O documentário “A Tríplice Coroa Verde”, produzido pela TV Palmeiras, foi lançado nesta quarta-feira (24) no canal oficial do clube. O longa, de quase uma hora e meia de duração, revela bastidores e recorda os principais momentos da última temporada do Palmeiras, na qual o time conquistou três títulos – Paulistão, Copa do Brasil e Libertadores.

De início, a obra explora a reconstrução do Alviverde no cenário do futebol nacional, iniciada em 2015 com o título da Copa do Brasil. O gerente de futebol, Cícero Souza, é o primeiro entrevistado e expõe a realidade do clube antes do período vencedor. A reestruturação passa por alterações, inclusive, espaciais, com a construção do Allianz Parque e do centro de excelência na Academia de Futebol.

A segunda temática abordada é o desenvolvimento das categorias de base, antes negligenciado pela direção palmeirense. Com a profissionalização da área, o clube passa a colher os frutos e, em 2020, atinge o ápice da utilização dos jovens jogares na equipe principal.

Wesley, Gabriel Menino, Danilo e Patrick de Paula relatam as experiências com passagem ao profissional e o sucesso repentino. Personagens fundamentais da Tríplice Coroa, as Crias da Academia falam a respeito do impacto dessa abrupta mudança em suas vidas e tratam a oportunidade de jogar no clube como a realização de um sonho.

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Outra figura importante para o ano vitorioso é Andrey Lopes, o “Cebola”. O treinador interino que substituiu Luxemburgo após sua demissão é tratado com muito carinho pelo grupo e ganha o devido destaque no documentário. Em poucas partidas, ele segurou a barra para passar o bastão a Abel Ferreira.

Desde os primeiros momentos no Palmeiras, como na coletiva de apresentação e na conversa inicial com o elenco, o técnico português recebe olhares de admiração e respeito pelos que estão a sua volta. A obra recupera a primeira impressão de dentro e de fora do clube em relação ao treinador.

Apesar de ter de conviver com críticas desde o início, ele e sua comissão se blindam para enfrentar com “cabeça fria e coração quente” o desafio de cruzar o Atlântico. A troca de ensinamentos entre culturas distintas do futebol marca o início dessa relação que traria muitas alegrias à torcida alviverde no futuro.

O bom momento, no entanto, inicial esbarra em duas grandes dificuldades: o surto de Covid-19 no elenco e a maratona de jogos. No documentário, profissionais especializados nas áreas de saúde são entrevistados para explicar os impactos negativos da doença e do desgaste pelo excesso de jogos. Os bastidores revelam as adaptações necessárias na rotina do clube para enfrentar essas adversidades.

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A partir daí desenvolve-se um senso de união ainda maior entre todos os funcionários do Palmeiras. A filosofia “todos somos um”, implementada por Abel Ferreira, reverbera na estrutura do clube, que passa a caminhar como unidade rumo as glórias da temporada. Durante essa passagem, Rony e Gustavo Gómez explicam o sentimento de ter o Verdão como segunda família.

A medida que o filme encaminha-se para a parte final, são mostradas cenas dos principais momentos das campanhas campeãs. Para recordar as classificações para a final da Copa do Brasil e Libertadores, a obra convida alguns jogadores a contar momentos de antes e depois das partidas decisivas.

Por fim, são separados dois grandes blocos para retratar as duas finais. Na final continental, a emoção e a vontade de tornar aquele sonho realidade toma conta do ambiente. Com um sentimentalismo na medida certa, o longa fecha o trecho com o contraste entre as lágrimas de alívio e o canto de felicidade de todos os envolvidos.

A decisão do torneio nacional, por sua vez, expõe a maturidade do time que se consolidou e chegou ao seu auge ao vencer o terceiro título da temporada. O conteúdo inédito apresenta bastidores de estratégias montadas pela comissão técnica de Abel Ferreira para derrotar o Grêmio na final.

Completo, o documentário entra em sinergia com a jornada do Palmeiras na Tríplice Coroa e regula sua intensidade por meio dos diferentes momentos que o clube viveu durante o processo. Ao final, devolve ao torcedor um pouco da emoção de viver aqueles dias, que podem ter sido os mais felizes de suas vidas.

Você pode assistir ao documentário completo aqui.

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Indiscutível no quesito títulos, a temporada de 2020 foi uma das mais vitoriosas da história do Palmeiras. Com a conquista da Copa do Brasil, o Verdão voltou a atingir a tríplice coroa, feito que não acontecia desde 1993 no clube.

Vindo de uma temporada sem conquistas e repleta de desconfiança sobre o elenco, a diretoria alviverde iniciou 2020 com a missão de retomar a identidade palestrina trazendo o já consagrado técnico Vanderlei Luxemburgo para comandar um time sem muitos investimentos e com a base como principal aposta.

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Depois de nove meses de trabalho com título do Paulistão e advento da pandemia de Covid-19, que resultou em perdas consideráveis de caixa e arrecadamento pelos estádios vazios, Luxa não resistiu no cargo após sequência ruim de resultados e um futebol de pouca perspectiva de futuro para torcida e diretoria. De forma interina, Andrey Lopes comandou a equipe por cinco jogos antes da chegada do técnico Abel Ferreira, em Novembro.

Em pouco mais de quatro meses de trabalho, Abel Ferreira levou o time as conquistas da Copa Libertadores da América e da Copa do Brasil, no último domingo (07), diante do Grêmio. Os dois títulos alcançados pelo técnico português, que não tinha nenhum troféu no currículo como comandante profissional antes da chegada ao Palmeiras, levaram o Palestra a fechar a temporada de 2020 com a tríplice coroa. A última vez havia sido há 27 anos, em 1993, com o Paulistão, Campeonato Brasileiro e Rio-São Paulo.

O feito da temporada passada foi o quarto na história do clube. Assim como em 2020, o Maior Campeão Nacional conquistou três taças oficiais em 1951, 1972 e 1993.

Em 51, ano do Mundial de Clubes, o Verdão faturou, também, o torneio Rio-São Paulo e a Taça Cidade de São Paulo. A segunda, na era da Academia de Ademir da Guia, o Palestra levou o Campeonato Brasileiro, Paulistão e o Torneio Mar Del Plata.

A mais recente, em 93, começou com o título paulista que acabou com um jejum de mais 16 anos sem nenhuma conquista. Dia que ficou eternizado como dia da paixão palmeirense. Meses depois, ainda sob o comando de Luxemburgo, vieram o Campeonato Brasileiro e o Rio-São Paulo.

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