde o final de 1978, o Palmeiras viveu, na década de 1980, seu pior momento esportivo. Mesmo assim, a posição de goleiro era uma das únicas sempre bem representadas. Tendo rumado ao Palmeiras em 1975, com 19 anos, Gilmar foi revelado com a missão de substituir Leão. Reserva do ídolo e posteriormente titular, o arqueiro disputou 288 jogos com a camisa alviverde, sendo 111 vitórias, 105 empates e 72 derrotas. O ex-goleiro permaneceu na equipe paulista até 1983, quando seguiu para o Bangu.

Em 1984, Leão retornou ao Palmeiras, onde permaneceu até 1986, ano que disputou a Copa do Mundo de México. Deixando Parque Antarctica ao final da temporada 1986, e seu reserva, Martorelli não parecia agradar a todos. Após ganhar rodagem com empréstimos, Zetti, segundo goleiro após a saída do ídolo Emerson Leão assumiu o posto como titular, no dia 05 de abril de 1987. Apesar da derrota por 1 a 0 diante do São Bento, nesse mesmo jogo, o goleiro iniciou uma sequência de 1 238 minutos sem sofrer gols, que só seria interrompida pelo zagueiro e ídolo do Palmeiras, Luís Pereira, do Santo André.

Em 1988, ainda defendendo o Palmeiras, Zetti quebrou a perna numa disputa de bola com Bebeto, no dia em 17 de novembro. Afastado por diversos meses, quando retornou encontrou a meta ocupada por Velloso. Sem espaço, comprou seu próprio passe foi para São Paulo em 1990.

Cria das categorias de base, Velloso teve a chance no gol do time principal justamente com o técnico Emerson Leão, após lesões de Zetti e Ivan, o primeiro reserva. Destaque da equipe alviverde no Paulistão de 1989, competição na qual o Palmeiras foi eliminado pelo azarão Bragantino, então comandado por Vanderlei Luxemburgo, o jovem de 22 anos chegou a ter oportunidade na seleção brasileira, já em 1990, mas não aproveitou bem a oportunidade. Em declínio, foi emprestado ao União São João de Araras, sua cidade natal, em 1992.

ERA PARMALAT

Mesmo com a injeção de dinheiro da Parmalat, o gol era um local onde investimento nenhum seria maior do que a qualidade da Academia de Goleiros. Após um ano de transição com diversas mudanças em 1992, a temporada de 93, a primeira com a multinacional estando no clube desde o primeiro dia do ano, foi para firmar a base no gol alviverde. Com Velloso retornando de empréstimo e posteriormente emprestado novamente, o jovem Sérgio foi o encarregado de defender a meta.  

Com 22 anos, Sergio estreou no gol alviverde em uma partida amistosa, no dia 21 de junho de 1992, diante da Matonense. Em 1993, graças a uma contusão de Velloso ainda no início do estadual, Sérgio entrou para a história como o goleiro titular da equipe palmeirense que derrotou o Corinthians na final do Campeonato Paulista, quebrando um jejum de 16 anos sem títulos. Ainda na mesma temporada, seria titular também na conquista do sétimo Campeonato Brasileiro do clube, além do quinto Rio-São Paulo.

Saindo em 1995, Sergio retornou para uma segunda passagem, entre 1999 e 2006. Quinto goleiro a mais vestir a camisa do Palmeiras, com 333 aparições, foi o reserva de Marcos, além de grande amigo do pentacampeão fora de campo.

O histórico time de 1993 (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Retornando ao Palmeiras em 1994, Velloso buscou novamente a titularidade, e não largou mais. Campeão Paulista e Brasileiro em 1994, o goleiro ainda seria o dono da 1 no eterno time dos cem gols, no Paulistão de 1996, e da conquista da Copa do Brasil e Mercosul, em 1998. Titular também no início de 1999, o guarda redes da meta palestrina sofreu uma lesão durante um rachão, no treino.

SANTIFICADA SEJA SUAS MAÕS

A lesão de Velloso possibilitou a entrada de um santo. Reserva desde 1996 – até mesmo com uma passagem pela seleção – Marcos esperava desde 1993 uma sequência. Reserva ao lado de Sérgio, foi escolhido para assumir a titularidade devido ao ritmo de jogo, já que atuava com os aspirantes.

Titular desde o dérbi da fase de grupos, foi nas quartas de final do torneio que o goleiro palmeirense se consagrou: na decisão por pênaltis contra o Corinthians, defendeu a cobrança de Vampeta e garantiu o Verdão na fase seguinte da competição. Na semifinal, o Palmeiras eliminou o River Plate, após duas atuações de gala do camisa 12. Na final, novamente Marcos brilhou e ainda contou com a sorte nas disputas de pênalti. Vendo o chute de Zapata rumar para fora, o camisa 12 se eternizava como santo. O São Marcos de Palestra Italia.

No ano seguinte, em 2000, novamente o destino colocou Palmeiras e Corinthians frente a frente no torneio continental. Após dois duelos eletrizantes nas semifinais, mais uma vez a vaga foi decidida nos pênaltis. Todos haviam convertido suas cobranças, até que Marcelinho Carioca, ídolo do Timão, cobrou no canto direito de Marcos, que voou para fazer a defesa e levar o Alviverde à final da competição.

Marcos comemora a defesa em pênalti de Marcelinho Carioca (PAULO WHITAKER)

Pentacampeão com a Seleção Brasileira, recusou o Arsenal, da Inglaterra, para ficar no Palmeiras mesmo com o clube na Série B. Retornando em 2004 para a elite do futebol nacional, Marcos iniciou um grande calvário entre bons momentos e lesões.

Campeão Paulista de 2008 e importante na Libertadores de 2009, Marcos aos poucos foi deixando de atuar, até se aposentar no final da temporada 2011. Com 533 jogos, só perde para Leão em goleiros com mais partidas pelo clube.

RECORRÊNCIA AO MERCADO DA BOLA

Sem Marcos e sem as estruturas necessárias nas categorias de base, nem Deola e nem Bruno empolgavam para serem os sucessores do Santo, mesmo com Bruno sendo decisivo na conquista da Copa do Brasil de 2012. Recorreu, assim, ao mercado da bola para contratar alguém que estivesse à altura da posição. Primeiro goleiro contratado pelo Palmeiras desde o paraguaio Gato Fernández em 1993, Fernando Prass chegou ao Palestra Italia em 13 de dezembro de 2012 e, depois de sete temporadas, despediu-se do clube na posição de ídolo.

Símbolo de reconstrução, Prass chegou ao Palestra Italia em um momento de incertezas. Rebaixado à Série B, o Alviverde passava por um período de reestruturação, na qual o arqueiro foi fundamental. Campeão da segundona em 2013, o camisa 1 evitou uma nova queda em 2014 e, já com patrocínio da Crefisa, estampou seu nome de vez na história, batendo o último pênalti na final da Copa do Brasil 2015, diante do Santos.

Campeão em 2015, viveu seu auge em 2016. Melhor jogador do Palmeiras, foi convocado para a Seleção Olímpica, mas uma lesão o tirou de combate. Substituído por Jailson na meta palestrina, entrou em campo novamente apenas na 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, jogo que marcou a comemoração do nono título brasileiro ao Porco.

Prass comemora o título diante do Santos, pela Copa do Brasil (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

Em 2018 foi a vez de novamente o Palmeiras ir ao mercado, buscando o já experiente Weverton. Titular com menos de um ano de casa e desbancando o ídolo Fernando Prass, o camisa 21 construiu sua história dentro do clube. Campeão Brasileiro de 2018, o goleiro retornou à seleção com suas boas atuações e entrou de vez na história do Palmeiras na temporada de 2020. Com a segunda menor média de gols sofridos, foi campeão Paulista, da Copa do Brasil e da Libertadores.

PRESENTE E FUTURO

Com Vinicius Silvestre, reserva imediato de Weverton ganhando espaço no início desta temporada, o Palmeiras tenta resgatar tradição da Academia de Goleiros formadora de atletas.

Além do camisa 1, o atual elenco da base também parece seguir os passos para que novamente se crie arqueiros dentro do clube. Com Natan, Kaique, Mateus e Bruno efetivados no sub-20, os quatro carregam histórias interessantes dentro do Verdão.

Mais jovem entre os quatro, Kaique entrou na história do clube na final do Campeonato Paulista Sub-20 de 2020. Entrando apenas para as cobranças de pênaltis, o jovem da geração 2003 defendeu três cobranças e foi o herói do tetracampeonato, diante do Corinthians, no Parque São Jorge. A estratégia também havia sido usada nas semifinais, na qual o goleiro defendeu uma cobrança.

Kaique defendeu três cobranças de pênalti na final do Paulistão Sub-20 (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

O gigante Natan, de 2 metros de altura, também 2003, foi considerado o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro Sub-17 de 2020, competição na qual o Palmeiras foi eliminado nas quartas de finais. Jogador mais alto entre todos os atletas palmeirenses, o camisa 1 é figura constante nas seleções de base.

Além da dupla, Mateus e Bruno Carcaioli fecham o quarteto. Captado pelo Palmeiras em 2016, o jovem Mateusão defende a equipe sub-20 e praticamente ocupa a vaga de quarto goleiro do profissional. Com a lista de inscritos da Copa Libertadores ampliada em função da pandemia de covid-19, o jogador foi registrado na lista campeã de 2020, ficando no banco de reservas no duelo diante do Delfin, no Equador. Já Bruno é quem está a mais tempo no Verdão entre eles e coleciona diversas conquistas, como os Paulistas Sub-15, Sub-17 e Sub-20, Mundial de Clubes Sub-17, Copa do Brasil Sub-17 e Supercopa Sub-17.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/de-primo-a-weverton-a-historia-da-centenaria-academia-de-goleiros-do-palmeiras/feed/ 0 primo Com Primo no gol, imagem publicada pelo jornal São Paulo Esportivo mostra o Estádio da Floresta lotado na decisão do Paulista-1920 (Acervo Histórico/Palmeiras) oberdan campo Oberdan entre em campo com a equipe (Acervo Histórico/Palmeiras) joaquim Valdir Joaquim de Morais em treino no Palestra Italia (Foto: Divulgação/Palmeiras) 1993 O histórico time de 1993 (Foto: Divulgação/Palmeiras) marcoss Marcos comemora a defesa em pênalti de Marcelinho Carioca (Foto: Paulo Whitaker) prass Prass comemora o título diante do Santos, pela Copa do Brasil (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!) kaique Kaique defendeu três cobranças de pênalti na final do Paulistão Sub-20 (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)
Weverton se recupera e vira trunfo para o Palmeiras conquistar Paulistão https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/weverton-se-recupera-e-vira-grande-trunfo-para-palmeiras-conquistar-o-paulista/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/weverton-se-recupera-e-vira-grande-trunfo-para-palmeiras-conquistar-o-paulista/#respond Fri, 07 Aug 2020 00:48:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/weverton-se-recupera-e-vira-grande-trunfo-para-palmeiras-conquistar-o-paulista/

Foto: Lance! Weverton foi o grande destaque do Palmeiras no primeiro jogo da final do Paulistão 2020. Com uma defesa de cinema no primeiro tempo do confronto diante do Corinthians, o camisa 1 foi o responsável principal do Verdão ter saído com um bom resultado de Itaquera. RelacionadasWeverton pode se tornar segundo goleiro que mais […]

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Foto: Lance!

Weverton foi o grande destaque do Palmeiras no primeiro jogo da final do Paulistão 2020. Com uma defesa de cinema no primeiro tempo do confronto diante do Corinthians, o camisa 1 foi o responsável principal do Verdão ter saído com um bom resultado de Itaquera.

Itaquera que foi tão traumatizante para o goleiro há duas semanas, quando o campeão olímpico teve a sua maior falha com a camisa alviverde.

Com mais um jogo sem ser vazado, Weverton completou 10 partidas sem sofrer gols em 15 disputadas neste Paulista. Ele é o único atleta do elenco que jogou todos os jogos do Palmeiras no ano como titular.

Ainda no vestiário, antes da primeira final do Paulistão, um dos líderes do elenco e capitão pela segunda vez nesta temporada, Weverton pediu para os jogadores do Verdão jogarem pela torcida:

‘Tenho certeza que nesse momento tem joelho no chão, tem pessoas jogando energia positiva para nós. Querendo nosso melhor, querendo que a gente vença. Agora chegou a hora de levar eles pro campo. Não tem bola perdida. Toda dividida é nossa.’, exclamou o camisa 1.

Caso a meta de Weverton passe intacta neste próximo sábado (8), a probabilidade do Palmeiras conquistar o Paulista após 12 anos cresce. Precisando de uma vitória simples para levantar o troféu dentro de sua casa, Weverton também pode ser decisivo caso a decisão vá para os pênaltis.

Assim como tantos ídolos que entraram para a história defendendo o Palmeiras, Weverton também é um grande pegador de pênaltis. O goleiro defendeu seis penalidades no Atlhetico-PR, seu ex-clube, cinco em decisões na marca da cal.

O goleiro também foi peça chave para a conquista do ouro olímpico do futebol brasileiro nas Olimpíadas do Rio 2016, quando defendeu a cobrança do alemão Petersen, antes de Neymar estremecer o Maracanã.

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No Palmeiras, Weverton já defendeu quatro penalidades, porém no único duelo desicivo na marca da cal, saiu eliminado da Copa do Brasil no Beira Rio, mesmo defendendo a cobrança de Patrick.

Decisivo no Decacampeonato brasileiro, Weverton chega à sua primeira grande final pelo Palmeiras, sendo vazado apenas 65 vezes em 108 confrontos, ostentando um coeficiente de 0,60, o segundo melhor da história do clube.

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