Mauro Beting: ‘A persistir o sintoma, um jogo do Palmeiras deve ser procurado’

Rony é capaz de se virar e de nos revirar de baixo pra cima como se fosse a arte da imagem

“Uma imagem vale mais do que mil palavras”. Mentira: só para dizer isso foram usadas oito.

Mas a que o craque Raul Oliveira flagrou no Allianz Parque não precisa de 1914.

Eu fiz questão de inverter a imagem campeã.

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Como estava o multiverso de Rony. O rústico que não era poesia até o primeiro gol em setembro de 2020. Era piada. Troça. Aceitava-se o troco. Troca.

Até ele desembestar a fazer gols. A dar gol pro Breno Lopes. A fazer o que tem feito em decisões.

Hoje o Rony está prosa como o palmeirense. Só não pode posar o que não é.

Rony é o time estão deixando a gente de cabeça pra baixo. Ou como se diz por Sampa: ponta-cabeça. Mesmo que às vezes ele não pareça ter cabeça na ponta. Não seja o ponta-de-lança ideal.

Mas Rony é capaz de se virar e de nos revirar de baixo pra cima como se fosse a arte da imagem.

Como ele me virou nesta quarta em que mal me virava do sofá. Não pude comentar no Allianz Parque pela Jovem Pan pelo ciático que tá me cobrando contas que não sabia. Dívidas que não tinha. Dúvidas que eu sabia.

É hérnia de disco. Opera ou não opera? Virou tudo de cabeça pra baixo. Tem acupuntura – a Mari é ótima. Tem quiropraxia – o Kayc é tudo. Tem o Rubão e o doutor Pedro me cuidando. Meus amores me amando.

Mas está tudo virado. Na hora do gol ou da dor. O que era vaiado agora está virado. O que são punhos erguidos viram punhais no nervo.

Questão de perspectiva. Mas muito mais de fé. A gente vira esse jogo se tiver fé. Se acreditar. “Feliz é o time cuja cor é esperança, já definiu o querido Guilherme Cimatti.

As maiores alegrias e tristezas a gente sente com os maiores amores.

É da vida. Por isso tão bela até quando perdida.

O futebol nos ensina a empatar. O que mais acontece em todos os tempos. E o Palmeiras me ensinou o futebol. O que mais acontece na minha vida.

Não fui pro jogo. Mas me senti na imagem do Raul e na pirueta do Rony como se eu estivesse lá dentro não só do Allianz. De mim mesmo. Tirando a dor na perna e no pé com o tato. Afastando os males com jeito. Arrumando minha espinha para dar mais saltos e pulos como esse.

Não de cabeça pra baixo. Mas de baixo pras cabeças.

A dor vai sarar.

Amor nunca é doentio. Como nunca fui palmeirense doente. Sou são. Marcos. Sou divino Ademir.

Sou curado por aquilo que mais me faz viver – amor incondicional. O que não se cobra. Apenas se dá. A gente doa. Mesmo que doendo.

Amor nunca é doentio. Amor é Palmeiras. Contagia sem máscara. Apenas use camiseta.

A persistir o sintoma, um jogo do Palmeiras deve ser procurado.

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