Arquivos SP-20 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/sp-20/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Mon, 10 Aug 2020 16:03:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 A final que eu não vi do SP-20 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-final-que-eu-nao-vi-do-sp-20/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-final-que-eu-nao-vi-do-sp-20/#respond Sun, 09 Aug 2020 21:06:07 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-final-que-eu-nao-vi-do-sp-20/

Eu estava checando uma informação sobre Monchu que estava entrando no Barcelona (na vitória sobre o Napoli que eu comentava pelo Esporte Interativo), quando dou uma checada na minha tela e vejo os palmeirenses celebrando o gol de Luiz Adriano. Logo depois o Jorge Iggor me informa que saiu mais um gol no Allianz. Não […]

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Eu estava checando uma informação sobre Monchu que estava entrando no Barcelona (na vitória sobre o Napoli que eu comentava pelo Esporte Interativo), quando dou uma checada na minha tela e vejo os palmeirenses celebrando o gol de Luiz Adriano.

Logo depois o Jorge Iggor me informa que saiu mais um gol no Allianz. Não no Parque, mas na Allianz Arena. Era o quarto do Bayern contra o Chelsea pela Champions. O narrador me pergunta: “sabe de quem foi o gol, Mauro?”

Eu iria responder “Luiz Adriano”. Mas a resposta, para variar, era Lewandowski.

E assim foi até 31 minutos do segundo tempo, quando entrei na minha sala na Warner Media e fiquei sozinho vendo os minutos finais do Derby, enquanto esperava para escrever os textos nos meus blogs, e participar do programa ÚLTIMO LANCE, na TNT, depois do jogo de estreia do BR-20.

Ouvia com delay as manifestações durante o clássico dos poucos colegas na redação. Resolvi então ligar pelo WhatsApp pro meu Amore que via com alguns dos filhos o jogo pela TV em casa. Só pra poder celebrar – ainda que à distância – algo raro em 30 anos de jornalismo esportivo.

Um título juntinhos.

Mas lá em casa a televisão estava 23 segundos à frente do meu aplicativo. Eu vi minha mulher gritando e se calando quando o gigante Gómez fez um pênalti de teletubbie no não menos gigante Jô.

Ouvi ao fundo meu caçula xingando tudo e todos. Inclusive eu por ligar antes do apito final. Dava azar….

O desespero aumentou com a celebração de colegas do EI, que também estavam à frente da minha imagem pelo computador.

Era o fim do mundo pra mim. Gol de empate.

Mas o delay me deu uma sensação diferente. E positiva. Porque levei 23 segundos para saber que, em vez do gol, havia sido pênalti. Havia esperança.

Ainda.

Falei pra patroa: “o Weverton vai pegar!”

E só não defendeu porque Jô bateu muito bem e empatou.

Ou parecia já ter acabado com tudo.

Eu nunca vi um time sair do nada para o tudo como o Corinthians no SP-20. E ainda mais naquele instante. O Palmeiras foi aos pênaltis como o último dos times. Parecia rebaixado mais do que perdido. O Corinthians parecia mais confiante do que ao final da decisão do SP-18.

Combinei com a minha mulher. Não vou aguentar ficar com esse delay. Vamos nos falar só depois do último pênalti. Mas eu já não tinha confiança de vitória. Eu e a torcida do Palmeiras.

O Verdão teria que virar os pênaltis como naquela mesma meta, em 1999, viramos as cobranças da Libertadores contra o Deportivo Cali.

Não conseguiria ver os pênaltis com delay lá de casa. Mas também não queria e nem podia ver na redação do EI.

O que fazer?

Botei I FOUGHT THE LAW do THE CLASH no talo no fone de ouvido do celular. E fiquei ouvindo a música durante as 10 cobranças. 3′ looping. Coisa de louco. Não de um bando de.

Quando Michel (substituto de Fagner) bateu e Weverton defendeu, enfim fiquei com alguma esperança. Mas quando Bruno Henrique bateu e Cássio foi Cássio, o mesmo temor que eu tinha e o elenco cabisbaixo passava pela TV, voltou de forma avassaladora. Eu pensei em fazer como o gigante GG havia feito depois do pênalti infantil: esconder a cabeça na minha camisa que eu tinha vestido depois de sair do ar na Champions. E ao mesmo tempo lamentar por eu não estar usando as meias brancas que o time também não usava…

Pensava tudo isso sem zicar Avelar. Eu não gosto de canhoto batendo pênalti. Prefiro 10 canhotos no meu time. Mas 11 destros batendo pênaltis. Só que Avelar bateu na rede lateral. Weverton foi muito bem na bola. Não deu. E eu ainda não estava recuperado.

O canhoto Raphael Veiga bate bem. Eu estava confiante. Mas quase fechei os olhos. 1 a 1.

O ótimo Cantillo foi bater o terceiro alvinegro. O melhor corintiano até a parada. Volante. Destro. Colombiano. Como Zapata na final de 1999. Bateu no canto direito como Zapata chutou para fora na Libertadores. Então foi pra fora. Agora foi Weverton no mesmo canto.

Pensei em Zapata antes do pênalti. Pensei em Marcão sempre. Em Prass em 2015. No Palmeiras no Derby em 1974 e 1993. 1999 e 2000.

Agora eu estava confiante. Mesmo. Ainda que Scarpa tenha batido muito mal o pênalti seguinte e Cássio foi ainda pior. Jamais um pênalti será falha de um goleiro. Ainda mais um colosso como Cássio. Mas esse virou um clássico de um pênalti muito mal batido e ainda pior não defendido.

Sidcley fez o dele. O primeiro em que Weverton não acertou o canto. Lucas Lima bateu mal como vinha jogando. Mas a bola de novo passou por baixo de Cássio. Jô teve a responsa de bater o último. E logo depois de ter marcado o primeiro pênalti dele. Encheu o pé canhoto. Weverton voltou a acertar o canto. Mas Jô empatou de novo de pênalti.

Último pênalti. Não era o capitão Felipe Melo que ajudou e levantar o moral da tropa mas não quis bater o dele. Era Patrick de Paula. Craque da Copa das Favelas. Campeão por estar ali. Também não era Gómez que bate bem pênaltis. Mas o que ele cometera o impedia. Era o menino da base. O moleque com futebol e cabeça de gente grande.

Eu enfim estava tranquilo. Ele merecia fazer o gol do título. Como se fosse César Sampaio capitão de 1993 e 1999. Com a simpatia de Amaral de sempre. Pela graça de Og Moreira, nosso primeiro negro campeão alviverde em 1942. Volante como Patrick. Vindo do Rio como Patrick. Jovem veterano como foi Roque Jr em 1999, quando ele botou o gás na torcida pra virada nos pênaltis contra o Deportivo Cali.

As lágrimas que secaram no pênalti de Gómez voltaram quando a bola foi no ângulo de Cássio. The Clash ainda estava tocando quando levantei da cadeira e liguei o WhatsApp. E agradeci a Gómez por transformar final chocha do pior Paulistão que vi em celebração espetacular. Como se fosse um título contra o maior rival

É.

E foi tudo isso.

Minha mulher atendeu. Meus filhos gritavam. Lembrei do meu pai na última visita às obras da arena que ainda não tinha nome, em 2012. Também num sábado. Também véspera de Dia dos Pais.

Lembrei que meu pai não via jogos. Muito menos disputa de pênaltis. Ele ficava ouvindo Mozart.

Eu ouvi The Clash.

Tenho certeza que Patrick de Paula ouviu os pais dele:

“Vai lá, filho. Faz o que você sabe. Faz o que você sempre quis fazer”.

Assim se fez.

O resto é festa.

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O defensável Weverton https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-defensavel-weverton/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-defensavel-weverton/#respond Sun, 09 Aug 2020 19:42:42 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-defensavel-weverton/

Esse placar à esquerda só ficou assim porque o Weveeton que tinha "braços curtos" (?!) se esticou como Primo, Nascimento, Jurandyr, Oberdan, Fábio, Laércio, Valdir, Picasso, Mariana, Leão, Benítez, Gilmar, João Marcos, Zetti, Velloso, Sérgio, Fernandez, Marcos, Diego, Prass, Jailson e fez um milagre em Itaquera no chute de Vital. No Allianz, o goleiro que […]

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Esse placar à esquerda só ficou assim porque o Weveeton que tinha "braços curtos" (?!) se esticou como Primo, Nascimento, Jurandyr, Oberdan, Fábio, Laércio, Valdir, Picasso, Mariana, Leão, Benítez, Gilmar, João Marcos, Zetti, Velloso, Sérgio, Fernandez, Marcos, Diego, Prass, Jailson e fez um milagre em Itaquera no chute de Vital. No Allianz, o goleiro que ainda cobram barbaridades quase defendeu o pênalti de Jô, defendeu mais dois, e honrou a camisa que veste.

A Academia de goleiros que continua pelas mãos seguras e eficientes de um goleiro que cresce à frente do atacante, ataca a bola que chega, e chega longe e esticado como se cada músculo fosse a gente querendo ir além.

Querendo ser quem melhor nos defende.

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Você tinha que ser assim lá na favela https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voce-tinha-que-ser-assim-la-na-favela/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voce-tinha-que-ser-assim-la-na-favela/#respond Sun, 09 Aug 2020 03:23:39 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voce-tinha-que-ser-assim-la-na-favela/

Você nem tem onde morar! Você tem inveja disso daqui! Eu pedi pra ele sair fora daqui, não bater esse pênalti, não ser jogador de futebol. E ele não saiu fora. Ficou aqui. RelacionadasApós novas acusações de manipulação, Leila Pereira chama John Textor de ‘idiota e louco’Fernando Prass, ex-goleiro do Palmeiras, cita dificuldades de atuar […]

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Você nem tem onde morar! Você tem inveja disso daqui!

Eu pedi pra ele sair fora daqui, não bater esse pênalti, não ser jogador de futebol. E ele não saiu fora. Ficou aqui.

Fora, moleque.
Fora!
Chuta pra fora!

Moleque! Você tem inveja disso daqui. Você tem inveja dessas família aqui.

Sabe o que vai acontecer com seu futuro?

Você vai jogar na Seleção. Vai conquistar muitas coisas.

Você tinha que ser assim lá na favela. Não aqui!

Quanto você tira por mês?

Fora, moleque.

Chuta pra fora.

(Não. Não era o Cássio falando. Não era a torcida rival falando. Era o mundo doente falando para o motoboy em Valinhos. Era o mundo dizendo não a Patrick e a tantos que não conseguiram vencer. Ainda.
Porque o futebol e quem tem fé conseguem virar esse jogo. Conseguem dar um bico na intolerância. Na ignorância. No preconceito. No desrespeito. Patrick mandou no ângulo.)

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Véspera do Dia dos Pais de 2020 e 2012 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/#respond Sun, 09 Aug 2020 02:24:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/

Foi num sábado à tarde. Não tinha meias brancas como em 1993, no Dia da Paixão Palmeirense, contra o maior rival. Não foi de novo como em agosto de 1993 com o mistão que ganhou de novo o Rio-São Paulo contra eles. Não foi como agora em 2020 quando Patrick de Paula jogou no ângulo […]

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Foi num sábado à tarde. Não tinha meias brancas como em 1993, no Dia da Paixão Palmeirense, contra o maior rival. Não foi de novo como em agosto de 1993 com o mistão que ganhou de novo o Rio-São Paulo contra eles. Não foi como agora em 2020 quando Patrick de Paula jogou no ângulo do Gol Norte o título paulista 100 anos depois do primeiro, em 1920. Quando a gente ainda contava mortos da Gripe Espanhola. Como neste mesmo sábado contamos 100 mil mortos pelo Covid-19.

Não tinha a nossa gente campeã no Allianz Parque nesta véspera de Dia dos Pais de 2020. Como há 8 anos o nome da sala de imprensa do estádio (o meu pai) visitou as obras da arena pela última vez. No último passeio que faria com os meus filhos, três meses antes da partida. Na véspera do Dia dos Pais de 2012.

Quando eu tirei essa foto, minutos antes de meu pai sair de cadeira de rodas do estádio pela doença que o levaria e a gente ainda não sabia a gravidade, eu me emocionei porque senti que talvez aquela fosse uma das últimas fotos dele no velho Palestra.

E foi mesmo.

A frase dele está escrita em dois lugares do estádio. Está na Academia do clube. Está na alma de palmeirenses como os netos. Como a mulher dele. Como a nora que ele não conheceu de olhos verdes como o coração. Como a filhinha que ele também não teve a felicidade.

Eles estavam todos juntos em casa vendo a final de 2020. Eu comentava pelo Esporte Interativo a Champions lá no estúdio. Não vi o gol de Luiz Adriano. Vi o pênalti de Gómez no desespero da minha mulher pelo WhatsApp.

Mas vi Patrick de Paula batendo como gente grande. La Favela è qui! Foi ali no ângulo. Foi na mesma meta de 1999. Foi onde eu tirei essa foto há 8 anos. Também em um sábado. Também na véspera do Dia dos Pais.

Eu achava que poderia ser a última. E foi.

Foi a primeira de Patrick. E vai ser a primeira de muitas.

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La Favela è qui! Palmeiras campeão paulista de 2020 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/la-favela-e-qui-palmeiras-campeao-paulista-de-2020/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/la-favela-e-qui-palmeiras-campeao-paulista-de-2020/#respond Sun, 09 Aug 2020 01:54:19 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/la-favela-e-qui-palmeiras-campeao-paulista-de-2020/

O ultrapassado Luxemburgo ultrapassou Lula como o treinador mais vezes campeão paulista. Também porque aproveitou quem ee baixo e de dentro para levar mais uma vez o Palmeiras pra cima. Patrick de Paula encheu o pé no ângulo de Cássio no último chute do SP-20. O gol do 23o. paulista palmeirense. Cem anos depois do […]

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O ultrapassado Luxemburgo ultrapassou Lula como o treinador mais vezes campeão paulista. Também porque aproveitou quem ee baixo e de dentro para levar mais uma vez o Palmeiras pra cima.

Patrick de Paula encheu o pé no ângulo de Cássio no último chute do SP-20. O gol do 23o. paulista palmeirense. Cem anos depois do primeiro título paulista do clube, em 1920. Quando então impediu o penta inédito no futebol estadual do então maior rival – Paulistano. Cem anos antes de impedir o primeiro tetra paulista do maior rival desde então – Corinthians.

Patrick que nasceu no Rio de Janeiro, três meses depois da conquista da América, em 1999. De Paula que foi descoberto na Copa das Favelas. Chegou ao clube no ano do enea brasileiro, depois de 22 anos sem títulos, em 2016. Subiu e foi essencial na conquista do SP-20 depois de 11 anos sem títulos em 2020.

De Paulo, Patrick, e Menino, Gabriel, foram os moleques que muitos marmanjos não vinham sendo no Palmeiras. Assumiram e bronca e a birra justa da torcida e fizeram o time melhor em quase todo o jogo decisivo do pior Paulista de todos os tempos – independente da pandemia.

O Corinthians, mesmo sendo Corinthians, o então tricampeão, não tinha a menor ideia de como tinha chegado tão longe jogando tão pouco. Quando levou o gol de Luiz Adriano na bonita cabeçada depois de cruzamento de Viña, aos 3 minutos, já se dava por satisfeito. Quase mais nada faria até ganhar um pênalti infantil de Gómez, aos 51, no imenso Jô.

Artilheiro que bateu no canto que Weverton (ex-Corinthians) quase defendeu.

1 a 1.

Nunca na história dos pênaltis uma equipe chegou tão na lua como o Corinthians para repetir a proeza de 2018 no mesmo Allianz Parque. Nunca um dono da casa, mesmo com mais time, elenco e até vontade e disposição para impedir o tetra alheio, chegou tão por baixo para os pênaltis.

Mas Weverton fez a primeira defesa. Cássio respondeu como sempre defendendo. Só que o Palmeiras não errou mais – ou a boa passava por Cássio que levara até então o Corinthians a mais uma decisão. Weverton defenderia mais um. Cássio tomou um gol sofrível e sofrido de Scarpa. Até o último pênalti de Patrick de Paula. Como se fosse um misto de Evair em 1993 e pra sempre, com a força de um César Sampaio em 1993, o menino jogou no ângulo do gigante Cássio.

Quase que virando uma final que parecia perdida.

Já virando história tão linda que até parece futebol.

Já se inscrevendo na história do Palmeiras que só foi ter um negro para valer em seu elenco com o grande Og Moreira. Da mesma origem carioca, posição em campo e disposição de luta e de bola de Patrick. Og vencedor em 1942 no dia em que o Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão na Arrancada Heroica. Quando ele sofreu o pênalti que acabaria com o jogo que o São Paulo não deixou continuar. Como Patrick acabou com o medo verde desde o pênalti juvenil do grande Gómez. Resolvido pelo moleque que joga como se fosse o próprio Nonno.

La Favela è qui!

Patrick de Paulo é Palmeiras.

Campeão paulista de 2020.

Paulistão sempre.

Ganhando ou perdendo.

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Foi ruim, mas tá bom – Corinthians 0 x 0 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/foi-ruim-mas-ta-bom-corinthians-0-x-0/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/foi-ruim-mas-ta-bom-corinthians-0-x-0/#respond Thu, 06 Aug 2020 06:38:09 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/foi-ruim-mas-ta-bom-corinthians-0-x-0/

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras) O Palmeiras segue como favorito para a final do SP-20. Mas tem que jogar mais para superar um rival que supera as próprias fragilidades. RelacionadasOpinião: Erros na defesa e Arena Barueri formam ‘combo imperfeito’ para PalmeirasAbel Ferreira vê Palmeiras melhor do que Flamengo em empate: ‘Pressionamos mais’Piquerez valoriza empate do Palmeiras […]

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(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras)

O Palmeiras segue como favorito para a final do SP-20. Mas tem que jogar mais para superar um rival que supera as próprias fragilidades.

Meu palpite no bolão da firma era um zero a zero tecnicamente fraco. Derby chato. Mas foi ainda pior. Como o pior Paulistão que já vi. E não apenas pela parada que afeta a qualidade do jogo.

Clássico sem público, sem graça, sem futebol, sem ousadia, sem alma. Fora uma desnecessária treta aos 41 minutos entre Vital e Roni, nem isso teve. Raphael Claus foi bem. A entrada dura de Jô em Gomez para mim era para amarelo. Laranja no máximo.

Mas o jogo foi mesmo bege. Off-white. Descolorido.

Primeiro tempo diferente dos últimos Derbys em que o Corinthians foi bem melhor (ou bem mais vitorioso) do que o Palmeiras. O dono da casa foi ligeiramente superior nos 45 minutos iniciais de nível inferior. Teve mais chances (3 x 2). Mas nem tantas. Trabalhou melhor a bola. Buscou mais o gol em Itaquera. Também porque Tiago repetiu a base e a ideia dos últimos jogos. Fagner e Carlos saindo mais e melhor para o ataque. Luan enfiando belíssima bola para Ramiro bater mal, aos 27, para ótima defesa do goleiro alviverde. Vital mais vivo e obrigando Weverton a fazer defesa espetacular aos 30. Jô dando alternativas.

Mas ainda assim pouco futebol. Normal para uma decisão sempre nervosa. E ainda mais para um SP-20 carecente.

As duas oportunidades palmeirenses foram um escanteio que ninguém soube aproveitar aos 36. E uma bola isolada pelo primeiro volante Ramires no único bom lance do ainda mais isolado Luiz Adriano. Os dois que seriam substituídos no intervalo. E com razão.

O centroavante ficou muito esquecido no repaginado 4-1-4-1, sem o apoio e a dinâmica usuais de Patrick de Paula e Gabriel Menino (em noite irreconhecível). Ramires ajudou a proteger a zaga que foi bem com Luan e Gomez. Mas ficou mais equilibrada com Bruno Henrique na cabeça da área que sabe fazer melhor do que Ramires. Willian poderia entrar no lugar de Luiz Adriano, do afoito Roni, ou de Zé Rafael que pouco ajudou Viña que voltava de longa inatividade.

O Palmeiras até foi melhor no tempo final. Teve uma falta de Bruno Henrique bem defendida por Cássio, aos 25, e um tiro perigoso de Willian, aos 28. Luxemburgo terminou o jogo mudando de novo a equipe para um 4-2-3-1, recuando Patrick para armar com BH, Veiga entrar mal pelo meio, Angulo estrear mal pela esquerda, e Scarpa seguir discreto pela direita

Foi muito pouco. Ainda assim muito mais do que o Corinthians que não chegou à meta de Weverton na segunda etapa. Nenhuma chance alvinegra em todo o segundo tempo que fedia à empate. E deixou mesmo um mau gosto de um futebol desgostoso.

A final segue aberta. O Palmeiras ainda tem mais time, elenco, futebol e chances.

Mas depois de partida tão pálida, novo empate que levaria aos pênaltis não pode ser descartado.

O que não pode é ser outro clássico tão ruim.

O Derby não pode ser só isso.

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Os moleques são lisos https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-moleques-sao-lisos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-moleques-sao-lisos/#respond Tue, 04 Aug 2020 22:36:45 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-moleques-sao-lisos/

Foto: Ag. Palmeiras/ Divulgação O Corinthians ganhou com Ederson no meio-campo um reforço inusitado. Um segundo volante diferente do melhor jogador alvinegro até a parada – Cantillo. Ederson pisa mais na área. E tem uma batida de longe até melhor do que a do colombiano – e com a felicidade de ter tido a colaboração […]

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Foto: Ag. Palmeiras/ Divulgação

O Corinthians ganhou com Ederson no meio-campo um reforço inusitado. Um segundo volante diferente do melhor jogador alvinegro até a parada – Cantillo. Ederson pisa mais na área. E tem uma batida de longe até melhor do que a do colombiano – e com a felicidade de ter tido a colaboração alheia nos dois últimos gols alvinegros.

O Corinthians ganhou os quatro últimos jogos que precisava vencer com resultados melhores do que o desempenho. E ao chegar assim a mais uma final deve seguir conseguindo mais coisas além das próprias capacidades e da fase atual. Difícil explicar. Fácil respeitar.

No primeiro Derby em Itaquera, deve manter o time e sua ideia de jogo. Não tem tempo hábil e nem gente mais hábil a escalar. Com o provável retorno e reforço de Viña à lateral palmeirense, Ramiro por ali ajuda a conter o avanço do uruguaio. Além de dar mais espaço para Luan ser o que não tem sido.

Essencial que o ex-gremista flutue às costas da principal deficiência tática defensiva palmeirense. A marcação mais frouxa à frente da área. Se Gabriel Menino e Patrick de Paula não se tocam na fluência e qualidade do jogo no meio, ainda a proteção à frente dos zagueiros não se sustenta. Ramires ainda não é aquele nem pra chegar à frente e nunca foi pra fazer a saída de bola desde atrás. Apesar de ser outro em fase instável, Bruno Henrique protegeria melhor a entrada da área. Distribuiria melhor o jogo. E ainda daria suporte vindo de trás em um jogo que pode ser definido nos tiros longos.

Como bem sabe o Corinthians de Ederson. Como bem soube também o Palmeiras contra a Ponte Preta.

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O jogo da nossa vida https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/#respond Mon, 03 Aug 2020 13:51:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/

A bola parou por 130 dias. Nunca ficamos tanto tempo sem você, Palmeiras. Ou melhor: sem nós mesmos, Palestra. Quando voltou, em seis jogos, três partidas terão sido a maior delas. Contra o maior e mais antigo rival. O que levou 53 anos para nos superar nos Derbys. RelacionadasOpinião: ‘Obrigado por tudo, Breno Lopes’Viciado em […]

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A bola parou por 130 dias. Nunca ficamos tanto tempo sem você, Palmeiras. Ou melhor: sem nós mesmos, Palestra.

Quando voltou, em seis jogos, três partidas terão sido a maior delas. Contra o maior e mais antigo rival. O que levou 53 anos para nos superar nos Derbys.

Ainda que 1974 não tenha como superar. Ainda que 1993 não tenha como superar.
Ainda que 1933 é difícil igualar.

Ainda que o Paulistão já não seja o mesmo, o Derby é e será sempre Nós x Eles. Eles x Nós.

Não é guerra. É garra. Gana. "Grinta" que é na Itália do Palestra "garra".

É ganhar na grama. É superar a grana. É vencer na gama de sentimentos de Oberdan a Ademir da Guia, de Luís Pereira a Evair, dos Césares Maluco e Sampaio, do Marcos a cada momento marcante do clássico que não precisa disputar São Paulo, o Brasil e a América para ser o que é.

É o clássico que atravessa a cidade nas estações do metrô. O confronto que passa por todos os tempos. Os templos. Os campos. A nossa vida.

Vale o SP-20. Cem anos da Pazza Gioia quando o Palestra evitou o penta do Paulistano. Cem anos da primeira conquista do maior campeão do Brasil. Cem anos do primeiro título do Campeão do Século XX nos rankings da FPF, PLACAR, FOLHA e ESTADÃO.

É Derby. Há 103 anos. É Palestra há 105. É Palmeiras há 78 anos. É a minha vida há 53 anos. É a sua vida pra sempre.

Que seja a dos que estão conosco.

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É seu, Pessini! Palmeiras 2 x 0 Santo André https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-seu-pessini-palmeiras-2-x-0-santo-andre/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-seu-pessini-palmeiras-2-x-0-santo-andre/#respond Thu, 30 Jul 2020 05:57:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-seu-pessini-palmeiras-2-x-0-santo-andre/

Palmeiras faz dois gols a partir dos 42 minutos do segundo e merecidamente e apertadamente se classificou contra o bravo Santo André. Deixando com razão os próprios palmeirenses bravos com o desempenho do time de Luxemburgo. Já escrevi por aqui que o jornalista Adriano Pessini é aquele cara que se eu o encontrasse em Constantinopla […]

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Palmeiras faz dois gols a partir dos 42 minutos do segundo e merecidamente e apertadamente se classificou contra o bravo Santo André. Deixando com razão os próprios palmeirenses bravos com o desempenho do time de Luxemburgo.

Já escrevi por aqui que o jornalista Adriano Pessini é aquele cara que se eu o encontrasse em Constantinopla em 1326 eu falaria: "e dá-lhe Porco!". Ele responderia: "quantos séculos faltam pra gente comprar o Ademir da Guia"? Cara de palestrino. Corpo de palmeirense. Espírito de porco. Alma de periquito.

Na madrugada do Dia do Trabalho de 2020, durante a pandemia, ele fez sua partida definitiva. O câncer o levou. Desde então não subo a Caraibas que naquele dia eu disse que seria mais difícil subir. Iria faltar alguém quando eu olhasse à direita onde havia o Dissidenti, onde sempre esteve o Pessinha.

Nesta quarta-feira no Allianz Parque sem gente mas sempre lotado da nossa gente, a foto mostra o Pessini vestido com uma camiseta da Mancha.

Ele estava lá. Sempre esteve. O Palmeiras, nem tanto. Também porque o Santo André segue bem treinado pelo Paulo Roberto. Com os pontas travando a saída dos laterais verdes. Criando alguns bons lances no primeiro tempo em que Ramires e Gabriel Menino compuseram o 4-3-3 palmeirense que, se não criou tanto, mostrou mais uma vez: mais importante do que ter um meia é ter um meio para resolver algumas situações, como analisou Leonardo Suzuki, do perfil Análise Verdão.

Como na segunda etapa entraram dois ótimos meias como Lucas Lima e Gustavo Scarpa. Mas uma vez mais eles deveram bola. Os meias não fizeram o Alviverde inteiro. De novo. De velho.

A mudança para o 4-2-3-1 não mudou o desempenho mesmo contra um Santo André que recuou demais, fisicamente definhou, e levava o jogo para os pênaltis até Felipe Melo cabecear a bola que resvalou em Goiano aos 42, e aos 48 o Palmeiras fazer um placar melhor do que a atuação com Marcos Rocha.

O Palmeiras mereceu a classificação. Mas o palmeirense merece mais time.

Como Pessini merecia estar ainda mais presente.

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O hospital do Palestra na Gripe Espanhola de 1918 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-hospital-do-palestra-na-gripe-espanhola/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-hospital-do-palestra-na-gripe-espanhola/#respond Sun, 15 Mar 2020 14:52:07 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/03/15/o-hospital-do-palestra-na-gripe-espanhola/

A Gripe Espanhola afetou 2/3 da população paulistana em apenas dois meses de 1918. A letalidade foi muito maior do que o Coronavírus. Quase 30% da população mundial foi afetada. Mais de 5% morreram. Em São Paulo estimam-se 6 mil mortos. Tudo foi fechado. Ou parado. Cemitérios ficaram abertos 24 horas. Carroças chegavam a levar […]

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A Gripe Espanhola afetou 2/3 da população paulistana em apenas dois meses de 1918. A letalidade foi muito maior do que o Coronavírus. Quase 30% da população mundial foi afetada. Mais de 5% morreram. Em São Paulo estimam-se 6 mil mortos.

Tudo foi fechado. Ou parado. Cemitérios ficaram abertos 24 horas. Carroças chegavam a levar vários corpos para enterros também porque os velórios acabaram proibidos. O serviço funerário não tinha como atender aos vários chamados nas residências.

Algumas entidades ajudaram como podiam no atendimento aos pacientes. Os clubes Paulistano e Palestra Italia foram algumas delas. A sede social palestrina, na rua Líbero Badaró, no centro da capital, virou hospital improvisado.

A foto do texto do livro oficial do centenário do Palmeiras, escrito por mim, fala da maior conquista do clube em 1918.

Algo que todos os clubes podem repetir agora.
Se necessário for.

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