Arquivos Guilherme Paladino - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/guilherme-paladino/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sun, 25 Jul 2021 18:32:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Paladino: Buscas por Piquerez e Jorge ressaltam ótimo planejamento de rejuvenescer elenco do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/paladino-buscas-por-piquerez-jorge-ressaltam-otimo-planejamento-de-rejuvenescer-elenco-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/paladino-buscas-por-piquerez-jorge-ressaltam-otimo-planejamento-de-rejuvenescer-elenco-do-palmeiras/#respond Sun, 25 Jul 2021 18:32:15 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=39896

Desde o início de 2020, o Palmeiras anunciou a contratação de oito jogadores; nenhum deles tinha mais de 26 anos

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Leia a coluna de opinião Guilherme Paladino para o NP: Buscas por Piquerez e Jorge ressaltam ótimo planejamento de rejuvenescer elenco do Palmeiras

Com a iminente saída de Matías Viña para a Roma, o Palmeiras agiu rápido para repor sua lateral esquerda: já anunciou a contratação de Jorge, 25 anos, ex-Mônaco, e encaminhou acerto com o uruguaio Joaquín Piquerez, 22 anos, do Peñarol.

Através destas movimentações, a diretoria alviverde deixa claro que ainda tem ambições para a temporada e, além disso, reforça sua melhor característica desde o início de 2020: o planejamento de rejuvenescer o elenco, o que está de acordo com as melhores práticas de gestão do futebol ao redor do mundo.

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Ao perder um importante e jovem lateral de seu elenco, como Viña, o Palmeiras poderia ter optado pelo caminho fácil para agradar a torcida: usar o dinheiro para contratar algum ‘medalhão’ consagrado (não necessariamente para a lateral esquerda) e se virar com o que tivesse no elenco ou na base para repor o uruguaio. É dessa forma que estão agindo os rivais estaduais: contratando jogadores renomados, porém velhos, sem potencial de revenda e em fase de queda de desempenho.

Tal postura não é mais predominante na gestão palmeirense: no início de 2020, o Verdão mudou sua filosofia, usando mais a base e contratando reforços pontuais, sem muita badalação (à exceção de Rony, que, ainda assim, era novo). Nesta nova fase, foram contratados oito jogadores, ‘desconhecidos’ em sua maioria, e todos abaixo dos 26 anos:

  • Rony – 24 anos
  • Matías Viña – 22 anos
  • Breno Lopes – 24 anos
  • Alan Empereur – [26] anos
  • Benjamín Kuscevic – 24 anos
  • Danilo Barbosa – 25 anos
  • Matheus Fernandes – 23 anos
  • Jorge – 25 anos

(*Todas as idades mencionadas correspondem ao momento da contratação feita pelo Palmeiras)

Matheus Fernandes, outro jovem e promissor atleta, também foi anunciado recentemente pelo Palmeiras (Foto: Cesar Greco)

Contratar atletas de peso, com carreiras consolidadas, mesmo que em idade avançada, não necessariamente significa um erro. O caso de Hulk no Atlético-MG é uma prova disso. Contudo, esse tipo de reforço precisa ser um complemento, uma cereja do bolo de uma equipe que já possui uma estrutura financeira bem sólida e peças jovens que vão manter a roda girando. Os medalhões jamais devem ser os ‘salvadores da pátria’ ou uma aposta em títulos para arrecadar dinheiro com premiações e marketing.

O Palmeiras, no contexto específico atual, opta por não fazer esse tipo de movimentação. A preocupação da torcida, há algumas semanas, era justa pois a diretoria optava por não fazer movimentação alguma; algo que poderia parecer responsável, mas que, no médio prazo, poderia custar caro pela falta de competitividade. Agora, esse desvio de percurso já foi corrigido, e com ótimos sinais da manutenção da filosofia sustentável de renovar o elenco.

Aos poucos, de forma tímida, o Alviverde dá sinais de que tem um planejamento sério. O fato de ter conquistado a Tríplice Coroa na temporada de 2020 não necessariamente reflete essa mudança de postura, pois uma enorme parte do elenco havia sido contratada em anos anteriores. Essa campanha vitoriosa, entretanto, terá frutos importantíssimos no longo prazo, pois permitiu à diretoria a paradoxal ousadia de ser cautelosa e se manter firme em sua missão, apesar de todos os erros.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/paladino-buscas-por-piquerez-jorge-ressaltam-otimo-planejamento-de-rejuvenescer-elenco-do-palmeiras/feed/ 0 Matheus Fernandes treino (Foto: Cesar Greco)
Guilherme Paladino: ‘Abelismo pelo Hendeca’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/guilherme-paladino-abelismo-pelo-hendeca/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/guilherme-paladino-abelismo-pelo-hendeca/#respond Mon, 05 Jul 2021 19:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=37273

Ao torcedor que se assustou com o que viu na Ilha do Retiro: acostume-se e aprenda a gostar. Já vimos esse filme e o final pode ser bom

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Confira a coluna de Guilherme Paladino para o NP: Abelismo pelo Hendeca

Com a vitória diante do Sport neste domingo, o Palmeiras chegou ao seu terceiro triunfo consecutivo no Brasileirão 2021 e encostou no topo da tabela, com 19 pontos. É a mesma numeração do vice-líder Athletico Paranaense (que tem um jogo a menos) e está duas unidades abaixo do líder Red Bull Bragantino (21), que segue destruindo gigantes.

Apesar do resultado positivo, muitos palmeirenses nas redes sociais se mostraram insatisfeitos com o desempenho do time no segundo tempo da Ilha do Retiro. A postura da equipe de Abel Ferreira foi, de fato, excessivamente cautelosa e defensiva diante de um adversário bastante limitado tecnicamente, algo que provocou sustos desnecessários no fim do jogo. Mas aqui vai um recado para você, torcedor, que não gosta disso: acostume-se e aprenda a gostar, porque não vai mudar. E posso dizer mais? Existe uma boa chance de dar certo lá no fim do ano.

Abel Ferreira não é um treinador idealista. Está longe de ser um Marcelo Bielsa, Guardiola, Quique Setién, Miguel Ángel Ramírez, entre outros tantos (excelentes) profissionais que possuem convicção absoluta em um método idealizado, estético e filosófico de jogar futebol. Abel Ferreira é da linha pragmática. Seu estilo é mais semelhante ao de Diego Simeone, José Mourinho e, claro, Luiz Felipe Scolari.

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Abel Ferreira: o sucessor de Felipão (Foto: César Greco/Palmeiras)

“O adversário é mais forte? Sem problemas, vamos entregar a bola a ele e anular suas jogadas.” “O adversário é fraco, mas o gramado é ruim? Vamos usar lançamentos longos.” “Estou ganhando e o jogo é perigoso? Vou tirar o atacante e reforçar a defesa.” “Meu jogador é fraco tecnicamente, mas obedece a tudo que peço e é importante para o sistema? Então será utilizado com frequência.”

Você pode não gostar disso. Pode preferir um treinador que sempre monte times propositivos, independentemente do adversário; que sempre busque marcar mais gols, independentemente do placar; que sempre dê preferência aos jogadores mais “técnicos” e “mágicos” em detrimento dos mais “esforçados.” E, na verdade, o futebol é um esporte tão diverso que é impossível apontar qual “estilo” é melhor. Existem virtudes e defeitos em todos os tipos de filosofias, metodologias, etc.

Mas existem alguns pontos a serem levados em conta. O principal é: o futebol brasileiro passa por turbulências causadas pela pandemia. Desde o fim de julho de 2020, o calendário voltou ainda mais apertado do que já era, o que implica em menos tempo para treinar e mais lesões. Além disso, os times jogam sem público, ou seja, não há mais a força do mando de campo de forma tão decisiva. As receitas, por sua vez, também foram impactadas, o que significa menos dinheiro em caixa e, consequentemente, menos reforços.

Isso sem contar as dificuldades naturais já provocadas pelo ambiente brasileiro, que são: o amadorismo na gestão, que cobra resultados imediatos e corta as cabeças de treinadores com poucos meses de trabalho; os gramados calamitosos; a pressão da imprensa e da torcida; as longas viagens de avião em uma mesma semana; os jogos em meio às datas-Fifa, que desfalcam os principais jogadores dos clubes por várias rodadas, etc.

Viagens longas são uma constante no futebol brasileiro (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Diante disso, as condições para se desenvolver um estilo de jogo complexo são muito mais limitantes. Ter um desempenho convincente, qualificado, robusto em partidas consecutivas exige tempo para descansar, tempo para estudar adversários e tempo para treinar. Não é coincidência que os sofisticados São Paulo, de Hernán Crespo, e Grêmio, de Tiago Nunes, ambos finalistas de seus estaduais, estão na zona de rebaixamento e sofrem para se adaptarem à intensa sequência do Brasileirão. O próprio Flamengo, o “bicho papão” do país nos últimos anos, fez 12 pontos em 21 disputados e está em 10º lugar.

É óbvio que há os casos positivos de times que jogam um futebol propositivo e estão no topo da tabela, como os líderes Red Bull Bragantino e Athletico Paranaense. Mas o campeonato está no começo. É seguro apostar que vão manter tal consistência até o fim, dividindo atenções com outros torneios e sentindo cada vez mais o desgaste natural da temporada? Para ser campeão, não basta encantar no começo, é obrigatório ser regular até o fim.

Com tudo isso e muito mais em mente, Abel Ferreira não tem vergonha alguma em fazer o que faz. E daí que colunista X ou Y não gosta? Não é um jornalista dentro de uma sala confortável, com ar-condicionado ao lado e gatinho no colo, que tem o peso do destino de um clube gigante nas costas. Se Abel resolver atacar na hora errada e isso lhe custar uma derrota, um desfalque por lesão muscular ou até mesmo um campeonato, de nada vão adiantar os elogios que receberá dos idealistas da imprensa.

Foi dessa forma que Abel conquistou a Libertadores e a Copa do Brasil na pandemia. Também num contexto pandêmico, o Atlético de Madrid, de Simeone, foi mais regular do que o Barcelona e o Real Madrid e faturou o campeonato espanhol. E, fora da pandemia, Felipão e Mourinho já foram reis, ganhando praticamente todos os torneios possíveis por seus clubes. Nos pontos corridos, Felipão foi campeão brasileiro há três anos e Mourinho é o segundo técnico mais vencedor da história da Premier League (ao lado de Guardiola e Wenger), com três troféus.

Felipão, o patrono do Deca (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Portanto, torcedor, engula a seco, acostume-se e aprenda a gostar, ou, pelo menos, entender. Dá para ter sucesso sendo diferente? Claro que dá. Mas, em um momento turbulento, Abel já fez a escolha dele, e o Palmeiras já está a dois pontos do líder, enquanto os outros gigantes estão correndo atrás.

E, em questão de dias, o português terá tempo para treinar e receberá as voltas de Weverton, Gustavo Gómez, Matías Viña, Dudu, Pedrão e, possivelmente, Matheus Fernandes…

Abelismo pelo Hendeca.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/guilherme-paladino-abelismo-pelo-hendeca/feed/ 0 60ca51e2bd314 (Foto: César Greco/Palmeiras) 51247900501_511f08a3e2_h (Foto: Cesar Greco/Palmeiras) 44342192670_5a51e70b70_h (Foto: Divulgação/Palmeiras)