Arquivos Guilherme Cimatti - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/guilherme-cimatti/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 26 Dec 2019 14:29:33 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Neneu, agora você é bisavô e queria que você pudesse conhecer o Théo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/neneu-agora-voce-e-bisavo-e-queria-que-voce-pudesse-conhecer-o-theo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/neneu-agora-voce-e-bisavo-e-queria-que-voce-pudesse-conhecer-o-theo/#respond Thu, 26 Dec 2019 14:29:33 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/26/neneu-agora-voce-e-bisavo-e-queria-que-voce-pudesse-conhecer-o-theo/

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(Foto: Arquivo Pessoal)

Neneu,

Era para você estar em Guararema. Ter ido para Mogi. Ter beijado o Théo, seu primeiro bisneto. Era para você confundir o nome. Chamar de Léo, Réu, Créu. De seu. Seu neto. O filho do André nasceu um dia antes do Natal. Na véspera.

Não lembro de ter visto o Noel na sua casa. Meus melhores presentes vieram das suas mãos. O senhor faz muita falta por aqui. Está um verão de rachar, calor danado de forte, um sol para cada um. A piscina está esperando seu salva-vidas e suas broncas na estrada. Em horas todo mundo vai voltar para Mogi. Para ver o Théo.

O Théo deu um susto em todo mundo. Era para ter nascido poucos dias depois. De repente seu neto mais velho ligou e deu a notícia: ia nascer. A gente quer que você renasça. Que dê aquela vitamina de café, leite e goiabada pra ele. Que brinque e abrace. Que tenha o carinho que sempre teve com as crianças. Que fique bravo com o Palmeiras. Que faça o Théo ser palmeirense Que mime o Théo. A gente quer que volte a escrever. A gente quer você de volta. O senhor se despediu em 2013.

Neneu,

Todo mundo tem pensando muito no senhor. Daqui uns anos, uns dez, talvez, o Théo vai perguntar: por que Neneu? Como ele era? E o Dedé vai se emocionar e adorar responder. Tudo que traz emoção tem um significado especial. Os finais de semana em Guararema, os puxões de orelha, os carinhos quando nada dava certo e a voz grossa. Vai ser fácil explicar para o Théo quem é o senhor. Quem é. Porque o senhor vive dentro da gente.

Na prática vai ser o Neneu quem vai criar o Théo.

Porque foi o Neneu quem criou cada um de nós. Sua escola continua firme apesar do nosso choro. Nós crescemos.

O Théo nasceu. O Neneu vive. Vive em cada beijo que o novo pai dará no filho.

Um beijo no meu pai e continuem por perto sempre que possível.

Do seu neto sobre seu bisneto.

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Edu Dracena transformou a lealdade em padrão https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-dracena-transformou-a-lealdade-em-padrao/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-dracena-transformou-a-lealdade-em-padrao/#respond Tue, 03 Dec 2019 23:05:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/03/edu-dracena-transformou-a-lealdade-em-padrao/

Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação Edu é Dracena por agradecimento ao lugar onde nasceu. Onde começou a desarmar as dificuldades de quem vem do interior e sonha ganhar o mundo pela bola. Eduardo virou Edu para ser mais simples. Virou Edu por ser tão querido por tanta gente. Começou no Guarani, em Campinas. Mais de 500 […]

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Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Edu é Dracena por agradecimento ao lugar onde nasceu. Onde começou a desarmar as dificuldades de quem vem do interior e sonha ganhar o mundo pela bola. Eduardo virou Edu para ser mais simples. Virou Edu por ser tão querido por tanta gente. Começou no Guarani, em Campinas. Mais de 500 quilômetros para percorrer por quem sempre cortou caminho em campo. A elegância como característica. Algo raro para um zagueiro.

Encerra a carreira o Edu do Cruzeiro. Campeão de tudo em 2003. O suporte para Gomes. A saída de jogo de um time fantástico. Um grupo que jamais será esquecido. Era por Edu que as jogadas começavam. Era em Alex que a bola encontrava refúgio. Foi através da perna esquerda do camisa dez que a história foi escrita. Gol de cobertura, de fora da área, de letra. Passe para Deivid e Aristizábal. Dracena fez o Cruzeiro ser mais azul. O Cruzeiro que anda no vermelho. Edu era a voz de Luxemburgo. Era o grito do professor. O posicionamento.

Para de jogar o Edu do Santos. Que deu bronca em Neymar. Que encarou a maior joia do futebol brasileiro. Que abraçou o craque. Que levantou a taça da América depois de muito tempo. Ídolo eterno na Vila. Respeitado por todos os lugares em que passou. Encerra o ciclo o dono da faixa. O parceiro do Durval. O ponto de segurança da molecada plástica e brilhante. O ponto de equilíbrio de um time deliciosamente desequilibrado. Show atrás de show. Desarme e passe. Quase nunca chutão.

Sai de cena quem nunca abandonou suas convicções.

Apito final para o Dracena do Corinthians. Que poderia ter jogado mais. Mas que não reclamou. Ficou quieto no banco. Sem chiar, sem falar mal, sem cochichar. O Edu que aconselhou todo mundo no Parque São Jorge. Respeitado por Tite. Campeão brasileiro em 2015. Um capítulo sem tantas letras, mas poucas palavras resumem alguém vitorioso.

Diz adeus o Edu palmeirense. O parceiro de Mina e Gustavo Gomez. O professor dos meninos que sonham jogar o que jogou o Dracena. A experiência com Fernando Prass e Jaílson. Os anos na conta. Acabam as entrevistas calmas, as explicações lúcidas, a luz que os microfones procuram. Deixa o palco o protagonista discreto. O mocinho moderado. O herói modesto. O campeão comedido e cauteloso. Edu encerra seu ciclo sendo respeitado e querido por todos os clubes que passou. Finaliza como sinônimo de título. Virou marca.

Calando quem não acreditou nele quando veio.

Mas sem ter essa pretensão vaidosa. Calando em campo. Calando como desarma.

Calando sem fazer esforço.

Os narradores não dirão mais seu nome. Ficará um buraco.

Edu transformou a lealdade em padrão.

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Dudu e mais 10: obrigado por sempre dar o sangue https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-e-mais-10-obrigado-por-sempre-dar-o-sangue/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu-e-mais-10-obrigado-por-sempre-dar-o-sangue/#respond Wed, 20 Nov 2019 18:21:48 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/20/dudu-e-mais-10-obrigado-por-sempre-dar-o-sangue/

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação) Você foi a arrancada quando nossas pernas travaram. Você foi muito maior do que qualquer zagueiro que veio tentar te desarmar. Você – com 1,66m – jamais se escondeu de uma jogada. Pede, dribla, tenta, passa. Quando a fase não é boa, quando a maré é de azar, quando a bola não […]

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(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Você foi a arrancada quando nossas pernas travaram. Você foi muito maior do que qualquer zagueiro que veio tentar te desarmar. Você – com 1,66m – jamais se escondeu de uma jogada. Pede, dribla, tenta, passa. Quando a fase não é boa, quando a maré é de azar, quando a bola não entra. É sempre o mesmo. Dudu é unanimidade no coração do palmeirense. Dudu e Prass têm lugar cativo na boca da torcida que canta e vibra. Apesar do grito de campeão ser de outro time em 2019.

Você não teve o melhor companheiro para empurrar para o gol. Nem o Moisés de 16 para te servir. O Jesus para dividir a parada. Scolari para repartir a liderança. Não teve Zé Roberto para lembrar o resto do grupo o tamanho do Palmeiras. Nós jamais imaginamos que alguém poderia ser maior do que Edmundo. Mais decisivo do que Paulo Nunes. Quase que arma única no ano que está demorando para passar.

Você foi nossa esperança quando 2014 acabou. Quando o rebaixamento quase chegou. Você foi nosso orgulho quando disse não ao Corinthians e ao São Paulo. Quando decidiu vestir verde. Feliz é o time que tem a esperança como cor. E Dudu como atacante. Quem decidiu em 2015. Quem calou o atual campeão em 2016. Quem voltou a ser a voz do palmeirense sendo o melhor do campeonato no ano passado.

Vão chegar mais especulações. O mundo te quer. Milhões serão oferecidos. Contratos longos, dinheiro para dar e vender, garantias para o resto da vida. Mas ninguém vai te dar o amor que nós te demos. Ninguém vai te chamar de terror. Ninguém vai te entregar tantas crianças com a camisa sete nas costas. Do time que você carregou nas costas outra vez. Você é o chapéu. A cobertura. O passe na medida. A finta. Você é o Palmeiras.

Você poderia ter saído em todos os anos que esteve conosco. A China te procurou, a Europa te quis e até o futebol brasileiro te sondou. Você sobrou em campo e negou os outros. Negou sair quando já te enxergavam fora. Você continuou para ganhar a Libertadores. Bateu o pé no Allianz para ser símbolo de uma conquista da América. Por enquanto não aconteceu. E – se alguém não é culpado – esse alguém é o Dudu.

O Dudu é a criança que dá o primeiro chute. Que ganha o uniforme dos pais. Que conhece o estádio. Que sonha ser jogador de futebol. Talvez seja a camisa mais vendida de todas. O número mais querido. O sete que parece o dez. O sete bicampeão brasileiro. A cara do nosso time. Mesmo quando nosso time não tem a sua cara em campo.

Obrigado por ser nosso suor quando a lágrima foi mais evidente. Valeu por correr por todos que sonham te abraçar. Você foi nossa raiva quando as coisas não rolaram. Quando o chute não entrou. Quando o adversário levou a melhor. O esporte é assim. O futebol é isso. Nós somos você.

Dudu continuará sendo nossos pés até a última curva do campeonato.

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Todo palmeirense gostaria de ser Deyverson https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/todo-palmeirense-gostaria-de-ser-deyverson/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/todo-palmeirense-gostaria-de-ser-deyverson/#respond Mon, 26 Nov 2018 08:04:19 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/26/todo-palmeirense-gostaria-de-ser-deyverson/

Foto: César Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação Todo palmeirense gostaria de ser Deyverson quando a bola pipocou na área. Todo palmeirense gostaria de ter a perna esquerda de Deyverson para empurrar para o gol. Todo – ou quase todo palmeirense – quis engolir, xingar e tirar Deyverson do Palmeiras em algum momento. Mas o futebol é apaixonante. É […]

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Foto: César Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Todo palmeirense gostaria de ser Deyverson quando a bola pipocou na área. Todo palmeirense gostaria de ter a perna esquerda de Deyverson para empurrar para o gol. Todo – ou quase todo palmeirense – quis engolir, xingar e tirar Deyverson do Palmeiras em algum momento. Mas o futebol é apaixonante. É coração puro.

O coração palmeirense, hoje, se chama Deyverson. Que não tem todo talento e nem todos os parafusos do mundo. Que não é Evair e nem é Edmundo. Mas é quem estava na área quando Dudu lançou. Quando Willian ajeitou. Quando ele soltou o grito da garganta de tantas vozes verdes. Que viram a esperança se concretizar.

Todo palmeirense é a segurança de Weverton. E de Prass e de Jailson. É o fôlego de Mayke e Victor. Diogo Barbosa e Rocha. E é a segurança de Gomez, Dracena, Antonio Carlos e Luan. A seriedade de Melo, Bruno Henrique e Thiago. A criatividade de Moises, Scarpa, Lima. É o brilho de Dudu. A finalização de Borja. E é a alienação iluminada de Deyverson.

Deyverson é a alucinação de todo torcedor do mundo. É a infância inocente das crianças. O sonho dos grandes. O choro de todos eles. É a crença de Cuca. O filho de Felipao. Quando Deyverson dividiu. Recebeu. Chutou. Quando o alviverde inteiro foi mais – ou tão – brasileiro como nunca.

Que seja assim nosso berro: como o chute do menino em corpo de homem. Assim é o sonho palmeirense. Imprevisível como as respostas das crianças. Lindo e surpreendente como o campeão brasileiro. Gigante e imponente como o Palmeiras. O mais importante para quem sempre cantou e vibrou. O melhor time do país. O legítimo dono do Brasil.

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