Giuliano Formoso: ‘Supercopa em Brasília foi Spin-Off de Libertadores em Montevidéu’

Demos aula de arquibancada, nosso treinador deu aula ao treinador adversário, o ótimo atacante do lado de lá tirou a camisa antes da hora... e vencemos. Não era revanche, mas vencemos de novo

Tive a honra de estar presente em Montevidéu. Até hoje, aquele 27 de novembro é o dia mais feliz da minha vida. De lá para cá, pensava que procuraria para sempre outra sensação que chegasse perto. Pois o dia 28 de janeiro em Brasília não foi brincadeira.

Claro, feita a retumbante ressalva de que a Supercopa é uma gota d’água perto do oceano que é a Libertadores. Dito isso, que memória preciosa construímos neste jogo. Foi como uma visita ao passado, com muitos elementos semelhantes à final de 2021 no Uruguai. Quem não esteve em Montevidéu conseguiu sentir um pouco do gosto.

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Éramos minoria em um estádio longe de casa, demos aula de arquibancada, nosso treinador deu um banho no treinador adversário, o ótimo atacante do lado de lá tirou a camisa antes da hora… e vencemos. O roteiro foi parecido. Não era revanche, sabemos. Ainda que o lado deles e a grande mídia tratassem como se fosse.

Serviu para confirmar aquilo que já sabíamos. Com ou sem vento, com ou sem gol a favor no começo, com ou sem uma semana de bebedeira prévia, a torcida do Palmeiras é superior. O Flamengo é maioria absoluta em Brasília, mas a impressão é de que os torcedores pensam que o título e a festa fazem parte do ingresso, como se não houvesse uma partida de futebol a ser jogada contra um adversário colossal. Ter uma equipe estrelada é importante, mas a arquibancada também tem sua parcela de contribuição.

Ah, mas trouxeram o Gerson como a maior compra da história do futebol brasileiro. Um time que tem Gabriel e Pedro no ataque. Servidos por Arrascaeta e Everton Ribeiro. Poxa, Scarpa e Danilo saíram do nosso lado e não chegou ninguém. Não importa.

Gabriel Menino tirou da cartola a partida mais brilhante de sua carreira desde que colocou o River Plate de Marcelo Gallardo no bolso. Raphael Veiga mostrou que nunca deixou de ser o principal meia do time. Dessa vez, não tiveram uma falha individual para culpar como a do glorioso Pitico. Vencemos porque o Palmeiras de Abel Ferreira é viciado em vencer. Em Montevidéu, em Brasília ou na lua.

Sociedade Esportiva Palmeiras. Como é bom pertencer. A gente reclama de vez em quando porque a gente ama. Obrigado por tanto. Já foi muito mais do que eu poderia sonhar.

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