Arquivos tag-Zinho - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-zinho/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Tue, 12 Jun 2018 09:43:35 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 12/06/1993: 25 anos que valem por 16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-06-1993-25-anos-que-valem-por-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-06-1993-25-anos-que-valem-por-16/#respond Tue, 12 Jun 2018 09:43:35 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/06/12/12-06-1993-25-anos-que-valem-por-16/

25 anos depois parecem menos tempo do que os 16 anos-trevas antes de 12 de junho de 1993. A vida anda mais corrida e impaciente que nossa torcida. Voltamos a ganhar quase tudo desde então. Caímos feio e levantamos lindo nesses 25 anos. Mas em 103 não teve pênalti como o de Evair. Gol como […]

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25 anos depois parecem menos tempo do que os 16 anos-trevas antes de 12 de junho de 1993. A vida anda mais corrida e impaciente que nossa torcida. Voltamos a ganhar quase tudo desde então. Caímos feio e levantamos lindo nesses 25 anos.

Mas em 103 não teve pênalti como o de Evair. Gol como o de Zinho. Vitória como aquela. Contra aqueles. Os rivais que deixamos na fila em 1974 e saímos dela em 1993. Com erros de arbitragem de fato – não de direito. Edmundo tinha de ser expulso por revidar entrada feia de Paulo Sérgio. Tonhão não tinha de ser expulso. Henrique demorou para ser expulso quando estava 1 a 0. Os quatro gols foram legais. O quinto de Edmundo foi mal anulado – pelo mesmo bandeirinha que hoje é presidente da comissão de arbitragem que conversa com árbitro em campo…

O árbitro errou para os dois lados. O lado verde da força ganhou como jamais um colosso saiu da fila: em 18 meses conquistou cinco canecos. Três deles contra o maior rival.

Como o gol de Basílio em 1977 contra a Ponte Preta, o de pênalti de Evair (o quarto) e o primeiro de Zinho fazem desta a maior data de celebração palmeirense.

Não por acaso o primeiro documentário oficial do Palmeiras (e meu e de Jaime Queiroz) é 12 de JUNHO DE 1993 – O DIA DA PAIXÃO PALMEIRENSE. Não por acaso o do Corinthians foi sobre 1977. Fila ninguém quer. Mas sair dela não tem como não querer mais. E não tem como querer algo melhor do que 1993. 60 anos depois dos 8 x 0 no Palestra. 19 depois dos “zum, zum, zum, é o 21”. 6 antes da canonização de Marcos. 7 antes daquele pênalti.

São 25 anos. E todos eles valem por aquele sábado. E até os 16 anos sem títulos valeram só pra ganhar aquele jogo. Contra aquele rival. Com o Palmeiras sendo Palestra. No Dia do nosso primeiro amor.

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Amarcord: Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro, Copa do Brasil-98 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-0-cruzeiro-copa-do-brasil-98/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-0-cruzeiro-copa-do-brasil-98/#respond Wed, 30 May 2018 12:15:45 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/05/30/amarcord-palmeiras-2-x-0-cruzeiro-copa-do-brasil-98/

Capítulo do livro 20 JOGOS ETERNOS DO PALMEIRAS. Lançamento da Maquinária Editora, em 2013. Ele conta um diálogo entre o avô de Angelo, o Nonno Beppe, e amigos conhecedores da história do Palmeiras. ANGELO – Teve algum jogo que você não acreditou na vitória ou no título do Palmeiras, Nonno? RelacionadasPalmeiras estreia em casa na […]

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Capítulo do livro 20 JOGOS ETERNOS DO PALMEIRAS. Lançamento da Maquinária Editora, em 2013. Ele conta um diálogo entre o avô de Angelo, o Nonno Beppe, e amigos conhecedores da história do Palmeiras.

ANGELO – Teve algum jogo que você não acreditou na vitória ou no título do Palmeiras, Nonno?

NONNO BEPPE – Teve. A primeira das cinco conquistas do Felipão no Palmeiras. Ele estava completando um ano de clube em 30 de maio de 1998. Havia sido vice-campeão brasileiro em 1997 com dois empates contra o Vasco de Edmundo e Evair.

ANGELO – Normal perder para dois mitos.

NB – No Rio–São Paulo de 1998, paramos nos pênaltis, nas semifinais, contra o São Paulo. No Paulistão, de novo eliminados por eles. Eu não estava acreditando muito na equipe na Copa do Brasil. Prioridade do clube no primeiro semestre, por ser o famoso “atalho” para a Libertadores do ano seguinte.

FERNANDO GALUPPO – A gente era meio zicado nesse torneio que começara em 1989. Pra você ver como não tínhamos sorte na Copa do Brasil, em 1996, aquele esquadrão espetacular do Palmeiras ganhava de tudo e de todos. Era campeão estadual com a melhor campanha do profissionalismo paulista quandoentrou em campo para definir a conquista contra o Cruzeiro de Levir Culpi. Um ótimo time. Mas não superior ao nosso. Ainda mais no Palestra.

JOTA CHRISTIANINI – Mas, naquela noite fatídica de 19 de junho de 1996, não era para nós. Ainda mais quando o Muller pulou o muro e voltou para o São Paulo e não jogou a final.

NB – Tanto no jogo de ida em Minas quanto na volta jogamos mais e melhor que o Cruzeiro. Em 180 minutos, tivemos 25 oportunidades de gol. No Mineirão, foi 1 a 1. No Palestra, um golaço do Luizão abriu o placar. Mas uma rara falha do Amaral empatou o jogo ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, seguíamos massacrando. Teve três lances que perdemos concluindo a jogada com o Dida batido, atrás de nossos atacantes! Pelas minhas contas, criamos 25 chances em dois jogos e marcamos apenas dois gols na decisão de 1996. Eles tiveram cinco oportunidades e fizeram três. Acontece.

JC –Aquele time espetacular não merecia “apenas” o título paulista de 1996. Devíamos ter ganhado muito mais. Se o Muller não vai pro São Paulo, e se o Rivaldo não é negociado em seguida com o La Coruña, teria sido o maior da nossa história.

NB – Tudo se perdeu no finalzinho daquele jogo. O Palhinha quase fez um golaço pra eles, tocando por cobertura . Mas o Velloso fez uma defesa sensacional e evitou a virada, aos 31 do segundo tempo.

FG – Cinco minutos depois…

NB – Cruzaram uma bola da esquerda, o Velloso se desequilibrou e tentou fazer a defesa em dois tempos. Quando ela quicou no chão, o nosso carrasco Marcelo Ramos deu um toquinho nela…

FG – Ninguém lembra a defesaça do Velloso um lance antes. Só a falha dele no gol do Cruzeiro.

NB – Uma injustiça com um senhor goleiro que muito bem nos defendeu, desde 1989. No Brasileirão de 1994, por exemplo, o Velloso foi fundamental na conquista contra o Corinthians.

JEF – Mas pegaram muito no pé dele depois daquela falha em 1996.

NB – O que o deixou ainda mais vivo e com vontade de dar o troco na decisão da Copa do Brasil de 1998. Contra o mesmo Cruzeiro. Só que no Morumbi.

FG – O Velloso sempre disse que, na semifinal entre Cruzeiro e Vasco, torceu feito louco pelo time mineiro. Só para ter, dois anos depois, a chance de se redimir contra o mesmo adversário.

JC – A Copa do Brasil de 1998 começou com duas vitórias contra o CSA. Na fase seguinte, eliminamos o Ceará, empatando lá e ganhando por 6 a 0 no Palestra. Nas oitavas de final, perdemos a primeira partida para o Botafogo por 2 a 1, no Rio. Na volta, no Palestra, o ex-gremista Agnaldo fez o gol da classificação. Além do Felipão e do preparador Paulo Paixão, Arce, Paulo Nunes, Arilson e Agnaldo faziam a base gremista e copeira do novo Palmeiras mais competitivo. Era uma ideia do Felipão. Aliar ao conceito acadêmico do Verdão uma alma mais peleadora, pegadora..

FG – Nas quartas de final da Copa do Brasil, já eliminados do Paulistão, e com bons reforços como o atacante Almir e o meia Darci (outros que surgiram no Grêmio anos antes), ganhamos bonito do Sport por 2 a 0, na Ilha do Retiro.

Na volta, empatamos por 1 a 1 e nos classificamos.

NB – Nas semifinais enfrentamos o Santos. No Palestra, saí decepcionado. Só 1 a 1. Um empate sem gols na Vila Belmiro bastaria para eles. Eles tinham um time bem dirigido pelo Emerson Leão. E com dois ex-palmeirenses jogando muito e querendo mostrar serviço contra nós…

JEF – O Viola fez 1 a 0, mas não imitou porco. O Muller jogou muito. Mas o Palmeiras foi cirúrgico. O Oséas e o Darci (que também jogara pelo Santos em 1989) viraram o placar. O Argel (que jogaria no Palmeiras mais tarde) empatou só aos 47.

Pelos gols marcados fora de casa, estávamos em mais uma final de Copa do Brasil.

NB – Para alegria do Velloso. Mas para muita desconfiança nossa. Até então, a equipe do Felipão não rendera muito. Falhava demais nas decisões. Era muito provável que, se não vencêssemos a Copa do Brasil de 1998, o Felipão não per-

maneceria no clube.

JC – Perdemos o primeiro jogo final para o Cruzeiro, no Mineirão, em uma terça-feira à noite. Um a zero, gol do Fábio Júnior. Era o grande nome do ataque cruzeirense. Foi a grande ausência deles no jogo de volta no Morumbi, no sábado à tarde. No dia seguinte, o Brasil enfrentaria o Athletic, em Bilbao, se preparando para a Copa de 1998. O que havia tirado Dida do elenco cruzeirense.

NB – Mas também estávamos sem Arce, grande lateral direito do Paraguai. Nosso principal cobrador de faltas, ele já havia feito três gols de falta na Copa do Brasil.

FG – Fazia muito frio naquele sábado. Tempo feio com cara de chuva. Mais ou menos como em 12 de junho de 1993. No mesmo estádio. Com o mesmo Zinho jogando demais! Foi o melhor em campo.

e a ligação direta com o ataque estava funcionando.O primeiro lance deles foi só

com 20 minutos de jogo. Quando eles começaram a marcar um pouco mais à

frente e trocar melhor a bola. Com meia hora eles já estavam melhores que nós.

JEF – O árbitro Sidrak Marinho não estava bem. Deixou o pau comer dos dois lados.

NB – Naquela quermesse de balões que estava o nosso time, o Alex estava com torcicolo só de ver a bola voando de um lado para o outro sem aproveitá-lo devidamente. Mas ele também não estava bem.

FG – Eles quase empataram em um sem pulo do Marcelo Ramos, sempre ele, aos 44 minutos.

JC – Merecemos a vantagem no primeiro tempo. Mesmo com o Cruzeiro melhor na metade final da primeira etapa, tivemos oito chances de gol contra apenas duas dos mineiros.

NB – Jogamos pior na segunda etapa. Tivemos poucas chances. Das poucas bolas que finalizamos com algum perigo teve uma a 1 minuto e meio que só lembrei agora, revendo o jogo em DVD. Uma falta de longe, da meia-direita, que também saiu longe. Um lance que lembro bem de ter falado na hora, na arquibancada: por que o Zinho vai chutar de tão longe…

FG – Pois é…

NB – Sem o Arce, ele havia se tornado o principal cobrador de faltas da equipe. Mas de infrações próximas à área. Não dali. Não era o caso.

JC – Pois é…

JEF – O Cruzeiro mandou no segundo tempo. O Alex caiu tanto de produção que foi trocado pelo Arilson, aos 22. O que nem por isso justifica a troca. O Arilson tinha chegado até a seleção, em 1996. Mas no Palmeiras foi uma negação. Errava quase tudo, mal corria, mal jogava.

FG – Aquele segundo tempo pareceu durar anos. Erramos ainda mais os passes, nos enervamos e vimos o Cruzeiro jogar. O Ricardinho dominou o meio-campo.Pra piorar, aos 21 minutos, o Paulo Nunes sentiu a perna e saiu. Entrou o Almir, ótimo atacante, mas que não estava no mesmo ritmo e entrosamento.

JC – O Alex realmente não foi o que foi em muitos jogos decisivos, a partir da conquista da Mercosul de 1998. Ele não estava bem. Mas um craque não se tira. O Felipão brincou com a sorte ao trocá-lo pelo Arilson. Até porque o Alex poderia bater pênalti. Assim como o Paulo Nunes, que teve de sair.

NB – Mas a sorte era nossa. Não conheço campeão azarado. O Cruzeiro estava melhor mas finalizava pouco. Ainda assim, melhor que o Arilson, que deu um chute de pé direito bizarro, aos 33. Sem contar um lançamento bisonho que ele deu logo depois.

FG – Eu temia pelo pior. Não por um gol mineiro, que praticamente acabaria com tudo. Mas pelos pênaltis. O jogo estava fedendo para isso.

NB – Pênalti não é loteria. É frieza, tranquilidade, treino, categoria. Um monte de coisa. Muitas que estavam faltando ao time.Mas não faltava incentivo da torcida. Gritamos quase todo o tempo. Embora, aos 31, eu aderi ao grito “raça, Verdão”. Parecíamos mais cansados que o Cruzeiro.

FG – O time deles seria vice-campeão brasileiro no final do ano (inclusive nos eliminando) e vice-campeão da primeira Copa Mercosul. Não por acaso, vencida pelo Palmeiras.

JC – A experiência adquirida no Mercosul seria fundamental depois para aprendermos a jogar e ganhar a Libertadores, em 1999. Torneio que disputamos exatamente por aquilo que faríamos no final de um jogo muito duro naquele

sábado no Morumbi.

FG – Aos 36 minutos, quando o Galeano errou um passe e jogou para a lateral, achei que estava tudo perdido. Só não saí do estádio porque não há como deixar o Palmeiras na mão. Cheguei a me levantar quando cavamos uma falta na

meia-esquerda. O Zinho bateu com efeito, o Paulo César relou na bola e ela explodiu no travessão.Eram 38 minutos. A única chance nossa no segundo tempo.

Era pouco. Mas por pouco não foi tudo. Mas fiquei meio encanado.

NB – Eu tinha convicção. Não ganharíamos o título.

JEF – Aos 40 minutos, começou a chover mais pesado. E a nossa torcida gritando ainda mais forte.

NB – Aos 43 minutos, o Almir foi derrubado pelo Marcelo Djian, na meia-direita. Falta discutível. Mas ninguém do Cruzeiro reclamou.

FG – Eu só reclamei quando vi o Zinho, de novo, para bater uma falta que era muito de longe.

NB – O Rogério e o Arilson encostaram para bater. Apesar da chuva que atrapalhava o goleiro, pela distância, pensei que o Palmeiras poderia fazer alguma

jogada, levantar a bola na área, qualquer coisa. Menos o Zinho chutar direto.Já vi muito jogador do Palmeiras dizendo o mesmo. O Velloso, quando viu a falta de longe, lá da meta dele, pensou igual. Ele falou: “Para que o Zinho vai chutar

daí…? Não é falta para ele.” Mas o filho do Sr. Crizan nasceu para ser campeão…

FG – O Zinho chutou lá de longe. O Paulo César foi encaixar a bola e ela escapou das mãos dele, bateu no queixo e sobrou quase na linha de fundo, perto

da trave esquerda.

JC – O Oséas veio feito um Oséas e fechou os olhos. Não viu o Almir livre ao lado dele. Nem o Galeano chegando com dois cruzeirenses. Sem o menor ângulo, cabimento, chance, juízo, ele deu uma pancada que raspou o travessão e foi

morrer no canto direito alto da meta do Cruzeiro.

NB – O Velloso disse que mais ouviu a torcida que viu o gol. Ele só viu a bola inflando o alto da rede do Cruzeiro. Eu mesmo levei um tempão para entender o

lance. Celebrei mais pelo grito da torcida que por ter sacado que a bola entrara.

FG – A celebração do gol foi como se fosse uma ola sonora da arquibancada.

Muita gente no Morumbi mais ouviu o grito da galera que viu o gol do Oséas. Até porque nem ele entendeu o que fez. As pessoas gritaram gol mais pela celebração

da torcida e dos jogadores que pelo que viram o Oséas fazer.

JEF – O pessoal do banco conta que, quando o Paulo César deu o rebote e o Oséas se preparou para dar aquela castanhada, o Felipão se levantou e começou

a xingar o centroavante, que deveria rolar para trás para o Almir livre, na pequena área, sem goleiro. O Felipão continuou xingando o Oséas do mesmo jeito quando entendeu que aquele chute totalmente sem nexo era o gol do 2 a 0. O gol do

título. Aos 44 minutos. Ele continuou berrando. Mas agora era de alegria e alívio.

NB – Eu não fui muito confiante ao Morumbi. Fui perdendo a confiança com o jogo. Confesso que poucas vezes me emocionei tanto como naquele gol e a vitória que veio quatro minutos depois. Aquele título nos levou para a Libertadores que conquistaríamos um ano depois.

JC – Conquistas que começaram naquela tarde de frio e chuva. Quando Oséas fez um gol mais improvável que o gol contra que fizera a favor do Corinthians meses antes.

NB – Gol do título que, com dois anos de atraso, redimiu o espetacular Palmeiras de 1996. E fez justiça ao dar a segunda chance a Velloso. Dando a nós a primeira das muitas sensações que teríamos quando conduzidos pelo Felipão.

Quando muitas vezes vivemos e viramos milagres.

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Especial Libertadores-99: Amendoim! Palmeiras 2 x 1 Guarani, em 21/3/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-amendoim-palmeiras-2-x-1-guarani-em-21-3-99/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-amendoim-palmeiras-2-x-1-guarani-em-21-3-99/#respond Wed, 21 Mar 2018 21:15:13 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/21/especial-libertadores-99-amendoim-palmeiras-2-x-1-guarani-em-21-3-99/

“Eles são as maiores cornetas do futebol brasileiro. Aquele pessoal come muito amendoim. A casca deve cair na roupa e eles ficam muito irritados. Embora eles não queiram, estamos progredindo”. Depois da virada por 2 a 1 contra o Guarani, pelo SP-99, domingo à tarde no Palestra, Felipão desabafava a respeito das cornetas do apocalipse […]

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“Eles são as maiores cornetas do futebol brasileiro. Aquele pessoal come muito amendoim. A casca deve cair na roupa e eles ficam muito irritados. Embora eles não queiram, estamos progredindo”.

Depois da virada por 2 a 1 contra o Guarani, pelo SP-99, domingo à tarde no Palestra, Felipão desabafava a respeito das cornetas do apocalipse palmeirense. Criava um termo que pegou. Diferentemente do time que não se encaixava. Também pela falta de tempo para treinar. Excesso de jogos e viagens. Questões internas entre comissão técnica e diretoria, cogestora e clube, treinador e alguns líderes do elenco, alguns egos inflados.

As cobranças eram fortes e exageradas. Mas o time realmente não rendia tudo. Pela qualidade e quantidade de atletas, a evolução ainda não era a esperada. A classificação para as oitavas da Libertadores estava ameaçada.

Felipão poupou Arce na lateral. Taddei foi improvisado novamente. Jackson atuou na articulação no lugar de Alex que não vinha bem. Zinho e Oséas voltaram ao time. Mas foram apenas razoáveis.

O Guarani fez 1 a 0 de pênalti sofrido por Rubens Cardoso (jogaria no Palmeiras no BR-02) e convertido por Gilson Batata. Oséas empatou ao 26, aproveitando passe de Paulo Nunes. A virada veio aos 32. Paulo Nunes finalizou bonito passe de Zinho. Aos 45 faltou um pênalti claro ser marcado em Jackson.

Na segunda etapa o Verdão administrou o jogo e o desgaste e mereceu a vitória. Mas não muitos elogios.

PALMEIRAS 2 X 1 GUARANI

Competição: Campeonato Paulista/Segunda Fase

Data: domingo, 21/março (tarde)

Estádio: Parque Antártica

Cidade: São Paulo (SP)

Juiz: Sálvio Spínola Fagundes Filho (SP)

Renda: não disponível

Público: 6 144

PALMEIRAS: Marcos; Taddei (Arce), Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Galeano

(Pedrinho), César Sampaio e Zinho; Jackson; Paulo Nunes e Oséas (Evair)

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gols: Gílson Batata (pênalti) 11, Oséas 20 e Paulo Nunes 33 do 1º

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Especial Libertadores-99; Felipão cutucava feras do elenco que não parecia unido, em 18/3/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-felipao-cutucava-feras-do-elenco-que-nao-parecia-unido-em-18-3-99/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-felipao-cutucava-feras-do-elenco-que-nao-parecia-unido-em-18-3-99/#respond Sun, 18 Mar 2018 18:25:17 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/18/especial-libertadores-99-felipao-cutucava-feras-do-elenco-que-nao-parecia-unido-em-18-3-99/

Não foi apenas a derrota para o Corinthians no Morumbi e a segunda atuação abaixo da média na Libertadores. O Palmeiras também parecia não se entender fora do campo. Começando pelos trancos que Felipão costumava dar e nem sempre davam certo. Para o jogo menos de 48 horas depois contra o Gama, no Distrito Federal, […]

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Não foi apenas a derrota para o Corinthians no Morumbi e a segunda atuação abaixo da média na Libertadores. O Palmeiras também parecia não se entender fora do campo.

Começando pelos trancos que Felipão costumava dar e nem sempre davam certo. Para o jogo menos de 48 horas depois contra o Gama, no Distrito Federal, pela Copa do Brasil (absurdo de um calendário muito pior que o atual que já não é bom), Felipão nem levou Zinho e Oséas. Não era só o devido descanso. Era um desgaste talvez indevido do comandante com comandados incomodados com as atuações e também com Felipão:

  • – Estou levando os meninos. Jogador que ganha pouco corre muito mais. A acomodação mata.

Recado dado, o treinador ainda precisava contornar a questão da capitania. Desde que retornara César Sampaio ao clube, ele retomara a tarja de capitão. Lesionado por duas semanas, a capitania foi uma discussão velada entre o grupo de Zinho (dos mais rodados) e de Evair (dos mais jovens). Cléber foi capitão no Derby em nome dos “independentes”.

Não era nada que atrapalhasse demais o ambiente, mas criou, sim, alguns atritos contornáveis pelos resultados.

Na meta, apesar de não ter culpa alguma nos gols corintianos, a comissão técnica ainda não tinha plena confiança em Marcos. Ou toda aquele que depositava o preparador Carlos Pracidelli. Sérgio poderia reaparecer na equipe durante os pelos menos três meses de convalescença de Velloso. Um novo goleiro também poderia ser contratado pela Parmalat.

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Especial Libertadores-99: complicou… Corinthians 2 x 1 Palmeiras, em 17/3/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-conplicou-corinthians-2-x-1-palmeiras-em-17-3-99/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-conplicou-corinthians-2-x-1-palmeiras-em-17-3-99/#respond Sat, 17 Mar 2018 11:50:06 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/17/especial-libertadores-99-conplicou-corinthians-2-x-1-palmeiras-em-17-3-99/

https://youtu.be/oEQzGlmreO8     O Corinthians não vencia o Derby havia dois anos. Eram quatro vitórias palmeirenses e quatro empates. Até os 2 a 1 naquela quarta de Libertadores, pela quinta rodada. O rival ainda faria dois jogos. O Palmeiras precisava agora vencer o Cerro Porteño no Palestra para garantir a classificação no mata-mata. Possivelmente atrás […]

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https://youtu.be/oEQzGlmreO8

 

 

O Corinthians não vencia o Derby havia dois anos. Eram quatro vitórias palmeirenses e quatro empates. Até os 2 a 1 naquela quarta de Libertadores, pela quinta rodada. O rival ainda faria dois jogos. O Palmeiras precisava agora vencer o Cerro Porteño no Palestra para garantir a classificação no mata-mata. Possivelmente atrás do Corinthians. E com a pedreira do Vasco que parecia ainda melhor que o time campeão da América em 1998… E com o Palmeiras que parecia pior que o campeão da Mercosul, em 1998…

Sem Velloso (que sofrera problema muscular que o tiraria de campo por pelo menos dois meses), Felipão apostou em Marcos. Mas o goleiro nada pôde fazer. O Corinthians foi melhor em quase todo o Derby e mereceu o resultado.

Antes da partida, o elenco rival recebeu manifesto da torcida exigindo mais futebol e raça dos medalhões, mesmo com os salários atrasados. Cobravam muito Marcelinho Carioca, em fase instável. E terminavam dizendo que NÃO AGUENTAMOS UMA NOVA DERROTA PARA “ELES”.

No caso, nós.

E nós não os aguentamos no Morumbi. Marcelinho fez 1 a 0 aos 8, aproveitando passe de Edilson. Aos 35 ampliou com Fernando Baiano, em mais um lance de Marcelinho, mais uma jogada pela esquerda da nossa zaga. Paulo Nunes ainda diminuiu, de cabeça, aos 45 (FOTO).

Na segunda etapa, com a volta do lesionado César Sampaio no lugar de Galeano, e Oséas no de Zinho, com Evair recuado para armar com Jackson, o Palmeiras melhorou, criou mais, mas não a ponto de merecer empatar.

CORINTHIANS 2 x 1 PALMEIRAS

Libertadores da América/Primeira Fase

Quarta-feira, 17/março (noite)

Morumbi

São Paulo (SP)

Juiz: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ)

PALMEIRAS: Marcos; Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Galeano (César Sampaio), Rogério e Zinho (Oséas); Alex (Jackson); Paulo Nunes e Evair

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gols: Marcelinho Carioca 7, Fernando Baiano 35 e Paulo Nunes 45 do 1º

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Especial Libertadores-99: Palmeiras apresentava Leo e Corinthians queria mudar treinador, em 22/2/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-palmeiras-apresentava-leo-e-corinthians-queria-mudar-treinador-em-22-2-99/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-palmeiras-apresentava-leo-e-corinthians-queria-mudar-treinador-em-22-2-99/#respond Thu, 22 Feb 2018 10:25:52 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/22/especial-libertadores-99-palmeiras-apresentava-leo-e-corinthians-queria-mudar-treinador-em-22-2-99/

O Palmeiras não parecia pronto para a estreia na Libertadores-99 contra o Corinthians. Felipão temia levar uma “lambada” se o time não melhorasse o desempenho contra um rival que começava e engrenar. Mas que já voltava à estaca-zero. Paulo Autuori havia sido convidado a assumir o comando do Corinthians na Libertadores. Ele não apenas recusou […]

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O Palmeiras não parecia pronto para a estreia na Libertadores-99 contra o Corinthians. Felipão temia levar uma “lambada” se o time não melhorasse o desempenho contra um rival que começava e engrenar. Mas que já voltava à estaca-zero. Paulo Autuori havia sido convidado a assumir o comando do Corinthians na Libertadores. Ele não apenas recusou o convite como anunciou à imprensa e ao amigo Oswaldo de Oliveira, que estava deixando de ser o que era desde 14 de janeiro de 1999.

Oswaldinho ainda reafirmou que sentaria no banco de reservas no Morumbi contra o Palmeiras. Mas não se sabia como treinador ou voltaria q ser auxiliar-técnico, como havia sido em 1998 no Corinthians. A direção alvinegra contatara outros treinadores além de Autuori. Celso Roth, Carlos Alberto Parreira e Daniel Passarella. Evaristo de Macedo parecia ser a bola da vez. Ele havia sido demitido do Flamengo no dia anterior.

No Palmeiras, todos estavam surpresos com a crise corintiana. “Não esperava isso na semana do Derby”, disse César Sampaio. Os atletas também não esperavam que o próprio Palmeiras vazasse o peso acima do ideal de alguns titulares para a imprensa. Zinho era o mais irritado. Felipão respondeu do jeito dele: “se o time estivesse melhor preparado não teria sofrido para eliminar o São Raimundo na Copa do Brasil”…

Era mais um modo de Felipão dar um tranco no elenco. Na época, a estratégia costumava funcionar.

Rivarola ficaria duas semana fora por lesão.

O lateral-esquerdo Leo (foto) foi contratado por empréstimo do União de Araras. Não era pedido de Felipão. Logo, jamais seria escalado. Foi parar no Santos, onde se tornaria um dos atletas mais vencedores da história do clube.

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Evair, 53 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/evair-53/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/evair-53/#respond Wed, 21 Feb 2018 15:40:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/21/evair-53/

Dezesseis anos e nove meses se passaram naqueles seis segundos entre o apito de José Aparecido de Oliveira e a bola ultrapassando a linha fatal do goleiro deles, o Wilson. (A frase que você acabou de ler levou o mesmo tempo que Evair Aparecido Paulino gastou para perceber a autorização do árbitro, correr para a […]

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Dezesseis anos e nove meses se passaram naqueles seis segundos entre o apito de José Aparecido de Oliveira e a bola ultrapassando a linha fatal do goleiro deles, o Wilson. (A frase que você acabou de ler levou o mesmo tempo que Evair Aparecido Paulino gastou para perceber a autorização do árbitro, correr para a bola, deslocar o goleiro deles, e entrar para a história).

Fosse um dos não poucos bagrecéfalos que infestaram o manto verde nos anos de fila, o palmeirense poderia, naqueles momentos, estar mais amargurado que aquela torcida que foi deixada na fila pelo Palmeiras, em 1974, e que, naquele 12 de junho de 1993, ajudava o rival figadal a sair do jejum de títulos para entrar na antologia.

Mas, não. Era Evair. Ele soltou o pé que por 18 vezes balançara a rede naquele Paulistão de 1993. Era um ritual esperado e sacramentado. Gol de pênalti de Evair. Três pontos finais. Nada mais natural, nada mais palmeirense. Mas, mesmo nas coisas mais simples e especiais, mais esperadas e consagradas, há uma emoção que não se consegue descrever. Não se consegue deter.

Tente você, palmeirense, lembrar daqueles seis segundos de 25 anos atrás. Tente imaginar o que você pensou – se pensou; o que chorou – como chorou; o que gritou – e como berrou, naquela bola que entrou no canto direito do gol, no lado esquerdo do peito. Se é que você, palmeirense, viu mesmo aquela bola entrar, lá no Morumbi; se é que você, palestrino na televisão, conseguiu olhar para aquela tela que tantas vezes amaldiçoou por 16 anos; se é que você, verde de ouvido no rádio, conseguiu ouvir alguma palavra metralhada na imaginação dos narradores; se é que você, palestrino como o meu pai, o velho Joelmir, que não tinha coração para ver e ouvir o jogo, com Mozart no fone de ouvido do quarto de casa, viu alguma coisa quando o matador matou o jogo, eles, e a fila.

Matador? Eu, como jornalista esportivo, palmeirense e gente de paz, não necessariamente nessa ordem, nunca gostei do termo. Mas o Evair cai como chuteira nessa acepção. Cirúrgico, preciso, eficiente, frio, disciplinado, objetivo, profissional, equilibrado, Evair fez da vida de jogador um filme. A história dele no Palmeiras é de cinema. Chegou quase como contra-peso de Careca Bianchezi em 11 de junho de 1991 (quase dois anos de O Dia), foi afastado sem motivo e sem razão por Nelsinho Batista em abril de 1992 (justamente o treinador deles, na decisão de 1993), esteve estourado na fase decisiva do campeonato.  Mesmo baleado, o matador voltou à trincheira no duelo final.

Parece roteiro de novela mexicana. Mas é um clássico palmeirense de superação. “Boi, boi, boi, boi do Maranhão/ Viola artilheiro, Evair campeão”, pedia e gritava o palmeirense pelo Morumbi, por São Paulo e pelo Brasil naquela gelada tarde de sábado, ótima para namorar, maravilhosa para amar a primeira paixão das nossas vidas.

Você não nasceu amando uma cidade, um país, um filme, uma canção, uma mulher, um político, um partido, um ator, um autor, um músico, um macarrão, um cigarro. Você cresceu amando a sua família. Você nasceu torcendo pelo seu time. Você pode trocar de partido, de político, de mulher, de sexo, de carro, de tudo – mas não troca de paixão. Você nasceu Palmeiras, vai morrer Palmeiras. Como meus filhos Luca e Gabriel. Como meu amor Silvana e minha filhota Manoela.

Evair, profissional da bola e do gol, é um que pode trocar de paixão pela vida que levou. E a vida o levou ao Palmeiras. E ele vai levar o Palmeiras da vida. Mas só quando em Crisólia resolver sair deste campo. Porque o palmeirense não vai deixar Evair sair de nossa vida.

Evair fez, naqueles seis segundos de 12 de junho de 1993, toda a vida verde valer a pena. Cada ano vazio dos 16 valeu por aqueles instantes de Palmeiras. Todas as derrotas do mundo, do Brasil e de São Paulo acabaram valendo o pesar só para que o palmeirense pudesse sair da fila contra eles. Obrigado, Guarani-78, XV de Jaú-85, Inter de Limeira-86, Bragantino-89, Ferroviária-90. Todos vocês nos ajudaram a ser o Palmeiras-93. A Via Láctea da Parmalat. O time de Evair.

Ele mal tinha condições de suportar 90 minutos. Ficou 101 em campo. Estará eternamente em nosso campo dos sonhos. Fora do time, Evair continuou com a alma no gramado, ali no fundo do campo, chutando cada bola como se fosse a última, como se fosse você, como se fosse eu, como se fosse o alviverde inteiro. Gritando para os adversários as mesmas palavras que qualquer torcedor urrava. Se é que ele e o palmeirense ainda tinham voz.

Evair não nasceu palmeirense. Mas virou palmeirense, como ele virou o palmeirense em 1993, como ele virou a nossa vida naqueles seis segundos. O time todo foi maravilhoso naquele jogo. De Sérgio a Zinho, o grande Zinho, de Antonio Carlos e César Sampaio, o enorme capitão com uma bola no tornozelo inchado, de você a eles, todos foram imensos. Campeões. Palmeirenses.

Mas nenhum foi Evair. Com todo o respeito a César, a Heitor, a Mazola, a Romeu Pelliciari, a Vavá, grandes craques de grandes gols, grandes craques-bandeiras, Evair é Evair. Basta.

Nenhum outro desses tantos mitos teve tanta pressão num só lance, num só chute. Ele pareceu correr em 1976 e só chegar à bola em 1993. “Quando eu corri pra bola, eu não ouvia nada, e enxergava tudo. Quando ela saiu do meu pé, ouvi todos, e não enxerguei mais nada”.

O empate era nosso. Se não saísse aquele gol, naquela hora, eles, os rivais, com dois a menos, não teriam mais pernas (os pés eles já não tinham desde antes da decisão). Outro minuto o Palmeiras faria o gol do título. Claro. Mas estava escrito naquela constelação: o gol do título, o gol da sagração, o gol da redenção, será daquele que irá levantar os braços, olhar para o céu, e agradecer a Ademir da Guia pela graça concedida.

Graça que veio, que viu, que venceu, que Evair! Um César imperador, como um herdeiro de César Lemos, o Maluco, o santo César que amava o sereno das madrugadas nas glórias das Academias do Palestra Itália.

Evair tanto sabia de bola, tanto sabia de gol, que fez questão, na corrida do título, na carreira de seu caminho para o panteão palmeirense, de olhar o tempo todo para o canto direito baixo, ou melhor, rasteiro, da meta deles. Evair não desgrudou o olho do canto onde chutou. Como se dissesse ao estádio que era nosso: “é aí que vou mandar a bola do campeonato; é aí que vai acabar o jejum; é aí que vai surgir o Palmeiras; é aí que não vai haver dúvida; é aí que vocês podem pular que não vão alcançar; é aí que a bola vai entrar; é aí que é o gol; é aí, Evair”.

Foi ali, Evair, no canto cantado com os olhos. O nove de todos os noves do Palmeiras deu nove passos até chutar a bola da vida. Todos eles com os olhos vidrados no canto onde bateu, no canto onde não estava Wilson, onde não esteve nenhum rival, onde só esteve o campeão.

Do impacto na bola até ela cruzar a linha foram uns 50 centésimos de segundos. As meias e os calções brancos sujos da lama da tarde, a camisa verde e branca limpa da bola brilhante jogada, a grama pisada por aquele time histórico, o choro histérico de uma arbitragem de fato discutível, mas… Um ponto, até as vítimas não discutem: o matador.

Evair bateu o pênalti. Não preciso contar o resto da história. Só preciso contar aos filhos e netos de Evair que ele ainda não sabe o que foi para o Palmeiras.  O que é. O que será para sempre.

Obrigado, único matador que deu a vida.

Obrigado por, 25 anos depois, a nos dar esta história tão linda que parece ficção. A esta epopeia tão perfeita que parece Palestra. A esta história de amor no Dia dos Namorados tão maravilhosa que parece Palmeiras.

E foi.

E é.

Evair!

Parabéns pelos seus 53 anos. Parabéns pelos nossos 27 anos de idolatria.

E nem precisei aqui contar tudo que você fez por nós em 1999.

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Especial Libertadores-99: São Raimundo 1 x 2 Palmeiras, em 9/2/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-sao-raimundo-1-x-2-palmeiras-em-9299/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-sao-raimundo-1-x-2-palmeiras-em-9299/#respond Fri, 09 Feb 2018 13:55:41 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/09/especial-libertadores-99-sao-raimundo-1-x-2-palmeiras-em-9299/

O Palmeiras quase completo venceu a segunda partida que disputou na temporada. Mas não conseguiu cancelar o jogo de volta. No calor de Manaus, o 2 a 1 sobre o São Raimundo foi até compreensível. Até pelas menos de duas semana de treinos dos titulares que tiveram menos de um mês de férias depois da […]

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O Palmeiras quase completo venceu a segunda partida que disputou na temporada. Mas não conseguiu cancelar o jogo de volta. No calor de Manaus, o 2 a 1 sobre o São Raimundo foi até compreensível. Até pelas menos de duas semana de treinos dos titulares que tiveram menos de um mês de férias depois da conquista da Mercosul-98, no final de 1998.

Zinho abriu o placar aos 21 do primeiro tempo. Alex ampliou aos 13, garantindo a vantagem de dois gols que evitaria o jogo de volta, em São Paulo. Dois minutos depois, numa falha de marcação pelo lado esquerdo, pênalti e gol do São Raimundo.

O Palmeiras ainda tinha chances remotas de classificação no Rio-São Paulo-99. Mas Felipão queria usar os dois clássicos que faltavam para dar mais ritmo e entrosamento à equipe, duas semanas antes do Derby pela Libertadores.

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Especial Libertadores-99: magoado, Zinho criticava o clube em 08/01/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-magoado-zinho-criticava-o-clube-em-080199/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-magoado-zinho-criticava-o-clube-em-080199/#respond Mon, 08 Jan 2018 14:50:12 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/01/08/especial-libertadores-99-magoado-zinho-criticava-o-clube-em-080199/

“Fiz muito pelo Palmeiras e esperava um reconhecimento maior. Queria ampliar meu contrato por mais dois anos sem pedir um centavo a mais. Não quiseram”. RelacionadasOpinião: ‘Obrigado por tudo, Breno Lopes’Após Paulistão, quarteto assume liderança de maiores campeões pelo PalmeirasEXCLUSIVO: Presidente do San Lorenzo diz que ‘Palmeiras é rival mais difícil da Libertadores’E nem deram […]

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“Fiz muito pelo Palmeiras e esperava um reconhecimento maior. Queria ampliar meu contrato por mais dois anos sem pedir um centavo a mais. Não quiseram”.

E nem deram a bola. O vínculo do capitão Zinho se encerraria em dezembro de 1999. O Flamengo oferecera três anos e um salário maior. O armador preferiu ficar em São Paulo. Mas esperava mais dois anos de contrato que

Palmeiras e Parmalat não quiseram dar.

No mesmo dia o primeiro reforço para o calendário apertado para 1999 foi apresentado. Jackson, meia do Sport, duas vezes convocado para a Seleção. Ele já havia acertado a vinda em agosto de 1998. Logo depois da conquista da Copa do Brasil pelo Palmeiras. Antes da conquista do Mercosul-98 também pelo time de Felipão.

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Especial Libertadores-99: Rodrigo Fabbri viria para o Palmeiras em 06/01/99, e Zinho estava se acertando com o Flamengo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-rodrigo-fabbri-viria-para-o-palmeiras-em-060199-e-zinho-estava-se-acertando-com-o-flamengo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-rodrigo-fabbri-viria-para-o-palmeiras-em-060199-e-zinho-estava-se-acertando-com-o-flamengo/#respond Sat, 06 Jan 2018 10:55:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/01/06/especial-libertadores-99-rodrigo-fabbri-viria-para-o-palmeiras-em-060199-e-zinho-estava-se-acertando-com-o-flamengo/

Não seria um troca-troca. Mas parecia. O meia-atacante Rodrigo Fabbri (FOTO FAMILIAR DE 2017) viria para o Palmeiras. O meia Zinho voltaria para a Gávea como substituto do próprio meia-atacante revelado pela Portuguesa. RelacionadasFelipe Anderson, sobre acerto com Palmeiras: ‘Foi certo comunicar minha escolha’Após Paulistão, quarteto assume liderança de maiores campeões pelo PalmeirasOpinião: ‘Ciclos se […]

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Não seria um troca-troca. Mas parecia. O meia-atacante Rodrigo Fabbri (FOTO FAMILIAR DE 2017) viria para o Palmeiras. O meia Zinho voltaria para a Gávea como substituto do próprio meia-atacante revelado pela Portuguesa.

Zinho tinha contrato com o Palmeiras até o final de 1999. Pretendia renovar por mais dois anos. O Flamengo oferecia três anos de vínculo. Zinho pretendia permanecer no Verdão. Mas queria ampliar o acerto. A Parmalat (que administrava o futebol do Palmeiras) não queria negócio então. Deixava tudo nas mãos de Zinho.

Mas pretendia Rodrigo. Como também queria mais um centroavante e também o atacante Paulo Rink.

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