Mauro Beting: Lei do ex do ex do ex – Corinthians 2 x 1 Palmeiras

Com mais apetite, vontade e futebol, o rival merecia mesmo melhor sorte. O Palmeiras, mais uma vez, jogou menos do que sabe e do que pode.

Quem busca, muitas vezes, acha. Com mais vontade, menos desfalques, menos compromissos, mais compromissado s coordenado, e com mais futebol, o Corinthians mereceu a grande vitória.

Dérbi é como pizza. Não tem jogo ruim, nem pizza ruim – mesmo a portuguesa… O deste sábado na Neo Química Arena foi um deles. Melhor até do que a encomenda. Se ainda falta melhor ritmo e entrosamento à cavalaria contratada (Willian, Renato Augusto, Giuliano e Róger Guedes), e mais milhagem ao mais do que promissor Gabriel Pereira, o time de Sylvinho foi melhor na primeira etapa.

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Ao menos criou mais chances o Corinthians: quase Luan fez contra em bom lance de Willian, aos 10; aos 19, o ex alviverde Róger Guedes completou bonito de canhota um lance bem armado (também na raça) por Renato Augusto, em mais uma falha de Luan, e na desatenção dos volantes de Abel (que voltou a optar pelo 3-4-2-1, com Menino e Wesley como alas, Dudu e Scarpa nas meias, e Luiz Adriano flanando à frente).

GP criaria o terceiro bom lance alvinegro aos 31, em outra jogada em que o sistema defensivo palmeirense apenas assistiu ao Corinthians estar mais vivo. Como RG, que fez mais um lance de gol aos 42, mas estava impedido na origem do belo contragolpe armado.

Até o lance do ex do ex que deu o gol de empate ao Palmeiras, aos 46. Quando na primeira chance de gol alviverde em três tempos, Menino encheu o pé num rebote de escanteio a bola que desviou em Róger Guedes e tirou Cássio do lance.

Abel voltou com Zé Rafael no lugar de Patrick de Paula. Menino ficou mais preso como zagueiro, Renan virou lateral, e o Palmeiras conseguiu ficar ainda menos propositivo. Sem a melhor condição física, os quatro mosqueteiros renderam menos. E ainda assim Willian sobrou a partir da esquerda. Fez grande lance sozinho para grande defesa de Weverton, aos 5.

Deyverson entrou para ficar mais isolado do que o insípido Luiz Adriano. Willian tentou fazer a de Dudu (que de novo não foi bem) e não conseguiu. Veron por Wesley foi a tentativa de velocidade que também não fluiu no Palmeiras. Ainda assim teve quatro chances em bolas cruzadas, com Veron, Luan, de novo Veron mandando na trave, e Willian para boa defesa de Cássio.

O Corinthians só mudou aos 26. E no minuto seguinte Mosquito mandou a bola que Weverton espalmou na trave. Sylvinho aos 33 manteve a ideia mais ofensiva, com Vitinho no lugar de Cantillo, e Jô comandando o ataque substituindo Willian (o melhor junto a João Victor – e depois de Róger Guedes) em campo, com Róger deslocado para o lado esquerdo.

Onde ele recebeu a bola, cortou para cima de Menino, e mandou um golaço no ângulo de Weverton.

Com mais apetite, vontade e futebol, o rival merecia mesmo melhor sorte. O Palmeiras, mais uma vez, jogou menos do que sabe e do que pode. De campo ao banco.

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