O técnico Jorginho tem razão ao reclamar de Abel Ferreira. Como pode um técnico estrangeiro vir ao nosso país e ganhar cinco títulos em menos de dois anos?!

Quem ele pensa que é? Deixar o futebol da Grécia, cruzar o Atlântico e vencer duas Libertadores no mesmo ano. É um acinte!

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Ser um dos técnicos mais longevos do futebol brasileiro. Já passou muito mais da média dos três meses que os treinadores daqui ficam no cargo. Não é mesmo, Jorginho?

Onde já se viu fazer a melhor campanha de grupos da história da Libertadores. Tá pensando o quê? Vai querer ganhar três vezes seguidas, o que nenhum técnico brasileiro conseguiu.

É uma vergonha um português chegar aqui e tirar o melhor de cada jogador que tem no elenco. Essa história de ‘Todos Somos Um’ comigo não cola. Estamos acostumados com elenco que derruba treinador. É assim que o futebol brasileiro funciona.

E quando ele ataca a CBF? Os ex-jogadores são muito gratos ao exemplar comando da entidade, ainda mais com quem teve a chance de ser campeão do mundo e depois auxiliar técnico. Aqui está tudo funcionando perfeitamente.

Para que fazer um monte de gols em pouco tempo? Não sabe que devemos respeitar os nossos adversários? Quatro gols em sete minutos? Volta para Portugal!

E o desrespeito não é só com o futebol brasileiro. Na Libertadores, outro dia, pegou um jogo comum de fase de grupos e obrigou o seu time a marcar oito gols. Você não leu errado, não. Foram oito gols em um pobre time campeão da Bolívia.

Quer mais? Ele ousou a escrever um livro para ampliar a literatura esportiva do Brasil. Aqui temos tantas publicações. Lembro daquele, aquele outro e tem também de outro treinador, o…

É muito desrespeito de Abel Ferreira com o Brasil. Por menos Abel e mais Jorginho!

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É gostoso ter uma casa, um canto para chamar de seu e arrumar cuidadosamente para receber quem você gosta. É difícil manter a porta fechada sabendo que em tão pouco tempo será possível partilhar novamente da paixão, mesmo que seja um retorno gradual. É findar a espera pelo encontro com alguém que nem conhece, mas que já fez tanto.

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Já estamos acostumados, apesar de nunca se acostumar com algo assim. E foi dessa forma que a caminhada vitoriosa se fez: à distância, com barreiras, cercos e final feliz. Falta tão pouco que vale a pena esperar, como valeu esperar por mais de duas décadas. Não se pode jogar fora tudo o que foi dito e respeitado só para antecipar um reencontro que será natural, no momento certo e mais seguro.

Para quem sempre morou de aluguel, é mais fácil renunciar a alguns valores por um trocado ou outro. Ser nômade não faz diferença para quem nunca teve casa, um teto para chamar exclusivamente de seu em mais de cem anos.

Saboreamos o gosto amargo e sabemos o quão foi árduo precisar ficar fora enquanto o aconchego se ajustava. Um estádio aqui e outra acolá, mas nada que se possa comparar ao nosso espaço.

Deixe as portas do local em que são inquilinos serem abertas. Deixem que migrem para outra cidade e até estado. Faz parte da vida deles, não da nossa.

Todos somos um! E não um por si.

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O torcedor do Palmeiras tem inúmeros motivos para reclamar de Deyverson. E com razão. Mas o atacante mexeu na água parada do elenco alviverde. Abel Ferreira o escalou como titular diante do Juventude e, se faltou técnica, sobraram vontade e entrega. O gol saiu na sua melhor característica. A comemoração com os reservas atrás da meta mostra como o atacante é querido pelo grupo. A mudança no ambiente é necessária, uma vez que atletas ficaram estagnados com a série de conquistas recentes.

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Na coletiva, Abel destacou a vontade de Deyverson em voltar para marcar em um lance com a partida decidida e praticamente nos acréscimos. Uma jogada simples, mas que reflete o que faltava a alguns jogadores recentemente. O objetivo de oxigenar o elenco estava previsto para logo depois do título da Copa do Brasil, mas a diretoria não conseguiu cumprir com a parte do acordo feito com o treinador e não trouxe ninguém para o ataque, principalmente.

Na mesma entrevista após a vitória, o técnico português teve um pouco de Luiz Felipe Scolari, com quem se encontrou horas antes na conversa entre campeões da América. Abel defendeu os seus da porta para dentro como fazia Felipão, alfinetou outros sem dar nome na linha de que para bom entendedor, meia palavra basta.

Na marra e sem a participação de quem deveria ajudar a contratar, Abel Ferreira tenta mexer com o brio de quem se acomodou nos louros da vitória, sejam eles garotos ou renomados.

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O Palmeiras tem duas partidas com o time titular em campo e as duas foram decisivas: Defensa y Justicia e Palmeiras. Em ambas, a equipe melhorou a partir das mudanças feitas por Abel Ferreira. Na cartilha do treinador, é preciso sofrer a derrota em 24 horas e passar a olhar adiante.

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O adiante está na quarta-feira (14), novamente em Brasília e mais uma vez valendo taça. Até lá, o tempo para digerir o revés nos pênaltis terá passado, ainda mais pelo bom desempenho – especialmente no segundo tempo – e Abel mesmo “teimoso à sua maneira”, com diz um amigo com que trabalhou com ele no Sporting, precisa mudar o Verdão.

As Crias da Academia já mostraram o quanto são úteis e Danilo não pode ficar fora. Gabriel Menino, no meio ou na direita, e até Patrick de Paula devem ser considerados. A formação com Felipe Melo e Zé Rafael foi importante nas finais da Copa do Brasil, porém não funcionou neste começo de temporada. A garotada pede passagem, com merecimento de quem foi protagonista em ano de três conquistas.

Na defesa, Luan passou do ponto no direito de errar em compromissos decisivos. A diretoria entende que os seguidos vacilos têm minado o desempenho do zagueiro, ainda mais quando se tem opções melhores neste momento. Alan Empereur se mostrou confiável justamente em jogos grandes, principal ponto de reclamação a Luan, e Renan é uma Cria que agrada a comissão, tanto que foi titular em todos os jogos do Paulista até o momento.

Difícil acreditar que tantas alterações serão feitas de uma vez só para o prélio de volta da Recopa Sul-Americana, contra o Defensa y Justicia. Abel tem as convicções dele e costuma mantê-las. A ver quais peças do tabuleiro verde serão mexidas para Recopa.

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