Arquivos tag-Supercampeonato - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-supercampeonato/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sat, 11 Jan 2020 22:13:35 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Seu Valdir, nosso plural de moral https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/seu-valdir-nosso-plural-de-moral/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/seu-valdir-nosso-plural-de-moral/#respond Sat, 11 Jan 2020 22:13:35 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/01/11/seu-valdir-nosso-plural-de-moral/

Ele nasceu para defender, não atacar. Pessoa que ouve e vê mais que fala e grita. Um que aprendeu a fazer mais que o necessário e falar só o que é preciso. Como ele foi no ofício: Preciso. Conciso. Discreto. Eficiente. Bem colocado na grande área e fora dela. Fechava o ângulo e a boca […]

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Ele nasceu para defender, não atacar. Pessoa que ouve e vê mais que fala e grita. Um que aprendeu a fazer mais que o necessário e falar só o que é preciso.
Como ele foi no ofício: Preciso. Conciso. Discreto. Eficiente. Bem colocado na grande área e fora dela. Fechava o ângulo e a boca pela inteligência que vence a violência. Saía da meta sem perder o objetivo. Ganhava jogos e campeonatos sem perder o respeito e a admiração. A pessoa ideal para defender seus ideais e seu time. Não por acaso o único profissional a trabalhar sem parar no futebol por mais de 60 dos 88 anos de vida.
Como goleiro do Renner e do Palmeiras e do Brasil. Preparador pioneiro dos goleiros do Palmeiras, Corinthians, São Paulo e do Brasil. Gerente de futebol de campeões estaduais, nacionais, continentais e mundiais. Pessoa querida e respeitada no mundo onde pessoas como ele são cada vez mais raras. Não apenas pela competência no que faz com amor e paixão. Mas pelo que consegue passar de conhecimento para aprimorar a capacidade de goleiros como Leão, Gilmar, Raul, Carlos, Valdir Peres, Ronaldo, Zetti, Velloso, Rogério Ceni, Sérgio, Marcos, Dida, Doni, Diego Cavallieri. Não apenas exemplos de defensores de meta. Mas gente que defende o ofício de goleiros e a vocação de caráter de jogar por todos como poucos.
Como Valdir Joaquim de Moraes. 1m72 de baixura para um goleiro. Imensurável estatura moral para cuidar de arqueiros e atletas como se fossem filhos. Para ensinar pupilos como se fossem adotivos. Professor Valdir é dos poucos mestres que não se discutem no futebol brasileiro. Porque é dos poucos professores que conheci que não querem apenas ensinar e orientar. Querem aprender junto com os alunos. Querem fazer crescer sem diminuir ninguém. Querem fazer direito o bem para todos.
Seu Valdir é um bem necessário há quase 60 anos. Um que defende sem precisar atacar. Ele é uma pessoa inatacável. Não por acaso foi um goleiro que quase toda bola tornou defensável. Não por acaso formou goleiros que não se cansam de defender lances indefensáveis. Por todos esses casos transformou os clubes onde trabalhou nas próprias casas. Ele só podia ser plural de moral. Obrigado pela vida, Valdir de Moraes.

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Supercampeão de 1959, 60 anos depois https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/supercampeao-de-1959-60-anos-depois/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/supercampeao-de-1959-60-anos-depois/#respond Fri, 10 Jan 2020 16:52:04 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/01/10/supercampeao-de-1959-60-anos-depois/

Texto do meu livro 20 JOGOS ETERNOS DO PALMEIRAS, da Maquinária Editora. Uma conversa entre avô, neto e amigos palestrinos Palmeiras 2 x 1 Santos Campeonato Paulista Data: 10/01/1960 Local: Pacaembu Renda: Cr$ 3.076.375,00 Juiz: Anacleto Pietrobon Gols: Pelé 14’, Julinho 42’ e Romeiro 48’ Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Carabina e Geraldo Scotto; Zequinha e […]

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Texto do meu livro 20 JOGOS ETERNOS DO PALMEIRAS, da Maquinária Editora. Uma conversa entre avô, neto e amigos palestrinos

Palmeiras 2 x 1 Santos
Campeonato Paulista
Data: 10/01/1960
Local: Pacaembu
Renda: Cr$ 3.076.375,00
Juiz: Anacleto Pietrobon
Gols: Pelé 14’, Julinho 42’ e Romeiro 48’
Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Carabina e Geraldo Scotto; Zequinha e Aldemar; Julinho, Nardo, Américo, Chinesinho e Romeiro
Técnico: Oswaldo Brandão
Santos: Laércio; Getúlio, Urubatão e Dalmo; Zito e Formiga; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe
Técnico: Lula

O supercampeão

ANGELO – Por que foi um “super campeonato” o Paulista de 1969, Nonno?
NONNO BEPPE – Porque foi preciso uma melhor de três jogos no Pacaembu, em janeiro de 1960, para definir o campeão estadual. As duas equipes terminaram empatadas com 63 pontos ganhos depois dos dois turnos. O Santos era fantástico. Só não era perfeito por que não era Palmeiras.
JOSÉ EZEQUIEL FILHO – O Santos tinha aquela linha fantástica que fizera 143 gols no Paulistão de 1958. Em 1959, os caras marcaram 151! Mas tínhamos a melhor defesa do campeonato. E, para honrar nosso Hino composto anos antes pelo maestro Totó, também tínhamos uma linha atacante de raça. Só que o Palmeiras não é só raça. Muitos times têm a mesma garra que a nossa. Agora a técnica… Ninguém é Campeão do Século e Academia de Futebol por acaso. Aliás, epítetos que não fomos nós que demos. Foram os fatos.
NB – Quando vendemos o Mazola para o Milan, na Copa de 1958, recebemos uma bela grana. Com ela montamos um timaço para 1959. Primeiro, veio o Julinho Botelho, logo depois do Mundial. Ah, Signore Botelho!!! O Nelson Rodrigues dizia que o Garrincha tinha de jogar na ponta esquerda para deixar o Julinho pela direita! Que jogador! Driblador, ofensivo, solidário, goleador. O caráter, então!
JOTA CHRISTIANINI – O Djalma Santos só chegou em maio de 1959. Não foi barato. Foram Cr$ 2,7 milhões por um jogador de quase trinta anos (o que era uma idade avançada naquela época). Boa parte do dinheiro para pagar o passe dele foi arrecadada nas famosas festas carnavalescas. Algo que faríamos também em 1971 com o Leivinha, também comprado da Portuguesa. Mas o Djalma valeu cada centavo. Um lateral direito de técnica admirável e consciência tática absoluta.
FERNANDO GALUPPO – Nosso time era muito bom. Mas o rival também era demais. Eles buscavam o bi paulista. Depois do Supercampeonato de 1959, seriam tricampeões estaduais, de 1960 a 1962, fora um monte de títulos nacionais e internacionais. Só não foram tetras, em 1963, porque mais uma vez não deixamos. Só nós tínhamos time para vencê-los.
JC – Ainda que, quando perdíamos… Foi assim no primeiro turno de 1959: na Vila Belmiro, nosso goleiro Aníbal não foi bem. Levamos de 7 a 3. No returno, no Palestra, a história foi outra. Pra não dizer a de sempre contra o Santos: 5 a 1 pra nós. Faltando quatro jogos para acabar o segundo turno, estávamos empatados em pontos. Foi um sofrimento danado. Perdemos para o São Paulo no Pacaembu e dependíamos de uma derrota do Santos para o Guarani, em Campinas. O jogo acabou mais tarde. O Ferrari, que depois seria lateral da Academia, fez os gols da vitória para o Bugre.
JC – Que time tínhamos! Valdir na meta; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto na zaga; Zequinha e Chinesinho formavam o meio-campo; Julinho, Romeiro, Américo Murolo e Geo era o nosso ataque no primeiro jogo da final, bem dirigido pelo Oswaldo Brandão.
NB – O Valdir tinha uma colocação dentro e fora de campo espetacular. Djalma é o melhor lateral de todos os tempos. Geraldo Scotto, pra mim, é o melhor lateral esquerdo da história do Palmeiras. Sério, correto, irrepreensível, pena que parou cedo por lesão e sofreu com a concorrência com a Enciclopédia Nilton Santos na seleção. É um absurdo ter jogado tão pouco pela seleção. Foram apenas duas partidas, em 1960. É um crime lesa-bola ele e o Waldemar Fiúme não terem feito parte da história da CBD. Ao menos o clube fez a parte dele. Em 1962, o Geraldo se machucou pouco antes da Copa no Chile. Era nome quase certo para disputar o Mundial. Depois que o Brasil foi bicampeão, o clube deu a ele um prêmio como “campeão moral” da Copa de 1962.
JEF – O meio-campo era um primor: Zequinha marcava por todo mundo como volante, tinha um bom passe e arriscava alguns chutes da intermediária. Fez quarenta gols pelo Palmeiras. Foi reserva do Zito no título mundial de 1962. Ao lado dele, outro gaúcho. Chinesinho. Ele chegara como ponta-esquerda ao Palmeiras, em 1958. O Brandão começou a usar o Chinesinho como meia no ano seguinte. Foi na estreia do Rio–São Paulo de 1959. Ganhamos do América do Rio por 1 a 0. Ele acabou se transformando em um dos maiores de todos os tempos com a camisa 10. Tem até quem o considera melhor que o Ademir da Guia – para ter uma ideia do que ele jogava!
FG – O ataque tinha o mito Julinho, o Romeiro que jogava em todas as posições da frente, o artilheiro Américo e o Géo. Foi a nossa linha ofensiva na primeira partida da final. Se houvesse um vencedor em 90 minutos, seria o supercampeão. Mas, naquela tarde de terça-feira, 5 de janeiro de 1960, no Pacaembu, acabou tudo empatado por 1 a 1.
JEF – Não jogaram Jair e Pagão no Santos. Não mudava muito: entrou um moleque chamado Coutinho no ataque. Com apenas dezesseis anos, ele seria o melhor parceiro do Pelé. Só isso. Foi dele o primeiro gol, aos 22. O Zequinha empatou aos 34. Foi um resultado justo.
JC – Na tarde de quinta-feira, dia 7, o segundo jogo. Brandão mudou o time: botou o Nardo ao lado do Américo na frente e sacou o Géo da ponta. Para lá, ele mandou o Romeiro. Foi bom também para compensar as dores do Djalma, Chinesinho e Julinho, que não estavam 100 por cento fisicamente.
JEF – O árbitro Catão Montez Júnior marcou muito bem nosso time: não deu um pênalti claro do lateral Dalmo no Julinho, aos 37 minutos. Mas, dois minutos depois, marcou o puxão pelo pescoço do Aldemar (o melhor marcador de Pelé, palavras do Rei!). O Pepe foi bater, e o Valdir ficou cantando o canto para ele. Disse que ia bater no esquerdo. E ele bateu mesmo. Quase deu pro Valdir. Mas é que o Pepe era um animal. Mal tinha como chegar na bola. O chute dele era uma ignorância. O Valdir quase foi parar na praia com a bomba do Pepe.
NB – Voltamos com tudo do intervalo! O Getúlio do time deles fez um gol contra depois de jogada do Romeiro. Eram só 2 do segundo tempo. Mais 2 minutos e o Chinesinho virou o jogo. Os santistas reclamaram muito do lance. Aos 35, um novo pênalti cometido. Desta vez foi o Djalma. O Valdir de novo mostrou o canto pro Pepe. De novo, o Canhão da Vila chutou no lado esquerdo. Nosso goleiro ainda tocou na bola. Mas quase vai com ela e tudo para dentro. 2 a 2.
FG – Novo empate exigia nova partida. Domingo à tarde, 10 de janeiro. Se houvesse nova igualdade, prorrogação de 30 minutos. Mantido o empate, mais 15 minutos de jogo até sair o primeiro gol! Tanto equilíbrio fez com as equipes prorrogassem até a entrada em campo no Pacaembu. Foram mais de 20 minutos de um time esperando o outro até o Palmeiras surgir imponente antes que o Santos. Os primeiros serão os primeiros!
JC – O Jair e o Pagão voltaram ao Santos para a terceira partida.
NB – Nosso grande zagueiro Carabina honrou o nome contra o Pagão: mirou as costas do genial santista e, com menos de 20 minutos, meteu um joelhaço por ali. “Lance de jogo”, netinho… Não tente repetir em casa… O Carabina era um grande capitão, sabia jogar, mas se impunha como xerifão. O fato é que o Pagão, que se machucava facilmente, acabou se lesionando e quase se arrastando até o final do jogo. Não havia substituição naquela época no Paulistão.
JEF – Saímos ganhando com aquele reforço que não é o mais correto na vida. Mas que quase sempre aconteceu no futebol. Com todo tipo de time. Com todo tipo de jogador. O Pagão era realmente especial. Ele ainda estava bem quando deu o gol do Santos a Pelé, aos 14 minutos. Uma bomba indefensável para o Valdir. De novo saíamos atrás na decisão.
NB – Logo depois, o Pelé quase ampliou. Pela meia direita entrou com a bola entre Carabina e Aldemar, e do bico da pequena área chutou cruzado. O Valdir fez defesa milagrosa com o pé direito.
JC – O Santos sentiu a falta de Pagão em melhores condições, e Jair mais disposto a escapar da marcação. Mas havia Pelé, que deixava o time deles com uns dez a mais. Porém, depois do choque do gol, Aldemar passou a limpar a área. Era um zagueiro formidável. Até para iniciar os ataques. Foi ele quem desarmou o Rei na intermediária e tocou para o Romeiro bater lá da esquerda; nosso ex-zagueiro Formiga acabou falhando, e a bola se ofereceu para o Julinho empatar. De canhota, aos 42.
NB – Mas era preciso vencer! No segundo tempo, atacamos para o gol da Concha Acústica. Onde se viu outra obra-prima: a do Sputnik brasileiro, o Romeiro, que fez a luz logo aos três minutos. Golaço!
JC – Ele era um jogador muito moderno, versátil. Além de tecnicamente impecável na bola parada. Ele bateu com efeito uma falta da meia direita que o Laércio não sabe onde e como foi. O ótimo goleiro deles (e que já havia sido nosso) pulou por pular. Ele disse ao jornal A Gazeta Esportiva que imaginou que a bola tivesse ido para fora. Até hoje o grande Zito acha que não houve a falta da virada, que não cometera a infração. Mas ele também admite que poucas vezes viu tamanho efeito numa bola. E raras vezes enfrentou um jogador tão rápido, driblador, criativo e vivo como Chinesinho.
FG – O Laércio não pegou aquela falta histórica do Romeiro. Talvez a mais emblemática de nossa rica galeria de grandes cobradores e imensos gols. Mas o goleiro do Santos fez mais um monte de defesas até o fim do jogo. Mais duas bolas na trave até o título mais que merecido. O nosso supercampeonato! Fechando 1959 e abrindo 1960 com bola de ouro. Já que, ao final daquele ano, ganhamos do Fortaleza, no Ceará, por 3 a 1, na primeira decisiva da Taça Brasil (torneio que, desde 2010, foi enfim reconhecido como o autêntico Campeonato Brasileiro).
NB – No jogo de volta, goleamos por 8 a 2! Até hoje a maior goleada numa decisão nacional. Mais um recorde palmeirense. Mais um supercampeão naqueles meses. Para quem ficara sem títulos de 1951 a 1959, voltar a ser supercampeão de tudo era para poucos. Era para Palmeiras.
JC – Mais ou menos o que fizemos em 1959 e 1960 repetiríamos em 1993-94, quando ganhamos o Paulistão e acabamos com a fila. Logo depois, ganhamos tudo de importante que disputamos no Brasil. Depois de dezesseis anos sem títulos, ganhamos cinco canecos em dezenove meses. Só o Palmeiras saiu de longa fila assim. Para levar aquele carro preto está sendo ae aceitar que paralelo os
ANGELO – Só nós fomos supercampeões paulistas.
NB – E depois o metido e presunçoso é o seu avô!
ANGELO – O senhor me ensinou que, contra alguns fatos e muitos feitos, não existem argumentos. Contra o Palmeiras não existe nada!

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Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Santos, SP-59 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-sp-59/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-sp-59/#respond Sat, 24 Mar 2018 14:55:52 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/24/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-sp-59/

Empatados em pontos ao final dos turnos, Palmeiras e Santos foram para o jogo de desempate do Campeonato Paulista de 1959. O Supercampeonato – pelo equilíbrio e qualidade das equipes. RelacionadasLuís Pereira e Edu relembram jogos históricos entre Palmeiras e Santos: ‘A gente se divertia’Palmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão […]

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Empatados em pontos ao final dos turnos, Palmeiras e Santos foram para o jogo de desempate do Campeonato Paulista de 1959. O Supercampeonato – pelo equilíbrio e qualidade das equipes.

Quem vencesse o jogo seria campeão. O que o Palmeiras não conseguia em São Paulo desde 1950, desde as míticas Cinco Coroas. O Santos de Pelé buscava o bi. A primeira partida terminou 1 a 1. No segundo jogo, também no Pacaembu, o Palmeiras virou para 2 a 1 e seria campeão não fosse o segundo pênalti para o Santos: 2 a 2, placar final.

Em 10 de janeiro de 1960, no Pacaembu, o campeão sairia nos 90 minutos ou em prorrogações até sair o vencedor. Tinha de ser naquele dia. Tinha de ser Palmeiras.

O técnico Oswaldo Brandão manteve a formação com Romeiro improvisado na ponta esquerda, mas fechando o meio-campo. O Santos vinha com tudo. Menos contra o Palmeiras. Pelé abriu o placar, aos 14, numa bomba indefensável para Valdir.

Em seguida, atingido por Carabina, o atacante Pagão fez mais número que outra coisa. O Palmeiras cresceu. Julinho Botelho, ainda mais. Saiu da ponta direita, a dele. Foi armar o jogo, finalizar, fazer tudo. Como faria o gol de empate, aos 42 do primeiro tempo.

O ataque de 151 gols do Santos era espetacular. Mas não era Palmeiras. O time de Pelé só não ganhou mais títulos, entre 1958 e 1970, na Era de Ouro do Futebol Brasileiro, por existir uma Academia que dava aula de bola.

O respeito era mútuo. A catimba também. Só para as equipes entrarem em campo foram 20 minutos, uma esperando a outra. O Palmeiras foi primeiro. E voltaria por último ao vestiário. Festejando o título e a virada conquistada no golaço de falta de Romeiro, aos três minutos do segundo tempo. O Sputnik Brasileiro mandou um foguete que Laércio não viu. O goleiro santista faria alguns milagres no segundo tempo. Mas nem Pelé conseguiu empatar o clássico.

O Palmeiras voltava a ser campeão. Supercampeão paulista. Contra um supervice que não conseguiria ser campeão da Taça Brasil de 1960 por causa do Palmeiras. Verdão que seria campeão paulista em 1963 e em 1966, impedindo vários títulos seguidos do Alvinegro praiano.

Para Pelé, “sempre foi um prazer jogar contra o Palmeiras. Era um time muito técnico que jogava e deixava jogar. Eu ficava tranquilo antes de enfrentá-lo por saber que daria um grande jogo, sem pontapés”.

Era o Verdão que ganhava na bola. Iniciando com a conquista de 1959 um período especial na vida do clube e do próprio futebol brasileiro, que viveu o auge verde-amarelo durante o apogeu alviverde.

Data: 10/01/1960

Local: Pacaembu

Renda: Cr$ 3.076.375,00

Juiz: Anacleto Pietrobon

Gols: Pelé (14’), Julinho (42’) e Romeiro (48’)

PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho, Nardo, Américo e Romeiro

Técnico: Oswaldo Brandão

SANTOS: Laércio; Getúlio, Urubatão, Formiga e Dalmo; Zito e Jair Rosa Pinto; Dorval, Pagão, Pelé e Pepe

Técnico: Lula

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O último jogo de Brandão: 10/8/1980 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ultimo-jogo-brandao-1081980/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ultimo-jogo-brandao-1081980/#respond Fri, 11 Aug 2017 19:09:49 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/11/ultimo-jogo-brandao-1081980/ SP-80. 10 de agosto. Manhã de domingo em São Paulo. Erro de Mococa, que jogou tudo em 1979 e nunca mais a partir de 1980, e gol de Parraga, atacante da Francana, aos 43 do primeiro tempo. Futuro treinador interino do Palmeiras 30 anos depois, ele fez o gol da vitória da equipe de Franca, […]

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SP-80. 10 de agosto. Manhã de domingo em São Paulo. Erro de Mococa, que jogou tudo em 1979 e nunca mais a partir de 1980, e gol de Parraga, atacante da Francana, aos 43 do primeiro tempo. Futuro treinador interino do Palmeiras 30 anos depois, ele fez o gol da vitória da equipe de Franca, a pior do primeiro turno.

Era o primeiro jogo do returno. O último de Oswaldo Brandão no Palmeiras em que foi médio-direito medíocre nos anos 1940 e um dos maiores treinadores da história. Ainda é o técnico que mais dirigiu a equipe, desde 1945. Mas não iria dirigir mais.

Na saída do estádio, com menos de 9 mil no Palestra, a corneta soava forte. Torcedores, segundo reportagem da FOLHA DE S.PAULO, criticavam a ausência de Vanderlei no lugar de Pires, de Romeu no de Baroninho, e Nei, único remanescente da Segunda Academia de Brandão campeã de quase tudo.

Nove titulares daquele futebolixo de agosto de 1980 – que acabaria na 16ª posição no estadual (a nossa pior) – faziam parte daquele time espetacular do segundo semestre de 1979. Aquele montado por outro mestre, Telê Santana, que em fevereiro de 1980 assumiu a Seleção exatamente pela qualidade do futebol jogado pelo Palmeiras no SP-79 e BR-79.

Mas não mais em 1980. Difícil explicar. Rosemiro e Pedrinho já não voavam pelas laterais. Gilmar já não tinha a mesma segurança na meta. Beto Fuscão não era mais aquele zagueiro de seleção. Pires perdera o ritmo. Jorginho saiu lesionado nesse jogo e não se achava. César perdera o faro de gol. Baroninho só batia faltas. Mococa parecia abduzido. Só não estavam na equipe de 1979 Polozi e Jorge Mendonça (negociado). Eram os mesmos nomes. Mas jogando um futebol inominável.

“É uma vergonha o que estamos jogando”, disse Beto Fuscão”, com a concordância do corneta-mor Capitão Nicoli. Pedrinho: “Esquecemos de jogar futebol”. Um diretor do clube achou o culpado: um mascote que dava azar quando entrava em campo… O diretor de futebol Arnaldo Tirone disse que o meia Freitas, que jogou tudo pelo Coritiba no BR-80, “não mostrou a que veio no Palmeiras”…

O presidente Brício Pompeu de Toleeo deixou a tribuna de honra antes do final do jogo. Já dando a letra. Dificilmente o treinador seguiria no Palmeiras. Ainda mais porque, no jogo anterior, levara um vareio do São Paulo, no Morumbi. 0 a 4.

Mas era Dia dos Pais. Como podia o maior paizão da nossa paixão ser demitido nesse domingo de cinzas? Justo ele que havia perdido anos antes o filho… E que tratava todos os seus elencos assim. Aos tapas e beijos. Puxões de orelha e castigos. Prendas e presas. Como filhos ou afilhados.

Foram 9 vitórias, 10 empates e 10 derrotas, estreando em abril de 1980 com goleada para o Flamengo por 6 a 2, e saindo derrotado para a Francana em casa, em agosto.

Na segunda, 11 de agosto, a cartolagem do Palmeiras fez de tudo para convencer Brandão a se demitir. Ele insistiu que era possível mudar aquele futebol paupérrimo. Acabou demitido às cinco da tarde. Pela primeira vez na história dele no clube.

Nunca mais voltou ao Palmeiras. Mas ele jamais sairá da nossa história.

Só não merecia sair assim. O nosso maior paizão nos deixar no Dia dos Pais.

 

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