Arquivos tag-Oswaldo Brandão - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-oswaldo-brandao/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:25:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial BR-72 – deu tudo errado: São Paulo 2 x 0 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-deu-tudo-errado-sao-paulo-2-x-0-pal/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-deu-tudo-errado-sao-paulo-2-x-0-pal/#respond Tue, 10 Dec 2019 13:20:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/10/especial-br-72-deu-tudo-errado-sao-paulo-2-x-0-pal/

Jogo 26 https://youtu.be/jbF3G_kmqXc RelacionadasPalmeiras e São Paulo vivem cenários parecidos antes de encontro pelo BrasileirãoEm melhor momento pelo Palmeiras, Flaco López reencontra técnico que o subiu ao profissionalPalmeiras inicia preparação para enfrentar São Paulo, e Flaco López afirma: ‘Feliz em estar ajudando’Começava a segunda fase do BR-72. Dos 26 clubes iniciais sobravam 16. O Palmeiras […]

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Jogo 26

https://youtu.be/jbF3G_kmqXc

Começava a segunda fase do BR-72. Dos 26 clubes iniciais sobravam 16. O Palmeiras teria que liderar o grupo formado por Coritiba, São Paulo e América do Rio para seguir adiante, até a semifinal, em quadrangular em um turno só.

Por ter a melhor campanha na fase inicial, o Palmeiras faria mais jogos em casa. Mas quem determinava os mandos era a CBD. Para o primeiro Choque-rei da fase, a entidade escolheu o Morumbi. Campeão paulista pelo São Paulo em 1971, Brandão acatou o local. Mas não gostou: "fica tudo mais tranquilo para eles. O São Paulo se concentra no próprio estádio. Nós temos que chegar de ônibus ao Morumbi. Eles têm essa vantagem".

Mesmo suspenso, César Maluco estava confiante. Pediu aos repórteres que mandassem avisar o palpite dele: "pode anotar. Vai dar Verdão na cabeça".

Não deu. São Paulo 2 x 0. Apenas a quinta derrota do time em 1972. Mas numa péssima hora. O melhor ataque do BR-72 superou a melhor defesa do torneio.

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Brandão optou pela volta de Ronaldo à ponta-direita. Edu vinha muito bem, mas não gozava de total confiança do treinador. Ronaldo perdera a titularidade apenas por ter ido a Minas ao enterro da mãe.

O Palmeiras começou melhor e teve ótima chance com Leivinha no primeiro minuto, mas o camisa 8 cabeceou fora depois da saída precipitada de Sérgio. Leiva também armou o melhor lance de ataque alviverde, aos 22, quando foi ao fundo pela direita e bateu pra trás. Corta-luz duplo de Ademir e Madurga deixou a bola para Nei bater forte e Forlán desviar, sobre a linha.

O craque uruguaio e artilheiro do BR-72 Pedro Rocha era o mais perigoso são-paulino. Mas na primeira etapa pouco pôde contra Ademir, enquanto Dudu tomava conta de Zé Carlos. No segundo tempo, Nei fez a melhor jogada do Choque-Rei. Depois de driblar espetacularmente Arlindo, bateu fraco nas mãos de Sérgio, aos 5. O excelente ponta-esquerda vinha perdendo muitos gols.

O Palmeiras não se acharia mais depois. Madurga não teve moleza contra Edson Cegonha (volante que seria campeão brasileiro pelo Palmeiras em 1973). O jogo cheirava a mais um empate sem gols em 1972 até o primeiro Choque-Rei ter um golaço de Roberto Dias. O craque tricolor mandou um balaço de falta (inexistente de Ronaldo em Paraná) da intermediária, a quase 40 metros. O problema para Leão é que o goleiro mandou abrir a barreira. Não sem razão, entendia que ela servia como referência para o chute do zagueiro rival. Não houve problema para Dias. O tiro forte e rasteiro venceu no canto direito o goleiro alviverde, que pulou tarde, aos 21 do segundo tempo.

O Palmeiras se lançou à frente, mas abusou do chuveirinho. Pio não entrou bem no lugar de Nei. Ronaldo esteve apagado na ponta-direita. O São Paulo foi mais feliz no contragolpe. Aos 41, Rocha gingou bonito para cima de Ademir e lançou Everaldo, que desviou para Paraná cruzar a bola na cabeça de Terto. 2 a 0 São Paulo. Eram quatro tricolores contra apenas dois palmeirenses. O melhor time do BR-72 tinha entrado em parafuso.

O Palmeiras teria que vencer América e Coritiba e também torcer contra o São Paulo. O técnico Oswaldo Brandão ainda acreditava. "Fomos os melhores da primeira fase. Ainda temos mais dois jogos. É só fazer o que sabemos. Não podemos nos desesperar como fizemos no clássico. Tomamos um gol e tentamos empatar de qualquer jeito e acabamos levando o segundo gol".

José Poy, mítico goleiro tricolor e supervisor do clube que virou treinador desde a demissão de Vail Mota, mantinha a humildade. "Ganhamos de uma grande equipe, mas ainda não ganhamos nada. Claro que agora só dependemos de nós nos próximos dois jogos para chegar até a semifinal".

SÃO PAULO 2 x 0 PALMEIRAS Campeonato Brasileiro/Segunda fase
Domingo, 10/dezembro (tarde)
Estádio: Morumbi
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 40 314
Público: 42 010
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga (Fedato), Leivinha e Nei (Pio)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Roberto Dias 21 e Terto 41 do 2º

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Especial BR-72 – nova crise? Nacional 0 x 0 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-nova-crise-nacional-0-x-0-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-nova-crise-nacional-0-x-0-palmeiras/#respond Tue, 05 Nov 2019 18:21:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/05/especial-br-72-nova-crise-nacional-0-x-0-palmeiras/

O Palmeiras chegou a três jogos sem gols no BR-72. A pior sequência no campeonato. Mas a classificação para a outra fase parecia garantida. Foi um jogo em Manaus sem gols mas com bom futebol. O time de Brandão soube segurar o perigoso artilheiro Campos e reclamou de um lance de gol anulado de Nei. […]

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O Palmeiras chegou a três jogos sem gols no BR-72. A pior sequência no campeonato. Mas a classificação para a outra fase parecia garantida.

Foi um jogo em Manaus sem gols mas com bom futebol. O time de Brandão soube segurar o perigoso artilheiro Campos e reclamou de um lance de gol anulado de Nei.

Ademir da Guia foi mais uma vez o craque da partida. O problema é que mais uma crise entre Brandão e o elenco se aproximava. Edu sentiu contusão muscular e foi substituído por Fedato, com 20 minutos de jogo.

O treinador achou que ele estava escondendo a lesão e não teria sido “profissional”. Logo depois da partida, ele foi comunicado que não faria mais parte dos planos para aquele excursão para o Norte e que voltaria no dia seguinte para São Paulo…

Mas o jogo duro mesmo foi fora de campo. A CBD ameaçava o clube por ter entrado na Justiça Comum para diminuir a punição a César Maluco, suspenso por agredir um árbitro durante o SP-72.

NACIONAL 0 x 0 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Domingo, 5/novembro (tarde)
Vivaldão
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 110 437
Público: 22 136
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu (Fedato), Madurga, Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão

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Especial BR-72 – Crise!!! CRB 1 x 3 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-crise-crb-1-x-3-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-crise-crb-1-x-3-palmeiras/#respond Fri, 04 Oct 2019 12:54:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/10/04/especial-br-72-crise-crb-1-x-3-palmeiras/

CRISE NO PALMEIRAS!!! Ou não… RelacionadasAbel Ferreira fala sobre possibilidade de tricampeonato brasileiro do Palmeiras: ‘Vamos defender o que é nosso’Viciado em vencer! Abel iguala Brandão como maior campeão na história do PalmeirasAbel inicia quinta Libertadores com Palmeiras em busca de recuperar “alma copeira”No sábado à noite, o Palmeiras venceu bem o Náutico por 2 […]

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CRISE NO PALMEIRAS!!!

Ou não…

No sábado à noite, o Palmeiras venceu bem o Náutico por 2 a 1, no Recife. No domingo, o elenco foi liberado para pegar uma praia, até 14h. Mas poucos voltaram à concentração para o almoço. A maioria só chegou ao hotel depois das 18h.

Oswaldo Brandão ficou fulo. O treinador discutiu com os diretores Nicola Racciopi e Jordão Sacomani. Ele queria punir os atletas. Os cartolas entendiam que não era o caso, nem a hora. Discutiriam possível punição na volta a São Paulo, depois do jogo de quarta-feira em Maceió, contra o CRB.

O Velho Mestre ficou mais bravo com os cartolas do que os atletas. E entregou o cargo. Só não voltou para São Paulo no domingo mesmo porque não havia voo noturno. No dia seguinte, ainda desgastado, resolveu não viajar para Alagoas com a delegação. Mas atendeu ao pedido do presidente Paschoal Giuliano e deu a palavra que dirigiria o time contra o CRB. Só que só chegou a Maceió na véspera do dia do jogo, no começo da noite. Quem treinou a equipe na terça-feira foi o preparador físico Helio Maffia.

Brandão já havia feito algo parecido duas vezes no Corinthians. Mas sempre permanecera. Giuliano esperava contornar a situação na volta do treinador a São Paulo. Mas o presidente palmeirense temia que o próprio rival o levasse ao Parque São Jorge. Embora Duque estivesse contratado, o Velho Mestre tinha portas abertas no Corinthians.

Mas Brandão chegou em Maceió com as caras fechadas dos jogadores. Eles entendiam que o atraso no domingo não era motivo para aquela reação do treinador. O grupo não havia gostado na época da atitude dele. Mas isso seria superado com o tempo. E, mais ainda, com as conquistas. O único daqueles aletas com quem Brandão teria problemas até o final da vida seria com César Maluco. E ele nem estava no Recife.

(E parecia mesmo não estar nem aí… o maior artilheiro do Palmeiras desde 1942 declarou na imprensa que um dia ainda jogaria pelo Corinthias com seu amigo Rivellino. Algo que aconteceria mesmo em 1975. Mas com Riva no Fluminense. Algo que depois ele se arrependeria de ter atuado pelo maior rival…)

Brandão reafirmou à imprensa al chegar em Maceió que só dirigiria o time contra o CRB por respeito. “Não volto atrás. Estou fora. Não dirijo mais esse time de indisciplinados”.

Ele entendia que esse motivo l explicava os maus resultados em campo. Ou algumas das más atuações no início do BR-72.

Talvez fosse apenas um tranco do treinador para tentar uma reação dos atletas. Mas a crise estava instalada. Também porque os jogadores fizeram uma vaquinha e pagaram o bicho de vitória no Recife para Ronaldo. Por ordem de Brandão, jogador que fosse expulso não teria premiação pela vitória. A atitude do grupo também irritou o treinador.

Mesmo assim, a segunda turnê pelo Nordeste no BR-72 teve outro bom resultado em Alagoas. O Palmeiras não perdia havia 7 jogos. E ganhou com propriedade no recém inaugurado estádio alagoano, com dois gols do Divino, e atuação segura do time campeão paulista invicto de 1972, contra o CRB que até então não havia vencido jogo no BR-72.

Apenas uma mudança no time sem César (suspenso até abril) e Dudu, quase recuperado das costelas fraturadas. Edu voltava à ponta-direita no lugar do técnico e versátil Ronaldo, expulso contra o Náutico. Brandão ganhava velocidade e um chute muito forte.

O Palmeiras começou melhor e abriu o placar aos 16, quando Nei lançou Ademir (os melhores em campo) que tocou na saída do goleiro Vermelho. O jogo ficou mais equilibrado até o CRB empatar com Ruben Salim, de cabeça, aos 42.

O Palmeiras voltou melhor na segunda etapa. Pio entrou bem no lugar de Edu para travar o apoio do lateral rival. Madurga fez o mais belo lance do jogo mas Vermelho evitou o gol. Aos 20, porém, Leivinha ganhou mais uma de cabeça e serviu Nei paga desempatar. O ponta sofreria o pênalti que Ademir converteu, aos 30.

Brandão ainda fez entrar o jovem atacante Bio, de 19 anos, alto e magrelo. Ele ganhou o bicho. Mas o bicho bravo que estava Brandão ainda não garantia dias de paz no Palestra.

CRB 1 x 3 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Quarta-feira, 4/outubro (noite)
Rei Pelé
Maceió (AL)
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 65 025
Público: não disponível
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Zé Carlos e Ademir da Guia; Edu (Pio), Madurga (Bio), Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Ademir da Guia 16 e Rubens Salim 42 do 1º; Nei 20 e Ademir da Guia (pênalti) 30
do 2º

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Amarcord: Cruzeiro 0 x 1 Palmeiras, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/#respond Wed, 26 Sep 2018 13:58:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/09/26/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/

Quadrangular final do Brasileirão de 1973, turno único. Em 13 de fevereiro de 1974, uma quarta-feira no Mineirão, o Cruzeiro (que era um senhor time) enfrentava o então campeão brasileiro de 1972. A Segunda Academia de Oswaldo Brandão que não tinha o maior artilheiro da história do clube desde que se chama Palmeiras (César Maluco), […]

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Quadrangular final do Brasileirão de 1973, turno único. Em 13 de fevereiro de 1974, uma quarta-feira no Mineirão, o Cruzeiro (que era um senhor time) enfrentava o então campeão brasileiro de 1972. A Segunda Academia de Oswaldo Brandão que não tinha o maior artilheiro da história do clube desde que se chama Palmeiras (César Maluco), e, por opção do treinador, preferiu apostar no mineiro Ronaldo na ponta-direita, deixando Edu Bala no banco.

Em casa, o Cruzeiro lamentaria demais a ausência do goleiraço Raul Plasmann, substituído por Hélio. Mas tinha um timaço. Nelinho (o mais absurdo cobrador de faltas que vi) na lateral-direita, o eficiente Vanderlei na outra. Na zaga, Perfumo, El Mariscal, um dos maiores zagueiros da Argentina, e Procópio, zagueiro que atuara no Palmeiras 10 anos antes, e que acabara de voltar a atuar depois de ficar 5 anos sem jogar depois de uma entrada horrorosa de Pelé, em 1968. No meio-campo, Piazza (campeão mundial em 1970), Zé Carlos (volante sensacional) e Dirceu Lopes (que deveria ter sido campeão mundial em 1970, e foi tão – ou mais jogador – que Tostão). Na frente, Baiano, Palhinha (outro baita jogador) e Eduardo (Amorim).

Time tão bom que pressionou o Palmeiras desde o início. Só não abriu o placar aos 20 minutos porque Leão fez o primeiro de tantos milagres numa bomba de Nelinho. Aos 25, Piazza só não marcou porque foi desarmado pelo imenso Luís Pereira que impediria aos 30 outro gol, depois de Baiano encobrir Leão e Luisão não apenas salvar sobre a linha como ainda saiu driblando Palhinha. Um monstro! Como Nelinho, aos 37, mandou outro balaço no travessão alviverde.

Na segunda etapa, o Cruzeiro seguiu pressionando e o Palmeiras não conseguiu atacar, até pelo recuo excessivo dos atacantes de Brandão. Mas havia Leão para fazer uma de suas melhores atuação na vida. Nelinho bateu falta para defesa espetacular dele, e, no rebote, Eduardo só não fez porque Leão fez outra grande defesa à queima-luvas. Aos 10, Edson Cegonha e Edu Bala vieram a campo. O velho mestre sacou o centroavante Fedato e o ponta Ronaldo. Edu foi jogar na dele, aberto pela direita, com Leivinha adiantado para ser o centroavante que havia sido no BR-72, e Edson fechando a área ao lado de Dudu, com Ademir da Guia dando um pé atrás e organizando o time mais à frente.

Mas o Cruzeiro seguiu melhor. Só não fez gols porque Luís Pereira não deixava a bola chegar na área verde. Quando ele era superado, Leão foi insuperável com mais alguns milagres até os 28 minutos, quando outro aconteceu. Nei recebeu bela bola de cobertuea de Zeca e cruzou no segundo pau. Hélio se enrolou com Vanderlei e Leivinha e, na sobra, Edu bateu de canhota a bola que passou por sobre o lateral e definiu o placar que seria mantido também pela cera de Leão, além de suas grandes defesas até o final.

No jogo seguinte, o Palmeiras venceu o Inter de virada no Morumbi, por 2 a 1. No jogo decisivo, empate sem gols com o São Paulo deu o bicampeonato nacional de 1973 ao Palmeiras.

Conquista iniciada naquele jogo em que Edu aproveitou a única chance em BH.

CRUZEIRO 0 X 1 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Quadrangular Final
Quarta-feira, 13/02/1974 (noite)
Mineirão
Belo Horizonte (MG)
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 684 794
Público: 74.865
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo (Edu), Leivinha, Fedato (Édson) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gol: Edu 28 do 2º

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Amarcord: Palmeiras 0 x 0 Botafogo, BR-72 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-botafogo-br-72/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-botafogo-br-72/#respond Wed, 22 Aug 2018 14:53:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/22/amarcord-palmeiras-0-x-0-botafogo-br-72/

Meus pais não me deixaram estrear do baixo dos meus seis anos no Morumbi. Na decisão do BR-72, na antevéspera de Natal. Contei mais no meu texto a respeito do jogo de futebol de botão com Ademir da Guia. http://nossopalestra.com.br/o-divino-e-o-futebol-de-botao/. O camisa 10 da Segunda Academia que ganhara os quatro torneios que disputara em 1972. […]

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Meus pais não me deixaram estrear do baixo dos meus seis anos no Morumbi. Na decisão do BR-72, na antevéspera de Natal. Contei mais no meu texto a respeito do jogo de futebol de botão com Ademir da Guia. http://nossopalestra.com.br/o-divino-e-o-futebol-de-botao/. O camisa 10 da Segunda Academia que ganhara os quatro torneios que disputara em 1972. Incluindo um Paulista invicto. Agora, na tarde daquele sábado tão chuvoso que atrasou o início do jogo em meia hora (16h30), bastava o mesmo empate sem gols que dera volta olímpica no Pacaembu, em 3 de setembro, contra o São Paulo.

A partida só começou mesmo 16h50. O Palmeiras atrasou 5 minutos para subir ao gramado do Morumbi. O Botafogo do treinador e ex-zagueiro Sebastião Leonidas levou mais 10. O preparador físico Helio Maffia, fundamental para o desempenho excepcional da Segunda Academia, se preocupou com a chuva e com a perda do aquecimento e pediu para o time se movimentar mesmo durante o Hino Nacional executado enquanto jogadores do Botafogo ainda davam entrevistas para as rádios. O repórter Gilberto Pereira levou um choque com o equipamento e foi atendido pouco depois. Voltou a campo a tempo de acompanhar a partida que fez uma vítima fatal: um torcedor palmeirense teve infarto no intervalo e morreu ainda no Morumbi.José Lazarini Filho tinha 73 anos.

O Palmeiras jogava pelo empate em jogo único pela melhor campanha em 29 jogos, com apenas 4 derrotas, numa temporada em que só foi perder um jogo no meio do ano. Sonou três pontos a mais que o Inter, terceiro colocado. Soube mais uma vez fazer os tempos do jogo. Ademir foi o melhor em campo e craque do BR-72. Melhor condicionado fisicamente pelo professor Maffia, dava um pé a Dudu e Madurga no meio, e se juntava a Leivinha na frente, com a ajuda dos pontas Edu e Nei, que também socorriam os laterais Eurico e Zeca.

O Botafogo pouco criou no primeiro tempo. Apático, Zequinha foi bem marcado por Zeca e por Alfredo, revelação da base do Palmeiras que foi sendo emprestado por três temporadas até Oswaldo Brandão o requisitar para ser reserva de Polaco, que chegara do Corinthians. Mas ele entrou tão bem na zaga quando o ex-alvinegro se lesionou ainda em janeiro de 1972 que acabou ficando.

Na segunda etapa, com o centroavante Fischer aberto na esquerda e o grandalhão Ferreti no comando do ataque substituindo o armador Ademir, o Botafogo acertou um lance aos 2min. Mas Fischer se atrapalhou com a bola na melhor chance carioca. Madurga trocou de função com Leivinha, que foi atuar na dele, puxando os contragolpes. O Palmeiras seguiu mais perigoso. Mesmo perdendo Dudu, lesionado no tornozelo depois de lance com Valtencir. O volante mais uma vez saía carregado de campo em uma decisão. No SP-72 quebrara duas costelas contra o São Paulo. Contra o Botafogo, anulara o Furacão Jairzinho.

Se não foi um jogo brilhante e emocionante, as palavras de Leônidas, treinador do Botafogo, encerram a discussão.

  • Nunca vi um esquema tático tão bem executado. O time deles marcou homem a homem e não deu espaço para nós. Seria uma injustiça o Palmeiras perder este jogo e o campeonato. Eles estão de parabéns.

Jairzinho corrobora a análise de seu treinador:

-Eles foram o melhor time do campeonato. O título está em boas mãos.

O público de 58.287 não foi o esperado, também pela chuva, e pela antevéspera de Natal. Então cabiam até 150 mil torcedores no estádio do São Paulo. Mas, na saída do Morumbi, nas avenidas 9 de Julho e Rebouças, e na Rua Augusta, o trânsito do começo de noite parecia de dia de trabalho. A noite teve a tradicional festa de título com chope no clube do Parque Antarctica. Não com tanta gente. Mas sempre com César Maluco comandando o samba da Camisa Verde e Branco. Suspenso disciplinarmente até março de 1973, ele não esteve em campo. Mas esteve sempre na festa.

PALMEIRAS 0 X 0 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro de 1972 /Final — Jogo Único
Sábado, 23/dezembro (tarde)
Morumbi
Juiz: Agomar Martins (RS)
Renda: Cr$ 649 445
Público: 58 287
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
BOTAFOGO: Cao; Valtencir, Brito, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir (Ferretti)
Técnico: Sebastião Leônidas

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Amarcord: Corinthians 0 x 2 Palmeiras, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-0-x-2-palmeiras-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-0-x-2-palmeiras-br-16/#respond Sat, 31 Mar 2018 09:20:03 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/31/amarcord-corinthians-0-x-2-palmeiras-br-16/

Este é o texto publicado no livro MEU NOME É ENEA, escrito por mim e por Bruno Elias, editado pela ONZE CULTURAL. Velho mestre Oswaldo Brandão, você ainda é a maior unanimidade entre corintianos e palmeirenses. Pelo que meu pai contava, o senhor era um médio-direito esforçado do Palmeiras quando o joelho combalido o aposentou […]

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Este é o texto publicado no livro MEU NOME É ENEA, escrito por mim e por Bruno Elias, editado pela ONZE CULTURAL.

Velho mestre Oswaldo Brandão, você ainda é a maior unanimidade entre corintianos e palmeirenses. Pelo que meu pai contava, o senhor era um médio-direito esforçado do Palmeiras quando o joelho combalido o aposentou precocemente. Quando assumiu ainda jovem o comando alviverde, montou ”a defesa que ninguém passa” inspiradora do Hino do maestro Totó, campeã paulista em 1947.

Mestre, você também foi Corinthians no IV Centenário paulistano. E como foi campeão em 1954 contra o Palmeiras. Também foi supercampeão paulista de 1959 pelo Verdão superando o Santos de Pelé e um jejum desde 1951. Foi campeão do primeiro dos oito nacionais alviverdes em 1960. Montou a Segunda Academia de Ademir da Guia, em 1972. Deixou o Corinthians mais um ano na fila em 1974 no lance mais marcante de um Ronaldo no dérbi. Mas quando voltou ao Parque São Jorge em 1977, o senhor terminou com a longa noite alvinegra de 22 anos sem títulos.

Oswaldo Brandão não por acaso foi nome de troféu do Derby criado em 2009. Sabemos que o senhor era mezzo Palmeiras meio Corinthians. A família, também. Se não foi o maior treinador dos dois lados do clássico, é o único que pode ser louvado por ambos.

No dia seguinte ao clássico pelo returno do BR-16, no domingo, serão 100 anos de seu nascimento lá em Taquara. Pouco antes do centenário do próprio Derby, em maio de 2017. Você sempre soube tudo de bola. Mas talvez não saiba que certos jogos o rival não precisaria nem jogar…

O Derby de sábado pelo returno do Brasileiro terminou com 34 partidas de invencibilidade corintiana em Itaquera. Partida que encerrou a passagem triste de Cristóvão Borges. O Corinthians, mais uma vez, foi muito mal. O Palmeiras, mais uma vez, e desde 2015, foi muito bem em Itaquera, e em um jogo decisivo no sábado contra o maior rival. Nem precisou das meias brancas. Fez um a zero no primeiro ataque com o incansável Moisés, que abriu o oceano vermelho no meio das pernas do goleiro rival. E celebrou com um cajado que improvisou com o tripé da máquina do fotógrafo do clube, o César Greco.

Depois do gol, o Palmeiras só teria nova chance aos 40. Errou passes e não soube segurar a bola na frente. Mas o maior rival foi ainda pior. O único lance mais ou menos foi um cruzamento errado do Cristian. E olhe lá. Não por acaso torcedores começaram a xingar a direção do clube antes do primeiro tempo. Os tempos são outros, mestre. Talvez sobrasse até para o senhor.

Mas seria provável que na base do papo em que você era imbatível fosse possível dar um jeito pelo menos na defesa alvinegra. Ainda que não seja fácil marcar esses caras bem treinados pelo Cuca. O Edu Dracena (que o Corinthians deixou escapar) quase fez o gol que Mina, de novo em clássico, faria logo depois da expulsão talvez exagerada do Léo Princípe. Mais um erro do árbitro que empurrou Dudu logo no começo do jogo! E teria de expulsar Vilson pela cotovelada em Róger Guedes.

Dudu está honrando o nome do bom velhinho Olegário. A propósito, mestre, enfim ele vai receber a homenagem merecida. Mas é surpresa. Não conta pra ninguém aí em cima. Nem pros seus parceiros Junqueira, Oberdan e Fiúme.

O que não aconteceu de surpreendente foi em Itaquera. Não houve novidade. O melhor time ganhou. E com muita sobra. Marcando com Moisés um gol muito parecido com o do Zé Roberto nos 2 a 0 de 2015. Jailson só fez uma defesa difícil em uma bola que sairia. Tivesse acertado mais o pé e alguns passes, o Palmeiras teria goleado o Derby mais disparatado dos últimos tempos.

Velho mestre, aproveita e dá um abraço no meu pai. E fala pra ele que o nosso time ganhou o Derby mesmo sem o Gabriel Jesus e Vítor Hugo (que não jogou os Derbys por estar suspenso), com o Alecsandro só voltando aos treinos na segunda, com o Arouca só agora liberado por mais um “doping” estranho (ele usou um medicamento que não é proibido pela Agência Mundial Antidoping quando ministrado via intra-articular. Ela foi usada para atacar inflamação no joelho esquerdo, por meio de infiltração, após uma cirurgia no menisco). E mesmo sem jogar tão bem assim. Mas certamente o Palmeiras jogou melhor do que muita gente aqui da imprensa que mete o pau no líder que não pode fazer gol de cabeça… E nem depois de arremesso lateral.

Imagine o que diriam dos arremessos laterais na área que o Djalma Santos fazia na sua Lusa e também no seu Palmeiras, mestre….

Outros tempos. Ou os tempos de sempre. Sempre tempo para enaltecer o mestre centenário. O único treinador que teria a torcida única em Itaquera e no Palestra. A única unanimidade inteligente do Derby.

Há dois anos, mestre, lutávamos para não cair. Sobrevivemos. Arrumamos a nova casa e um novo time. Ganhamos a Copa do Brasil. Mantivemos as estruturas. Reforçamos a base. Lideramos o Brasileiro. Jogamos bonito e ganhamos. Não jogamos tão lindo no sábado mas ganhamos de novo do maior rival. Aquele que nunca disse que nos “apequenamos” como o presidente do vizinho de muro que derrubou o próprio castelo e teve de pedir as contas que não fechavam como a boca de quem fala demais.

Por isso é ótimo ser como foi Brandão. Campeão de tudo por todos. Respeitando tudo e todos. E do jeito dele: falando pouco. Quase nada. Ganhando muito. E se gabando zero.

Um campeão-quieto. Um palmeirense-corintiano. Um corintiano-palmeirense. Existe. É possível. Saber ganhar é arte, como bem sabemos como campeões do século 20 (reclamações dos clientes no SAC da FPF, Placar, Folha e Estadão). Saber perder não é fácil. Tem muito mimimi e tem cada vez mais memes.

Mas saber como o velho Mestre Brandão é arte centenária.

1974 obrigados, mestre. 1959 superparabéns. 1973 bis.

Na Academia o senhor é doutor honoris-campeão.

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Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Santos, SP-59 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-sp-59/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-sp-59/#respond Sat, 24 Mar 2018 14:55:52 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/24/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-sp-59/

Empatados em pontos ao final dos turnos, Palmeiras e Santos foram para o jogo de desempate do Campeonato Paulista de 1959. O Supercampeonato – pelo equilíbrio e qualidade das equipes. RelacionadasLuís Pereira e Edu relembram jogos históricos entre Palmeiras e Santos: ‘A gente se divertia’Palmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão […]

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Empatados em pontos ao final dos turnos, Palmeiras e Santos foram para o jogo de desempate do Campeonato Paulista de 1959. O Supercampeonato – pelo equilíbrio e qualidade das equipes.

Quem vencesse o jogo seria campeão. O que o Palmeiras não conseguia em São Paulo desde 1950, desde as míticas Cinco Coroas. O Santos de Pelé buscava o bi. A primeira partida terminou 1 a 1. No segundo jogo, também no Pacaembu, o Palmeiras virou para 2 a 1 e seria campeão não fosse o segundo pênalti para o Santos: 2 a 2, placar final.

Em 10 de janeiro de 1960, no Pacaembu, o campeão sairia nos 90 minutos ou em prorrogações até sair o vencedor. Tinha de ser naquele dia. Tinha de ser Palmeiras.

O técnico Oswaldo Brandão manteve a formação com Romeiro improvisado na ponta esquerda, mas fechando o meio-campo. O Santos vinha com tudo. Menos contra o Palmeiras. Pelé abriu o placar, aos 14, numa bomba indefensável para Valdir.

Em seguida, atingido por Carabina, o atacante Pagão fez mais número que outra coisa. O Palmeiras cresceu. Julinho Botelho, ainda mais. Saiu da ponta direita, a dele. Foi armar o jogo, finalizar, fazer tudo. Como faria o gol de empate, aos 42 do primeiro tempo.

O ataque de 151 gols do Santos era espetacular. Mas não era Palmeiras. O time de Pelé só não ganhou mais títulos, entre 1958 e 1970, na Era de Ouro do Futebol Brasileiro, por existir uma Academia que dava aula de bola.

O respeito era mútuo. A catimba também. Só para as equipes entrarem em campo foram 20 minutos, uma esperando a outra. O Palmeiras foi primeiro. E voltaria por último ao vestiário. Festejando o título e a virada conquistada no golaço de falta de Romeiro, aos três minutos do segundo tempo. O Sputnik Brasileiro mandou um foguete que Laércio não viu. O goleiro santista faria alguns milagres no segundo tempo. Mas nem Pelé conseguiu empatar o clássico.

O Palmeiras voltava a ser campeão. Supercampeão paulista. Contra um supervice que não conseguiria ser campeão da Taça Brasil de 1960 por causa do Palmeiras. Verdão que seria campeão paulista em 1963 e em 1966, impedindo vários títulos seguidos do Alvinegro praiano.

Para Pelé, “sempre foi um prazer jogar contra o Palmeiras. Era um time muito técnico que jogava e deixava jogar. Eu ficava tranquilo antes de enfrentá-lo por saber que daria um grande jogo, sem pontapés”.

Era o Verdão que ganhava na bola. Iniciando com a conquista de 1959 um período especial na vida do clube e do próprio futebol brasileiro, que viveu o auge verde-amarelo durante o apogeu alviverde.

Data: 10/01/1960

Local: Pacaembu

Renda: Cr$ 3.076.375,00

Juiz: Anacleto Pietrobon

Gols: Pelé (14’), Julinho (42’) e Romeiro (48’)

PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho, Nardo, Américo e Romeiro

Técnico: Oswaldo Brandão

SANTOS: Laércio; Getúlio, Urubatão, Formiga e Dalmo; Zito e Jair Rosa Pinto; Dorval, Pagão, Pelé e Pepe

Técnico: Lula

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Corinthians 0 x 2 Palmeiras, 26ª rodada do BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/corinthians-0-x-2-palmeiras-26a-rodada-do-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/corinthians-0-x-2-palmeiras-26a-rodada-do-br-16/#respond Sat, 30 Sep 2017 09:10:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/30/corinthians-0-x-2-palmeiras-26a-rodada-do-br-16/

Vou escrever uma cartinha para um mito com quem adoraria ter um dia conversado. RelacionadasViciado em vencer! Abel iguala Brandão como maior campeão na história do PalmeirasAbel Ferreira fala sobre possibilidade de tricampeonato brasileiro do Palmeiras: ‘Vamos defender o que é nosso’Flaco López renasce como artilheiro do Palmeiras em título do PaulistãoVelho mestre Oswaldo Brandão, […]

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Vou escrever uma cartinha para um mito com quem adoraria ter um dia conversado.

Velho mestre Oswaldo Brandão, você ainda é a maior unanimidade entre corintianos e palmeirenses. Pelo que meu pai contava, o senhor era um médio-direito esforçado do Palmeiras

quando o joelho combalido o aposentou precocemente. Quando

assumiu ainda jovem o comando alviverde, montou ”a defesa que ninguém passa” inspiradora do Hino do maestro Totó, campeã paulista em 1947.

Mestre, você também foi Corinthians no IV Centenário paulistano. E como foi campeão em 1954 contra o Palmeiras.

Também foi supercampeão paulista de 1959 pelo Verdão superando o Santos de Pelé e um jejum desde 1951. Foi campeão do primeiro dos nove nacionais alviverdes em 1960. Montou a Segunda Academia de Ademir da Guia, em 1972. Deixou o Corinthians mais um ano na fila em 1974 no lance mais marcante de um Ronaldo no dérbi. Mas quando voltou ao Parque São Jorge em 1977, o senhor terminou com a longa noite alvinegra de 22 anos sem títulos.

Oswaldo Brandão não por acaso foi nome de troféu do dérbi criado em 2009. Sabemos que o senhor era mezzo Palmeiras meio Corinthians. A família, também. Se não foi o maior treinador dos dois lados do clássico, é o único que pode ser louvado por

ambos.

No dia seguinte ao clássico do returno do BR-16, em Itaquera, são completados 100 anos de seu nascimento lá em Taquara. Um dia depois de um dos últimos Dérbis antes do centenário do clássico, em maio de 2017. Você sempre soube tudo de bola. Mas talvez não saiba que certos jogos o rival não precisaria nem jogar…

O dérbi de sábado pelo returno do Brasileiro terminou com 34

partidas de invencibilidade corintiana em Itaquera. Partida que

encerrou a passagem triste de Cristóvão Borges como treinador. O Corinthians, mais uma vez, foi muito mal. O Palmeiras, mais uma vez, e desde 2015, foi muito bem em Itaquera, e em um jogo decisivo no sábado contra o maior rival. Nem precisou das meias brancas. Fez um a zero no primeiro ataque com o incansável Moisés, que abriu o oceano vermelho no meio das pernas do goleiro rival. E

celebrou com um cajado que improvisou com o tripé da máquina

do fotógrafo do clube, o César Greco.

Depois do gol, o Palmeiras só teria nova chance aos 40. Errou passes e não soube segurar a bola na frente. Mas o maior rival foi ainda pior. O único lance mais ou menos foi um cruzamento

errado do Cristian. E olhe lá. Não por acaso torcedores começaram a xingar a direção do clube antes do primeiro tempo. Os tempos são outros, mestre. Talvez sobrasse até para o senhor.

Mas seria provável que na base do papo em que você era imbatível fosse possível dar um jeito pelo menos na defesa alvinegra. Ainda que não seja fácil marcar esses caras bem treinados pelo Cuca. O Edu Dracena (que o Corinthians deixou escapar) quase

fez o gol que Mina, de novo em clássico, faria logo depois da

expulsão talvez exagerada do Léo Princípe. Mais um erro do árbitro que empurrou Dudu logo no começo do jogo! E teria de expulsar Vilson pela cotovelada em Róger Guedes.

Não houve novidade em Itaquera. O melhor time ganhou. E com muita sobra. Marcando com Moisés um gol muito parecido com o do Zé Roberto nos 2 a 0 de 2015. Jailson só fez uma defesa difícil em uma bola que sairia. Tivesse acertado mais o pé e alguns passes, o Palmeiras teria goleado o dérbi mais disparatado dos últimos

tempos.

Velho mestre, aproveita e dá um abraço no meu pai. E fala pra ele que o nosso time ganhou o dérbi mesmo sem o Gabriel Jesus e Vítor Hugo (que não jogou os Dérbis por estar suspenso), com o Alecsandro só voltando aos treinos na segunda, com o Arouca só

agora liberado por mais um “doping” estranho (ele usou ummedicamento que não é proibido pela Agência Mundial Antidoping quando ministrado via intra-articular. Ela foi usada para atacar inflamação no joelho esquerdo, por meio de infiltração, após uma cirurgia no menisco). E mesmo sem jogar tão bem assim. Mas, certamente, o Palmeiras jogou melhor do que

muita gente aqui da imprensa que mete o pau no líder que não pode fazer gol de cabeça… E nem depois de arremesso lateral.

Imagine o que diriam dos arremessos laterais na área que o Djalma Santos fazia na sua Lusa e também no seu Palmeiras,

mestre….

Outros tempos. Ou os tempos de sempre. Sempre tempo para enaltecer o mestre centenário. O único treinador que teria a torcida única em Itaquera e no Palestra. A única unanimidade

inteligente do dérbi.

Há três anos, mestre, lutávamos para não cair. Sobrevivemos. Arrumamos a nova casa e um novo time. Ganhamos a Copa do Brasil. Mantivemos as estruturas. Reforçamos a base. Lideramos o Brasileiro de 2016. Jogamos bonito e ganhamos. Não jogamos tão lindo no sábado mas ganhamos de novo do maior rival. Aquele que nunca disse que nos “apequenamos” como o presidente do vizinho de muro que derrubou o próprio castelo e teve de pedir as contas

que não fechavam como a boca de quem fala demais.

Por isso é ótimo ser como foi Brandão. Campeão de tudo por todos. Respeitando tudo e todos. E do jeito dele: falando pouco. Quase nada. Ganhando muito. E se gabando zero.

Um campeão-quieto. Um palmeirense-corintiano. Um corintiano-palmeirense. Existe. É possível. Saber ganhar é arte, como bem sabemos como campeões do século 20 (reclamações dos clientes

no SAC da FPF, Placar, Folha e Estadão). Saber perder não é fácil. Tem muito mimimi e tem cada vez mais memes.

Mas saber como o velho Mestre Brandão é arte centenária. 1974 obrigados, mestre. 1959 superparabéns. 1973 bis.

Na Academia o senhor é doutor honoris-campeão.

Saudações palestrinas, Mauro.

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Meus heróis da Academia que é rima e é seleção https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/meus-herois-da-academia-que-e-rima-e-e-selecao/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/meus-herois-da-academia-que-e-rima-e-e-selecao/#respond Tue, 29 Aug 2017 08:30:09 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/29/meus-herois-da-academia-que-e-rima-e-e-selecao/

Se eu soubesse de vida o que sei o que são pra minha LeãoEuricoLuísPereiraAlfredoEZecaDuduEAdemirDaGuiaEduLeivinhaCésarENei, todo o ano seria 1972. Multicampeão. De tudo. Por todos. RelacionadasPalmeiras treina antes de viagem para Equador, e Bruno Rodrigues progride para retornoEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoPalmeiras reedita confronto no qual assumiu liderança do Brasileirão em […]

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Se eu soubesse de vida o que sei o que são pra minha LeãoEuricoLuísPereiraAlfredoEZecaDuduEAdemirDaGuiaEduLeivinhaCésarENei, todo o ano seria 1972. Multicampeão. De tudo. Por todos.

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Minhas primeiras lembranças sólidas são de 1972. Meu primeiro ano na escola. Primeira festa de aniversário com guaraná que lembro. Na véspera do primeiro título que recordo. Paulista. Contra o São Paulo. Ambos invictos. 3 de setembro de 1972. Primeiro time de botão da vida para compensar não ter visto o primeiro jogo no estádio, o do título brasileiro de 1972. 22 de dezembro.

Cresci palmeirense também por crescer torcendo pela Segunda Academia. Seis titulares que seriam convocados e mal aproveitados por Zagallo na Copa-74. Onze titulares eternos da nossa escalação que era rima e seleção. Decorada até pelos rivais que não conseguiam furar a defesa, e tomavam quantos gols Ademir da Guia quisesse. Ele ditando os rumos, ritmos e tempos em todos os campos. Era esquadrão que goleava por 1 a 0. O time até queria mais gols e velocidade. Mas Brandão no banco, Ademir em campo, guias da Segunda Academia, eram senhores do tempo. Escola de bola que ensina como a nossa sina e sanha campeã.

Dudu e Ademir da Guia, cabeça e coração da Primeira e da Segunda Academia

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Nenhum Palmeiras será mais Palmeiras que esses caras reunidos na Academia 45 anos depois. Tudo que sou devo a eles. Mesmo. Como palmeirense há 50 anos que me levou ao jornalismo esportivo há 27 que me levou a embaixador do centenário há três e escritor há 11 e diretor de filmes há 6 e outras coisas que fiz e farei pelo Palmeiras.

Não pude ir ao banquete de aniversário. Minha retina descolou depois dos 4 x 2 x 1942. Mas, mesmo operada, ela guarda nos olhos a minha vida de alegria pela Academia. Por esses senhores perfilados como se ainda fossem o que no fundo da minha retina esgarçada e rompida eu ainda os vejo.

Meus heróis.

Não preciso de Super Homem, Homem de Ferro, Capitão não-sei-onde, Homem não-sei-que-bicho. Marcel, DC Comics, com todo o respeito, eu torço por esta liga da justiça. Divina como Ademir. Escola como Academia. Campeã como Palmeiras.

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