Arquivos tag-Brandão - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-brandao/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Tue, 03 Oct 2017 19:17:33 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 +9 dos 1000 clássicos paulistas (parte 7): Palmeiras 1 x 0 Corinthians, SP-74 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-7-palmeiras-1-x-0-corinthians-sp-74/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-7-palmeiras-1-x-0-corinthians-sp-74/#respond Tue, 03 Oct 2017 19:17:33 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/10/03/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-7-palmeiras-1-x-0-corinthians-sp-74/

https://www.youtube.com/watch?v=gbvzKHFmadA Agora são 367 vitórias, 295 empates e 338 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915. RelacionadasApós Paulistão, quarteto assume liderança de maiores campeões pelo PalmeirasVeja quando Dudu volta aos gramados pelo PalmeirasDudu é barrado pela FPF e não consegue entrar no gramado após título do PalmeirasO Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre: Data: 22/12/1974 Local: […]

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https://www.youtube.com/watch?v=gbvzKHFmadA

Agora são 367 vitórias, 295 empates e 338 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:

Data: 22/12/1974

Local: Morumbi

Renda: C$ 2.311.658,00

Público: 120.522

Juiz: Dulcídio Wanderley Boschillia

Gol: Ronaldo (69’)

PALMEIRAS: Leão; Jair Gonçalves, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, Ronaldo e Nei

Técnico: Oswaldo Brandão

CORINTHIANS: Buttice; Zé Maria, Brito, Ademir e Wladimir; Tião e Rivellino; Vaguinho, Lance, Zé Roberto (Ivan) e Adãozinho (Pita)

Técnico: Sílvio Pirilo

 

Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. Polos diferentes que se atraem por química, corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.

 

Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder. Um não vive sem o outro. Um morre, se o outro vive.

 

O Dérbi é eterno. Para o alviverde, ainda mais. A vitória no Paulista de 1974 só pode ser devolvida se o Palmeiras ficar 20 anos na fila e perder um campeonato para o Corinthians. A de 1993, a mesma história. Só se o Corinthians terminar com 16 anos de jejum contra o Palmeiras poderá celebrar algo tão histórico como o Dia dos Namorados de 1993.

 

Em 1974, o torcedor palmeirense (em esmagadora minoria) deixou o estádio tricolor cantando “Zum, zum, zum, é o 21”. Não era campanha de empresa telefônica. Era mais um ano de fila corintiana. Zumbido que ficou pelo Morumbi aos 24 minutos do segundo, quando o mais importante Ronaldo do Dérbi marcou o gol da vitória – na mesma meta de fundo onde Evair bateria aquele pênalti, onde Marcos defenderia aquele pênalti… Zumbido que ficou na orelha de Dudu, que desmaiou ao receber uma bolada no rosto em cobrança de falta de Rivellino. Dudu que voltou em seguida à barreira, para ajudar a terminar a passagem do Reizinho do Parque São Jorge.

O primeiro Dérbi pelo título de 1974 acabou 1 a 1, no Pacaembu. O decisivo foi visto por quase 120 mil torcedores. Quase 110 mil corintianos viram a Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia controlar o jogo, o tempo e o rival. Rivellino foi marcado até por Leivinha e pouco jogou. Luís Pereira limpou a área com Alfredo, enquanto Jair Gonçalves (substituto do lesionado Eurico) deu pouco espaço a Adãozinho, na lateral direita.

Na segunda etapa, o Palmeiras fez o que sabia mais que ninguém – e que muita gente da imprensa parecia não saber ou ter esquecido de tanto que o Corinthians foi considerado favorito. O time de Oswaldo Brandão era base da Seleção. Muito melhor, mais entrosado e menos estressado que o rival pressionado. Fez o gol no ritmo de Ademir, que mal celebrou a vantagem. Parecia que da Guia sabia o que vinha pela frente. Sempre soube.

O Palmeiras segurou a bola, teve um gol mal anulado de Ronaldo e fez mais uma festa contra o rival que só seria campeão quando Ademir parou de jogar, em 1977.

(Já contamos 7 clássicos. Faltam 2)

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Mão na cabeça, mão na bola, mãos ao alto https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mao-na-cabeca-mao-na-bola-maos-ao-alto/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mao-na-cabeca-mao-na-bola-maos-ao-alto/#respond Mon, 18 Sep 2017 08:58:07 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/18/mao-na-cabeca-mao-na-bola-maos-ao-alto/

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O lance de gol mal anulado de Leivinha no SP-71

SP-71. Jogo decisivo. São Paulo vencendo o Palmeiras por 1 a 0 no Morumbi. Governador da ditadura militar desde o início daquele ano, o presidente tricolor Laudo Natel (desde 1957) assistia aos jogos do São Paulo num banquinho ao lado do banco de reservas. Mussolini ficava na tribuna. O boníssimo Natel, cidadão cordato, preferia ficar perto do gramado.

Toninho Guerreiro abrira o placar aos 6 minutos. O empate era tricolor. O time de Oswaldo Brandão (que no final daquele ano voltaria ao Palestra para montar a Segunda Academia) lutava pelo bicampeonato paulista. O Palmeiras apertava. 22 do segundo tempo, Eurico levantou no meio da área para o maior cabeceador da história do Palmeiras. Leivinha usou os braços para ganhar mais impulsão (como fazia desde a Portuguesa) e empatou o jogo, mesmo tendo a camisa puxada pelo volante Edson (como mostra a foto).

1 a 1.

Mas havia um árbitro Armando. Marques invalidou o lance que o bandeirinha Dulcídio validara. Alegação: toque de mão de Leivinha.

Nem os jogadores do São Paulo entenderam. Ao final da partida, confusão entre alguns jogadores do Palmeiras, seguranças e torcedores rivais que invadiram o gramado. São Paulo bicampeão paulista. Palmeiras revoltado.

Leivinha só foi saber o motivo da anulação dois anos depois. No ESPÍRITO DE PORCO do NOSSO PALESTRA, na entrevista com nosso camisa 8, tem a explicação que Armando Marques deu a Leivinha, em amistoso do Brasil na Itália, em 1973.

Veja Leivinha em ESPÍRITO DE PORCO

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Invicto, o primeiro dos 13 títulos nacionais do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-primeiro-dos-titulos-nacionais-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-primeiro-dos-titulos-nacionais-palmeiras/#respond Sun, 20 Aug 2017 08:00:47 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/20/invicto-primeiro-dos-titulos-nacionais-palmeiras/   O maior campeão nacional do país mais vezes campeão mundial ganhou o primeiro título em 1960. A Taça Brasil. RelacionadasPalmeiras vence Athletico, segue 100% e na liderança do Brasileiro Sub-20Palmeiras busca repetir tricampeonato estadual após 90 anos de conquistas históricasAbel Ferreira fala sobre possibilidade de tricampeonato brasileiro do Palmeiras: ‘Vamos defender o que é […]

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O maior campeão nacional do país mais vezes campeão mundial ganhou o primeiro título em 1960. A Taça Brasil.

Invicto.

Foram apenas quatro jogos.  Porque era esse o regulamento do primeiro (e único até 1967) torneio brasileiro. Competição que alguns desdenham ou desconhecem não apenas porque nunca venceram a Taça Brasil, de 1959 a 1968. Mas porque nunca puderam disputar. Só jogava o torneio quem era campeão estadual (ou vice, quando o campeão também ganhava a própria competição nacional). O vencedor era o representante brasileiro na Taça Libertadores, disputada pela primeira vez também em 1960.

Por isso muitos rivais não sabem o que é a Taça Brasil. Nunca disputaram o torneio que tinha todos os bicampeões mundiais pelo país, em 1958 e 1962. Não eram muitos jogos. Não eram todos os grandes clubes. Mas todos os campeões mundiais jogaram o certame.

Na primeira Taça Brasil disputada pelo Palmeiras, como supercampeão paulista de 1959 (torneio decidido em janeiro de 1960), o Palmeiras eliminou o Fluminense, campeão do Rio.  Os representantes paulistas entravam direto na fase semifinal. Empatou sem gols o primeiro jogo no Pacaembu com o Fluminense, em novembro de 1960. No jogo de volta, no Maracanã, o velho artilheiro Humberto Tozzi, que havia retornado da Itália, fez o gol da vitória no final do clássico, aos 44 do segundo tempo.

A final foi contra o Fortaleza, no Ceará. Com 19 minutos, o Palmeiras já vencia por 3 a 0. Tirando o pé do acelerador, a equipe sofreu um gol. Na partida de volta, em 28 de dezembro, no Pacaembu, o adversário surpreendeu, abrindo o placar aos 6 minutos. Aos 12, o Palmeiras já vencia por 3 a 1. No apito final do árbitro, o Pacaembu assistiu à maior goleada da história de uma decisão nacional: Palmeiras 8 x 2 Fortaleza.

O capitão Julinho Botelho terminou a temporada como iniciara, em janeiro: erguendo o caneco de campeão da Taça Brasil.

Invicto.

Reportagem da TV CULTURA nos anos 1990 com Valdir (goleiro do Palmeiras em 1960) e Telê Santana (atacante do Fluminense) sobre o jogo decisivo da semifinal da Taça Brasil de 1960.

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Nei, 68 anos, lealdade em padrão: 15/8/1949 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/#respond Tue, 15 Aug 2017 19:47:06 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/15/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/

O primeiro gol que vi na vida do Palmeiras em um estádio foi dele. Nei. Elias Ferreira Sobrinho. Hoje completando 68 anos do nascimento em Nova Europa, região de Araquarara. De onde veio da Ferroviária (onde começou aos 17 anos) como seu antecessor Pio, na ponta esquerda do Palmeiras. De onde veio Dudu, em 1964, […]

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O primeiro gol que vi na vida do Palmeiras em um estádio foi dele. Nei. Elias Ferreira Sobrinho. Hoje completando 68 anos do nascimento em Nova Europa, região de Araquarara. De onde veio da Ferroviária (onde começou aos 17 anos) como seu antecessor Pio, na ponta esquerda do Palmeiras. De onde veio Dudu, em 1964, para ser uma das seis estátuas palestrinas, inaugurada em 2016.

Nei. Nome curto como o drible seco e ofensivo. Nei. O último da rima que era uma seleção. A Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia. Montada por Oswaldo Brandão em janeiro de 1972 (quando ele chegou ao clube) e que seria desfeita em setembro de 1975, com a venda de Luís Pereira e Leivinha para o Atlético de Madrid. Depois de dois brasileiros (1972-73) e dois estaduais (1972, invicto, e 1974, deixando o Corinthians mais um ano na fila).

Nei. O ponta rápido e driblador e que também sabia atuar no meio-campo. Ele fechava a linha LEÃOEURicoLuÍsPereIraAlfredoEZecaDuduEAdemirDaGuiaEduLeivinhaCésarENei. O ponta que infernizava o diabólico

lateral Forlán. Lateral que tanto batia e apanhava na bola de Nei que, num Choque-Rei, até o Divino entrou duro no lateral uruguaio, rasgando a chuteira do são-paulino. Tricolor que havia sido vítima do primeiro gol dele na carreira, ainda moleque, na estreia pela Ferroviária.

Nei. O ponta que marcou na raça o gol de empate da semifinal do BR-72 contra o Inter, no Pacaembu, depoia de um rebote de bola na trave de Ademir da Guia. Resultado que levou o Palmeiras ao título na final sem gols contra o Botafogo, no Morumbi.

O último gol do título de 1972 foi dele. Como quase um ano depois, em 15 de novembro de 1973, ele marcou o primeiro gol que vi do Palmeiras em um estádio. Na mesma meta do tobogã do Pacaembu. Um a zero no mesmo Colorado de maravilhosa camisa vermelha. Mas não mais linda que a 11 de Nei naquela tarde de feriado.

Dia inesquecível fechado naquele noite de semana perto da casa da minha avó. Pizzaria Casa Grande na Pompeia. Todo o elenco do Palmeiras jantando no salão ao lado. Eu morrendo de vergonha do baixo dos meus sete anos. Vendo meus ídolos. Seis deles que, no meio de 1974, serviriam a Seleção na Copa da Alemanha.

Nei tinha bola para estar. Mas foi preterido. Zagallo chamou o ótimo Dirceu, do Botafogo. Nei seria convocado por Brandão para um amistoso contra a URSS, no Rio, em dezembro de 1976. Foi vaiado pela torcida carioca que preferiria Paulo César Caju na ponta brasileira. Nei não conseguiu virar a vaia como Julinho Botelho, em 1959, contra a Inglaterra. Mas ao menos saiu de campo no Maracanã sem ser molestado, depois de boa exibição onde o calado calou as críticas na bola.

No Palmeiras ficaria até 1980. Ganharia o SP-76. Mas perderia lugar no time para Macedo e Baroninho. Mas sempre mantendo a humildade de ser um dos atletas que mais atuaram pelo clube. Foram 488 partidas. Nenhum cartão. Pela retidão e disciplina recebeu o Prêmio Belfort Duarte pela lealdade padrão por dez anos seguidos. Apanhando direto. E sem simulação. Nem reclamação. Um grande Gandhi da ponta esquerda palmeirense.

Em 1981 ficou só três meses no Botafogo. Fez três bons anos no Grêmio Maringá, até parar precocemente, aos 32 anos. Um bico de papagaio na coluna abreviou a carreira. De tanto levar bicos por todo o corpo dos laterais rivais.

Nei é um dos maiores pontas da história do clube. O nono que mais atuou pelo clube. Marcou 71 gols. Fora passes e cruzamentos precisos por alto e por baixo. Um que tanto arrancou sorrisos e gritos de alegria. Uma das vozes menos ouvidas do NOSSO PALESTRA. Porque falava pela bola, não pela boca.

Nei, obrigado pelo primeiro gol que gritei num estádio. Parabéns por ser o 11 do onze que todos os rivais ainda sabem de cor e jogado.

Nei, nunca tive o prazer de conversar contigo. Mas saiba que, mesmo calado, você fez muito mais do que muitos que mal sabem e berram o bem que você nos faz.

Nei que pode entrar em qualquer estádio do Brasil por conta do prêmio Belfort Duarte. E ele está nem aí com a premiação.

Mais importante é saber que ele entra em qualquer escalação dos maiores do clube. Entra em qualquer área a dribles. Tem portas abertas sempre para quem o viu jogar. Com lealdade padrão.

ESCREVEU MAURO BETING

 

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O último jogo de Brandão: 10/8/1980 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ultimo-jogo-brandao-1081980/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ultimo-jogo-brandao-1081980/#respond Fri, 11 Aug 2017 19:09:49 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/11/ultimo-jogo-brandao-1081980/ SP-80. 10 de agosto. Manhã de domingo em São Paulo. Erro de Mococa, que jogou tudo em 1979 e nunca mais a partir de 1980, e gol de Parraga, atacante da Francana, aos 43 do primeiro tempo. Futuro treinador interino do Palmeiras 30 anos depois, ele fez o gol da vitória da equipe de Franca, […]

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SP-80. 10 de agosto. Manhã de domingo em São Paulo. Erro de Mococa, que jogou tudo em 1979 e nunca mais a partir de 1980, e gol de Parraga, atacante da Francana, aos 43 do primeiro tempo. Futuro treinador interino do Palmeiras 30 anos depois, ele fez o gol da vitória da equipe de Franca, a pior do primeiro turno.

Era o primeiro jogo do returno. O último de Oswaldo Brandão no Palmeiras em que foi médio-direito medíocre nos anos 1940 e um dos maiores treinadores da história. Ainda é o técnico que mais dirigiu a equipe, desde 1945. Mas não iria dirigir mais.

Na saída do estádio, com menos de 9 mil no Palestra, a corneta soava forte. Torcedores, segundo reportagem da FOLHA DE S.PAULO, criticavam a ausência de Vanderlei no lugar de Pires, de Romeu no de Baroninho, e Nei, único remanescente da Segunda Academia de Brandão campeã de quase tudo.

Nove titulares daquele futebolixo de agosto de 1980 – que acabaria na 16ª posição no estadual (a nossa pior) – faziam parte daquele time espetacular do segundo semestre de 1979. Aquele montado por outro mestre, Telê Santana, que em fevereiro de 1980 assumiu a Seleção exatamente pela qualidade do futebol jogado pelo Palmeiras no SP-79 e BR-79.

Mas não mais em 1980. Difícil explicar. Rosemiro e Pedrinho já não voavam pelas laterais. Gilmar já não tinha a mesma segurança na meta. Beto Fuscão não era mais aquele zagueiro de seleção. Pires perdera o ritmo. Jorginho saiu lesionado nesse jogo e não se achava. César perdera o faro de gol. Baroninho só batia faltas. Mococa parecia abduzido. Só não estavam na equipe de 1979 Polozi e Jorge Mendonça (negociado). Eram os mesmos nomes. Mas jogando um futebol inominável.

“É uma vergonha o que estamos jogando”, disse Beto Fuscão”, com a concordância do corneta-mor Capitão Nicoli. Pedrinho: “Esquecemos de jogar futebol”. Um diretor do clube achou o culpado: um mascote que dava azar quando entrava em campo… O diretor de futebol Arnaldo Tirone disse que o meia Freitas, que jogou tudo pelo Coritiba no BR-80, “não mostrou a que veio no Palmeiras”…

O presidente Brício Pompeu de Toleeo deixou a tribuna de honra antes do final do jogo. Já dando a letra. Dificilmente o treinador seguiria no Palmeiras. Ainda mais porque, no jogo anterior, levara um vareio do São Paulo, no Morumbi. 0 a 4.

Mas era Dia dos Pais. Como podia o maior paizão da nossa paixão ser demitido nesse domingo de cinzas? Justo ele que havia perdido anos antes o filho… E que tratava todos os seus elencos assim. Aos tapas e beijos. Puxões de orelha e castigos. Prendas e presas. Como filhos ou afilhados.

Foram 9 vitórias, 10 empates e 10 derrotas, estreando em abril de 1980 com goleada para o Flamengo por 6 a 2, e saindo derrotado para a Francana em casa, em agosto.

Na segunda, 11 de agosto, a cartolagem do Palmeiras fez de tudo para convencer Brandão a se demitir. Ele insistiu que era possível mudar aquele futebol paupérrimo. Acabou demitido às cinco da tarde. Pela primeira vez na história dele no clube.

Nunca mais voltou ao Palmeiras. Mas ele jamais sairá da nossa história.

Só não merecia sair assim. O nosso maior paizão nos deixar no Dia dos Pais.

 

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