Arquivos Academia - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/academia/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Fri, 10 Apr 2020 15:17:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial Primeira Academia 1965 – Sempre na ponta: Palmeiras 3 x 2 Fluminense https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-sempre-na-ponta-palmeiras-3-x-2-fluminense/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-sempre-na-ponta-palmeiras-3-x-2-fluminense/#respond Fri, 10 Apr 2020 15:17:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/10/especial-primeira-academia-1965-sempre-na-ponta-palmeiras-3-x-2-fluminense/

Depois de mais um show no Maracanã, com duas goleadas de 4 a 1 sobre Vasco e Flamengo, o Palmeiras voltava a atuar em casa. E sofrendo mais do que quando brilhava como visitante. A vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense manteve o time na ponta da tabela. Começando com Tupãzinho como ponta-de-lança […]

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Depois de mais um show no Maracanã, com duas goleadas de 4 a 1 sobre Vasco e Flamengo, o Palmeiras voltava a atuar em casa. E sofrendo mais do que quando brilhava como visitante.

A vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense manteve o time na ponta da tabela. Começando com Tupãzinho como ponta-de-lança no lugar de Servílio, com Ademar Pantera como centroavante mais fixo. O time ganhava mais presença de área e mais dinâmica na ligação meio e ataque.

O clássico foi equilibrado. O Flu saiu na frente aos 30, quando o centroavante Evaldo tocou para Antunes (irmão mais velho de Zico) passar por Djalma Dias e tocar na saída de Valdir.

O Palmeiras empatou aos 35. Tupãzinho passou para Ademir chutar a bola que Castilho largou e Pantera aproveitou o rebote. Mais 4 minutos e a virada à paulista: Tupãzinho armou para Ademar soltar o pé, e Castilho aceitar o gol palmeirense.

A 1 minuto da segunda etapa, um pênalti discutível do bicampeão mundial Altair e Dudu, que ainda saía bastante da cabeça da área alviverde. Rinaldo encheu o pé e fez 3 a 1.

Um dos motivos para que a equipe fosse apelidada de Academia foi a dinâmica de meio-campo. A parceria que começava a ser histórica (e duraria até 1976) entre Dudu e Ademir, que já em junho, dois meses depois, virariam titulares da Seleção Brasileira dirigida por Vicente Feola. O time realmente passou a ser mais equilibrado defensivamente com um ajuste que Filpo e os atletas mais experientes como Carabina incutiram na cabeça do volante que havia começado como armador na Ferroviária. Explica o próprio Dudu: "eu corria mais o campo todo e gostava de ajudar lá na frente. O Ademir e o Filpo e jogadores mais experientes chegaram em mim e pediram para eu ficar mais atrás, protegendo a nossa defesa na cabeça da área. Deu certo".

O Fluminense diminuiu para 3 a 2 aos 4 minutos, com Evaldo tocando por cobertura na saída de Valdir da meta. O Tricolor seguiu em cima, mas não conseguiu chegar ao empate numa partida mais eficiente que brilhante do Palmeiras.

PALMEIRAS 3 X 2 FLUMINENSE
Torneio Rio-São Paulo/Turno de Classificação
Sábado, 10/abril (tarde)
Pacaembu
Juiz: Antônio Viug
Renda: Cr$ 22 289 100
Público: não disponível
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto (Ferrari); Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Tupãzinho, Ademar Pantera e Rinaldo.
Técnico: Filpo Núñez
Gols: Antunes 30, Ademar Pantera 36 e Ademar Pantera 39 do 1º; Rinaldo (pênalti) 1 e Evaldo 4 do 2º

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Gildo, o mais rápido, foi muito cedo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/gildo-o-mais-rapido-foi-muito-cedo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/gildo-o-mais-rapido-foi-muito-cedo/#respond Fri, 02 Aug 2019 14:30:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/08/02/gildo-o-mais-rapido-foi-muito-cedo/

Tupãzinho rola para Servílio no centro do campo. Etel Rodrigues apitou o começo de Vasco x Palmeiras, no Maracanã. Rio-São Paulo. 7 de março de 1965. Servílio recua para Djalma Santos na lateral direita. Lance exaustivamente treinado por Filpo Núñez. Os jogadores não gostavam. Nunca acontecia nada quando ele lançava o veloz e driblador ponta-direita […]

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Tupãzinho rola para Servílio no centro do campo. Etel Rodrigues apitou o começo de Vasco x Palmeiras, no Maracanã. Rio-São Paulo. 7 de março de 1965.

Servílio recua para Djalma Santos na lateral direita. Lance exaustivamente treinado por Filpo Núñez. Os jogadores não gostavam. Nunca acontecia nada quando ele lançava o veloz e driblador ponta-direita pernambucano Gildo. Tão bom era que às vezes jogava na esquerda porque não tinha como tirar Julinho Botelho do time. Ou, como então, atuava mesmo no lugar do maior camisa 7 do Palmeiras.

O lançamento de Djalma Santos foi preciso. Gildo deu um toque na bola que tirou o zagueiro Ari do lance. O goleiro Levis saiu da meta afobado. Gildo só tocou e saiu para o abraço quase solitário. Porque ninguém tinha tido tempo de chegar perto dele.

Palmeiras 1 x 0. Para a história levou 7 segundos. Para alguns, ainda menos. Para outros, 9 segundos desde o pontapé inicial.

Para o Palmeiras, não houve gol mais rápido, mais Gildo, em 105 anos. Um dos mais rápidos de todos os tempos. Em lance trabalhado e treinado, talvez o mais rápido.

4 a 1 no final para o time que seria campeão do Rio-São Paulo antecipadamente. Equipe que representaria o Brasil no Mineirão. Time que foi apelidado de Academia.

Gol de Gildo. Assistência de Djalma Santos. Criação de Filpo.

Uma figura querida que sempre brincava a respeito disso. Um daqueles caras que não precisava partir tão cedo.

Força e luz à família.

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O melhor Natal da nossa vida https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-melhor-natal-da-nossa-vida/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-melhor-natal-da-nossa-vida/#respond Sat, 22 Dec 2018 11:05:02 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/12/22/o-melhor-natal-da-nossa-vida/

Faz 44 anos que o Corinthians estava há 20 sem ser campeão. Há 44 que faltavam 90 minutos para acabar a fila rival no Morumbi. No primeiro jogo decisivo do SP-74, eles foram melhores no Pacaembu depois de Lance empatar o Derby que Edu abrira o placar no primeiro ataque. No Morumbi, num domingo nublado […]

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Faz 44 anos que o Corinthians estava há 20 sem ser campeão. Há 44 que faltavam 90 minutos para acabar a fila rival no Morumbi. No primeiro jogo decisivo do SP-74, eles foram melhores no Pacaembu depois de Lance empatar o Derby que Edu abrira o placar no primeiro ataque.

No Morumbi, num domingo nublado e lindo de tão feio, não chegavam a 20 mil os palmeirenses. Só chegava corintianos de toda a cidade e das vizinhas. Campeão do turno enquanto o Palmeiras se recuperava de seis titulares que serviram o Brasil na Copa-74, o Corinthians usou o returno para se preparar para a decisão que desde 1954 não vencia. Quando Oswaldo Brandão o dirigia. Velho Mestre que era nosso condutor da Segunda Academia. Campeã invicta do SP-72. Bi nacional. Time que tinha sido campeão em fevereiro daquele 1974. Não pôde ser tri no BR-74 porque jogou sem os titulares na Alemanha. Tinha que ser favorita no SP-74. Ou ao menos mais respeitada pela imprensa que fazia cadernos de jornal em clima de está chegando a hora corintiana depois de décadas.

Mas, de fato, nem os palmeirenses pareciam acreditar na Academia. Sacrilégio. Por isso tão poucos há 44 anos no Morumbi. A maioria achava que era a hora de soltar o grito entalado e que acabaria sendo entubado mais uma vez.

Luís Pereira desarmou Rivellino com falta não marcada lá no ataque rival. O Palmeiras retomou a bola que Jair Gonçalves, improvisado substituto do lesionado Eurico, cruzou da intermediária para Leivinha ganhar de cabeça de Brito. O maior cabeceador que vi procurou Ronaldo, o mais importante nos Derbys. De voleio, o substituto do Maluco César brigado com Brandão e direção bateu de direita a bola que Buttice não conseguiu segurar. Como o rival não soube administrar a angústia de décadas sem títulos. Como não saberia devolver a derrota em 12 de junho de 1993. O dia para devolver o que fizemos em 1974. E repetimos como festa em 1993.

Faz 44 anos. Teve mais um gol absurdamente anulado de Ronaldo no fim do jogo. Mas era jogo mesmo pra 1 a 0 Palmeiras. São jogos mesmo desde 1917 para que não tenhamos dúvidas. As dívidas não são nossas. Nas divididas, ganhamos como Dudu desmaiou depois de uma bolada de Rivellino numa barreira e logo voltou para formar outra barragem humana na sequência. Humana como super-homem. Como Dudu e Ademir, coração e cabeça das Academias. As que também deixaram o rival ficar até 1977 na fila. Não por acaso quando Ademir se aposentou um mês antes. Quando Dudu já era treinador.

Faz 44 anos que ouvi Osmar Santos narrando o gol de Ronaldo pela Jovem Pan no radinho da sala sem TV ao vivo. Faz 44 anos que abracei meu irmão que hoje mora fora do país. Faz 44 que nosso pai pulou junto com a gente no único título que ouvimos juntos. Ou vimos pela TV como em 1976. Porque em 1993 eu já trabalhava em rádio e TV. Não conseguia mais celebrar com ele ou com meu irmão como vibramos então.

Eu não sabia disso então. Só pensei nisso agora. Você só deve estar lendo isso porque desde 1990 virei jornalista esportivo para contar títulos como esse. Vitórias como aquela. Gol como só esse. Um título que não teve igual no Derby pra eles. Título que só teria gosto maior pra nós em 1993.

Uma historinha de Natal que já faz 44 anos. E parece mesmo um presente para a gente contar todo ano. Aproveite a sua árvore natalina e coloque sempre nesta data uma bolinha de enfeite verde. Só pra lembrar quem já partiu como o meu Babbo. Só pra lembrar a partida que nos deve sempre lembrar que clássico não tem lógica. Mas o Derby tem a sua. A nossa.

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Quem vive de Palmeiras é quem tem memória https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/#respond Tue, 30 Oct 2018 16:16:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/10/30/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/

Haroldo é de Natal. Presente potiguar de belas praias e sol todo o ano. Ele é de 1932. Ano da revolução de São Paulo. Reviravolta mesmo foi quando ele se mudou para a capital paulista. Do sol 365 dias à terra da garoa e da fumaça. Foi em 1951. Ano das Cinco Coroas do Palmeiras […]

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Haroldo é de Natal. Presente potiguar de belas praias e sol todo o ano. Ele é de 1932. Ano da revolução de São Paulo. Reviravolta mesmo foi quando ele se mudou para a capital paulista. Do sol 365 dias à terra da garoa e da fumaça. Foi em 1951. Ano das Cinco Coroas do Palmeiras bicampeão da Cidade de São Paulo. Campeão paulista. Do Rio-São Paulo. Da Copa Rio. Quando o Palestra foi Brasil. O primeiro campeão intercontinental pelo país.

O irmão mais velho do Haroldo o levou ao Pacaembu em 1951. Ficou apaixonado pelo verde e vestiu a casaca. O fraque foi logo depois com Eunice. Prima de segundo grau do Lima que jogou em 1935 no Palestra. Tudo em família.

Nasceram duas palmeirenses. E o caçula, em 1969. O teste do pezinho foi quente. Nasceu campeão do Robertão. Com o nome do pai. Haroldo.

Em 1970 o pequeno Haroldo já torcia sem saber no Palestra. Cresceu com Leão, Luís Pereira e Leivinha. Dono da camisa 8 que sempre vestia nos jogos ao lado do pai. Ele sempre de 10. Divino da Guia.

Estavam juntos quando Ademir entrou em campo com o filho Namir pelas mãos. No jogo das faixas de 1976. 2 a 1 no Corinthians. Show e golaços de Jorge Mendonça. O herdeiro da 8 do pequeno Haroldo. Herança de pai de Natal. Presente de todos os natais dos Haroldos.

Perdeu a final para o Guarani no BR-78. Não sabia que ali se despedia do ídolo Leão. Ali começava Gilmar que era de Presidente Altino, Osasco. Onde eles foram vizinhos por 14 anos.

A alegria dos 5 a 1 de Telê em 1979. A penúria de 1980. Taça sim de Prata. Aparta o Darinta! Fila! XV? Braga? Ferroviária? Que trem é esse?

A estação só mudou em 1993. A Via Láctea da Parmalat fez os Haroldos viajarem por São Paulo. Foram em 30 jogos pelas estradas. O garoto sempre do lado direito para abraçar o pai com a mão esquerda sobre o ombro do Haroldo mais velho.

Dava sorte. Deu certo.

Lado a lado nas vacas magras do novo século até a alegria de 2004. Igual ao pênalti de Marcos de 2000. Tinha mais um palmeirense em campo. Henrique.

Assim foram os três no velho Palestra até 2010. Em 2011 perderam Eunice. Logo depois o seu Haroldo foi perdendo 1951, 1959, as Academias, a memória que só um palmeirense pode ter.

O Alzheimer fez do filho Haroldo o pai do Haroldo pai.

Assim mesmo eles iam ao Pacaembu. Esquecendo a vida. Mas a recuperando pelo Palmeiras.

O que a doença o tirava do ar, aquele mesmo verde que o acolhera em 1951 o escolhera para reavivar a família. Conta o filho:

  • Durante a semana, com a rotina, ele ficava com a cabeça baixa, e normalmente sonolento devido ao medicamento. Mas no sábado ou domingo que eu dizia que iria levá-lo ao jogo ele já mudava…

O velho Pacaembu reanimava Haroldo.

  • Na chegada ao estádio, pedia um sorvete e incrivelmente a memória ativava. A feição com sorriso e a cabeça sempre erguida.

No estádio, com o Palmeiras em campo, independente da fase brava, seu Haroldo conversava com todo mundo, dava risada de tudo, reclamava do juiz e, quando perguntado de algum jogo ou placar, respondia na hora.

O Palmeiras continuava em algum canto perdido do vovô Haroldo. Perdido, não. Ganho.

O time do coração fazia Haroldo mais Haroldo. Mais Palmeiras.

Quando o Verdão voltou para casa, em 2014, meses depois a doença o levou. Em 13 de julho de 2015. Uma semana antes ele celebrou os 4 a 0 no São Paulo, pela TV. Vibrou muito. E ainda pediu a permanência de Valdivia. Nem o chileno e nem o potiguar permaneceram.

Mas Haroldo ainda conseguiu conhecer a casa nova.

Ele voltou ao velho novíssimo lar. Com o neto foi torcer. Na foto estão mais de 60 anos de família unida pela cor e pelo credo. O filho Haroldo tirou a foto. Desta vez ele não estava do lado direito do pai. Mas havia o velho Haroldo imitando o gesto de sempre da mão no ombro esquerdo.

Não era o filho dando a mão ao pai. Era o avô dando ao neto o legado das gerações.

A memória do vovô Haroldo não era mais a mesma. Mas eu jamais vou esquecer quem eu não conheci.

Não é preciso ser Palmeiras para entender uma tradição de família. Basta ser torcedor para sacar que o código genético ainda não foi decifrado. Mas a genética futebolística não precisa de explicação.

É só ir a um estádio. Qualquer um. É só ensinar uma camisa, um hino, uma bandeira, alguns nomes.

O seu bastão foi passado. Basta.

Obrigado, vovô Haroldo, pelo Haroldo e pelo Henrique.

Ali é Palmeiras. Aqui é a memória.

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