Arquivos tag-SP-15 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-15/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sat, 24 Feb 2018 11:13:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Amarcord: Corinthians 2 x 2 Palmeiras, 5 x 6 nos pênaltis, SP-15 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/#respond Sat, 24 Feb 2018 11:13:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/24/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/

O JOGO COMPLETO Os melhores momentos RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilRoteiro conhecido: Palmeiras vive mesmo cenário de estreia na Libertadores em 2023Equipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo Paulistão“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele […]

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O JOGO COMPLETO

Os melhores momentos

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Porque vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

Esse foi o texto que escrevi a pedido do Palmeiras para ser lido pelo ator Eduardo Semerjian, em vídeo apresentado ao elenco antes de Corinthians 2 x 2 Palmeiras, semifinal única do SP-15, em Itaquera. O rival era favorito pela melhor campanha no Paulista. A gente reconstruía o elenco e moral de anos pouco palmeirenses.

Eu não pude comentar o jogo pela Jovem Pan. Estava gripado e sem voz. Fiquei em casa para ver o Derby com meu primo, filhos, mulher e filhota. Como eu não via um clássico com eles sem estar trabalhando desde… Desde… Não lembro.

O texto que escrevi no meu blog no LANCE!, naquele 19 de abril de 2015 está abaixo:

“É só uma semifinal de Paulista?!”. Você não sabe o que é futebol, amigo.

“Tanta festa só pra isso?!”. Você lembra a folia que o corintiano fez quando acabou com o jejum de 10 anos sem vitórias contra o Santos de Pelé, em 1968 (e era um tabu só pelo estadual)?

“Parece que conquistaram o mundo!”. E o mundo sabe o que o corintiano fez na invasão do Maracanã, em 1976. Quando a maior vitória não era nem vencer o campeonato que seria perdido para o Internacional – como também foi o Paulista de 1968. A grande vitória, amigo, era ter estado lá, no Rio, dividindo o estádio com o Fluminense.

Como foi épico para os palmeirenses que foram a Itaquera ver o melhor time do SP-15 cair nos pênaltis mais uma vez para o rival. O Timão que será terceiro lugar invicto no Paulistão. O Corinthians que segue sem perder na Arena. Segue como grande favorito na Libertadores. Mas não segue mais no SP-15.

Acontece, como ocorreu também nos pênaltis, no Pacaembu, no SP-11. O Palmeiras tinha melhor campanha e foi eliminado pelo Corinthians que acabaria vice paulista para o Neymar do Santos. Mas, no final daquele 2012, seria penta brasileiro. Iria para a Libertadores ser invicto campeão, e fecharia o ano em que “acabaria o mundo” reconquistando o planeta salvo.

Foi então tudo aquilo o Timão de Tite (e depois de perder para a Ponte o SP-12, nas quartas-de-final…). Pode ir além agora o Corinthians-15 que sofreu o primeiro gol do Verdão do reserva Victor Ramos, buscou a virada com o reserva de moral e decisão Danilo, e virou com o Romarinho-2015 Mendoza, em petardo de longe, no mesmo canto onde Prass não defendeu aquela bola. Mas defenderia outra ainda mais decisiva.

Feliz o corintiano que pode ter reservas como Danilo e Mendoza. Nem tanto Love. É fato que o  ex-palmeirense poderia ter feito o terceiro de cabeça, não fosse Prass, já no segundo tempo. Do mesmo modo como Oswaldo foi feliz ao, na dúvida, e nas dívidas de um elenco ainda em formação, e com os melhores do time longe de estarem 100% (Valdivia e Cleiton Xavier), atirar o time dele ao ataque.

O Palmeiras só não empatou um pouco antes em belo lance de Rafael Marques para Dudu por Cássio ser grande. E grande goleiro, também, ao desviar a bola que bateu na trave.

Felicíssimo Tite que pode, no Derby difícil pelo crescimento palmeirense, escalar Renato Augusto e depois Elias na maratona insana. Equilibrado um jogo que foi mais verde depois pelo time que era só gente de frente. Gente grande como foi Dudu para jogar na cabeça de Rafael Marques o empate.

Placar justo pelos 90 minutos de qualidade, equilíbrio, intensidade e nervosismo.

Talvez injusto pela campanha corintiana no campeonato. Mas certamente bonito pelo que o Palmeiras está fazendo. E se refazendo.

Palmeirenses fazendo merecido barulho pelas ruas antes desertas de tudo. Não de coração. Mas de gente de dentro e de fora que insistia em enterrar o clube numa vala incomum para o colosso que é. Querendo sepultar 100 anos como indigente. Por mais indignos que tenham sido alguns dirigentes e gerentes de uma massa que não é falida, embora falha. Os indigitados que tentaram executar execrando as exéquias palmeirenses muitas vezes foram apenas paus mandados de fígados e cotovelos doloridos. Ignaros concursados ou ignóbeis ignorantes terceirizados que vivem de matar a nossa paixão.

Essa turma que chamava o Santos de viúva de Pelé. O Palmeiras de ex-grande. Mesmo o Corinthians, quando rebaixado técnica e moralmente por escândalos políticos e administrativos de um 1-0-0 número de maracutaias e joorabchianadas de 1997 até o ocaso de Dualib e a queda para a Segundona dos infernos, em 2007. Esses coveiros de plantão de fim de semana de redação e de plantação de futricas fedidas que infestam a nossa mídia abaixo da média.

“Acabaram” com o Palmeiras como “acabaram” com o Corinthians e, agora, provavelmente, vão “acabar” com o São Paulo.

Não adianta pedir à essa turma que estude minimamente a história de idas e vitórias, derrotas e vindas de nossa vida.

Eles não vão entender.

E, por isso, vão achar que não valeu “nada” a invasão corintiana em 1976. Nem a virada corintiana por 4 a 3 contra o Palmeiras, em 1971. Nem o fim do “tabu” que não era tabu em 1968.

Perdoai-os, Rivellino. Eles não sabem nada.

Talvez eles não perdoem Elias, o melhor corintiano em 2015, que chutou o pênalti que definiria a classificação para a decisão nas mãos de Prass. Repetindo a sina de um camisa sete alvinegro batendo o último pênalti decisivo contra um goleiro palmeirense.

Os mesmos infiéis de todas as cores e credos que talvez detonassem Robinho, o melhor palmeirense em 2015, por isolar o primeiro pênalti cobrado e perdido como a bola em Itaquera.

Mas tudo ficou mesmo empatado no último chute de Elias. Equilíbrio no tempo normal de um grande Derby e também na primeira série de pênaltis.

Kelvin (o atacante que mal atuara, e foi bem improvisado na lateral-esquerda que não tinha as quatro opções do elenco), subiu a temperatura e fez o dele. Gil empatou 5 a 5. Jackson, outro reserva palmeirense, fez 6 a 5.

Petros, que foi um cara de tirar o chapéu em 2014, até no gol do primeiro Derby na Arena Corinthians, bateu bem, forte, no canto esquerdo de Prass.

Mas, daí, e logo depois, o que se viu depois da excepcional defesa foram os dedos erguidos para cima de Marcos Prass. Fernando Prass. O cara que defendeu e ajoelhou e confirmou a profecia-palpite de Evair, antes do jogo:

– Vai dar Palmeiras. Nos pênaltis.

Foi o torpedo que o nosso amigo em comum Álvaro mandou antes do jogo.

Quando o árbitro (que foi bem) encerrou o clássico, eu então torpedeei Marcos e Evair:

– Agora é com vocês. Foi assim em 2000, 1999, 1994, 1993.

E tinha de ser em 2015. Como foi.

Gripado, eu não estava nem no Fox Sports e nem trabalhando pela Jovem Pan. Onde havia palpitado que a decisão seria nos pênaltis. Mas seria corintiana…

Estava com meus filhos, minha mulher, minha filhota, e meu primo Calabar, com as duas palmeirenses de Piracicaba dele.

Eu só lembro de ter comentado com ele antes do dérbi:

– Hoje o dia está nublado…

Como no SP-74. Como no SP-93.

Ele apenas sorriu.

E não lembramos a última decisão que vimos juntos do Palmeiras.

De fato, ele lembrou. Mas não falou.

Eu também sabia. Mas não queria falar antes dos pênaltis. Quando eu não conseguia falar pela tosse e rouquidão. Ou pelo pavor mesmo que consome qualquer um que não esteja comentando pelo rádio ou pela TV.

Claro que eu sabia qual a última decisão que tinha visto com meu primo. Foi em 1986. Com mais 40 amigos.

No dia que seria maldito por 12 anos: 3 de setembro. De 1986.

Derrota para a Inter de Limeira, no Morumbi.

Aquela.

Mas os nossos dias são como os jogos de um time grande. Tem vez, muitas vezes pro meu gosto, que ele até parece pequeno. Mas ele é grande. Ele é a nossa vida. Ele vira o jogo. E a história.

Doze anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 1998, nasceu o meu Luca, meu filho mais velho, irmão do caçula Gabriel.

Dezesseis anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 2002, nasceu a Luna, a filha mais velha do meu primo Calabar, irmã da Isabel, e meia-irmão do Theo.

Por isso que, em 19 de abril de 2015, Dia do Índio, em Itaquera (“pedra-dura” em Tupi-Guarani – que não é o de Campinas e nem o “da capital”…), eu, meu primo, e milhões que sabem que 1974, 1993 e tudo que se faz desde 1914 é eterno, todos nós pudemos mais uma vez sentir que, como diz um cara que deve estar ainda mais insuportável lá em cima, é “simplesmente impossível a quem não é palmeirense”.

E faltou dizer então:

Prass defendeu o chute de Petros.

O que lembro é de sair pela casa e pular na piscina. Sem voz e com gripe na tarde fria de São Paulo. O que jamais vou esquecer é que todo mundo pulou junto.

Frio? Gripe?

Você não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians.

CORINTHIANS 2 x 2 PALMEIRAS

SEMIFINAL SP-15.

Arena Corinthians

19 de abril de 2015, domingo, 16h

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto

Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Alex Ang Ribeiro

Público: 39.055 torcedores (38.457 pagantes)

Renda: R$ 3.194.302,50

Cartões amarelos: Fagner e Felipe; Lucas e Arouca.

GOLS: Victor Ramos, aos 15 minutos, Danilo, aos 33, e Mendoza, aos 44 do 1º tempo;

Rafael Marques, aos 29 do 2º tempo

PÊNALTIS:

CORINTHIANS: Fábio Santos, Renato Augusto, Fagner, Ralf e Gil; Elias e Petros perderam

PALMEIRAS: Rafael Marques, Victor Ramos, Cleiton Xavier, Dudu, Kelvin e Jackson; Robinho perdeu

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf e Bruno Henrique (Petros); Jadson (Renato Augusto), Danilo e Mendoza; Vagner Love (Elias). Técnico: Tite

PALMEIRAS : Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Victor Ramos, Jackson e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia e Dudu; Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira

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O Derby https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-derby/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-derby/#respond Fri, 03 Nov 2017 20:45:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/03/o-derby/

Eu fiz um texto motivacional a pedido do Palmeiras, em 2015. Na semifinal do Paulista, em Itaquera. Eduardo Semerjian narrou para o time. A edição foi do pessoal do clube. Foi preleção para o elenco naquele jogo que “acabou, Petros”, nas mãos de Prass, nos pênaltis. Eu não vou fazer texto motivacional para domingo. Para […]

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Eu fiz um texto motivacional a pedido do Palmeiras, em 2015. Na semifinal do Paulista, em Itaquera. Eduardo Semerjian narrou para o time. A edição foi do pessoal do clube. Foi preleção para o elenco naquele jogo que “acabou, Petros”, nas mãos de Prass, nos pênaltis.

Eu não vou fazer texto motivacional para domingo. Para eles, para vocês, para nós. Então era necessário. Domingo, bastam 100 anos de Derby. O primeiro dos 3 a 0 de Izzo em 1917 a isso que vivemos em Itaquera em 2015. 2000 Marcos históricos. 1999 santo, 1974 Divino, 1986 justo, 1993 da paixão palmeirense. 1993 misto no Rio-São Paulo, leite da Parmalat para nos alimentar no Brasileiro de 1994. 8 x 0 em 5 de novembro de 1933. O mesmo dia da volta em 2017. Como em 2016 a vitória no turno do enea foi no 12 de junho.

Só vive de passado quem tem história. Nós temos. Eles têm essa sina de dar errado com a gente. Nos grandes clássicos, quase sempre, quem precisa se superar são eles. Mesmo quando têm mais time (e tinham no Rio-São Paulo de 1993, e em 1999, 2000 e 2015), não levaram. Ou só a lavada com nosso jeito. E a jato.

Não sei quem tem mais time no domingo. Até sabia em janeiro. Depois desconfiei. Não acreditei no que não fomos e no que eles foram até setembro. Mas, nos últimos quatro jogos, fomos melhores. Estamos melhor. Mas ainda atrás. Ainda dependemos deles. O que não é de todo ruim.

Péssimo seria chegar na Arena Corinthians e achar que o campeão voltou, que sentimos cheirinho de deca, que já somos o que, em 2016, só gritamos a sete minutos do titulo de fato. E não com mais de dez rodadas antes do final do campeonato, como alguns torcedores do rival.

O BR-17 estava perdido. Estava decidido. Foi reaberto pelo que deixaram de jogar, pelo que passamos a jogar. Pode ainda não dar em nada. É o mais provável. Mas só de ainda poder mostrar o poder do futebol já vale um Derby. Façamos como quase sempre. Responder pela bola, não pela boca. Não se perder pela celebração de vitória cantada antes. Só o porco do gol de Viola em 1993 morre de véspera.

Vamos a Itaquera como Palmeiras. Para ganhar o Derby. O que vier depois não será lucro. Será o que vem antes mesmo do jogo. Ainda mais Palmeiras x Corinthians.

PS: o texto da preleção da semifinal de 2015 é o que segue abaixo:

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Por que vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

 

 

E eles foram.

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Dudu digno dos Dudus verdes https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-digno-dos-dudus-verdes/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-digno-dos-dudus-verdes/#respond Sun, 01 Oct 2017 10:50:59 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/10/01/dudu-digno-dos-dudus-verdes/

Dudu merecia um jogo 150 melhor pelo Palmeiras. RelacionadasDudu avança etapa de recuperação, e Palmeiras inicia preparação para enfrentar InternacionalCom volta de Zé Rafael, Palmeiras inicia preparação para Copa do BrasilEspecialista em futebol italiano avalia Felipe Anderson no Palmeiras: ‘Melhor fase da carreira’Como foi a decisão da Copa do Brasil de 2015 contra o próprio […]

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Dudu merecia um jogo 150 melhor pelo Palmeiras.

Como foi a decisão da Copa do Brasil de 2015 contra o próprio Santos. Quando ele fez os dois gols que dariam no tri. Como ele teve no sábado do clássico 1000 duas chances tão cristalinas quanto aquelas. Só que, desta vez, não deu.

Como foi o Dérbi no tabu quebrado no Pacaembu em 2016 quando ele venceu Cássio por cima, o Corinthians por todos os lados, e celebrou com o boné de Wanderley Nogueira como se fosse o chapéu de janeiro de 2015.

Como foi o Choque-Rei de 2017, quando Dudu encobriu Dênis do lado de Ceni, e marcou outro gol histórico no clássico.

Dudu tem se saído muito melhor no Palmeiras do que a encomenda que já era pesada. Ele foi e tem sido muito mais jogador – e mesmo ídolo – e também capitão do que se esperava. E esperneava.

Eu não teria pagado tudo que se pagou em janeiro de 2015. Mas logo entendi que o Palmeiras precisava de um investimento de retorno ao mercado como mostrou naquela manhã de domingo. Investimento que se pagou além da conta. Mesmo com o primeiro semestre instável, de pênalti decisivo perdido contra o Santos na primeira final do SP-15, e a agressão no árbitro na volta.

Dudu amadureceu. Com e sem a bola. Marcelo Oliveira apostou legal na sua adaptação como ponta-de-lança central. Cuca deu mais liberdade para ele rodar o ataque e Dudu foi essencial no BR-16.

Em 2017, como todo o Palmeiras, alternou momentos.

Mas o que já fez em quase três anos é para guardar por todos os tempos.

Para tirar o chapéu.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-digno-dos-dudus-verdes/feed/ 0 PÓS-JOGO: Alex Müller comenta empate entre Palmeiras e Cruzeiro
+9 dos 1000 clássicos paulistas (parte 3): 2 x 2 Corinthians, SP-2015 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-2-x-2-corinthians-sp-2015/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-2-x-2-corinthians-sp-2015/#respond Fri, 29 Sep 2017 22:52:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/29/9-dos-1000-classicos-paulistas-2-x-2-corinthians-sp-2015/

  https://www.youtube.com/watch?v=Qsxvp1G1-Bk RelacionadasPalmeiras vence Athletico, segue 100% e na liderança do Brasileiro Sub-20Palmeiras x Botafogo-SP: escalações, arbitragem e onde assistirPalmeiras x Internacional: escalações, arbitragem e onde assistir São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915. O Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre: Data: 29/04/2015 Local: Arena Corinthians Juiz: Thiago Duarte Peixoto. […]

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https://www.youtube.com/watch?v=Qsxvp1G1-Bk

São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:

Data: 29/04/2015

Local: Arena Corinthians

Juiz: Thiago Duarte Peixoto.

Gols: Victor Ramos, Danilo e Mendoza; Rafael Marques

Decisão nos pênaltis: Palmeiras 6 x 5 Corinthians

Gols do Palmeiras: Robinho (fora), Rafael Marques, Victor Ramos, Cleiton Xavier, Dudu, Kelvin, Jackson.

Gols do Corinthians: Fábio Santos, Renato Augusto, Fagner, Ralf, Elias (Prass defendeu), Gil, Petros (Prass defendeu).

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Jackson, Victor Ramos e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia (Gabriel Jesus) e Dudu; Rafael Marques

Técnico: Oswaldo de Oliveira

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf e Petros (Bruno Henrique); Jadson (Renato Augusto), Danilo e Mendoza; Vagner Love (Elias)

Técnico: Oswaldo de Oliveira

 

É só uma semifinal de Paulista?!”. Você não sabe o que é futebol, amigo.

“Tanta festa só pra isso?!”. Você lembra a folia que o corintiano fez quando acabou com o jejum de 10 anos sem vitórias contra o Santos de Pelé, em 1968 (e era um tabu só pelo estadual)?

“Parece que conquistaram o mundo!”. E o mundo sabe o que o corintiano fez na invasão do Maracanã, em 1976. Quando a maior vitória não era nem vencer o campeonato que seria perdido para o Internacional – como também foi o Paulista de 1968. A grande vitória, amigo, era ter estado lá, no Rio, dividindo o estádio com o Fluminense.

Como foi épico para os palmeirenses que foram a Itaquera ver o melhor time do SP-15 cair nos pênaltis mais uma vez para o rival. O Timão que será terceiro lugar invicto no Paulistão. O Corinthians que segue sem perder na Arena. Segue como grande favorito na Libertadores. Mas não segue mais no SP-15.

Acontece, como ocorreu também nos pênaltis, no Pacaembu, no SP-11. O Palmeiras tinha melhor campanha e foi eliminado pelo Corinthians que acabaria vice paulista para o Neymar do Santos. Mas, no final daquele 2012, seria penta brasileiro. Iria para a Libertadores ser invicto campeão, e fecharia o ano em que “acabaria o mundo” reconquistando o planeta salvo.

Foi então tudo aquilo o Timão de Tite (e depois de perder para a Ponte o SP-12, nas quartas-de-final…). Pode ir além agora o Corinthians-15 que sofreu o primeiro gol do Verdão do reserva Victor Ramos, buscou a virada com o reserva de moral e decisão Danilo, e virou com o Romarinho-2015 Mendoza, em petardo de longe, no mesmo canto onde Prass não defendeu aquela bola. Mas defenderia outra ainda mais decisiva.

Feliz o corintiano que pode ter reservas como Danilo e Mendoza. Nem tanto Love. É fato que o  ex-palmeirense poderia ter feito o terceiro de cabeça, não fosse Prass, já no segundo tempo. Do mesmo modo como Oswaldo foi feliz ao, na dúvida, e nas dívidas de um elenco ainda em formação, e com os melhores do time longe de estarem 100% (Valdivia e Cleiton Xavier), atirar o time dele ao ataque.

O Palmeiras só não empatou um pouco antes em belo lance de Rafael Marques para Dudu por Cássio ser grande. E grande goleiro, também, ao desviar a bola que bateu na trave.

Felicíssimo Tite que pode, no dérbi difícil pelo crescimento palmeirense, escalar Renato Augusto e depois Elias na maratona insana. Equilibrando um jogo que foi mais verde depois pelo time que era só gente de frente. Gente grande como foi Dudu para jogar na cabeça de Rafael Marques o empate.

Placar justo pelos 90 minutos de qualidade, equilíbrio, intensidade e nervosismo.

Talvez injusto pela campanha corintiana no campeonato. Mas certamente bonito pelo que o Palmeiras está fazendo. E se refazendo.

E tem mais sobre a festa daquele jogo que retomou a confiança e orgulho alviverdes:

Palmeirenses fazendo merecido barulho pelas ruas antes desertas de tudo. Não de coração. Mas de gente de dentro e de fora que insistia em enterrar o clube numa vala incomum para o colosso que é. Querendo sepultar 100 anos como indigente. Por mais indignos que tenham sido alguns dirigentes e gerentes de uma massa que não é falida, embora falha. Os indigitados que tentaram executar execrando as exéquias palmeirenses muitas vezes foram apenas paus mandados de fígados e cotovelos doloridos. Ignaros concursados ou ignóbeis ignorantes terceirizados que vivem de matar a nossa paixão.

Essa turma que chamava o Santos de viúva de Pelé. O Palmeiras de ex-grande. Mesmo o Corinthians, quando rebaixado técnica e moralmente por escândalos políticos e administrativos de um 1-0-0 número de maracutaias e joorabchianadas de 1997 até o ocaso de Dualib e a queda para a Segundona dos infernos, em 2007. Esses coveiros de plantão de fim de semana de redação e de plantação de futricas fedidas que infestam a nossa mídia abaixo da média.

“Acabaram” com o Palmeiras como “acabaram” com o Corinthians e, agora, provavelmente, vão “acabar” com o São Paulo.

Não adianta pedir à essa turma que estude minimamente a história de idas e vitórias, derrotas e vindas de nossa vida.

Eles não vão entender.

E, por isso, vão achar que não valeu “nada” a invasão corintiana em 1976. Nem a virada corintiana por 4 a 3 contra o Palmeiras, em 1971. Nem o fim do “tabu” que não era tabu em 1968.

Perdoai-os, Rivellino. Eles não sabem nada.

Talvez eles não perdoem Elias, o melhor corintiano em 2015, que chutou o pênalti que definiria a classificação para a decisão nas mãos de Prass. Até porque, camisa 7 corintiano contra goleiro palmeirense em disputa de pênaltis… Já vimos esse filme antes.

Os mesmos infiéis de todas as cores e credos que talvez detonassem Robinho, o melhor palmeirense em 2015, por isolar o primeiro pênalti cobrado e perdido como a bola em Itaquera.

Mas tudo ficou mesmo empatado no último chute de Elias. Equilíbrio no tempo normal de um grande dérbi e também na primeira série de pênaltis.

Kelvin (o atacante que mal atuara, e foi bem improvisado na lateral-esquerda que não tinha as quatro opções do elenco), subiu a temperatura e fez o dele. Gil empatou 5 a 5. Jackson, outro reserva palmeirense, fez 6 a 5.

Petros, que foi um cara de tirar o chapéu em 2014, até no gol do primeiro Dérbi na Arena Corinthians, bateu bem, forte, no canto esquerdo de Prass.

Mas, daí, e logo depois, o que se viu depois da excepcional defesa foram os dedos erguidos para cima de Marcos Prass. Fernando Prass. O cara que defendeu e ajoelhou e confirmou a profecia-palpite de Evair, antes do jogo:

– Vai dar Palmeiras. Nos pênaltis.

Foi o torpedo que o nosso amigo em comum Álvaro mandou antes do jogo.

Quando o árbitro (que foi bem) encerrou o clássico, eu então torpedeei Marcos e Evair:

– Agora é com vocês. Foi assim em 2000, 1999, 1994, 1993.

E tinha de ser em 2015. Como foi.

Gripado, eu não estava nem no Fox Sports e nem trabalhando pela Jovem Pan. Onde havia palpitado que a decisão seria nos pênaltis. Mas seria corintiana…

Estava com meus filhos, minha mulher, minha filhota, e meu primo Calabar, com as duas palmeirenses de Piracicaba dele.

Eu só lembro de ter comentado com ele antes do dérbi:

– Hoje o dia está nublado…

Como no SP-74. Como no SP-93.

Ele apenas sorriu.

E não lembramos a última decisão que vimos juntos do Palmeiras.

De fato, ele lembrou. Mas não falou.

Eu também sabia. Mas não queria falar antes dos pênaltis. Quando eu não conseguia falar pela tosse e rouquidão. Ou pelo pavor mesmo que consome qualquer um que não esteja comentando pelo rádio ou pela TV.

Claro que eu sabia qual a última decisão que tinha visto com meu primo. Foi em 1986. Com mais 40 amigos.

No dia que seria maldito por 12 anos: 3 de setembro. De 1986.

Derrota para a Inter de Limeira, no Morumbi.

Aquela.

Mas os nossos dias são como os jogos de um time grande. Tem vez, muitas vezes pro meu gosto, que ele até parece pequeno. Mas ele é grande. Ele é a nossa vida. Ele vira o jogo. E a história.

Doze anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 1998, nasceu o meu Luca, meu filho mais velho, irmão do caçula Gabriel.

Dezesseis anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 2002, nasceu a Luna, a filha mais velha do meu primo Calabar, irmã da Isabel, e meia-irmão do Theo.

Por isso que, em 19 de abril de 2015, Dia do Índio, em Itaquera (“pedra-dura” em Tupi-Guarani – que não é o de Campinas e nem o “da capital”…), eu, meu primo, e milhões que sabem que 1974, 1993 e tudo que se faz desde 1914 é eterno, todos nós pudemos mais uma vez sentir que, como diz um cara que deve estar ainda mais insuportável lá em cima, é “simplesmente impossível a quem não é palmeirense”.

(Já mostramos outros 2 clássicos. Tem mais 6 para apresentar)

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107 anos do nosso rival há 100 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/#respond Fri, 01 Sep 2017 07:11:53 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/01/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/

Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória. RelacionadasAbel Ferreira se responsabiliza por má fase de Raphael Veiga no Palmeiras: […]

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Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória.

Saudar os 107 anos do maior rival há 100 é dever esportivo e prazer histórico. Temos 1974 razões para enfileirar emoções. 1993 motivos repetidos 1993 vezes. Bisados 1994. 1999, 2000 lembranças. 2015 orgulhos. Para não falar de 1986, 1951. Oito em 1933 ou 800 reclamações alheias.

Nossa alegria é ainda maior por tudo de maravilhoso que nos aconteceu contra “eles”. E todos sabemos quem são “eles” e quem somos “nós”. Os que deixamos os rivais mais um ano na fila, em 1974. Os que nos deixaram sair da fila, em 1993. Eles só poderão devolver o gol de Ronaldo se nos deixarem 21 anos na fila. Eles só poderão devolver os gols de Evair se saírem de 16 anos de fila contra a gente.

Além disso, e nem precisaria citar os marcos penais de nosso São Marcos, não são muitas as vitórias decisivas deles. Grandes e brilhantes corintianos têm jogos menores como os Dérbis deles. Celso Unzelte cita um 3 a 0 em 1978, que nem para a final estadual levaria. Juca Kfouri lembra a virada por 4 a 3 de 1971. E nem vice eles seriam.

Em São Paulo, verdes e negros só têm uma cor em comum. A branca. A da paz. A da bandeira que deve ser erguida sempre por treinadores, atletas, jornalistas e torcedores de bom coração. De enorme emoção para aguentar o clássico que desde 1917 para a cidade. Dérbi para corintianos e palmeirenses não se entenderem nem no número. Cada clube faz uma conta diferente para a estatística. Como o torcedor conta cada clássico do jeito que viu. Se é que viu. Se é que consegue contar o que estas linhas também não saberão.

Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. São pólos diferentes que se atraem por química, são corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.

Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder.

Um não vive sem o outro. Um morre se o outro vive. Mas ninguém precisa morrer no duelo onde quem é realmente vivo o vive intensamente. A rivalidade exige o adversário em pé, ainda que derrubado. A graça do clássico é a celebração dupla, da própria vitória, da derrota alheia. Sei que é menor, é mesquinho, é egoísta não se satisfazer apenas com o próprio sucesso, e torcer pelo fracasso alheio. Mas esse é o homem. Ser tão imperfeito e emocionante como um jogo de futebol que premia fracos, que derrota justos, que iguala desiguais. Sobretudo num clássico.

Corinthians e Palmeiras cresceram juntos, tiveram muitos filhos, e seguem prósperos, apesar de alguns filhos pródigos, impróprios ou infelizes. Seguem fazendo lindo esse casamento jamais consumado. Sempre negado. Mas que a bola sabe que esses dois viverão juntos para sempre. Porque esses amores não morrem. Nem podem matar.

É só o que queremos. Um clássico numa tarde de sol. Uma vitória para contar aos filhos, que contarão aos netos aquilo que realmente conta: um jogo que vale por uma vida, e não uma vida colocada em jogo por uma cor.

Parabéns, Corinthians. Nossa vida não seria tão feliz sem um rival como vocês. Da nossa família para o seu bando, muito obrigado pela parceria

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