Mauro Beting: ‘Na marra sem marra – Palmeiras 1 x 0 Cuiabá’

Um jogo que o Palmeiras precisava ganhar. Veron precisava do gol

O Palmeiras em 2020 tinha uma jogada manjada: Scarpa pegava oitocentas vezes na bola, nunca fugindo do jogo e da responsa. Para então errar 600 cruzamentos e chutar de longe 400 tiros n’água.

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Quando eu já estava cansando de Scarpa, Abel, não. E Scarpa seguiria incansável. Botando o pé na forma, entrando ainda mais em forma, encontrando parceiros para dar os gols como maior assistente no Brasil em 2021, achando os gols dele, reencontrando o seu jogo do Fluminense. Aberto pela direita. Ou esquerda. Armando por dentro. Como lateral pela esquerda sacrificado no Centenário. Aberto pela direita no 4-2-4 inusual na eliminação contra o São Paulo. Aos 47 do segundo tempo como lateral pela direita dando um pé a Mayke no final da complicada vitória contra o Cuiabá, que manteve a liderança isolada do BR-22.

A duras penas e bolas.

Jogo de pouca luz e muito calor da arquibancada. Poucas chances e um belo lance de Mayke e Veron que achou o gol e o melhor jeito de responder às críticas justas: pela bola.

Gol que começou (para mim) com falta de Mayke em Valdivia. Lance pra VAR que pode ter interpretado que foi “erro” que não foi “claro e óbvio”. Se é que a gente sabe o que o VAR acha. Se é que acha além daquilo que ele parece querer ver. E rever.

Insistindo: a arbitragem não pega ninguém pra Abel. Erra pra todos. Prejudica todo o futebol. Desta vez, para mim, prejudicado foi o Cuiabá. Em lance, dever dizer, que Valdivia não reclama. É que, possivelmente na Europa, ele não teria caído.

Discutível.

Como a atuação palmeirense. Como mais algumas partidas pálidas dos desequilibrantes de Abel – ainda que Danilo, e depois Zé Rafael, tenham atuado bem.

Um jogo que o Palmeiras precisava ganhar. Veron precisava do gol.

E Scarpa precisa ser muito reconhecido pela energia e entrega.

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