Estou em Minas Gerais desde a última terça-feira. Nesse tempo, passei por churrascaria, por restaurante de comida local, por Mineirão, bares, botecos e até baladas, mas onde mais estive foram os táxis e uberes. Em todos eles, eu sempre fiz questão de perguntas: “qual seu time?” E a resposta seguinte pautava os caminhos do papo.
Fossem cruzeirenses, atleticanos ou americanos, houve algo coincidente entre todos: a incredulidade sobre o que aconteceu no Mineirão, quarta-feira. Ouvi de um taxista sobre ‘esse seu time tem pacto, quando o português lá coloca a mão na cara parece mágica e tudo dá certo’. Errado, errado, o meu amigo não estava, convenhamos.
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Quando cheguei a Belo Horizonte, o motô do Uber, vendo meu boné, brincou: “Vocês vão atropelar o Atlético. O time nem é tão bom assim, mas o técnico é sortudo demais. Jogam nada, tem chances aos montes para serem derrotados, mas acabam vencendo. Não faz sentido, mas é assim que vocês fazem todo jogo”.
É consenso em Minas Gerais que Abel Ferreira é o diferencial do Palmeiras. E o pós empate só fez isso ficar ainda mais claro. Nos elevadores do Mineirão, um jornalista dizia: ‘Mas que pacto tem o Palmeiras? Como que pode empatar um jogo desses, uai. Era para perder de muitos e acaba com 2 a 2 no placar maluco.
Aprendi, nesses dias por aqui, que a imagem desse Palmeiras tão absurdo passa definitivamente por Abel. Dos botecos aos melhores hotéis, só fala em como um time foi capaz de remontar inúmeras condições adversar. E como ele segue sendo assim, compondo história através do trabalho duro e da entrega.
Deixo Belo Horizonte sabendo que Abel precisa cuidar do seu time, como faz tão bem, e de um olho mais gordinho que vai surgir. O sucesso é um incômodo a quem tem pouco talento ou capacidade, e a sorte só acompanha quem faz seu trabalho corretamente.
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