A torcida do Palmeiras tem marcado presença em peso nas arquibancadas do Allianz Parque na temporada de 2022. Com a maior média de público desde a reinauguração do estádio, o Verdão conta com o apoio dos mais variados locais do Brasil. Como o paraense Gesiel de Sena Prata, da cidade de Breves, na Ilha de Marajó.
Palestrino fanático, Gesiel venceu a falta de ingressos, encarará 16 horas de viagem e estará no estádio ao lado da esposa para incentivar o Alviverde na disputa pela vaga na terceira final consecutiva no torneio continental.
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Sócio Avanti mesmo com a distância de três mil quilômetros entre a pequena cidade do Pará e a capital paulista, Gesiel revelou ao NOSSO PALESTRA seu itinerário para estar no Allianz Parque na terça-feira (6): 12 horas de barco e quatro horas de avião. Será a segunda vez que ele estará no estádio para uma partida do Verdão. Em março de 2022, o paraense assistiu ao título da Recopa Sul-Americana com a vitória por 2 a 0 sobre o mesmo Athletico-PR.
– Eu já tive a oportunidade de ir ao Allianz Parque na final da Recopa. Mas é muito difícil, as passagens são muito caras, é demorado. São 12 horas de barco mais quatro de voo, Fora hotel, ingressos e deslocamento. Sou Sócio Avanti, mas está difícil essa redistribuição de ingressos. Na minha vez, não tinha mais ingresso e comprei por fora, pagando 700 reais por dois ingressos na central leste – revelou.
Gesiel ainda planejou uma visita à Academia de Futebol para fazer uma oração perto do portão antes da partida.
– A gente vai chegar em São Paulo às 14h e vamos ficar em um hotel na Barra Funda, próximo ao estádio. Logo vamos ao CT tentar chegar perto do portão e pedir a proteção de Deus. Assim que abrir os portões do Allianz, já vou entrar e espero sair classificado – contou.
Bem-humorado, o torcedor ressaltou o carinho que tem pelo ídolo Felipão, atualmente no comando do Athletico-PR, antes de revelar preocupação com o clima da capital paulista.
– O maior desafio é o jogo, não estou esperando um jogo fácil. Gosto muito do Felipão, mas nesse momento não posso torcer para ele. Tirando o jogo, o desafio é o clima. A gente vive aqui em Marajó e quando está frio é 24 graus. Em São Paulo vai estar menos de 15, nem temos roupa de frio aqui (risos).
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LIGAÇÃO COM O PALMEIRAS E TORCIDA NO PARÁ
Terra do atacante Rony, o Pará possui grande contingente de palmeirenses. Em Breves, Gesiel organiza um campeonato local apenas para palmeirenses.
– Em Breves, a gente possui o Palmeiras Breves que é a torcida do clube aqui na cidade. A gente realiza o campeonato interno da torcida e estamos indo para o nosso quinto torneio, com 14 times de palmeirenses – contou.
A paixão de Gesiel pelo clube surgiu na década de 1990, um ano antes do histórico título paulista de 1993, que encerrou a fila de 17 anos sem conquistas. Nascido em 1979, o paraense viu sua família adquirir uma televisão por volta daquela época e se apaixonou pelo Maior Campeão Nacional.
– Meu pai adquiriu a primeira televisão dele em 1992 e assim foi surgindo minha paixão pelo Palmeiras. Na minha família, meus cinco irmãos também torcem para o clube. Foi amor à primeira vista. Desde então, a paixão cresceu naturalmente.
Atualmente, Gesiel quer dar continuidade ao legado palestrino na Ilha de Marajó. Ele doa camisas do Palmeiras para quem não tem condições de comprar o uniforme em sua região.
– Desde então continuei estudando, buscando o melhor para mim e fiz uma promessa. O dia que eu tivesse condição de comprar as camisas, sempre seriam originais. Compro todos os anos, mas não sou colecionador, vou doando as camisas anteriores. Se eu já sofri na Era da Parmalat para ter, sei que hoje ainda tem gente que sofre.
Palmeiras e Athletico-PR disputam uma vaga na final da Libertadores nesta terça-feira (05) às 21h30 (de Brasília) no Allianz Parque. Após perder o primeiro jogo por 1 a 0, o Verdão precisa vencer por dois gols para conseguir a classificação no tempo regulamentar. Uma vitória simples leva a decisão para os pênaltis.
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