Arquivos tag-Cuca - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-cuca/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sat, 04 Apr 2020 15:46:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Cinco momentos mais inesquecíveis do Enea! Novo quadro do canal do Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/cinco-momentos-mais-inesqueciveis-do-enea-novo-quadro-do-nosso-palestra/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/cinco-momentos-mais-inesqueciveis-do-enea-novo-quadro-do-nosso-palestra/#respond Sat, 04 Apr 2020 15:46:21 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/04/cinco-momentos-mais-inesqueciveis-do-enea-novo-quadro-do-nosso-palestra/

O canal do Nosso Palestra estreia mais um quadro para o seu canal do Youtube. Vamos relembrar os títulos do maior campeão do Brasil e trazer os momentos mais inesquecíveis de cada conquista. Pra começar essa jornada, nada melhor do que relembrar da campanha do Eneacampeonato Brasileiro. O Palmeiras de Cuca deixou os seus adversários […]

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O canal do Nosso Palestra estreia mais um quadro para o seu canal do Youtube. Vamos relembrar os títulos do maior campeão do Brasil e trazer os momentos mais inesquecíveis de cada conquista.

Pra começar essa jornada, nada melhor do que relembrar da campanha do Eneacampeonato Brasileiro. O Palmeiras de Cuca deixou os seus adversários no cheirinho e ficou com um título que o clube não conquistava há 22 anos.

Relembre no vídeo, se inscreva no canal do Nosso Palestra e comente qual foi o momento mais inesquecível daquela campanha:

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Vocês estão todos demitidos https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voces-estao-todos-demitidos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voces-estao-todos-demitidos/#respond Thu, 26 Jul 2018 13:33:47 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/26/voces-estao-todos-demitidos/

Eu teria contratado Alexandre Mattos no final de 2014 e continuaria com ele e Cícero Souza. Mas eu não teria apostado em Oswaldo de Oliveira em janeiro de 2015. Teria demitido o treinador quando ele saiu em junho de 2015. Teria contratado Marcelo Oliveira. Teria demitido o campeão da Copa do Brasil de 2015 em […]

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Eu teria contratado Alexandre Mattos no final de 2014 e continuaria com ele e Cícero Souza. Mas eu não teria apostado em Oswaldo de Oliveira em janeiro de 2015.

Teria demitido o treinador quando ele saiu em junho de 2015. Teria contratado Marcelo Oliveira. Teria demitido o campeão da Copa do Brasil de 2015 em março de 2016.

Teria contratado muito antes Cuca. E lamentado demais a sua esperada saída em dezembro de 2016. Para o lugar dele teria ido mais cedo atrás de Roger Machado, ainda em dezembro de 2016. Não teria trazido Eduardo Batista em janeiro de 2017. E teria trocado por Cuca em maio do ano passado. Talvez não demitisse Cuca em outubro de 2017. Sem ele, teria ficado com Alberto Valentim até substituí-lo por Roger Machado em dezembro do ano passado.

Até a bola rolar contra o Fluminense eu ainda apostava em Roger. Sem a mesma convicção. Depois da entrevista, teria feito o mesmo que foi feito. E teria retomado o contato de dezembro com Abelão.

No frigir das bolas e no fritar dos bonés de treinadores do Palmeiras: eu teria cometido os mesmos erros e acertos. Com os mesmos destemperos e temperos próprios do futebol brasileiro, e impróprio para o futebol brasileiro. Este império de impropérios que ceifa cabeças. Das mais privilegiadas como as de Roger as menos capazes como as minhas.

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Ronaldo Rocha e Jaílson: a história de uma amizade inesperada https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ronaldo-jailson/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ronaldo-jailson/#respond Sun, 03 Jun 2018 18:00:12 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/06/03/ronaldo-jailson/

É curioso como a vida muda em frações de segundos, e em circunstâncias que a gente menos imagina. Sempre preocupados com a qualidade de vida, minha mulher (empresária de 33 anos) e eu fazíamos musculação todos os dias em uma academia no centro de Ferraz de Vasconcelos, cidade de São Paulo em que vivo desde […]

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É curioso como a vida muda em frações de segundos, e em circunstâncias que a gente menos imagina. Sempre preocupados com a qualidade de vida, minha mulher (empresária de 33 anos) e eu fazíamos musculação todos os dias em uma academia no centro de Ferraz de Vasconcelos, cidade de São Paulo em que vivo desde que nasci.

Apesar de não morarmos longe, a gente ia sempre de carro. Um Voyage prata. Quando acabava o treino, seguíamos até o Parque Max Feffer, em Suzano. A viagem durava uns 10 minutos. Lá, corríamos 10 quilômetros todas as noites. Vivemos essa rotina por sete anos, e pretendíamos mantê-la por muitos e muitos mais.

Mas… a noite de 28 de janeiro de 2016 mudou tudo.

Assim como fazíamos diariamente, fomos de carro à academia. Naquele dia, a minha esposa foi dirigindo. Quando estacionou, me lembro bem, o relógio marcava 19h50. O dia ainda estava claro, por causa do horário de verão.

No instante em que descemos, apareceram dois homens. Dois desconhecidos que marcariam a minha para sempre. Eles se aproximaram e anunciaram o assalto. Queriam o Voyage. Na hora, não pensei em nada. Só reagi. Não vi que um deles estava armado. Só percebi isso quando um tiro me atingiu a poucos centímetros do coração.

Tão rápido quanto os marginais fugiam a pé, a bala perfurava o meu pulmão, diafragma, estomago até se alojar na lombar. Ao cair, não senti as minhas pernas. Pensei: ‘Já era. A minha vida acabou e eu só tenho 31 anos’.

Do meu lado, desesperada, a minha esposa assistia a tudo. O pessoal da academia correu para me ajudar. Fui levado para o Hospital Metropolitano, na Lapa, perto do Palmeiras.

Lá fiquei um tempão. Foram 55 dias internados e três cirurgias. Pouco mais de uma semana depois da tragédia, os médicos revelaram o temido diagnóstico: ‘Ronaldo, você está paraplégico’, disse um deles.

Confesso que não me desesperei, não. A minha única alternativa, a partir daquelas palavras, era levantar a cabeça e continuar a vida. Não podia fraquejar, porque outras pessoas precisavam de mim. Inclusive o meu filho, que não época tinha apenas 10 anos.

Perto de completar dois meses dentro daquele quarto de hospital, recebi alta. Em casa, tive que me acostumar a nova realidade de vida, e o futebol foi a minha válvula de escape. Palmeirense desde que nasci, os jogos do Palmeiras transformaram-se no meu melhor analgésico, porque a minha adrenalina subia durante as partidas e eu parava de sentir dor. E não sentir dor, naquele período de recuperação, era maravilhoso.

Enquanto eu me adaptava à vida de cadeirante, o Palmeiras tentava se acostumar à vida sem Fernando Prass. Machucado, o herói na conquista da Copa do Brasil de 2015 não jogaria mais naquele ano. E, em seu lugar, Vagner foi o escolhido. Mas ele não correspondeu. A vaga, então, caiu no colo do terceiro e desconhecido goleiro: Jaílson era o nome dele.

Eu não imaginava, mas aquela decisão do técnico Cuca teria reflexos diretos na minha vida.

Até porque, sempre gostei de ser o goleiro no futebol com os amigos. Os meus maiores ídolos são Sérgio, Velloso e, é claro, o Marcão. Quando vi o Jaílson jogar fiquei impressionado com o quanto se dedicava. Parecia um torcedor defendendo a meta palmeirense. Dias depois, tive essa certeza.

Em entrevista a um canal de televisão, o jornalista perguntou sobre o que o Palmeiras representava na vida dele, e, simultaneamente, respondemos: ‘Paixão’. Me identifiquei com aquele cara, e naquele dia comecei a segui-lo no Instagram.

Sem pretensões, mandei uma mensagem elogiando uma de suas atuações. Foi aí que a identificação transformou-se em admiração. Mesmo sem me conhecer, ele respondeu e agradeceu as palavras.

Aquela simples mensagem, não demorou, e virou conversas diárias. Descobrimos, por exemplo, que éramos dois devotos de Nossa Senhora Aparecida. Só falei sobre o que tinha me acontecido uns dez dias depois de já estarmos nos falando. Ele ficou surpreso por tratar-se de algo recente e pediu para lhe fazer uma visita na Academia de Futebol. Aceitei o convite na hora.

Ao nos apresentarmos, ele me deu uma camisa autografada e sugeriu que fizesse uma rifa para comprar uma cadeira de rodas mais moderna. E ele tinha razão. A minha pesava 15 quilos e me impossibilitava de fazer várias coisas no dia a dia. Segui aquele conselho e fiz a tal rifa. O resultado foi sensacional. Arrecadei dinheiro suficiente para comprar uma cadeira mais curta, de apenas 5 quilos, que me permite ter muito mais autonomia. E o melhor: ela é toda verde, da cor do Palmeiras.

Se ainda temos contato? Todos os dias! Conversamos sempre pelo WhatsApp. Antes dos jogos mando mensagens desejando boa sorte, e ele sempre pergunta como estão as coisas na vida e com a família. O Jaílson é um amigo que fiz em circunstâncias que não imaginava.

Não por causa da camisa autografada que muito me ajudou, mas sim pela humildade e simplicidade, posso afirmar que é impossível alguém ter antipatia pelo Pantera Negra.

Quando me perguntam se tenho algum sonho na vida, respondo que sim. Dois, na verdade: o primeiro é ter qualidade de vida, o segundo… é ver o Palmeiras ser campeão do mundo, contra o Real Madrid, com o Jaílson pegando um pênalti do Cristiano Ronaldo.

Por toda a persistência que teve ao longo carreira e por toda a atenção e apoio que me deu, e ainda dá, ele merece uma conquista grandiosa que o coloque num patamar só dele dentro do Clube.

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Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/#respond Sun, 29 Apr 2018 10:25:59 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/29/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas […]

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Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas e lágrimas.

Como se o vovô-garoto rejuvenescido como um Zé Roberto( emocionantemente ovacionado pelo que joga e rala e fala aos 20 finais contra a Chapecoense) desse o lugar a um moleque de futebol enorme como o futuro de Gabriel Jesus.

Tudo isso foi nos 5 a 0 na Ponte Preta. Maior goleada de uma final paulista. Em 2008. Tudo isso também aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo no Allianz Parque. 2016.

Fora desde que a dor de cotovelo por amor ao que faz o tirou do ouro olímpico e do Palmeiras, Fernando Prass, 38, estava do lado do gramado que com as luvas ele guarda. Ele iria substituir Jailson, 35, ainda invicto no Brasileiro. A maior invencibilidade da história de palmeirenses nos Brasileiros que nenhum clube venceu mais que o nosso.

Placa erguida. Sai 49 e entra 1. Entra um cara que chegou ao clube aos 34 e à Seleção pela primeira vez aos 37. O primeiro goleiro que o Palmeiras comprou desde 1994. Ano do último Brasileiro. Sai um palmeirense de berço que só estreou na Série A aos 35. Sai abraçado por todo o time.

Vai para o banco abraçado por todos os reservas. Ovacionado pelo então maior público que o Parque Antárctica já viu desde 1902, quando foi palco do primeiro jogo do futebol oficial no Brasil. O país que mais títulos mundiais tem. Casa desde 1920 do maior vencedor de títulos nacionais. Não é por fax e nem por fãs. É fato. É foda. É Palmeiras.

O clube que faz goleiros foi ao mercado depois de 18 anos comprar Prass (2012) e Jailson (2014). Um Prass que vai ser eterno Palmeiras como Zé Roberto, o capitão Dudu e Moisés (o melhor do campeonato para mim) e Tchê Tchê (o melhor no 1 a 0 contra a Chapecoense). Um Jailson que nasceu Palmeiras e vai para sempre guardar nos olhos essa homenagem como guardou nossa meta a paixão palestrina. “Eu não sabia que o Cuca me substituiria no final do jogo. Quando vi a placa fiquei muito emocionado pelo carinho dos companheiros e da torcida. E mais ainda pelo grande cara que é o Prass. Já falei para todo mundo: esse lugar é dele. Trabalhei para caramba para chegar até aqui, respeitei, mas preciso ter humildade. Ele é um ídolo. Ele é o titular. Eu fico na minha, trabalhando quietinho”.

Mas a sua também é nossa, Jailsão da massa. O primeiro título do primeiro goleiro negro do Palmeiras. Na linda tarde em que a avó dele veio a um estádio pela primeira vez. Aos 80 anos, ela era uma das quase 41 mil pessoas que mais que lotaram o Allianz Parque para ver e celebrar o maior vencedor nacional. Time de torcedores que muitas vezes se acham os maiores perdedores interplanetários. Só as meias brancas me tranquilizaram antes do jogo que merecia ser goleada contra o misto da Chapecoense, naquela que vinha sendo a melhor semana da história do clube catarinense, finalista da Sul-Americana (por isso a escalação alternativa de Caio Júnior)…

Tão ressabiados somos que o grito de ”é campeão” que todos os rivais já lamentavam só se ouviu aos 38 do segundo tempo – e olha que o Flamengo ganhava do Santos no RIo e garantia o enea desde o primeiro minuto de jogo no Allianz. É assim a torcida que corneta e desconfia. A que canta e vibra levou 37 jogos para ter confiança de gritar ”é campeão”. O palmeirense não sente cheiro de nada, não acha que o campeão voltou, ou que é contra tudo e contra todos.

Aqui é Palmeiras. Basta. Festa e alegria no apito final que remetem à Pazza Gioia da primeira conquista. O Paulista de 1920. A Louca Alegria dos palestrinos pelas ruas paulistanas nos anos 20. O primeiro título do futuro Campeão do Século. Acabando com uma “fila de seis anos”. Nada para quem estava por 21 anos até 27 de novembro de 2016 sem ser em nível nacional o que ninguém foi mais desde então – o maior campeão. Na primeira das nossas nove conquistas em casa.

O primeiro desde 1994, com a Via Láctea da Parmalat. Quando ganhar o Paulistão ainda era muito importante. Título estadual que o Palmeiras ganharia em 1996 como nenhum outro com tantos pontos na era profissional.

Voltaria a vencer em 2008. Palmeiras que ganhou Rio-São Paulo em 2000, a Copa dos Campeões no mesmo ano, três Copas do Brasil, uma Mercosul, a Libertadores.

Tudo isso desde 1994. Mas o Brasileiro fazia tempo. O Palmeiras não sabia o que era desde quando venceu de novo o Corinthians, no Pacaembu, com show de Velloso, Rivaldo e Edmundo. E, agora, quando venceu antecipadamente o nono brasileiro na longa novena de orações de um campeonato que parecia conquistado desde os 2 a 0 em Itaquera. “Ali foi o jogo do título”. Palavras de Cuca: “saímos de Atibaia depois do empate com o Flamengo e fomos direto para o estádio deles. Lá fiz a mais emocionante preleção da campanha. Falei mais das famílias que eles não viam do que do adversário ou do nosso time. Ali foi a arrancada para o título”.

O torcedor começou a represar na vitória em Itaquera o grito que só soltou na última semana antes do título, entre a vitória justa contra o Botafogo e o placar apertado demais pela superioridade contra a Chapecoense. Semana que. pareceu levar 21 anos para o palmeirense. E vai levar ainda muito tempo para os rivais lembraram e criticarem as coisas de sempre: “tabela que ajudava, a tabela que prejudicava, o nível do futebol de hoje, o Cucabol, o apito, o Marco Polo presidente da CBF, o Paulo Nobre do Palmeiras, a Parmalat, a Academia”, e qualquer motivo que se use contra o time que Zé Roberto disse que é “o mais gigante onde ele já jogou”, na bela festa na Paulista, depois do jogo. Críticas que serão levantadas por mais anos enquanto o Palmeiras seguir levantando taças. Elogios que serão eternos como as trocas de goleiros e abraços. A passagem de bastão de gerações campeãs. Como os filhos de Luís Pereira e Vagner Bacharel, que não viram os pais serem zagueiros do Palmeiras. Mas viraram palmeirenses que foram ao estádio ou às ruas vibrarem pelo time que os pais honraram. Pela paixão de Palmeiras para os filhos. De goleiros para arqueiros. Allianz Parque que veio abaixo quando, 16h21, vieram ao aquecimento os nossos camisas azuis. Prass entre eles. “O Soldado Universal”, como apelidaram o preparador de goleiros Oscar e Jailson. Ele não cansa de treinar. Por isso voltou antes. Como tambémretornaram o próprio Jailson, Moisés e Prass. Mostrando a qualidade do departamento médico do clube, a fisioterapia e fisiologia. Quando o atleta é profissional e ama o que faz, volta antes. Ou retorna sempre. Como estava Mazola, centroavante mítico dos anos 50. O maior camisa 9 revelado pelo Palmeiras antes e Gabriel Jesus. “Meu sangue é verde”, disse ele ao conhecer enfim o Allianz Parque.

Foi tudo muito lindo na decisão antecipada. O grito de “Olê, Cuca” antes de o jogo começar. Um minuto antes de a bola rolar, pela primeira vez senti a arquibancada superior tremer. Era muita emoção. Muita gente. Público total de 40.986 pagantes. Superando o de 40 anos antes, na conquista do Paulista de 1976, contra o XV de Piracicaba.

O maior público presente desde 1902 no antigo campo do Parque Antarctica.

Um dos maiores gritos de gol aos 26 minutos. Outra jogada bem ensaiada em cobrança de falta, e gol de Fabiano, em belo toque por cobertura. Outra aposta de Cuca muito feliz.

Ele deslocou o múltiplo Jean para a cabeça da área, liberando Moisés e Tchê Tchê, em notável atuação pelo lado esquerdo. “O Cuca ajustou nosso time. Apostou em mim na lateral e deu muito certo”, disse Jean, que deu muito certo em qualquer posição em 2016.

Palmeiras foi ao intervalo com pelo menos oito grandes chances de gol. Não fosse o ótimo Danilo, teria goleado no primeiro, e também no segundo tempo. Faltavam 38 minutos para acabar o jogo, Prass e todo o banco foram aoaquecimento. O goleiro de 38 anos parecia um juvenil.

Aquecia olhando o jogo e torcendo pelo apito final. Mas também para que ele pudesse jogar alguns minutos.

Cumprindo a promessa que fizera a amigos quando o Brasil ganhou o ouro olímpico: “não ganhei essa medalha.

Mas vou levantar o troféu de campeão brasileiro no final do ano”.

Uma volta literalmente olímpica. Quando ele também ergueu no final da festa Gabriel Jesus, no cangote. Meninoque pegou o microfone e agradeceu ao estádio como Marcos fizera no “Amém dele”, ao se despedir em 2012: “espero que vocês não me esqueçam. Eu sei que não esquecerei vocês”.

E ninguém esqueceu o garoto que nasceu antes do último brasileiro. No 1994 em que começou a correr atrás da bola o Nonno Zé Roberto. Figura da nona conquista brasileira. O enea. Como eu. Como todos nós.

“A defesa mais importante que eu fiz no campeonato foi a primeira”, disse Jailson, na estreia contra o Vitória, jogo dotítulo do turno. Mas entre tantas espetaculares dele e de Prass, ainda fico com a “defesa” do Zé Roberto emAraraquara, no empate sem gols contra o Cruzeiro. “Eu estava atrás daquela meta, ao lado do Mina”, lembra Prass.

“Quase fechei os olhos quando o Robinho passou pelo Jailson. Sofro demais quando não jogo. Como sofri no Horto contra o Galo. Quando estou no estádio, sem ser pela TV, é ainda pior. Fico meio que orientando a zaga, torcendo feito louco. Mas, naquela bola do Zé, vi tudo perdido”, disse nosso número um. Por sorte e por raça o nosso número 11 Zé Roberto, mais uma vez, jogou pelos onze. Por milhões. E salvou com a perna e com o peito o nosso Palmeiras.

Por isso a festa maravilhosa pelas ruas enfim abertas no fim do jogo. A festança com música, canto, tarantelas, funk, pagode e tudo quanto é música (e não-música) nos trios elétricos até 3 da manhã. Quando o Zé Roberto falou que nunca se identificara tanto com um clube em 22 anos de carreira. Por isso que também esperamos esse tempo todo para sermos Palmeiras. Campeões. Com craques e gente como Zé. Pode bater no peito. “Faz -u-hu!” E não dorme mais.

“We Are The Champions”! A última música que o Allianz Parque ouviu no enea. A canção que fui dormir cinco da zmanhã cantando no travesseiro. A canção dos campeões.

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Roger Machado chega em abril com mesmo aproveitamento de Eduardo Baptista https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/roger-marchado-chega-em-abril-com-mesmo-aproveitamento-de-eduardo-baptista/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/roger-marchado-chega-em-abril-com-mesmo-aproveitamento-de-eduardo-baptista/#respond Fri, 20 Apr 2018 08:00:13 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/20/roger-marchado-chega-em-abril-com-mesmo-aproveitamento-de-eduardo-baptista/

Roger Machado tem 22 jogos pelo Palmeiras em quatro meses de trabalho. O aproveitamento de 69,6% é igual ao de Eduardo Baptista, no mesmo período no ano passado. Roger, porém, chegou à final do estadual enquanto Baptista caiu na semifinal, e na Libertadores lidera a sua chave com sete pontos em três partidas. Pela mesma […]

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Roger Machado tem 22 jogos pelo Palmeiras em quatro meses de trabalho. O aproveitamento de 69,6% é igual ao de Eduardo Baptista, no mesmo período no ano passado. Roger, porém, chegou à final do estadual enquanto Baptista caiu na semifinal, e na Libertadores lidera a sua chave com sete pontos em três partidas.

Pela mesma competição, Eduardo conquistou dez pontos em cinco rodadas da fase de grupos e acabou substituído por Cuca justamente após revés no torneio sul-americano para o Jorge Wilstermann, dia 3 de maio na Bolívia.

Dos últimos cinco técnicos que passaram pelo Palestra Itália, somente Oswaldo de Oliveira tem números melhores nos primeiros 22 jogos: 72,7% de aproveitamento. Estão incluídos na lista: Roger, Cuca, duas vezes, Eduardo, Marcelo Oliveira e Oswaldo.

Vale lembrar que antes de Oswaldo, Dorival Júnior (20 jogos) e Ricardo Gareca (13 jogos) sequer chegaram ao número de partidas do atual treinador. Já Alberto Valentim, esteve à frente do Palmeiras em 11 compromissos na reta final do Campeonato Brasileiro de 2017.

 

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Amarcord: Corinthians 0 x 2 Palmeiras, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-0-x-2-palmeiras-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-0-x-2-palmeiras-br-16/#respond Sat, 31 Mar 2018 09:20:03 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/31/amarcord-corinthians-0-x-2-palmeiras-br-16/

Este é o texto publicado no livro MEU NOME É ENEA, escrito por mim e por Bruno Elias, editado pela ONZE CULTURAL. Velho mestre Oswaldo Brandão, você ainda é a maior unanimidade entre corintianos e palmeirenses. Pelo que meu pai contava, o senhor era um médio-direito esforçado do Palmeiras quando o joelho combalido o aposentou […]

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Este é o texto publicado no livro MEU NOME É ENEA, escrito por mim e por Bruno Elias, editado pela ONZE CULTURAL.

Velho mestre Oswaldo Brandão, você ainda é a maior unanimidade entre corintianos e palmeirenses. Pelo que meu pai contava, o senhor era um médio-direito esforçado do Palmeiras quando o joelho combalido o aposentou precocemente. Quando assumiu ainda jovem o comando alviverde, montou ”a defesa que ninguém passa” inspiradora do Hino do maestro Totó, campeã paulista em 1947.

Mestre, você também foi Corinthians no IV Centenário paulistano. E como foi campeão em 1954 contra o Palmeiras. Também foi supercampeão paulista de 1959 pelo Verdão superando o Santos de Pelé e um jejum desde 1951. Foi campeão do primeiro dos oito nacionais alviverdes em 1960. Montou a Segunda Academia de Ademir da Guia, em 1972. Deixou o Corinthians mais um ano na fila em 1974 no lance mais marcante de um Ronaldo no dérbi. Mas quando voltou ao Parque São Jorge em 1977, o senhor terminou com a longa noite alvinegra de 22 anos sem títulos.

Oswaldo Brandão não por acaso foi nome de troféu do Derby criado em 2009. Sabemos que o senhor era mezzo Palmeiras meio Corinthians. A família, também. Se não foi o maior treinador dos dois lados do clássico, é o único que pode ser louvado por ambos.

No dia seguinte ao clássico pelo returno do BR-16, no domingo, serão 100 anos de seu nascimento lá em Taquara. Pouco antes do centenário do próprio Derby, em maio de 2017. Você sempre soube tudo de bola. Mas talvez não saiba que certos jogos o rival não precisaria nem jogar…

O Derby de sábado pelo returno do Brasileiro terminou com 34 partidas de invencibilidade corintiana em Itaquera. Partida que encerrou a passagem triste de Cristóvão Borges. O Corinthians, mais uma vez, foi muito mal. O Palmeiras, mais uma vez, e desde 2015, foi muito bem em Itaquera, e em um jogo decisivo no sábado contra o maior rival. Nem precisou das meias brancas. Fez um a zero no primeiro ataque com o incansável Moisés, que abriu o oceano vermelho no meio das pernas do goleiro rival. E celebrou com um cajado que improvisou com o tripé da máquina do fotógrafo do clube, o César Greco.

Depois do gol, o Palmeiras só teria nova chance aos 40. Errou passes e não soube segurar a bola na frente. Mas o maior rival foi ainda pior. O único lance mais ou menos foi um cruzamento errado do Cristian. E olhe lá. Não por acaso torcedores começaram a xingar a direção do clube antes do primeiro tempo. Os tempos são outros, mestre. Talvez sobrasse até para o senhor.

Mas seria provável que na base do papo em que você era imbatível fosse possível dar um jeito pelo menos na defesa alvinegra. Ainda que não seja fácil marcar esses caras bem treinados pelo Cuca. O Edu Dracena (que o Corinthians deixou escapar) quase fez o gol que Mina, de novo em clássico, faria logo depois da expulsão talvez exagerada do Léo Princípe. Mais um erro do árbitro que empurrou Dudu logo no começo do jogo! E teria de expulsar Vilson pela cotovelada em Róger Guedes.

Dudu está honrando o nome do bom velhinho Olegário. A propósito, mestre, enfim ele vai receber a homenagem merecida. Mas é surpresa. Não conta pra ninguém aí em cima. Nem pros seus parceiros Junqueira, Oberdan e Fiúme.

O que não aconteceu de surpreendente foi em Itaquera. Não houve novidade. O melhor time ganhou. E com muita sobra. Marcando com Moisés um gol muito parecido com o do Zé Roberto nos 2 a 0 de 2015. Jailson só fez uma defesa difícil em uma bola que sairia. Tivesse acertado mais o pé e alguns passes, o Palmeiras teria goleado o Derby mais disparatado dos últimos tempos.

Velho mestre, aproveita e dá um abraço no meu pai. E fala pra ele que o nosso time ganhou o Derby mesmo sem o Gabriel Jesus e Vítor Hugo (que não jogou os Derbys por estar suspenso), com o Alecsandro só voltando aos treinos na segunda, com o Arouca só agora liberado por mais um “doping” estranho (ele usou um medicamento que não é proibido pela Agência Mundial Antidoping quando ministrado via intra-articular. Ela foi usada para atacar inflamação no joelho esquerdo, por meio de infiltração, após uma cirurgia no menisco). E mesmo sem jogar tão bem assim. Mas certamente o Palmeiras jogou melhor do que muita gente aqui da imprensa que mete o pau no líder que não pode fazer gol de cabeça… E nem depois de arremesso lateral.

Imagine o que diriam dos arremessos laterais na área que o Djalma Santos fazia na sua Lusa e também no seu Palmeiras, mestre….

Outros tempos. Ou os tempos de sempre. Sempre tempo para enaltecer o mestre centenário. O único treinador que teria a torcida única em Itaquera e no Palestra. A única unanimidade inteligente do Derby.

Há dois anos, mestre, lutávamos para não cair. Sobrevivemos. Arrumamos a nova casa e um novo time. Ganhamos a Copa do Brasil. Mantivemos as estruturas. Reforçamos a base. Lideramos o Brasileiro. Jogamos bonito e ganhamos. Não jogamos tão lindo no sábado mas ganhamos de novo do maior rival. Aquele que nunca disse que nos “apequenamos” como o presidente do vizinho de muro que derrubou o próprio castelo e teve de pedir as contas que não fechavam como a boca de quem fala demais.

Por isso é ótimo ser como foi Brandão. Campeão de tudo por todos. Respeitando tudo e todos. E do jeito dele: falando pouco. Quase nada. Ganhando muito. E se gabando zero.

Um campeão-quieto. Um palmeirense-corintiano. Um corintiano-palmeirense. Existe. É possível. Saber ganhar é arte, como bem sabemos como campeões do século 20 (reclamações dos clientes no SAC da FPF, Placar, Folha e Estadão). Saber perder não é fácil. Tem muito mimimi e tem cada vez mais memes.

Mas saber como o velho Mestre Brandão é arte centenária.

1974 obrigados, mestre. 1959 superparabéns. 1973 bis.

Na Academia o senhor é doutor honoris-campeão.

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Fabiano foi emprestado ao Internacional até o final do ano. Eu só quero dizer o que escrevi quando ganhamos do Peñarol por 3 a 2, na Libertadores-17, no Allianz Parque, na última bola. RelacionadasPalmeiras enfrenta quarto time uruguaio na história do Allianz Parque; relembreEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoPalmeiras tem Allianz […]

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Fabiano foi emprestado ao Internacional até o final do ano.

Eu só quero dizer o que escrevi quando ganhamos do Peñarol por 3 a 2, na Libertadores-17, no Allianz Parque, na última bola.

“No jogo que encaminharia o título brasileiro de 2016, no final do aquecimento, o último palmeirense a deixar o gramado foi o lateral reserva Fabiano. Antes de ir para o vestiário, ele chutou a bola para a meta vazia do gol Sul do Allianz Parque. A mesma onde, no final daquele tarde, Dudu faria o gol da vitória no Botafogo. Fabiano deu aquele chute sem goleiro que qualquer torcedor adoraria mandar ver no palco dos nossos sonhos. Fabiano mandou meio de brincadeira. Meio que sério. Como no jogo seguinte em casa, na meta do Gol Norte, ele faria o gol do título contra a Chapecoense.

Herói improvável como o Betinho safra 2012.

Fabiano que foi o mais limitado titular do Palmeiras (enquanto Jean não voltava, em 2017). Do caro time montado para não sofrer o que vinha sofrendo contra o Peñarol que vive da história, não da fragilidade atual. Mas o clube charrúa sabe jogar a Libertadores que ganhou cinco vezes – a segunda na final no Pacaembu contra o Palmeiras, em 1961. Com Maidana na meta. O mesmo que seria Palmeiras de 1965 a 1968. O mesmo senhor que esteve na mágica noite no Allianz Parque, levado pelo Peñarol. Mas essa é história que conto outro dia.

Hoje é para falar que #SomosTodosFabiano. Até quem não é palmeirense. Até quem não tem essa felicidade de torcer por um clube. Até quem secou e não foi feliz. Até quem – com alguma razão e muita emoção – se irritou pelo gol aos 54min15s, 1min15 além do tempo indicado pelo árbitro. Tempo que também parecia pouco pela cera, catimba e antijogo carbonero. Se o árbitro quisesse mesmo ajudar o time da casa, não teria dado só um minuto de acréscimo no primeiro tempo (e terminado a etapa antes mesmo dos 60 segundos). Não teria expulsado Dudu (sacando o melhor palmeirense da dura volta no Uruguai) já no tempo extra concedido por tudo aquilo que o Peñarol fez e o árbitro não coibiu. Se fosse caseiro, o fraco assoprador teria expulsado por segundo amarelo quem empurrou Dudu no pênalti marcado. Quisesse ajudar o Palmeiras, ele poderia ter marcado pênalti (discutível) em Dudu no primeiro tempo, aos 16. Ele poderia também ter dado o gol (que não foi) que Tchê Tchê quase fez aos 28 finais, quando o zagueiro uruguaio salvou sobre a linha e mandou no travessão a primeira bola que o Palmeiras mandaria na trave. Quatro minutos antes de Willian limpar o goleiro e mandar nova bola inacreditável na noite que não parecia verde.

Afinal, Borja não perde os gols que desperdiçou. Não manda longe um pênalti que normalmente converte ao chutar no canto alto dos goleiros. Um time qualificado como o Palmeiras não perde tantas chances. Um forte candidato ao título faz o que fez nos cinco minutos iniciais do segundo tempo. Embalado e empurrado por uma torcida que quase nunca parou de berrar, empatou com William em lance em que a bola bateu (involuntariamente) nas mãos de Dracena e Borja, com 1 minuto de bola rolando. E virou com Dudu em bela arrancada de Guerra (em sua melhor partida) e falha defensiva uruguaia. Mas esse forte Palmeiras não pode errar tantos passes e cair nas provocações rivais. Não pode bobear nas bolas paradas como nos dois gols do bravo Peñarol. O segundo, o do 2 a 2, aos 30 finais, em falha rara de Mina. O primeiro, que abriu o placar, aos 32, em desatenção usual de Fabiano, que deixou livre Ramos Arias para cabecear.

Fabiano…

#SempreCritiquei.

Uns cinco minutos antes, ele pela meia direita, umas quatro ou cinco opções de passe melhores (ainda que muitas vezes a equipe tenha optado pela individualidade de um inspirado e isolado Dudu pela esquerda), Fabiano resolveu chutar de muito longe. E a bola foi ainda mais longe da meta rival.

Para quê?

Desnecessário. Como o calcanhar de Felipe Melo pouco antes, na intermediária, que gerou perigoso contragolpe carbonero.

Para quê?

Felipe Melo, com Dudu, era das melhores coisas em campo. Firme nas antecipações, cerebral nos passes, aturou as provocações que ele mesmo criou. Numa delas, sofreu a falta, foi atropelado pelo uruguaio, e só levantou e olhou feio e firme para o rival. Bastou. Intimidou e se impôs. Assim que se faz. “Com responsabilidade”, diria ele. Ou “ousadura”, só ele para dizer.

Libertadores não se ganha só no grito e na cara feia. É na bola. E, no frigir das bolas, esse Palmeiras tem mais potencial que qualquer outro. Mas precisa se ajeitar, se ajustar, e não assustar tanto. Não precisa de firula, mas da seriedade de quem sabe fazer a hora. Até mesmo além dela.

Só que não há palmeirense algum que, depois do apito final, não tenha dado graças ao Divino pelo que viu. Pelo que sobreviveu. Pelo que viveu por essa paixão que um dia ainda nos leva. Mas, até lá, nos leva mais vivos. Como Felipe Melo que a cada dias ganha mais fãs de verde. Como…

…Fabiano!?!

Sim, o lateral que ninguém dá bola. Só corneta. O limitado jogador que não tinha palmeirense que o quisesse ver nem pintado de verde. No final, ele se mandou para a área quando ninguém mais esperava nada além do apito final que já estava atrasado. Fabiano apareceu como centroavante e cabeceou a bola que o bom goleiro uruguaio espalmou para escanteio.

Aos 53min35s.

Não tinha mais jogo. Tempo esgotado como os times. Mas Fabiano não estava exausto. Ele seguiu na área, o Palmeiras tinha um a menos em campo, embora tivesse quase 38 mil que acreditavam no mesmo Palmeiras do gol no fim de Mina contra o Wilstermann.

(Mas, entre nós, quem acreditava mesmo em Fabiano?)

Ele seguiu na área. A bola seguiu ate ele no escanteio. O gigante Edu Dracena pareceu subir para fazer o tão aguardado e merecido primeiro gol dele pelo Palmeiras. Mas quem apareceu do nada, surgindo do nada, e quase que não querendo nada com tudo aquilo, fez um dos gols mais tudo de lindo e emocionante da história do Palmeiras.

Não pelo que representa na tabela. Mas pelo que nos representa pela vida.

A bola ainda bateu na trave antes de entrar. Como todos os lances dos nossos santos dias. Nós, seres limitados como Fabiano, somos como ele. Batemos ou raspamos a trave todos os dias dos diabos. Tudo parece que não vai dar. Mas tem uma hora que dá certo. De onde menos se espera, mais se deve esperar.

#NuncaCritiquei Fabiano.

#SomosTodosFabiano.

Gol de Fabiano. Depois de escanteio criado por Fabiano.

Quando eu parar de desfibrilar, eu volto para tentar contar um daqueles jogos que vamos contar aos nossos netos. E eles ainda não vão entender.

Amanhã a nossa jornada segue. Com vários Fabianos indo até a área rival em todos os campos para tentar o que só o Fabiano do Palmeiras parecia acreditar.

Obrigado, Fabiano, pela noite que não consegui dormir. Pela lição que o futebol mais uma vez nos dá.

Obrigado, Fabiano, por fazer a minha profissão ainda mais feliz. Não por ser Palmeiras. Mas por poder escrever que todo dia a gente sempre pode fazer alguma coisa por alguém.

É só aparecer lá do outro lado e acreditar que ainda dá.”

Não deu em 2017.

No último jogo de Fabiano, ele falhou no gol do São Caetano no SP-18. E foi vaiado e até xingado.

Talvez ele tenha tido chances demais no Palmeiras.

Mas os dois gols que ele fez nos fazem acreditar que ainda é sempre possível crer.

Boa sorte, Fabiano.

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Em uma famosa Cantina nos Jardins, em São Paulo… https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/em-uma-famosa-cantina-nos-jardins-em-sao-paulo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/em-uma-famosa-cantina-nos-jardins-em-sao-paulo/#respond Wed, 07 Mar 2018 17:11:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/07/em-uma-famosa-cantina-nos-jardins-em-sao-paulo/

Ah, meu ex era tão complicado… Ele sempre falava que gostava de mim, mas precisa de alguém melhor, com um histórico maior que o meu. Dizia que eu não era treinador suficiente pra ele, ainda que tivesse lá certo afeto pelo meu trabalho, achava que eu poderia crescer se ficasse um tempo com outro lá […]

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Ah, meu ex era tão complicado… Ele sempre falava que gostava de mim, mas precisa de alguém melhor, com um histórico maior que o meu. Dizia que eu não era treinador suficiente pra ele, ainda que tivesse lá certo afeto pelo meu trabalho, achava que eu poderia crescer se ficasse um tempo com outro lá no Rio de Janeiro. Acha certo? Fiz de tudo lá e na melhor hora, tchau.

– Nossa, eu sei como é. Passei um tempo sendo namorado por ele até que conseguiu me pegar e depois de dez dias, tava com saudades do ex. Como que pode um negócio desses? No meu primeiro dia na casa dele, a família começou a gritar o nome do fulano. Um absurdo. Não me deixaram mostrar como meu pudim era gostoso. Na primeira briguinha, já me mandou embora e foi correr atrás daquela calça vinho sem vergonha.

– Que culpa eu tenho se ele me amava? Tentei terminar enquanto tava tudo bem, éramos muito amigos, a família me adorava, foi um fim saudável, sabe? Eu precisava me dedicar mais pra minha família, mas ele não entendeu e ficou me ligando, mandando mensagem, fazendo um fuzuê. Não consegui aguentar e voltei, mas não foi como antes, não tinha mais aquele prazer. Duramos poucos meses e brigamos feio. Até a família agora fala mal de mim. Bando de ingratos.

– Nossa, eu sempre ouvi falar bem dele. Tem muitos amigos, tem casa nova e moderna e tem taaaanto dinheiro. Fiquei com uma vontade enorme de me aproximar quando ele veio atrás de mim aqui no Rio, mas eu tava bem em Xerém. A responsabilidade era grande demais e essa fama que ele tem de enjoar rápido me deixou com receio. Não dá pra sair daqui e não ter certeza que esse sentimento vai durar mais do que dois momentos ruins, né.

– Vocês querem dizer, então, que eu sou o foco da vez? Não sei, não, acho que é ciúmes.. Eu tô aqui faz pouco tempo e eles gostam do jeito que eu cuido dos meninos, de como eu lido com a casa. A gente teve uns dois probleminhas agora e a família deu uma chiada, mas não sei se eles têm tanta influência de abalar meu relacionamento. Ele me ama. Agora a gente vai se encontrar com um casal conhecido aqui de São Paulo e ele me prometeu um jantar se der tudo certo. Só não falou o que vai acontecer se der alguma coisa errada…

– Bahhh, esse aí não sabe onde tá se metendo. Pelo menos o jantar tá cheio de camarões..

“Pessoal, a conta já está paga, viu? Uma senhora de meia idade, muito elegante, resolveu fazer a gentileza pra vocês. Boa noite”

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É assim que se faz e não se fala, Felipe Melo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-assim-que-se-faz-e-nao-se-fala-felipe-melo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-assim-que-se-faz-e-nao-se-fala-felipe-melo/#respond Wed, 07 Feb 2018 19:44:08 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/07/e-assim-que-se-faz-e-nao-se-fala-felipe-melo/

A melhor notícia para o Palmeiras na entrevista de Felipe Melo foi que o melhor jogador até agora do SP-18 não criou notícia alguma. Nada. E porque enfim ele fez o que foi orientado: falou pouco, ainda que tenha se posicionado sempre. Assim se faz o líder e o ídolo: mais fazendo coisas boas do […]

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A melhor notícia para o Palmeiras na entrevista de Felipe Melo foi que o melhor jogador até agora do SP-18 não criou notícia alguma. Nada. E porque enfim ele fez o que foi orientado: falou pouco, ainda que tenha se posicionado sempre.

Assim se faz o líder e o ídolo: mais fazendo coisas boas do que falando bobagens. Mais falando pela bola do que pela boca.

Poupou os desafetos passados, e fez o que todos precisam fazer: pensar agora no que fala, e seguir fazendo o que muito bem tem no feito no futuro.

Esse é o Felipe Melo que se quer. Falando pouco e jogando muito. Um tapa na cara com responsabilidade nos críticos como eu, e um tapinha nas costas dos muitos fãs do pitbull.

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O nosso Dudu https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-nosso-dudu/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-nosso-dudu/#respond Tue, 23 Jan 2018 19:37:48 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/01/23/o-nosso-dudu/

Dudu, em dezembro de 2014 eu achava que Corinthians e São Paulo estavam brigando demais por um jogador muito bom – mas muito caro – como você. Mas fiquei muito surpreso e feliz quando o Palmeiras anunciou a sua contratação num domingo de janeiro de 2015 pelo Twitter. Pelo reforço que você seria para elenco […]

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Dudu, em dezembro de 2014 eu achava que Corinthians e São Paulo estavam brigando demais por um jogador muito bom – mas muito caro – como você.

Mas fiquei muito surpreso e feliz quando o Palmeiras anunciou a sua contratação num domingo de janeiro de 2015 pelo Twitter. Pelo reforço que você seria para elenco tão combalido, pela mudança de patamar de investimento do clube, e pelo drible na concorrência direta. Foi ótimo.

Mas eu ainda tinha dúvidas sobre o seu futebol, Dudu. Achava muito bom o seu reforço. Mas ainda era pouco.

E achei mesmo e fiquei puto com o seu pênalti perdido na primeira decisão do SP-15, e mais ainda bravo pela agressão ao árbitro no jogo de volta, na Vila.

Dudu, confesso que quando pintaram os primeiros interesses de clubes de fora por você, logo depois disso, não via problema na sua saída.

Mas quando você fez o primeiro e o segundo gol da decisão da Copa do Brasil no Allianz Parque, em dezembro de 2015, senti que não podia ter pensado quase tudo que escrevi até aqui. Havia me precipitado. Você dera mais um chapéu em mim. Como pegaria o boné do Wanderley Nogueira da Jovem Pan no primeiro Derby vencido no Pacaembu desde 1995.

Dudu, quando você passou a jogar mais por dentro com Marcelo Oliveira em 2015, e depois com a tarja do capitão com Cuca em 2016, ganhou cada vez mais espaço no time e na idolatria verde.

Quando você fez todos os gols e assistências de 2016, e principalmente, o gol que encaminhou o enea, contra o Botafogo, senti cada vez mais orgulho por você. Até porl ter preferido ficar no clube mesmo com proposta de triplo de salário durante o BR-16.

Dudu, quando na festa do título na Paulista você me viu lá na rua e pediu para eu subir no trio elétrico campeão, como não atender ao pedido do capitão?

Quando você chorou quando sentiu a lesão contra o Barcelona de Guaiaquil no Allianz Parque, chorei junto.

Quando veio agora a proposta da China de mais de 13 milhões de euros para o Palmeiras, e o quádruplo do salário para os seus tataranetos, você disse que prefere continuar no clube que aprendeu a amar. E ser correspondido.

Dudu, vão continuar te criticando. Muitas vezes com razão, algumas com emoção, outras com despeito, e também com inveja. Não vou comparar com outros craques da nossa história. Mas, para o Brasil, hoje, e para o Palmeiras, sempre, você é o cara que disse sim para nós, e não necessariamente para o futuro dos seus netos. Mais ou menos como Santo de Oriente que em 2003 não quis trocar o Palmeiras, a moda de viola, a cachaça e o cigarro de palha pela Londres do Arsenal.

Vão dizer que você tinha que ir. Que é muito dinheiro. Que você já ganhou muito. Que você só não foi por causa da Seleção…

E não adianta explicar que não é isso. Não adianta falar que tem Palmeiras que o dinheiro não compra.

Dudu, você virou muitos jogos e mudou minha opinião várias vezes. Siga assim. Siga com a gente.

Se pra nós palmeirenses é fácil dizer sim sempre ao Palmeiras, você mostrou ao mundo como é maravilhoso poder dizer sim ao nosso amor.

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