Opinião

No time do resultado, o empate não é de campeão

Ficaram pelo sintético do Allianz alguns pontos que transformam disputa em taça

Palmeiras x Sport (Cesar Greco/Palmeiras)
Palmeiras x Sport (Cesar Greco/Palmeiras)

Não foi a arbitragem, não. Zé Rafael poderia ter sido expulso ainda no primeiro lance que o amarelou, como também poderia ter se safado do amarelo na agressão que não cometeu. Circunstâncias de um jogo que caminhou para a anarquia, mas não deveria. Quem foi para o intervalo com a convicção que o domingo seria um dia de vitória, não se lembrou que era um dia de Palmeiras.

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Foi uma atuação de confirmações e dúvidas. O começo fez o palmeirense aumentar a quantidade de vinho na taça, mas o pênalti infantil do jovem Wesley teve ares de ‘Parmerada‘. E o mais surpreendente é que o time de Vanderlei soube superar o Boeing 767 estacionado por Jair Ventura à frente da zaga do Sport.

Em menos de meia hora, o Verdão virou o placar e ainda viu os pernambucanos perderem um jogador. Ganhando, com um a mais, o que poderia dar errado? O resultado. A chance para o terceiro gol se perdeu nos pés de William, que havia feito o primeiro. Pareciam 45 minutos protocolares até a vitória, mas tinha um cartão vermelho no meio do caminho. Tipo uma pedra, tipo a de Drummond.

Mais da metade de 2020, dois títulos, ou um e um projeto de, e o time parecia engrenar e aprimorar seu nível de futebol. Surgiram novidades nas quatro linhas que animaram, mas e quando algo fugiu ao protocolo, qual foi a forma de reagir? Faltou coragem. Ou medo de perder. Aquele, que tira a vontade ganhar, né, professor. A frase é sua, mas a execução não foi condizente.

Não tem mais espaço para noites de Goiás, Sport ou Bahia. É louvável que o desempenho cresça – finalmente, mas os pontos corridos não tem prorrogação. O valor dos pontos é o mesmo, seja hoje ou em 2021. O desempenho trouxe ares de quem pode brigar, mas o resultado contrapõe. Qual das versões deve ser levada a sério?

Que seja aquela que não escolhe a arbitragem como álibi.

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