‘Todos somos um! E não um por si’
Ser nômade não faz diferença para quem nunca teve casa, um teto para chamar de seu
É gostoso ter uma casa, um canto para chamar de seu e arrumar cuidadosamente para receber quem você gosta. É difícil manter a porta fechada sabendo que em tão pouco tempo será possível partilhar novamente da paixão, mesmo que seja um retorno gradual. É findar a espera pelo encontro com alguém que nem conhece, mas que já fez tanto.
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Já estamos acostumados, apesar de nunca se acostumar com algo assim. E foi dessa forma que a caminhada vitoriosa se fez: à distância, com barreiras, cercos e final feliz. Falta tão pouco que vale a pena esperar, como valeu esperar por mais de duas décadas. Não se pode jogar fora tudo o que foi dito e respeitado só para antecipar um reencontro que será natural, no momento certo e mais seguro.
Para quem sempre morou de aluguel, é mais fácil renunciar a alguns valores por um trocado ou outro. Ser nômade não faz diferença para quem nunca teve casa, um teto para chamar exclusivamente de seu em mais de cem anos.
Saboreamos o gosto amargo e sabemos o quão foi árduo precisar ficar fora enquanto o aconchego se ajustava. Um estádio aqui e outra acolá, mas nada que se possa comparar ao nosso espaço.
Deixe as portas do local em que são inquilinos serem abertas. Deixem que migrem para outra cidade e até estado. Faz parte da vida deles, não da nossa.
Todos somos um! E não um por si.
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