Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

O meia Raphael Veiga foi surpreendido nesta quarta-feira, 1, com a notícia do interesse do mercado árabe em seu futebol. O Al Ahly, clube de Dubai (EAU), fez uma proposta de empréstimo para o meia de 25 anos do Palmeiras.

A ideia não foi muito bem aceita pelo Verdão, que não deve caminhar com a negociação caso ela siga nesses moldes. Um empréstimo com uma cláusula futura de compra também parece não seduzir a diretoria alviverde.

O atleta, por meio de sua assessoria de imprensa, comentou que ficou sabendo da proposta pelo próprio Palmeiras, mas que possui contrato com o Verdão e está feliz em São Paulo.

Veiga chegou ao Palmeiras em 2017, mas acabou a temporada sendo emprestado ao Atlético-PR, onde fez um grande ano de 2018, terminando como um dos destaques do campeão da Copa Sulamericana daquele ano.

Neste ano, o camisa 23 começou como titular de Vanderlei Luxemburgo, mas perdeu espaço para Lucas Lima e mais tarde Dudu, como meia de criação do Palmeiras.

Este é o segundo jogador do Palmeiras que desperta o interesse do mercado árabe nesta semana. Antes de Veiga, Dudu já havia sido sondado pelo Al Duhail, do Catar, que segue interessado na compra do camisa 7.

Raphael Veiga em 60 jogos e 8 gols com a camisa do Palmeiras. O contrato dele vai até 2023.

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

O Palmeiras realizou na tarde dessa quarta-feira, 26, o seu terceiro treino nesta semana de preparação para o clássico contra o Santos, no sábado, 29, no Pacaembu, pela oitava rodada do Paulistão 2020.

O Verdão não deve ter muitas novidades do time que venceu o Guarani por 1 a 0 no Allianz Parque na última quinta-feira. Com Mayke e Marcos Rocha ainda lesionados, Gabriel Menino deve seguir como lateral-direito do Verdão, enquanto Raphael Veiga parece ter ganho a disputa com Lucas Lima no meio.

Bruno Henrique também parece ter conquistado o técnico e também ganhou a vaga de Patrick de Paula, que deve ficar como opção no banco de reservas.

Luxemburgo escalou o Verdão titular pelo segundo dia seguido com: Weverton, Menino, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matias Viña; Bruno Henrique, Zé Rafael e Raphael Veiga; Dudu, Willian e Luiz Adriano.

Já a equipe reserva teve uma grata surpresa durante a atividade. Rony treinou normalmente com os seus novos colegas, e caso entre no BID até sexta-feira, poderá ficar como opção no banco para a segunda etapa.

A equipe de suplentes foi formada por: Jailson; Emerson Santos, Luan, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Patrick de Paula, Ramires e Lucas Lima; Scarpa, Rony e Gabriel Veron.

O Palmeiras treina nesta quinta-feira às 16h. Duas horas antes da atividade, teremos a apresentação do atacante Rony, a segunda contratação do Verdão para essa temporada.

(Foto:Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Desde que chegou, o técnico Mano Menezes vem tentando encontrar a melhor solução para o setor de criação do Palmeiras. Lucas Lima e Gustavo Scarpa já receberam oportunidades ao longo dos dez jogos comandados pelo novo treinador e não obtiveram regularidade.

Contra o Athlético-Pr, Raphael Veiga pode ter a sua primeira chance de sair como titular sob a batuta do novo comandante. O atleta jogou boa parte do segundo tempo contra a Chape e agradou a comissão técnica, dando mais mobilidade ao meio de campo Alviverde.

Em coletiva na Academia de Futebol, nesta sexta-feira, Veiga disse que está com "fome de jogo" e espera por uma nova oportunidade:

"O professor ainda não falou sobre quais serão os titulares. Todo jogador quer jogar. Lógico que fico incomodado de não estar atuando. O que posso fazer é treinar e me dedicar, e estar pronto quando meu momento chegar", disse Veiga.

O meia teve ótima passagem no rival deste domingo, em 2018. Foram 48 jogos com a camisa do Athlético-PR e nove gols, terminando como um dos grandes destaques na conquista da Copa Sul-Americana:

"Eu joguei lá o ano passado, é muito complicado. Será um jogo difícil, mas temos condições de ir lá e conseguir um bom resultado, assim como em 2016 e 2018" (o Verdão venceu por 1×0 em 2016 e por 3×1 em 2018, jogando na Arena da Baixada).

Questionado sobre o gramado sintético utilizado na Arena da Baixada, e que o Palmeiras estuda implantar no Allianz Parque, o meia se disse totalmente adepto a ideia:

“Tudo é questão de adaptação. Quem fala que não gosta do gramado sintético é porque não teve muita convivência com ele. Eu, particularmente, prefiro sempre jogar em um bom gramado. Joguei lá ano passado e me adaptei muito bem. Se o Palmeiras optar pela mudança, sou favorável”, finalizou o camisa 23.

Com o Scolari, Veiga jogou 11 das 18 rodadas no Brasileirão, marcou 3 gols e deu uma assistência.

Raphael Veiga fez 48 jogos pelo Athletico. O hoje camisa 23 alviverde fez 9 gols e deu 8 assistências no Furacão, e encerrou sua passagem com média de 71 min por jogo.

Já no Palmeiras, Veiga possui 48 jogos, com 7 gols e 3 assistências, tendo uma média de 40 min por jogo.

Raphael prometeu ao avô que iria jogar no Palmeiras dele e do filho dele. Foi a última coisa que o velho ouviu na vida. Quando ele estava partindo, o neto ainda colocou um bilhete na mão dele que o pai viu e resolveu guardar.

E contou ao filho em tocante vídeo na TV Palmeiras que era a promessa de Raphael: ele seria um jogador profissional.

O que foi bem no Coritiba até ter pouco espaço no Palmeiras em 2017. O que foi campeão pelo Athletico em 2018 até voltar ao time da família em 2019. Para tentar mais uma vez ser o que nem em sonho seu pai verde de esperança ousou delirar.

Veiga ainda não é o jogador que pode vir a ser. Mas só de já tentar ser, só de estar onde todos somos ainda mais, ele já honrou todas as promessas que fez.

O pai merece todos os parabéns não pelo que o filho é. Mas pelo que o Raphael Veiga quis ser. Jogador do Palmeiras. Educado pela família. Amor de avô pra neto.

Que essa vontade e felicidade possam cativar ainda mais gente. Para que em algum tempo novos pais tenham a mesma alegria. Para que Veiga vire tudo que sempre sonhou. E nós, mais ainda.

Foto: Victor Lopes/Esporte Interativo

Ele pode ser o substituto de Gustavo Scarpa, artilheiro do time na temporada, na partida contra o líder Atlético-MG, no próximo final de semana, em Minas Gerais, e isso esta longe de ser um problema para Raphael Veiga. O meio-campista se acostumou ao verde e branco desde cedo, mas ainda não viveu seu grande momento com essas cores. Formado nas categorias do Coritiba, curiosamente foi conquistar o maior título da carreira no rival rubro-negro Athletico, em 2018, emprestado pelo Palmeiras.

Veiga voltou ao clube a pedido de Felipão e sem ambicionar jogar todas as partidas do ano por uma questão estratégica e inteligente. Atualmente com 100 jogos oficiais na carreira, ele comenta se está onde gostaria nesse momento de sua vida, revela ter recebido proposta de um grande clube do futebol europeu, conta o que aprende com cada meia do elenco palmeirense e muito mais. Confira na íntegra a entrevista exclusiva que o camisa 23 concedeu ao Esporte Interativo!

Rodrigo Fragoso: Você chegou aos 100 jogos como profissional na partida contra o San Lorenzo, pela Copa Libertadores da América. Olhando para a sua carreira, você está onde gostaria de estar?
Raphael Veiga: Minha vida aconteceu muito rápido no futebol. Em 2016 eu estava treinando separado no Coritiba e em questão de seis meses, um monte de times estavam me querendo. Falar que eu imaginaria que fosse tão rápido, estar no maior time do Brasil, eu não imaginaria. Gostaria? Sim, mas não imaginaria. Isso não quer dizer, aliás, que estou acomodado. Sempre quero melhorar sendo grato por tudo o que já aconteceu.

Rodrigo Fragoso: Você traça metas na sua carreira?
Raphael Veiga: Eu não costumo colocar meta de gols, assistências. Lógico que quero sempre melhorar, mas eu acho que a minha meta é de fazer 45, 50 jogos por ano. Calendário brasileiro tem 70, 80 jogos. Não tem jogador que consiga fazer todos esses jogos em alto nível. Jogando isso, acredito que meus números de gols, assistências e desempenho aumentem.

*Rodrigo Fragoso: *Você chegou ao clube depois de conquistar um título internacional no Athletico e foi pouco utilizado no Paulistão, chegando até a deixar a lista na segunda fase. Como foi esse momento?
Raphael Veiga: Eu cheguei limitado fisicamente, porque foi o primeiro ano da minha vida que eu tive uma sequência. Eu jogava todos os jogos, quarta e domingo, jogos inteiros e intensos, principalmente na Sulamericana. Campeonato Brasileiro também, pois estávamos lá embaixo na tabela. Acredito que pela limitação física no começo, eu não iniciei jogando. Depois a opinião dele de achar que tinha que me tirar da lista do Paulistão, eu respeito. Lógico que nenhum jogador gosta de ficar fora de nada, mas não adianta ficar reclamando. Tem que trabalhar e treinar, porque futebol é muito dinâmico. As coisas mudam muito rápido. Até um tempo atrás eu não estava na lista do Paulista e ontem acabei jogando.

Rodrigo Fragoso: Eu soube que o Felipão ligou para você para te contar que queria seu retorno em 2019. Como foi esse momento?
Raphael Veiga: Não me lembro se foi antes ou depois de um jogo contra o Internacional (partida foi no dia 04 de novembro), o Alexandre me ligou para dar parabéns pelo jogo, pelo que eu estava fazendo na temporada, e passou o telefone pro Felipão. Ele disse que contava comigo, me elogiou um monte, e lógico que quando a gente recebe um telefonema de um cara como o professor, com o cúrriculo que tem, a gente fica muito contente. Por isso voltei muito motivado.

Rodrigo Fragoso: Você recebeu propostas para deixar o Athletico em 2018 e também o Palmeiras no começo do ano, certo?
Raphael Veiga: Tiveram algumas sondagens. O Athletico queria que eu ficasse por lá, mas eu tinha contrato com o Palmeiras, o Felipão tinha me ligado e quando a gente ouve interesse de um cara como ele na grandeza do clube do Palmeiras, a gente fica muito feliz. No ano passado eu também tive algumas sondagens de clubes lá de fora, mas concreto só chegou proposta do Fenerbahçe. Não sei quais as condições, mas sei porque meu empresário comentou comigo. Preferi ficar, Palmeiras achou que era melhor eu ficar, então eu estou muito motivado pra conquistar coisa grande nesse ano.

Rodrigo Fragoso: Guerra, Scarpa e Lucas Lima são atletas experientes da sua posição no elenco do Palmeiras. Com qual você aprende mais e o que especificamente?
Raphael Veiga: Eu sou um cara que observo muito. Não só os dois como o Guerra também. Ele foi um dos jogadores que, dentro de campo, foi um dos que mais me impressionou jogando em 2016. Minha relação com ele é muito boa, procuro aprender muito com ele. Falando do Lucas Lima e do Scarpa, o passe final do Lucas é muito bom e a finalização do Scarpa também é muito boa.

Rodrigo Fragoso: Você fez uma comemoração erguendo os pulsos na frente de Felipão no gol que marcou contra o CSA, pelo Brasileirão, em Alagoas, e ele riu bastante. O que foi aquilo?
Raphael Veiga: No treino anterior do jogo, ele brincou comigo e disse que era para eu fazer um gol em Maceió. Aí eu perguntei como era pra comemorar e ele fez aquele gesto. Quando marquei o gol, fui lá e fiz! Sempre que tiver a oportunidade agora, vou fazer gol e repetir a comemoração pra ele.

Rodrigo Fragoso: Gustavo Scarpa sofreu uma lesão muscular que o tira ao menos do próximo jogo do Palmeiras, contra o líder Atlético-MG, em Belo Horizonte. Você está pronto para ocupar seu lugar no time titular?
Raphael Veiga: Estou pronto. Me considero pronto, maduro, mas tudo isso passa pela decisão da comissão técnica. Eu tenho me preparado e acredito, sim, estar pronto.

Muitos torcedores do Palmeiras perguntam sobre a utilização de Raphael Veiga, já que o atleta ainda não foi inscrito no Paulistão e Felipão já anunciou que pretende reduzir o número de jogadores do elenco atual. Apurei na manhã dessa quarta-feira que o jogador finalizou sua preparação física apenas na última segunda-feira, tendo em vista que chegou ao clube com algumas reclamações que precisariam estar sanadas para que ele pudesse concluir sua pré-temporada com êxito e entrar em condições ideais de jogo.

Ainda há três vagas disponíveis para a inscrição de atletas no Paulistão e Raphael Veiga passou a pleitear uma delas somente nessa última segunda-feira, quando passou a ter rotina de trabalho integral com o elenco alviverde. Foram, até então, duas atividades realizadas em condições ideais sob os olhares da comissão técnica, que tem observado as opções para as vagas abertas no Campeonato Paulista. De acordo com informações de bastidores, não há a menor chance de Raphael Veiga ser emprestado a outro clube nessa temporada.

FIM DE 2018 DESGASTANTE

A temporada de 2018 do meia Raphael Veiga começou bastante devagar, mas se encerrou com muito desgaste. Até o final do mês de abril, Veiga havia participado de apenas sete jogos, sendo cinco deles como titular. A partir de junho, Raphael Veiga assumiu a condição de titular no Athletico Paranaense. Foram 34 jogos disputados do dia 06 de junho ao dia 12 de dezembro, sendo que ele entrou em campo saindo do banco de reservas em apenas um desses jogos.

Nas últimas cinco partidas que disputou, sendo duas pelo Brasileirão e três na campanha do título da Copa Sulamericana, Raphael Veiga foi substituído na segunda etapa em três dessas oportunidades, sendo que antes desses jogos, Veiga havia participado de três jogos seguidos inteiros num intervalo de sete dias. Na última partida do ano, que rendeu o título internacional ao CAP, Veiga atuou durante os 120 minutos. O esforço e o desgaste do jogador em final de temporada foi grande.