(Foto:Cesar Greco/Ag.Palmeiras/divulgação)

Chegou ao fim a passagem vitoriosa do volante Jean pelo Palmeiras.
O atleta acertou contrato de empréstimo
com o Cruzeiro até o final do ano e deixa o Alviverde após a conquista de dois campeonatos brasileiros.

O jogador treinava em separado desde o início do ano e não fazia parte dos planos do técnico Vanderlei Luxemburgo. No ano passado,o volante renovou contrato com o Verdão até dezembro de 2020. O Palmeiras deve arcar com parte dos salários de Jean até o prazo final do vínculo. Após isso, o atleta fica de forma definitiva no clube mineiro.

Jean chegou ao Alviverde no início de 2016 e foi peça importante no clube, atuando tanto na lateral direita quanto no meio de campo. Além dos dois títulos brasileiros conquistados pelo Palmeiras, o antigo dono da camisa 17 venceu o Brasileirão também pelo São Paulo em duas oportunidades e pelo Fluminense, em 2012

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Expulso em Porto Alegre, Felipe Melo será um desfalque importante para o jogo de volta das quartas de final da libertadores, na próxima terça, 27, no Pacaembu. A princípio, como o próprio Felipão afirmou em entrevista coletiva na última terça-feira, o volante deverá ceder lugar à Thiago Santos.

Porém, o comandante alviviverde tem várias opções para o setor.

O camisa 5 tem a preferência inicial do treinador pelo fato de já estar adaptado à equipe e ser muito forte na marcação (foi o atletla com o maior número de desarmes no último compromisso do Campeonato Brasileiro). Thiago Santos, inclusive, substituiu Willian no duelo inicial para recompor o espaço deixado no meio de campo após a expulsão do camisa 30.

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Com boa atuação no confronto diante dos gaúchos no último sábado, em partida válida pelo BR-2019, Matheus Fernandes vem ganhando a confiança e mais oportunidades da comissão técnica Alviverde. O ex-jogador do Botafogo tem uma saída de bola mais qualificada, além de ser um jogador mais rápido que Thiago Santos. A falta de experiência em jogos decisivos o coloca em segundo plano.

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Acostumado com grandes decisões e jogador de duas Copas do Mundo, Ramires está totalmente recuperado de lesão. Além da experiência, tem a seu favor o fato de ser um jogador muito técnico e com boa chegada ao ataque. Por estar sem ritmo de jogo, deverá ser opção para a segunda etapa.

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Apesar de ter apenas um jogo oficial na temporada, Jean é o coringa de Felipão. Chamado as pressas para se juntar ao elenco depois da contusão de Mayke, o jogador inicialmente é opção para a lateral direita, mas pode ser utilizado no meio campo. Foi nessa posição que viveu os melhores momentos da sua carreira, no Fluminense e no São Paulo.

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Por fim, uma opção um pouco mais ousada seria Vitor Hugo. O zagueiro já está praticamente recuperado da lesão do abdômem e ficará à disposição de Felipão para o duelo de terça. Vale lembrar que na campanha do título da Copa do Brasil, em 2012, Felipão utilizou o zagueiro Henrique na função de primeiro volante. Nesse contexto, a entrada de Vitor Hugo daria espaço para as decidas de Marcos Rocha e Diogo Barbosa e dificultaria as subidas dos pontas gremistas.

Thiago Santos larga na frente, mas Felipão terá praticamente uma semana para escolher e treinar o substituto de Felipe Melo.

E você, torcedor palmeirense, quem você escolheria?

Foto: Site do Palmeiras/Divulgação

Com a parada para a Copa América, o Palmeiras, estava de folga e está prestes a retomar os treinos. Ramires chegou e nomes são especulados para sair e chegar da equipe, por conta do elenco ter 32 atletas. Miguel Borja e Guerra estão entre os especulados para sair do clube nesta janela de meio do ano. Há outros 15 jogadores, em momentos diferentes no alviverde que não atingiram sete partidas na equipe, e podem se transferir para outro time de Série A.

Borja, por exemplo, que só participou de dois dos últimos 14 jogos pelo Palmeiras, nesta temporada fez três gols em 14 partidas. No brasileirão ainda não estreou.

Felipe Pires indicado por Scolari entrou duas vezes em campo das nove rodadas disputadas. O volante Matheus Fernandes e o atacante Carlos Eduardo somam um jogo cada um.

Arthur Cabral, Guerra, Jean, Juninho e Fabiano nem entraram em campo pelo Palmeiras no campeonato brasileiro de 2019, o qual, o verdão lidera com 25 pontos.

O caso dos goleiros Fernando Prass e Jaílson, dos laterais Marcos Rocha e Victor Luís, e da dupla de zaga Edu Dracena e Antonio Carlos e dos meias Hyoran, Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Raphael Veiga, que apesar de não atingirem os sete jogos, são frequentemente utilizados em outras competições do Palmeiras de Felipão ao longo de 2019.

Por conta de contusões, Luan e Willian Bigode não atingiram às sete partidas do torneio nacional.

( Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras)

Um clube,que há cinco anos tornou-se modelo de administração,considerado por muitos o time com maior poderio financeiro no país.Imbatível quando o assunto é contratação de jogadores e colecionador de títulos nacionais. Características importantes desse “novo” Palmeiras, que, a partir de 2014 – com a chegada da Crefisa somada à administração Nobre/Galiotte – deixou de brigar contra o rebaixamento e passou a tornar-se um dos grandes protagonistas e favoritos – senão o maior- em todos os campeonatos que disputa e disputará. Mas,em um Palmeiras recheados de opções, um ponto chama muito à atenção: o alto número de partidas que diversos atletas que compõem o atual elenco têm no clube.

Onze atletas do atual quadro alviverde já completaram a marca de 100 jogos,ou mais,pela agremiação – feito considerado relevante nos dias atuais,considerando a rotatividade de jogadores nos principais clubes brasileiros.

São eles: Fernando Prass (271 jogos), Edu Dracena (121 jogos), Victor Luiz ( 100 jogos),Felipe Melo (112 jogos), Thiago Santos (160 jogos),Bruno Henrique (107 jogos),Jean (123 jogos),Moisés (131 jogos),Dudu (254 jogos),Willian (121 jogos) e Borja ( 100 jogos).

Segundo dados do site oficial do Palmeiras,além dos atletas que já completaram os 100 jogos,outros jogadores do atual elenco devem atingir essa importante marca em breve: Jailson ( 74 jogos),Antonio Carlos ( 78 jogos), Mayke( 76 jogos),Lucas Lima ( 83 jogos) e Deyverson ( 80 jogos).

Para um clube que caracterizou-se por mais de uma década,levando em apreço os anos de 2000 à 2014- pelas trocas constantes de jogadores,ano a ano,seja pela pobreza técnica dos atletas que foram contratados durante as gestões passadas (e por isso não deram certo), ou pela pré-maturidade que os principais destaques da equipe eram negociados,a identificação desse elenco com a camisa alviverde pode sim ser considerada uma das principais marcas desse Palmeiras que entra em campo – seja com a equipe titular ou alternativa -já devidamente escalado na memória do seu torcedor.

E os feitos e recordes desse atual elenco não param por aí.Dois jogadores do time de Felipão integram o “Top 10” dos atletas que mais vestiram a camisa do Palmeiras no século XXI – Fernando Prass (na 2a colocação) e Dudu ( na 5a colocação).Isso sem contar Luiz Felipe Scolari- o segundo técnico que mais treinou a equipe de Palestra Itália em sua história.São ao todo, incríveis 438 jogos,perdendo apenas para o lendário Oswaldo Brandão (com 585 partidas).

Com o futebol cada vez mais visto como sinônimo de um negócio lucrativo,manter os principais jogadores de um clube vencedor pode,e deve ser a chave para o fortalecimento das equipes,deixando de lado a pobreza,falta de criatividade e de entrosamento que caracterizam os principais plantéis do país e,além disso, aproximando os atletas de seus torcedores,possibilitando,quem sabe,o surgimento de novos ídolos.

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

O lateral e meio-campista Jean é um dos poucos jogadores que podem alcançar o tetracampeonato brasileiro na carreira. Em 2008 foi campeão pelo São Paulo, enquanto em 2012 levantou a taça com o Fluminense e dois anos atrás vestiu a faixa com o Palmeiras. Jean foi titularíssimo em cada um deles. Em 2018, ele tem a chance de erguer o quarto caneco como um 12º jogador, atuando bem menos, porém essa pode ser a mais saborosa de todas as conquistas. Se nas outras Jean teve de se superar a cada dia dentro de campo, nessa ele teve de experimentar o sabor de se superar também fora dele. Superar, por exemplo, o receio de encerrar prematuramente a sua carreira.

“Difícil você pensar que é uma cirurgia. É uma dificuldade. Foi um momento em que me passaram que era algo grave. Então cheguei na minha esposa e falei: ‘Amor, vamos começar a preparar nosso futuro, vamos os organizar porque vai ser bem complicado de voltar’”, relembrou Jean em entrevista coletiva na Academia de Futebol.

Para entender melhor essa história é preciso voltar ao segundo semestre de 2017, quando Jean começou a sofrer mais do que o habitual para um atleta. Um desgaste de cartilagem do joelho direito com o qual convivia passou a diminuir seu rendimento e sua concentração em campo, obrigando o atleta a alterar sua rotina de trabalhos físicos, deixando de lado até alguns treinamentos táticos. Durante suas férias na virada do ano, Jean realizou um cronograma especial para voltar bem em 2018, mas chegou ao período de pré-temporada lamentando o mesmo incômodo e, por isso, foi submetido a outro tratamento que envolveu processo cirúrgico e só retornou aos gramados no dia 06 de junho.

“Felizmente foi uma vitória muito importante. Estou me sentindo até melhor. Bem melhor do que em muitos momentos anteriores. Essa experiência que me fez crescer e aprender a me cuidar muito mais. Isso ajudou bastante e com certeza foi um salto. Tenho muito que agradecer a esse clube, as pessoas que estiveram na minha recuperação, porque não foi fácil. Essa cirurgia é muito complicada. Agora estou fisicamente e mentalmente cada vez melhor”.

De acordo com os números do site Ogol.com.br, entre 2009 e 2016 Jean teve média aproximada de 55 jogos disputados por temporada. A titularidade foi uma constante em sua carreira, já que o volante/lateral acumulou média de 52 partidas entre os onze iniciais de seus clubes. Nos últimos dois anos, foram 44 partidas como titular em 59 jogos disputados. O ano de 2018, em especial, foi o mais difícil de sua carreira, pois o volante/lateral acumula até agora apenas oito partidas como titular em somente 20 jogos disputados. Apesar de obter números muito abaixo dos habituais, Jean celebra a temporada pelas circunstâncias dos últimos dois anos.

“Bem diferente, né? Graças a Deus sempre pude jogar bastante. Mas o importante é que neste ano tinha uma meta de 35 a 40 jogos, e conseguimos. Estive pronto para jogar em 40 jogos, joguei e participei de 20. Devido a essa cirurgia que é inédita no Brasil e tudo, realmente é muito difícil para mim. Foi um ano difícil, já no ano passado. Mas, não sei se isso é um erro ou acerto, só saio de campo se não aguentar mais. Mas conquistamos isso junto com a fisioterapia, com o Palmeiras, que é uma referência em recuperar atleta. Imagine voltar de uma cirurgia muito complexa e conseguir estar à disposição do treinador, sem conseguir fazer pré-temporada completa. Realmente é uma vitória. E brigando por mais um título, é algo que realmente marcou minha carreira. Com certeza, vou ficar mais forte depois de tudo isso que passei”.

Sob o comando de Felipão, Jean passou a ser uma espécie de 12º jogador. A sua polivalência atrelada a sua experiência fez com que o treinador passasse a utilizá-lo com uma frequência muito maior do que o antecessor Roger Machado. Ele tem contrato até dezembro de 2019 com o Palmeiras e depois de tudo o que passou, não pensa mais em abandonar o futebol. Pensa, sim, no sabor especial que esse possível título de 2018 pode ter.

“Muito especial por tudo que passei, foi o ano mais difícil da minha carreira, então vai ser mais do que especial. Não consigo achar palavra pra expressar. Claro que tem um longo caminho ainda, mas com certeza se concretizando vai ser mais do que especial pra minha vida, minha carreira”, conclui Jean.