Arquivos tag-Segunda Academia - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-segunda-academia/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 26 Oct 2023 06:38:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Em noite inspirada, Palmeiras iguala sua maior goleada na história do Choque-Rei https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/em-noite-inspirada-palmeiras-iguala-sua-maior-goleada-na-historia-do-choque-rei/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/em-noite-inspirada-palmeiras-iguala-sua-maior-goleada-na-historia-do-choque-rei/#respond Thu, 26 Oct 2023 08:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=139728

Verdão massacra o rival e repete o feito da Segunda Academia de 1965

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Em noite de gala no Allianz Parque, o Palmeiras decretou sua maior goleada na história do clássico contra o São Paulo ao vencer o rival por 5 a 0. O resultado iguala o feito alcançado no Rio-São Paulo de 1965.

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Breno Lopes marca dois gols na goleada do Palmeiras sobre o São Paulo

O placar poderia ter sido ainda mais elástico, mas o árbitro Raphael Claus optou por encerrar a segunda etapa sem os devidos minutos de acréscimo. O Verdão tinha um jogador a mais e pressionava o adversário.

A marca que reinava solitária há 58 anos foi igualada graças aos gols de Breno Lopes (duas vezes), Piquerez (duas vezes) e Marcos Rocha. Em 1965, no Pacaembu, os atacantes Dario e Servílio marcaram duas vezes cada um, enquanto o ponta Rinaldo completou a goleada.

Considerando apenas jogos pelo Brasileirão, este foi o placar mais elástico da história do Choque-Rei (o antigo recorde também pertencia ao Alviverde: 4 a 0 em duas oportunidades – 1992 e 2015).

Agora com o melhor ataque da competição, o Palmeiras ocupa a terceira colocação na tabela do Brasileirão, com 50 pontos, a nove pontos do líder Botafogo.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/em-noite-inspirada-palmeiras-iguala-sua-maior-goleada-na-historia-do-choque-rei/feed/ 0 Palmeiras iguala sua maior goleada na história do Choque-Rei O Palmeiras decretou sua maior goleada na história do clássico contra o São Paulo ao vencer o rival por 5 a 0. Choque-rei,Goleada,Palmeiras,tag-Segunda Academia,palmeiras Palmeiras hoje: Verdão empata Choque-Rei no Morumbis Atuações NP: São Paulo x Palmeiras – confira notas dos jogadores Palmeiras hoje: Verdão segue preparação para Choque-Rei Palmeiras hoje: Verdão aplica maior goleada da história do clube São Paulo terá 6º treinador desde chegada de Abel ao Palmeiras; relembre confrontos
Especial BR-72 – Time de chegada! Palmeiras 3 x 0 Coritiba https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/#respond Mon, 16 Dec 2019 13:47:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/16/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/

https://youtu.be/ufJtoMWv3WE Manchete da FOLHA DE S.PAULO (e parecia mais do São Paulo Futebol Clube…): "São Paulo, campeão hoje – se ganhar". RelacionadasAnálise: Ríos tem queda de rendimento, e Palmeiras precisa encontrar soluçãoPalmeiras fica três jogos seguidos sem marcar no Brasileirão pela primeira vez em sete anos‘Faltou fazer gol’, afirma Abel sobre atuação do Palmeiras em […]

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https://youtu.be/ufJtoMWv3WE

Manchete da FOLHA DE S.PAULO (e parecia mais do São Paulo Futebol Clube…): "São Paulo, campeão hoje – se ganhar".

Nem para a semifinal estava classificado! Mas era o grande favorito. Jogava pelo empate no Maracanã contra o já eliminado América. O time de José Poy vencera Palmeiras e Coritiba, que fariam o jogo na mesma hora daquele sábado à noite, no Palestra vazio pela torcida alviverde que já parecia ter jogado a toalha. Pouco mais de 8 mil pagantes… E, no Rio, nem 4 mil…

De fato, mesma "hora" numas… Brandão entrou atrasado e o Palmeiras começou o jogo 20 minutos depois da partida iniciada no Maracanã, às 21h. O campeão paulista de 1972 tinha que vencer o ótimo e ainda vivo Coritiba e torcer pelo América sem animação e sem torcida pelo radinho de pilha.

Brandão não tinha Luís Pereira e Zeca 100%. Mas a diretoria e torcedores alviverdes tinham dado um jeito de animar os americanos. Especulava-se uma mala branca de 5 mil cruzeiros a cada jogador carioca pela vitória necessária no Maracanã.

Desde o início o Palmeiras atacou o ótimo time Coxa-Branca (que vencera o primeiro duelo na primeira rodada do BR-72), mas que tinha 4 desfalques no Palestra. A ordem de Brandão era esquecer o Maracanã e focar no jogo.

Foi atendida. O gol saiu aos 27 minutos. Ronaldo saiu da direita e cruzou da esquerda. Ademir da Guia escorou de cabeça para Leivinha fazer o mesmo. 1 a 0.

O Palmeiras seguiu em frente e mandou duas bolas na trave. Na segunda etapa, a mesma pressão até 15 minutos, quando o velho Palestra explodiu como poucas vezes com o anúncio do sistema de som: Mauro marcava na falha de Sérgio Valentim. América 1 x 0 São Paulo. Os placares combinados que levavam ao empate em pontos com o rival e à classificação pela melhor campanha na primeira fase.

A festa prosseguiu por mais 10 minutos até o segundo gol. Madurga abriu para Nei puxar o contragolpe pela direita e levantar para Leivinha marcar mais um.

Aos 44, quando a torcida mal prestava atenção no jogo porque o São Paulo já havia perdido a partida e a classificação no Rio, Leivinha foi ao fundo e cruzou de canhota para Luís Pereira marcar de cabeça.

Palmeiras classificado para a semifinal contra o Internacional.

PALMEIRAS 3 X 0 CORITIBA
Competição: Campeonato Brasileiro/Fase Semifinal
Data: sábado, 16/dezembro (noite)
Estádio: Parque Antártica
Cidade: São Paulo (SP)
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 66 617
Público: 7 052
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Gols: Leivinha 27 do 1º; Leivinha 25 e Luís Pereira 40 do 2º

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Especial BR-72 – a nova Academia: América Mineiro 1 x 2 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-a-nova-academia-america-mineiro-1-x-2-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-a-nova-academia-america-mineiro-1-x-2-palmeiras/#respond Tue, 19 Nov 2019 03:29:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/19/especial-br-72-a-nova-academia-america-mineiro-1-x-2-palmeiras/

Antes da ótima vitória em Belo Horizonte, reportagem da FOLHA DE S.PAULO destacava que o Palmeiras começava a mostrar o futebol que lembrava a Academia de 1965. Aquela que então ainda era única. Mas que a partir daquele 1972 e até o Paulista no final de 1974 seria conhecida a de Filpo Núñez como Primeira. […]

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Antes da ótima vitória em Belo Horizonte, reportagem da FOLHA DE S.PAULO destacava que o Palmeiras começava a mostrar o futebol que lembrava a Academia de 1965. Aquela que então ainda era única. Mas que a partir daquele 1972 e até o Paulista no final de 1974 seria conhecida a de Filpo Núñez como Primeira. Porque a Segunda Academia era a campeã paulista invicta de 1972. Líder do grupo na primeira fase do BR-72 onde tinha a melhor campanha, que a garantiu na próxima fase com a vitória em Minas contra o vice-lanterna.

Sem Dudu, lesionado na perna direita, Brandão voltou com o eficiente Zé Carlos na cabeça da área. Edu seguia afastado. Mas não seria negociado como pedia Brandão. César tinha liminar na Justiça comum para voltar a campo. Mas o Palmeiras não queria peitar a CBD. E nem o treinador estava interessado no seu retorno. Ele não vinha treinando. A equipe vinha bem. Não precisava de mudanças com Leivinha fazendo a de César no comando do ataque, e Madurga no meio jogando onde brilhava Leivinha.

O América de Yustrich até foi melhor na primeira etapa. Mesmo levando o primeiro gol do jogo, marcado pelo Divino, logo aos 6. O bom centroavante Cândido empatou aos 17. Na segunda etapa, Leivinha desempatou e ajudou com Madurga e Zé Carlos e Ademir a administrar o placar.

Líder isolado do grupo e também melhor campanha geral, o Palmeiras era o primeiro classificado para a segunda fase. Ainda não era o favorito ao título. Mas parecia ser.

AMÉRICA MINEIRO 1 x 2 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Domingo, 19/novembro (tarde)
Mineirão
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 20 792
Público: não disponível
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Zé Carlos e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga, Leivinha e Pio (Fedato)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Ademir da Guia 6 e Cândido 17 do 1º; Leivinha 12 do 2º

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Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Internacional, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-internacional-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-internacional-br-73/#respond Sun, 22 Apr 2018 09:55:02 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/22/amarcord-palmeiras-1-x-0-internacional-br-73/

Foi o primeiro gol que vi em estádio. Era o meu segundo jogo no Pacaembu. Tarde de feriado. Quinta, dia da Proclamação da República. Novembro. Mês 11. Camisa do autor do gol da vitória. Nei, aos 18 minutos, na meta do tobogã. O último nome daquela seleção que se não era poema era cantada em […]

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Foi o primeiro gol que vi em estádio. Era o meu segundo jogo no Pacaembu. Tarde de feriado. Quinta, dia da Proclamação da República. Novembro. Mês 11. Camisa do autor do gol da vitória. Nei, aos 18 minutos, na meta do tobogã. O último nome daquela seleção que se não era poema era cantada em verso e prosa. A Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia. Então campeã brasileira de 1972. Em três meses seria bicampeã de 1973.

O time de Leão (que não foi molestado pela ótima equipe do Inter, que já tinha oito nomes que seriam campeões do Brasil em 1975). Goleiro titular da Seleção que estava então com 972 minutos de invencibilidade na meta bem guardada por Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia com a luxuosa ajuda de Leivinha; Ronaldo naquele dia no lugar de Edu, Fedato substituindo César que entrou depois, e Nei (com o amigo Pio o substituindo depois).

Não foi um jogo de muitas chances. Também porque do lado colorado havia Figueroa. Um dos 100 maiores dos primeiros 100 anos da Fifa. E do nosso lado sempre esteve Luis Pereira. O maior zagueiro que vi no Brasil. E o melhor zagueiro-artilheiro. Luisão que ainda faria naquele campeonato o último gol da conquista. Na penúltima partida do BR-73. Também contra o Inter, em fevereiro de 1974, no Morumbi.

Naquela tarde de Pacaembu de 1973 eu pude gritar gol pela primeira vez em um estádio. Tinha sete anos. O primeiro jogo foi um 0 x 0 chato e chocho com o Vasco. Levou 108 minutos para eu fazer o que desde 1991 não posso enquanto trabalho em estúdios e estádios. Como neste domingo voltarei ao velho e meu, e seu, e nosso Pacaembu para ver o Inter que não é tão bom quanto aquele. Não tem aquele Falcão único. Aquela camisa linda vermelha. O maravilhoso unciforme preto do saudoso goleiro Schneider com o distintivo no centro do peito.

Mas ainda é Inter. Como será sempre Palmeiras.

O time dos meus sonhos e de nossa realidade. A equipe que naquela noite de 1973 foi jantar na pizzaria Casa Grande na Pompeia, vizinha da minha avó Albertina. Onde meu pai, meu tio Leo e meu irmão Gianfranco também jantaram. Quando vimos o nosso time confraternizando. Meu pai tentou me levar até eles. Tímido até a medula, preferi manter a distância do salão onde eles estavam. Olimpo não é pra mortais. Os heróis não se tocam.

Hoje me toco que deveria ter feito o que fiz. Ficar na minha. Eles tinham que ser respeitados naquela hora. E, 45 anos depois, revejo que ainda os vejo do mesmo jeito. Ídolos intangíveis. Muitos deles acabei conhecendo pelo ofício. Alguns viraram amigos. E esse que está ao meu lado na foto acabei de conhecer no Allianz Parque. O filho dele me apresentou. Um dos maiores camisas 11 de nossa história. Um dos que mais jogaram com nossa camisa. Um dos que mais apanharam com ela. Um dos que mais a honraram. Com a humildade dos gigantes que não falam – fazem. Autores da minha infância eterna.

Nei que me deu o prazer do primeiro gol em estádio. Nei que também me ajudou a ser o que sou há 28 anos por ser palmeirense há 51. E por ser ainda mais feliz por há quase 45 anos berrar sem parar pelo gol que marcou.

Gol do Palmeiras. O nosso grito mais comum. E o primeiro será sempre seu, Nei. Obrigado.

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O Palestra Italia foi Brasil no Dia da Independência https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-palestra-italia-foi-brasil-no-dia-da-independencia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-palestra-italia-foi-brasil-no-dia-da-independencia/#respond Thu, 07 Sep 2017 10:10:02 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/07/o-palestra-italia-foi-brasil-no-dia-da-independencia/

O Palestra Italia teve de absurdamente mudar de nome em 1942 sob a infundada acusação de ser traidor da pátria em guerra contra o Eixo. RelacionadasPalmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão contra SantosAtenção de Fàbregas e elogios do dono do clube: zagueiro do Palmeiras se destaca em início na ItáliaEspecialista […]

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O Palestra Italia teve de absurdamente mudar de nome em 1942 sob a infundada acusação de ser traidor da pátria em guerra contra o Eixo.

Justamente o clube que foi o Brasil como nenhum outro time em torneio internacional, na decisão da Copa Rio contra a Juventus italiana, em 1951.

Justamente a Academia que vestiu a camisa brasileira há 52 anos, nos festejos de inauguração do Mineirão.

Djalma Santos, Valdir, Valdemar Carabina, Dudu, Filpo Núñez, Djalma Dias e Ferrari; Julinho, Servílio. Tupãzinho, Ademir da Guia e Rinaldo

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Timaço que era a própria Seleção, convidada pela CBD para representá-la:

Brasil 3 x 0 Uruguai, no Mineirão.

Ou melhor: Palmeiras 3 x 0 Uruguai.

O único argentino a dirigir o Brasil, Filpo Núñez, armou o time para jogar com velocidade e toque de bola, evitando o jogo duro uruguaio – de uma seleção que faria bom papel em 1966, na Copa, e cuja base era o Peñarol, campeão do mundo naquele mesmo ano.

Rinaldo fez 1 a 0, aos 27, depois de Cincunegui meter a mão na bola em lance de Julinho Botelho. Pênalti que também poderia ser marcado sobre Rinaldo, três minutos depois, mas o árbitro não marcou em consideração ao convidado.

Aos 35, Tupãzinho ampliou, depois de lance de Rinaldo e confusão na área.

Com reservas (Picasso no lugar de Valdir, Procópio substituindo Carabina, Zequinha marcando por Dudu, Ademar Pantera no comando de ataque no lugar de Tupãzinho – e mais tarde Germano e Dario entrando nos lugares de Julinho e Rinaldo), o Palmeiras diminuiu o ritmo e ainda assim fez 3 a 0, aos 29 do segundo tempo, num rebote completado pelo ponta Germano.

Além do reconhecimento histórico e inestimável, o Palmeiras ficou com Cr$ 18 milhões pelo prêmio da vitória.

Era um time que não tinha preço, a Primeira Academia palmeirense. Convidada para a festa pela CBD de João Havelange e também por ideia do governador mineiro Magalhães Pinto, palmeirense, e admirador daquele time que venceu os dois turnos do Rio-São Paulo de 1965, cancelando as finais do torneio.

Valdir era um goleiro notável, de colocação, segurança e tranquilidade que não cabiam em apenas 1,72 m; Djalma Santos fazia a sua partida 90 pelo Brasil como se fosse a mesma, sempre regular; o raçudo (porém técnico) capitão Valdemar Carabina espanava a área; o hábil Djalma Dias (pai do ainda mais genial Djalminha) limpava e brilhava o jogo; o veloz ex-ponta-esquerda Ferrari completava a defesa pela qual ninguém passava; Djalma avançava, mas sem desguarnecer a direita. O incansável “vovô” e volante Dudu o cobria quando necessário; mais rápido, Ferrari também gostava de atacar, até por ter sido ponta, no Guarani. Se Julinho caía por dentro, na diagonal, Djalma aproveitava (sem ir ao fundo). Ferrari também tinha espaço para se projetar, porque o ponta-esquerda Rinaldo gostava de fechar, sabia armar e batia muito bem na bola.

Só não era meia porque o 10 era Ademir da Guia.

Quando avançava, Djalma Santos trabalhava com Julinho, até pelo entrosamento dos tempos de Portuguesa. Ele não atropelava o ponta-direita. Sabia a hora. Conhecia o espaço. Dudu e Ademir compunham o meio-campo histórico. Servílio os ajudava sem a bola e se aproximava do centroavante (Tupãzinho ou Ademar Pantera) quando o time saía para o jogo. Era um 4-3-3 que se transformava em 4-2-4 com a bola.

O entrosamento perfeito da equipe também se deu pelo trabalho de Filpo Núñez, o condutor da Primeira Academia, como explica o goleiro Valdir Joaquim de Moraes: “Ele era muito bom treinador. Sabia tudo. Conhecia o futebol, e a alma dos jogadores. Ele falava muito com a gente. E também ouvia”.

Djalma Santos lembrava o porquê do sucesso do melhor time em que atuou: “Era um time de bons jogadores, unido, valente, sem estrelismo. Todo mundo perdia, todo mundo ganhava. Funcionava assim. E por isso funcionava”.

E funcionou demais há 52 anos. Foi 3 a 0. E foi muito pouco. Nas palavras do zagueiro Manicera ao jornalista Juarez Soares, ainda no gramado, a melhor tradução do que fez o Palmeiras contra o desfalcado (mas forte) time uruguaio: “Se vocês brasileiros quiserem ganhar a Copa na Inglaterra, é só colocar esse time aí. Ninguém vai aguentá-los. Ah, e reforça com o Pelé, claro. Mas não tira nunca esse Ademir do time.”

E ele não foi para a Inglaterra, como Servílio (o melhor jogador da Seleção no pré-Copa, absurdamente cortado por Vicente Feola), e Djalma Dias, e Dudu, e Valdir. E o Brasil veio mais cedo para casa, também.

Dos 17 que atuaram em Belo Horizonte (Santo ficou no banco), apenas Ferrari, Dario e Tupãzinho não haviam jogado ou não atuariam mais pela Seleção. Tupãzinho, diga-se, um absurdo só ter sido convocado uma vez.

Julinho não atuaria mais pela Seleção. Foi o jogo de despedida dele. Não tinha condição de jogar os 90 minutos. E ainda assim jogou demais.

Como nenhuma outra equipe tão poderosa representou tão bem o Brasil como aquele Palmeiras que soube ser brasileiro há 52 anos.

Data: 07/09/1965

Local: Mineirão

Renda: Cr$ 49.162.125,00

Juiz: Eunápio de Queiroz

Gols: Rinaldo (27’), Tupãzinho (35’) e Germano (74’)

PALMEIRAS: Valdir (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario)

Técnico: Filpo Núñez

URUGUAI: Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Varela, Manicera e Caetano; Nuñez (Lorda) e Duksas; Franco, Héctor Silva (Vingile), González e Espárrago (Morales)

Técnico: Juan López

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Edu Bala https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/#respond Tue, 05 Sep 2017 11:21:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/05/edu-bala/

Quem vê um senhor caminhando tranquilamente pelas ruas de Perdizes, em São Paulo, talvez não saiba o quão rápidas eram aquelas pernas. Veloz, incisivo e inteligente. Dentro de campo, não havia lateral-esquerdo que não temesse o confronto com Edu Bala. Perigoso com a bola nos pés, o ponta-direita sabia como poucos aproveitar os espaços deixados […]

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Quem vê um senhor caminhando tranquilamente pelas ruas de Perdizes, em São Paulo, talvez não saiba o quão rápidas eram aquelas pernas. Veloz, incisivo e inteligente. Dentro de campo, não havia lateral-esquerdo que não temesse o confronto com Edu Bala. Perigoso com a bola nos pés, o ponta-direita sabia como poucos aproveitar os espaços deixados nas linhas defensivas adversárias. Piques de 20m, 30m ou 40m que se transformavam em idas a linha de fundo e cruzamentos perfeitos para César Maluco e Leivinha.

“Minha característica era a velocidade, mas você conquista isso através de treinamento. Não é só ser veloz. O mais importante de tudo isso é o arranque e dar opção para seu companheiro poder fazer o lançamento”, afirma.

Quando chegou ao Palmeiras, em 1969, contratado junto a Portuguesa, Edu sequer imaginava que escreveria história tão bonita trajando verde e branco. 480 partidas e 76 gols em nove anos pelo clube. 252 vitórias, 158 empates e 70 derrotas. Tricampeão brasileiro (1969, 1972 e 1973) e tricampeão paulista (1972, 1974 e 1976). Camisa 7 da lendária Segunda Academia, time em que vivenciou títulos, gols, passes, desarmes, alegrias e tristezas.

“É um motivo de satisfação. Mostrar para os filhos e netos que tínhamos grandes amigos e defendemos uma grande equipe”, exalta.

Em 1974, experimentou sua maior alegria como atleta. Na primeira partida da final do Campeonato Paulista daquele ano, marcou o gol no empate por 1 a 1 com Corinthians, no Pacaembu, após assistência de Nei. Na grande decisão, diante do Morumbi repleto de torcedores do time alvinegro, Ronaldo anotou gol histórico e garantiu não só o triunfo por 1 a 0, mas também mais um troféu ao clube palestrino. Ao rival, restou aguardar mais um ano na fila de títulos que perdurava desde o estadual de 1954.

“O Corinthians era favorito, mas nós tínhamos uma missão muito grande de ganhar o título. Nossa primeira obrigação era parar o Rivellino. O Oswaldo Brandão (treinador) dizia: ‘se marcarmos o Rivellino, 50% está feito’. Isso era responsabilidade do Dudu. Mas também precisávamos cumprir os outros 50%”, relembra. “Sair do Morumbi foi duro. A torcida do Corinthians ficou parada, sentadinha na arquibancada”, completa.

Mesmo para alguém tão veloz, a vida corre depressa. Fora de campo, Edu não é Bala. É Carlos Eduardo da Silva. Um paulistano de 68 anos, pai de Rodrigo, de 35 anos, e Flavia, de 31 anos. Casado há 37 anos com Rosana. Diferentemente do comportamento que adotava em campo, opta por ritmo mais tranquilo. Quando a inspiração surge, vai à garagem de sua casa e desenha caricaturas de personalidades do mundo do esporte, como Marcos, Pelé, Ronaldo, Cafu, Alex, Bernardinho, Maguila e Rubens Barrichello. Entre as dezenas de obras nas paredes, há espaço também para o Papa João Paulo II e Roberto Carlos.

Entretanto, é na cozinha que Edu encontra seu grande hobby e paixão. Desde os tempos de atleta, passa horas preparando pratos que aprendeu com sua mãe, Dona Francisca, falecida há pouco mais de 30 anos. Massas e receitas de diversas regiões do Brasil. Não há uma só especialidade do Chef Bala. Para acompanhar? Cerveja, vinho ou caipirinha.

“Acho que esse é o grande legado que minha mãe me deixou. Eu passava muito tempo ao lado dela, aprendia de tudo um pouco”.

Se Edu enaltece o legado deixado por Dona Francisca, os corações palestrinos agradecem pelo legado deixado por Edu Bala. Títulos, gols e lances inesquecíveis. Obrigado, camisa 7.

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