Para bater o Grêmio, Palmeiras precisou vencer vários jogos. O principal desafio de Valentim vem aí!

Fora de casa, o Palmeiras de Valentim encarou a primeira partida contra um adversário da parte de cima da tabela. Embora não fosse a equipe principal do Grêmio, era uma equipe de jovens promissores mesclada com alguns experientes nomes do futebol brasileiro. Os reservas de Renato Gaúcho receberam os reforços dos titulares Michel e Luan, mas ainda assim não resistiram ao embalo do Palmeiras, que conquistou a vitória por 3 a 1. Os detalhes do resultado passam pela vitória da equipe alviverde em importantes quesitos dentro do próprio jogo.

Mesmo atuando fora de casa, o Palmeiras finalizou 11 vezes, acertando o gol em cinco oportunidades, enquanto o Grêmio somou cinco conclusões, sendo apenas duas delas em direção ao gol. O número de finalizações está diretamente ligado a troca de passes de cada time. O Palmeiras trocou 393 passes, enquanto o Grêmio acumulou 376. Pode até parecer pouco, mas um desses 17 toques a mais em cada jogada pode ser o passe para o homem certo infiltrar e realizar uma bela assistência, ou seja, pode fazer a diferença para qualquer um dos lados, embora o Palmeiras tenha marcado dois de seus gols por meio de contragolpes rápidos. Para contra-atacar, aliás, é necessário desarmar. O time de Valentim efetuou 18 desarmes durante a partida, quase o dobro do que fez o seu rival, com dez roubadas de bola.

Números são frios e muitas vezes não traduzem o que foi a partida, mas conseguem explicar por qual motivo um time obteve mais chances de balançar as redes do que outro. Trabalhar bem a bola e roubá-la o maior número de vezes do seu adversário são importantes conceitos para garantir ao time maiores condições de vencer. Essa construção, diante do Grêmio, o Palmeiras soube fazer.

Depois de vencer Atlético-GO, Ponte Preta e Grêmio, Alberto Valentim vai encarar o mais difícil adversário de sua gestão na próxima segunda-feira. Campeão da Copa do Brasil e garantido na Libertadores de 2018, o Cruzeiro não sofre pressão por resultados e utiliza o Brasileirão como um laboratório para entender as deficiências do elenco e melhorá-las. Entretanto, a derrota no clássico contra o Atlético-MG, diante do torcedor celeste, tornou uma vitória contra o Palmeiras, dentro do Allianz Parque, o remédio perfeito para o fim dessa dor de cabeça na Toca da Raposa. O principal desafio de Valentim vem aí!