Arquivos Especial Primeira Academia 1965 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/especial-primeira-academia-1965/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:30:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial Primeira Academia 1965 – Campeão! Palmeiras 3 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/#respond Thu, 21 May 2020 16:28:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/21/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/

https://youtu.be/uWg4cNtsBZA Nelson Rodrigues: “O Palmeiras foi perfeito. Irretocável. Cada jogada uma obra-prima. O Palmeiras não pensou no placar. Tratou de fazer exibição é só. Suas tramas eram trabalhadas em renda fina, em renda da Bélgica”. O genial cronista de O GLOBO demorou para se apaixonar pelo Palmeiras que conquistou antecipadamente o Rio-São Paulo e ganhou […]

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https://youtu.be/uWg4cNtsBZA

Nelson Rodrigues: “O Palmeiras foi perfeito. Irretocável. Cada jogada uma obra-prima. O Palmeiras não pensou no placar. Tratou de fazer exibição é só. Suas tramas eram trabalhadas em renda fina, em renda da Bélgica”. O genial cronista de O GLOBO demorou para se apaixonar pelo Palmeiras que conquistou antecipadamente o Rio-São Paulo e ganhou o eterno apelido de Academia.
“Ademir foi um maravilhoso atacante e Domingos um incomparável zagueiro. Ademir da Guia, o jovem centauro de ambos, tanto ataca quanto defende. (…). Teve uma exibição quase sobrenatural. Até os buracos do Pacaembu confraternizaram com ele. Não se pode imaginar que outro craque dê passes mais limpos, exatos, macios”.

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Charge na coluna de Nelson Rodrigues, em O GLOBO

Nelson brincava desde 1954 com seu não menos genial colega e amigo Armando Nogueira falando do “scratch húngaro” do Armando. Para ele, todo timaço, real ou não, era uma seleção húngara de 1954 vista por Armando na Suíça. Quando o cronista falava que uma equipe ou alguém ganhava essa metáfora, ele era o máximo.
Ele foi Ademir da Guia nos 3 a 0 finais contra o Botafogo, e em quase todo o Rio-São Paulo.
“O meu scratch húngaro é o Ademir da Guia”, encerrou a crônica habitual “O Meu Personagem da Semana”.
Ademir e Rinaldo foram os melhores da partida com maior renda do Rio-São Paulo. 3 a 0 no desfalcado Botafogo (sem Garrincha, Jairzinho, Roberto Miranda, Mura e Luís Carlos). Palmeiras ainda sem Julinho (discutindo contrato) e sem o goleador Ademar Pantera, 14 gols, (vencedor do prêmio Air France de artilheiro do torneio), com a tíbia trincada – e por isso cortado da lista de 29 convocados por Vicente Feola para a Seleção. (Em seu lugar foi chamado Servílio. Isto é, o Palmeiras mantinha absurdos sete listados pela CBD).

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Primeira página do caderno de Esportes de O GLOBO

O Palmeiras jogaria pelo empate naquele domingo à tarde no Pacaembu para ser campeão antecipado. Nem isso foi necessário. No sábado, no Maracanã, a Portuguesa precisava vencer o Flamengo por 9 x 0. Acabou em um melancólico empate sem gols e sem futebol que deu o título (ainda mais) antecipado ao Palmeiras. Como venceu o segundo turno, e já havia vencido também o primeiro, a Academia de Filpo Núñes cancelou as finais.
Desde os 5 a 0 contra o São Paulo na quarta-feira, no Pacaembu, o clima já era de festa. Tanto que os diretores Ferrucio Sandoli e Arnaldo Tirone anteciparam a concentração para os solteiros no Hotel Normandie. Os reservas Picasso, Santo, Júlio Amaral, Ferrari, Nelson, Tarciso e Germano estavam disponíveis para o treinador.
No domingo, o palmeirense invadiu o Pacaembu com muitas bandeiras e flâmulas. As de pano custavam mil cruzeiros. As flâmulas, 500. O Botafogo até começou bem o clássico. Mas uma vez mais a Academia fez o jogo dela. E também o do rival. Trocou bola com engenho e qualidade, com intensidade e movimentação na frente, e a genialidade, velocidade e dinâmica de Dudu e Ademir da Guia, rima que era seleção tanto da primeira quanto seriam também da Segunda Academia (1972-1974).

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Para a FOLHA DE S.PAULO, “o Palmeiras jogou como poucos conseguirão fazer. Deu um espetáculo para os olhos”. E fez 1 a 0 aos 13: Dudu lançou Gildo pela direita, ele passou pelo ótimo Rildo e cruzou na cabeça de Tupãzinho. Mais festa no Pacaembu.
Aos 29, Ademir fez o dele, em grande lance de Servílio, e uma bela pancada de primeira do Divino.
O Botafogo começou a se enervar. Também com a arbitragem, que não marcou um pênalti bem marcável de Carabina em Bianchini, aos 32.
Mas o Palmeiras seguia “jogando uma enormidade”, nas palavras da FOLHA. No intervalo, as dores nas costas de Tupã o tiraram de campo. Sem problemas: a fase de Dario era espetacular. Ele entrou mais uma vez voando. E o Botafogo batendo. Aos 20, depois de sofrer mais uma falta de Dudu, Gérson perdeu a cabeça e deixou o pé na canela do volante palmeirense. Devidamente expulso.
Mais cinco minutos, Djalma Santos é substituído por Nelson Coruja para ser ovacionado em pé pela torcida alviverde. Logo depois o ótimo Sicupira perdeu a cabeça e merecia ter sido expulso pela falta feia em Rinaldo. Algo que Rildo conseguiria aos 35, quando deixou o cotovelo em Germano (que tinha acabado de substituir Dudu).

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Dario divide com Manga, na segunda etapa brilhante do Palmeiras.

O Palmeiras ficou só ataque. Como fez várias vezes na carreira brilhante, o Divino virou o primeiro volante, com Servílio e Rinaldo ao lado, e Gildo, Dario e Germano na frente.
Se 11 x 11 já não tinha para o Botafogo e não teve para nenhuma equipe no Rio-São Paulo, 11 x 9 era questão de tempo para o Palmeiras fazer o gol de todos os tempos no torneio.
Aos 44 minutos, quando já poderia estar mais do que o dobro no placar não fosse o goleiro alvinegro Manga, Ademir avançou pela esquerda e tabelou com Dario. A bola sobrou para o Divino já dentro da área. Marcado por Paulistinha e Zé Carlos, não teve dúvida: “foi um recurso que eu tinha, jamais um desprezo ou menosprezo pelos rivais”. Ele deu uma cavadinha, uma colherinha, uma bola levantada desde o chão para o sem-pulo de Dario da entrada da área.
Gol espetacular. Uma aula da Academia. “Consagração brilhante e merecida do campeão”, escreveu O GLOBO, que também o chamou de “melhor time do Brasil” em manchete.
A única equipe a vencer todos os jogos como visitante no torneio: cinco vitórias no Maracanã.
Foram 12 vitórias, 3 empates, e apenas uma derrota para o Flamengo, no Pacaembu.
Melhor ataque, melhor defesa, maiores públicos, maiores rendas. Dez pontos a mais na classificação geral do que o segundo colocado – Vasco. Marcados 49 gols e sofridos 20 em 16 jogos. Média de gols de mais de 3 por partida.
A Primeira Academia.
Uma aula de futebol.
Um time que não só marcou época: definiu uma escola, uma filosofia, uma identidade de jogo.
O nome do centro de treinamentos do clube desde 1992.
A “Eterna Academia”, o nome do livro oficial do centenário, em 2014.

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PALMEIRAS 3 X 0 BOTAFOGO
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Domingo, 23 de maio (tarde)
Pacaembu
Juiz: José Teixeira de Carvalho
Renda: Cr$ 42 912 500
Público: 46 577
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos (Nelson), Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu (Germano) e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho (Dario) e Rinaldo.
Técnico: Filpo Núñez
BOTAFOGO: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton (Dimas) e Gérson; Canavieira, Turcão (Sicupira), Bianchini e Artur.
Técnico: Admildo Chirol
Cartões Vermelhos: Germano e Gérson
Gols: Tupãzinho 13 do 1º; Ademir da Guia 23 e Dario 44 do 2º

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Especial Primeira Academia 1965 – Maior goleada no Choque-rei: Palmeiras 5 x 0 São Paulo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-maior-goleada-no-choque-rei-palmeiras-5-x-0-sao-paulo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-maior-goleada-no-choque-rei-palmeiras-5-x-0-sao-paulo/#respond Wed, 20 May 2020 13:47:47 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/20/especial-primeira-academia-1965-maior-goleada-no-choque-rei-palmeiras-5-x-0-sao-paulo/

A maior goleada palmeirense no Choque-Rei aconteceu há exatos 55 anos. Com um dos maiores Palmeiras de todos os tempos. O que ganharia antecipadamente na rodada seguinte o Rio-São Paulo de 1965. O que recebeu o apelido de Academia. O que dois dias antes dos 5 a 0 teve sete jogadores convocados entre os 29 […]

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A maior goleada palmeirense no Choque-Rei aconteceu há exatos 55 anos. Com um dos maiores Palmeiras de todos os tempos. O que ganharia antecipadamente na rodada seguinte o Rio-São Paulo de 1965. O que recebeu o apelido de Academia. O que dois dias antes dos 5 a 0 teve sete jogadores convocados entre os 29 chamados por Vicente Feola pata amistosos da Seleção: Valdir, Djalma Santos, Dudu, Ademir da Guia, Gildo, Ademar Pantera e Rinaldo. E tinham como ser chamados Tupãzinho, Servílio e Djalma Dias.

O São Paulo era o líder do returno do torneio até o sábado à noite, quando levou também de 5 a 0 do Botafogo, no Rio. No dia seguinte o Palmeiras venceu o Fluminense no Maracanã por 3 a 1 e retomou a ponta que manteria depois dos espetaculares 5 a 0, naquela quarta-feira de show noturno no Pacaembu.

"É impressionante a disposição de marcação do Palmeiras", escreveu a FOLHA DE S.PAULO. Era uma das melhores virtudes da equipe. A movimentação de todo o ataque e a capacidade de não deixar o rival fazer seu jogo.

Desde o início o Palmeiras se aproveitou da necessidade tricolor de buscar a vitória e foi administrando o jogo na base do toque de bola vistoso. Ainda assim foi o São Paulo quem chegou com mais perigo aos 20 minutos, quando Djalma Dias cometeu pênalti em Prado.

Roberto Dias isolou a cobrança por sobre o travessão.

O São Paulo entrou em parafuso. O Palmeiras fez o dele, mesmo sem Tupãzinho, que saíra lesionado aos 18 minutos. O elenco disponível para Filpo era tão bom que mesmo sem Ademar Pantera, artilheiro do torneio ao lado de Flávio com 14 gols (ele tinha trincado a tíbia na semana anterior), o treinador palmeirense poderia apostar na grande fase do atacante Dario. E não aproveitar o atacante Picolé, que tinha faltado nos treinos e fora dispensado pela diretoria do clube.

A resposta alviverde veio aos 24. Em outra jogada forte da equipe. A aérea. Rinaldo bateu escanteio da esquerda, Bellini foi superado e Servílio tocou de cabeça, encobrindo o jovem goleiro Raul, substituto de Suli, e futura bandeira do Cruzeiro e do Flamengo.

O Palmeiras acelerou mais e ampliou, aos 42.
Servílio fez lindo lance e rolou para Dario executar. 2 a 0.

A segunda etapa foi novo massacre. Logo aos 2, outra linda tabela alviverde foi de Rinaldo para Servílio marcar o terceiro. Aos 6, Jurandir, zagueiro também campeão do mundo pelo Brasil em 1962, cometeu pênalti no impossível Dario. Rinaldo mandou a bomba habitual. 4 a 0.

Aos 14, arrancada de Dario e mais um. 5 a 0.

Então o Palmeiras tirou o pé. Filpo foi trocando jogadores, o time, a bola. Esperando o apito final e a goleada histórica por 5 a 0.

Bastava um empate no Pacaembu contra o Botafogo para o Palmeiras ganhar o returno e cancelar as finais do Rio-São Paulo.

"Foi assim o Palmeiras: todo perfeição", destacou o DIÁRIO POPULAR, em texto que mais falava dos erros do São Paulo que dos acertos do líder. "Dudu e Ademir foram móveis, ágeis e resolutos. Absolutos em todo o campo".

A arbitragem de Airton Vieira de Moraes também foi enaltecida. Ele era o árbitro que "sobrara" na FPF para ser escolhido para o Choque-Rei. Os clubes não apenas tinham direito de vetar nomes. Eles também podiam escolher os árbitros das listas da FERJ e FPF, organizadoras do torneio. O São Paulo tinha vetado Romualdo Arpi Filho, Anacleto Pietrobon e Eterlvinl Rodrigues. O Palmeiras, Olten Aires de Abreu e Albino Zanferrari.

PALMEIRAS 5 X 0 SÃO PAULO
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Quarta-feira, 19/maio (noite)
Pacaembu
Juiz: Aírton Vieira de Moraes
Renda: Cr$ 29 811 000
Público estimado em mais de 36 mil
PALMEIRAS: Valdir (Sílvio); Djalma Santos (Nelson), Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho (Dario) e Rinaldo
Técnico: Filpo Núñes
SÃO PAULO: Raul; Osvaldo Cunha, Bellini, Jurandir e Renato; Dias (Nenê) e Valter (Efraim); Peter, Zé Roberto, Prado e Paraná.
Técnico: José Poy.
Gols: Servílio 26 e Dario 42 do 1º; Servílio 2, Rinaldo (pênalti) 6 e Dario 14 do 2º

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Especial Primeira Academia 1965 – Recreio dos Bandeirantes: Fluminense 1 x 3 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965/#respond Mon, 18 May 2020 14:15:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/18/especial-primeira-academia-1965/

O Recreio dos Bandeirantes periquito tinha a fama mantida. Cinco clássicos no Maracanã, cinco vitórias da Academia. Dezenove gols marcados em cinco partidas. Oito sofridos. Dois 4 a 1. Um show. O 3 a 1 sobre o Fluminense (que vinha de um 3 a 0 no Corinthians e 7 a 2 no Botafogo) devolvia o […]

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O Recreio dos Bandeirantes periquito tinha a fama mantida. Cinco clássicos no Maracanã, cinco vitórias da Academia. Dezenove gols marcados em cinco partidas. Oito sofridos. Dois 4 a 1. Um show.

O 3 a 1 sobre o Fluminense (que vinha de um 3 a 0 no Corinthians e 7 a 2 no Botafogo) devolvia o Palmeiras à liderança do turno final. Também pela derrota na véspera do São Paulo, goleado por 5 a 0 pelo Botafogo, no Rio.

O Palmeiras tinha viajado de ônibus na noite de sexta-feira, com a delegação reduzida como era à época: o diretor Arnaldo Tirone (pai do futuro presidente), o médico João Zerillo, o massagista Reis, e o roupeiro Romeu.

Filpo não podia contar com o artilheiro do torneio Ademar Pantera, com 14 gols. Ele havia trincado a tíbia da perna direita no amistoso em que o Palmeiras perdera para o Botafogo de Ribeirão Preto por 5 a 2, na terça-feira.

Servílio então voltava ao time, depois de ter ficado fora por não ter renovado contrato. Além da equipe titular, Picasso, Santo, Júlio Amaral, Ferrari, Germano e Dario compunham a excelente delegação que ficou hospedada no Luxor, em Copacabana, e treinou no sábado na Gávea, orientados pro novo preparador físico Júlio Mazzei. Os alojamentos no Maracanã foram vetados por Filpo.

Em campo, o Fluminense foi melhor na primeira etapa contra um Palmeiras mais acuado e pragmático. Evaldo mandou uma bola na trave que Valdir depois mandou a escanteio. Antunes mandou outra que no rebote Djalma Santos salvou sobre a linha.

Mas, aos 25, a pressão tricolor deu certo. Luís Henrique lançou Antunes às costas de Djalma Dias e tocou cruzado na saída de Valdir.

O Palmeiras empatou aos 32. Ademir da Guia achou com categoria Servílio que, ainda com mais técnica e frieza, tocou por cobertura na saída de Edison. Golaço.

O Palmeiras equilibrou o clássico na segunda etapa. Também porque Dudu protegeu ainda mais a cabeça da área. E Ademir ainda deu um pé atrás e flutuou à frente como o grande craque do time e do Rio-São Paulo. Filpo também foi feliz na mexida. Aos 13, sacou Tupãzinho em rara jornada pálida e colocou a vibração e potência de Dario na frente.

Mais seis minutos e ele escapou sozinho (e impedido) até ser derrubado por Edson Borracha. Pênalti convertido por Rinaldo, o segundo melhor em campo, saindo da esquerda para armar e atacar por todos os lados.

Aos 23, Dario foi lançado, caiu, levantou-se e achou Servílio na área para passar pelo goleiro e para bater de esquerda e fazer 3 a 1.

O Fluminense murchou. Quando tentou algo, Valdir mais uma vez foi muito bem. Como Djalma Santos. Dudu e Ademir fizeram dupla brilhante. Servílio fez os gols e pouco mais.

Nelson Rodrigues, emérito tricolor e não muito fã do Palmeiras, escreveu em O GLOBO que não houve méritos do Verdão, apenas falhas do Fluminense na derrota "para o melhor time do Brasil".

Até ele reconhecia.

FLUMINENSE 1 x 3 PALMEIRAS
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Domingo, 16/maio (tarde)
Maracanã
Juiz: Ethel Rodrigues
Renda: Cr$ 33 782 720
Público: 36 599
FLUMINENSE: Edson Borracha; Laurício, Procópio, Valdez e Altair; Íris e Luiz Henrique; Amoroso, Evaldo, Antunes e Gílson Nunes.
Técnico: Tim
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos (Ferrari), Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho (Dario) e Rinaldo.
Técnico: Filpo Núñes
Gols: Antunes 25 e Servílio 32 do 1º; Rinaldo (pênalti) 19 e Servílio 23 do 2º

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Especial Primeira Academia – liderança perdida: Palmeiras 2 x 2 Portuguesa https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-lideranca-perdida-palmeiras-2-x-2-portuguesa/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-lideranca-perdida-palmeiras-2-x-2-portuguesa/#respond Fri, 08 May 2020 20:07:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/08/especial-primeira-academia-lideranca-perdida-palmeiras-2-x-2-portuguesa/

Era o jogo do ofensivo Palmeiras de Filpo contra o inteligente e letal contragolpe da fechadinha Portuguesa. O tipo de partida que gostava o estrategista treinador lusitano Aymoré Moreira, ex-goleiro palmeirense, técnico campeão mundial em 1962 pela Seleção (e que seria o treinador campeão do primeiro Robertão, em 1967). Tecnicamente irreconhecível na primeira etapa, o […]

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Era o jogo do ofensivo Palmeiras de Filpo contra o inteligente e letal contragolpe da fechadinha Portuguesa. O tipo de partida que gostava o estrategista treinador lusitano Aymoré Moreira, ex-goleiro palmeirense, técnico campeão mundial em 1962 pela Seleção (e que seria o treinador campeão do primeiro Robertão, em 1967).

Tecnicamente irreconhecível na primeira etapa, o Verdão deu espaços sem a bola. Almir pela direita e sobretudo o infernal Príncipe Ivair, que sempre fazia muitos gols pelo Palmeiras, abriram a zaga alviverde pelas pontas, atraindo na cobertura os zagueiros Djalma Dias e Carabina. Dando mais espaço no meio para as infiltrações de Dida (campeão mundial pelo Brasil em 1958) e Aloísio.

O volante Wilson Pereira entrou para não deixar Ademir da Guia jogar. O veterano Dida mais vigilava Dudu que chegava á frente. Nair, como sempre, organizava o jogo rubro-verde. O Palmeiras errava lances usuais e estava muito bem marcado em quase todo o campo.

Tudo isso facilitado pelo gol da Lusa logo a 30 segundos. O Palmeiras ofensivo e que no turno tinha feito com Gildo um gol com menos de 10 segundos contra o Vasco, desta vez provava o seu veneno. Almir levantou bola da direita para Aloísio tabelar com Dida, que tocou na saída de Valdir.

Aos 6min, Dida lançou longo às costas de Djalma Dias para Aloísio. Ele só tocou no canto direito de Valdir. A maior desvantagem alviverde no torneio. E com menos de 10 minutos.

Sem Gildo, Filpo retornou com Servílio mais aberto pela direita, mas com liberdade para rodar e trocar de função com Tupãzinho. Não rolou na primeira etapa.

No segundo tempo, com Santo dando mais consistência que Carabina na zaga, e na base do desespero, o Palmeiras pressionou. Servílio se aproximou de Tupã e Pantera, deixando o corredor direito para Djalma Santos.

No abafa o Verdão diminuiu o placar. Rinaldo bateu da esquerda, Servílio fez corta-luz inteligente para Pantera marcar, aos 18min.

O gol deu gás e luz à Academia. A Lusa estava desgastada fisicamente. Aos 25, Djalma Santos cruzou na área para Tupãzinho emendar no travessão. No rebote, ele mesmo cruzou buscando Servílio. Mas Jair Marinho (campeão mundial em 1962) se atrapalhou e fez contra o goleiro Félix (campeão mundial em 1970).

A Portuguesa acordou e resolveu atacar como não havia feito no jogo. Muitas chances perdidas pelos dois times e placar justo ao final.

O empate deixou o São Paulo na liderança do returno. Como campeão do turno, o Palmeiras já estava classificado pada a final do torneio. Fase decisiva que só aconteceria se a Academia não ganhasse também o segundo turno…

PALMEIRAS 2 X 2 PORTUGUESA
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Sábado, 8/maio (tarde)
Pacaembu
Cidade: São Paulo (SP)
Juiz: Anacleto Pietrobon
Renda: Cr$ 17 327 000
Público: 23 700
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Santo) e Geraldo Scotto; Dudu e Ademir da Guia; Servílio, Tupãzinho, Ademar Pantera e Rinaldo
Técnico: Filpo Nuñes
PORTUGUESA: Félix; Jair Marinho, Ditão, Vilela e Edilson; Wilson Pereira e Nair; Almir, Dida (Viana), Aloísio (Henrique Frade) e Ivair.
Técnico : Aymoré Moreira.
Gols: Dida 30 segundos, Aloísio 6; Ademar Pantera 18 e Jair Marinho (contra) 25 do 2º

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Especial Primeira Academia 1965 – Normal: Palmeiras 1 x 0 Corinthians https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-normal-palmeiras-1-x-0-corinthians/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-normal-palmeiras-1-x-0-corinthians/#respond Fri, 08 May 2020 11:57:55 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/08/especial-primeira-academia-1965-normal-palmeiras-1-x-0-corinthians/

Na estreia do Rio-São Paulo, empate por 2 a 2. Ainda não era o time que seria chamado de Academia. O que começou vencendo o Derby do returno na primeira chegada perigosa, aos 6min: Tupãzinho tabelou com Gildo que chutou travado por Mendes. A bola sobrou para Tupã fazer de cabeça. Rinaldo teve grande chance […]

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Na estreia do Rio-São Paulo, empate por 2 a 2. Ainda não era o time que seria chamado de Academia. O que começou vencendo o Derby do returno na primeira chegada perigosa, aos 6min: Tupãzinho tabelou com Gildo que chutou travado por Mendes. A bola sobrou para Tupã fazer de cabeça.

Rinaldo teve grande chance de ampliar, aos 11. Depois o Corinthians equilibrou. Também pelo recuo excessivo alviverde. Dudu e Ademir tiveram papel essencial pra não deixar (Édson futuro companheiro campeão brasileiro em 1973) e o jovem Rivellino jogarem.

Flávio perdeu duas grandes chances. Mas o Palmeiras criou mais. O jogo ficaria mais pesado e pegado na segunda etapa. E descambaria aos 23: Djalma Dias fez falta em Rivellino. Flávio chegou empurrando o zagueiro. Ele acabou revidando. Ambos foram expulsos.

Logo depois, Filpo perderia Djalma Santos, que saiu lesionado depois de entrada forte de Bazzani. Ferrari entrou improvisado na lateral-direita e deu conta do recado até o final.

Filpo manteve o time mais rápido e físico, com Tupãzinho como ponta-de-lança e Pantera comandando o ataque. Deu certo mais uma vez.

A vitória deixou o Palmeiras na vice-liderança do returno ao lado do São Paulo, com quatro pontos em três rodadas. O Flamengo era o líder com cinco. E já tinha enfrentado e vencido o Verdão. Se ganhasse também o returno, o Palmeiras seria o campeão antecipado do Rio-São Paulo.

Naquele momento, não dependia apenas dele.

PALMEIRAS 1 X 0 CORINTHIANS
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Quarta-feira, 5/maio
Pacaembu
Juiz: Ethel Rodrigues
Renda: Cr$ 40 683 000
Público: não disponível
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos (Ferrari), Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Tupãzinho, Ademar Pantera e Rinaldo (Servílio)
Técnico: Filpo Nuñes
CORINTHIANS: Heitor; Augusto, Mendes,Clóvis e Maciel; Edson Cegonha e Rivellino; Manoelzinho (Luizinho), Nei (Bazzani), Flávio Minuano e Geraldo.
Técnico: Oswaldo Brandão.
Gols: Rinaldo 6 do 1º
Expulsões: Djalma Dias e Flávio, 23 do 2º tempo.

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Especial Primeira Academia 1965 – Recreio dos Bandeirantes: Palmeiras 3 x 2 Vasco https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-recreio-dos-bandeirantes-palmeiras-3-x-2-vasco/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-recreio-dos-bandeirantes-palmeiras-3-x-2-vasco/#respond Mon, 04 May 2020 12:15:54 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/04/especial-primeira-academia-1965-recreio-dos-bandeirantes-palmeiras-3-x-2-vasco/

Mais uma grande vitória. E de novo no Rio de Janeiro. Quatro jogos, quatro clássicos, quatro vitórias, com 14 gols marcados. Até à imprensa carioca brincava com o apelido que a paulista criava para aquele Palmeiras no Maracanã: Recreio dos Bandeirantes. Ou dos periquitos. Mas não era (como é desde 1914) um grande relacionamento com […]

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Mais uma grande vitória. E de novo no Rio de Janeiro. Quatro jogos, quatro clássicos, quatro vitórias, com 14 gols marcados. Até à imprensa carioca brincava com o apelido que a paulista criava para aquele Palmeiras no Maracanã: Recreio dos Bandeirantes. Ou dos periquitos.

Mas não era (como é desde 1914) um grande relacionamento com os jornalistas. Então, a querela se deu com os repórteres que foram ao Maracanã. Eles se irritaram com o "atraso"
de "15 minutos" (?!) para a abertura dos vestiários paulistas no Maracanã. Numa época em que os repórteres às vezes entrevistavam os jogadores durante o banho deles.

Em campo, mais uma partida muito difícil. Por mérito do rival. E por mais erros defensivos palmeirenses. Filpo repetia o time menos técnico mais mais dinâmico e forte, com o artilheiro Pantera na frente, Tupãzinho rodando mais o campo e vindo mais de trás.

Segundo jogo no returno. Vasco. O mesmo que havia perdido por 4 a 1 no turno. Levando gol de Gildo com menos de 10 segundos. Desta vez quase que a revanche veio na mesma moeda e tempo. Mas Luisinho perdeu gol feito. Nelson Rodrigues, em O GLOBO, disse que ele teria feito o gol "com um suspiro".

Todo grande time precisa se sorte. A Academia também tinha. O Vasco ainda assim abriu o placar. Merecidamente. Mário recebeu de Célio e mandou uma bomba, aos 17 minutos. Mas o Palmeiras do Divino sabia administrar os tempos. Em lançamento de Ademar Pantera, Tupãzinho empatou aos 34, em lance em que trombou com o goleiro Gainete. Ele não conseguiria voltar e acabou substituído por Ita.

O Palmeiras voltou melhor e virou aos 18. Rinaldo cruzou, o futuro tricampeão Brito só ficou olhando e Pantera cabeceou à frente do estático Ita. No minuto seguinte o empate: em belo lance individual, Mário empatou

Aos 22, a forte jogada aérea palmeirense funcionou. Djalma Santos levantou na área e Pantera fez mais um de cabeça.

Lorico mandaria uma bola na trave de Valdir. O Vasco pressionou até o fim. Mas Valdir segurou tudo em atuação irregular da zaga palmeirense. Até Djalma Santos sofreu. Tarciso (substituto de Carabina) não jogou bem. Ferrari foi melhor do que Scotto – no apoio.

Ademir foi mais uma vez o melhor em campo. Ainda mais na segunda etapa, quando jogou mais à frente.

PALMEIRAS 3 X 2 VASCO
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
domingo, 2/maio (tarde)
Maracanã
Juiz: Albino Zanferrari
Renda: Cr$ 35 512 210
Público: não disponível
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Tarciso e Geraldo Scotto (Ferrari); Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Tupãzinho, Ademar Pantera, e Rinaldo.
Técnico: Filpo Núñes
Gols: Mário 17 e Tupãzinho 35 do 1º; Ademar Pantera 18, Mário 19 e Tupãzinho 22 do 2º
Expulsões: Tupãzinho e Maranhão 43 do 1º

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Especial Primeira Academia – primeira derrota: Palmeiras 1 x 2 Flamengo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-primeira-derrota-palmeiras-1-x-2-flamengo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-primeira-derrota-palmeiras-1-x-2-flamengo/#respond Sat, 25 Apr 2020 18:38:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/25/especial-primeira-academia-primeira-derrota-palmeiras-1-x-2-flamengo/

A manchete de O GLOBO dava o tamanho da façanha rubro-negro no primeiro jogo do returno do Rio-São Paulo: "Flamengo encarou de igual para igual o melhor time brasileiro" Depois de campanha brilhante da equipe de Filpo Núñes, com dois 4 a 1 sobre Flamengo e Vasco no Maracanã, o Palmeiras tropeçou no Pacaembu. Se […]

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A manchete de O GLOBO dava o tamanho da façanha rubro-negro no primeiro jogo do returno do Rio-São Paulo: "Flamengo encarou de igual para igual o melhor time brasileiro"

Depois de campanha brilhante da equipe de Filpo Núñes, com dois 4 a 1 sobre Flamengo e Vasco no Maracanã, o Palmeiras tropeçou no Pacaembu. Se o Verdão faturasse também o segundo turno, cancelaria as finais. Um returno mais curto, pela eliminação das duas equipes de pior campanhanha na fase inicial: Santos (que jogou a maioria dos jogos com reservas porque disputava ao mesmo tempo a Libertadores) e América, que tinha 9 jogadores emprestados pelo Bangu (que seria campeão estadual em 1966).

Em caso de decisão entre os campeões dos turnos, contava mais a campanha no segundo turno, depois de 30 minutos de prorrogação. Quem tivesse melhor saldo era o campeão. Goal-average era o segundo critério (divisão dos gols feitos pelos marcados); melhor goal-average em todo o campeonato. E se tudo permanecesse igual, a inédita decisão por pênaltis: então eram três e não cinco.

Tudo isso seria desnecessário. A equipe que seria ainda naquele torneio chamada de Academia ganhou o returno e acabou com a brincadeira. Jogando bonito e necessário. Não naquela derrota em casa.

O Flamengo foi mais eficiente e perigoso desde o começo. Teve um gol anulado de Aírton logo de cara. Respondido pelo gol palmeirense, aos 27. Belo lance do futuro rubro-negro Ademar Pantera. O centroavante driblou o lateral Murilo e mandou uma bomba contra o goleiro Franz.

Ferrari entrou na lateral-esquerda no lugar de Geraldo Scotto que não vinha em grande fase. o Flamengo empatou com o Violino Carlinhos, a 1 minuto, num tiro de longe. Belo gol.

O jogo era igual. Filpo tentou dar mais velocidade ao time com Antoninho na ponta no lugar do ex-rubro-negro Germano (irmão do atacante do Flamengo Fio). Paulo Henrique, titular do Brasil em 1966, não dava espaços. Ainda assim o Palmeiras estava melhor na segunda etapa. Rinaldo obrigou Franz a fazer ótima defesa.

Amauri (um "truculento São Jorge rubro-negro", na definição de Nelson Rodrigues) perdeu gol na cara de Valdir. Mas não perdoou bobeada palmeirese e virou o placar, aos 44. Perdeu outra grande chance aos 44. E fez justiça ao jogo.

Tupãzinho teve partida rarríssima: ruim. Ademir e Rinaldo foram dos poucos que se salvaram em uma atuação em que o time afunilou demais seu jogo no gramado horroroso do Pacaembu.

Para Nelson Rodrigus, em O GLOBO, o "Flamengo fez um mural de Rivera em campo" contra o Palmeiras que ele considerava então "o melhor time do Brasil e, por consequência, o melhor time do mundo".

PALMEIRAS 1 X 2 FLAMENGO
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Domingo, 25/abril (tarde)
Pacaembu
Juiz: Armando Marques
Renda: Cr$ 27 408 200
Público: 33 392
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Santo e Geraldo Scotto (Ferrari); Dudu e Ademir da Guia; Germano (Antoninho), Tupãzinho (Dario), Ademar Pantera e Rinaldo
Técnico: Filpo Nuñes
FLAMENGO: Franz; Murilo, Ditão, Luis Carlos Freitas e Paulo Henrique; Carlinhos e Fefeu; Fio Maravilha, Aírton, Amauri e Paulo Alves.
Técnico: Flavio Costa
Gols: Ademar Pantera 25 do 1º; Carlinhos 2 e Amauri 42 do 2º

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Especial Primeira Academia 1965 – campeão do turno: Botafogo 3 x 5 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/untitled-34/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/untitled-34/#respond Tue, 21 Apr 2020 12:19:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/21/untitled-34/

https://youtu.be/qD2WknVVkxM O Botafogo (ainda sem o artilheiro Roberto) precisava vencer por 5 a 0 o Palmeiras no Maracanã para ganhar o primeiro turno do Rio-São Paulo de 1965. Perdeu por 5 a 3 em casa para o Verdão que assim fazia do maior templo do futebol mundial, naquela temporada, o que ficou conhecido como "Recreio […]

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https://youtu.be/qD2WknVVkxM

O Botafogo (ainda sem o artilheiro Roberto) precisava vencer por 5 a 0 o Palmeiras no Maracanã para ganhar o primeiro turno do Rio-São Paulo de 1965. Perdeu por 5 a 3 em casa para o Verdão que assim fazia do maior templo do futebol mundial, naquela temporada, o que ficou conhecido como "Recreio dos Bandeirantes". Ou dos periquitos: três clássicos no turno no Rio, três vitórias palmeirenses, 13 gols marcados em dois 4 a 1, e no 5 a 3 que garantiu a brilhante melhor campanha inicial do torneio interestadual. O que levou aquele timaço a ser ser chamado de Academia. A que seria a primeira antes da segunda dos anos 1970. Apelidos que deram nome ao centro de treinamento do clube.

O Palmeiras foi atração desde a chegada ao Rio. Hospedado no Hotel Luxor, treinou na Gávea. E ganhou de novo no Maracanã.

O Botafogo dos futuros tricampeões mundiais Jairzinho e Gérson ficou mais com a bola. Mas o campeão do turno foi mais objetivo. O contragolpe era letal. Muito veloz. Para Ricardo Serran, contundente crítico de O GLOBO, era " um time que joga com inteligência. Sem sacrifícios. Pelo atual estágio dos paulistas, o resultado em circunstâncias normais é a vitória do Palmeiras".

Como foi a partir de 10 minutos. Ademir descobriu Rinaldo, que passou por Zé Carlos, pelo goleiro Hélio, e tocou mansamente para a meta vazia. Aos 12 o Botafogo respondeu: Bianchini lançou Jairzinho em posição de impedimento. O futuro Furacão da Copa de 1970 devolveu ao atacante que bateu forte de pé esquerdo, entre os zagueiros, da entrada na área, no canto esquerdo de Valdir.

Um jogaço. O Botafogo seguiu criando mais chances. Djalma Santos salvou gol certo sobre a linha. Mas aos 44, Ademar Pantera bateu de longe e fez 2 a 1.

Valdir fez grande defesa já na segunda etapa em jogada de Bianchini. Ele saía muito bem da meta. Fechava o ângulo. E sabia defender usando os pés como nesse lance.

O Palmeiras respondeu como também sabia. Aos 13, Gildo cruzou da direita, Pantera tocou de cabeça por cobertura, e o goleiro Hélio se atrapalhou. 3 a 1.

Aos 17 o quarto gol. O mais bonito. Tabela rápido entre Tupãzinho e Ademar. Na saída do goleiro, o Pantera tocou com efeito e categoria, o vencendo por cobertura.

O Palmeiras jogava muito. Mas 4 a 1 era além do que estava sendo jogado. Aos 27, Ferrari derrubou Jairzinho. Pênalti batido por ele que quase Valdir defendeu, no canto baixo direito.

Aos 38 o Botafogo fez 4 a 3, de novo com Jairzinho. Então apareceu mais uma vez a calma e categoria da equipe para administrar a pressão. Ou seja: apareceu e brilhou Ademir. O Divino deu lindo passe para Tupãzinho escapar pela direita e bater cruzado. O goleiro Hélio pateticamente nem foi pra bola. 5 a 3, aos 44 minutos.

(Já com Germano em campo. O ponta que veio do Milan estreava oficialmente com Filpo. Já atuara no Torneio de Belo Horizonte, na semana anterior, na vitória sobre o Atlético por 2 a 1. O Palmeiras perdeu depois para o Cruzeiro por 2 a 1. E também a cabeça. Teve seis expulsos e o jogo terminou sem quorum aos 35 minutos).

Para O GLOBO, vitória justa. Até pelos erros de arbitragem. "Eunápio de Queirós e Aloísio Viug bandeiraram muito pro Botafogo". Apesar dl árbitro Etel Rodrigues ter deixado Geraldo Scotto (que não era disso) pegar forte em Jair, e Ferrari depois também.

Djalma Dias foi o melhor dos zagueiros. Valdir fez duas grandes defesas. "Dudu e Ademir foram sensacionais pelo que armam e desarmam os adversários", destacou o jornal carioca.

"Só Pelé joga hoje mais do que Tupãzinho no Brasil". Palavras de Serran.

Com os três gols no Maracanã, Ademar Pantera se igualou a Flávio, do Corinthians, na artilharia do torneio.

Com 7 vitória e 2 empates, o Palmeiras encerrou o turno com 10 gols a mais que o segundo ataque – o do próprio Botafogo. Foram 31 gols em 9 jogos. Todos eles clássicos.

"O Palmeiras tem feito soberbas atuações. É um time que se defende com 8 e ataca também com 8 jogadores. Os laterais apoiam bastante. O time sabe inverter as bolas de um lado a outros. Joga bonito e também deixa jogar o adversário. É um rolo-compressor do futebol brasileiro".

Na seleção do jornal da primeira fase do torneio, Valdir, Djalma Santos, Tupãzinho e Rinaldo estavam escalados. "Não é um time imbatível. Mas os outros vão ter que melhorar muito no returno para poder encará-lo".

BOTAFOGO 3 x 5 PALMEIRAS
Torneio Rio-São Paulo/Turno de Classificação
Data: quarta-feira, 21/abril (noite)
Maracanã
Juiz: Ethel Rodrigues
Renda: Cr$ 28 300 380
Público: 28 950
BOTAFOGO: Hélio; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Jairzinho, Sicupira, Bianchini e Artur.
Técnico : Geninho.
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Santo)e Geraldo Scotto (Ferrari); Dudu e Ademir da Guia; Gildo (Germano), Ademar Pantera, Tupãzinho e Rinaldo
Técnico: Filpo Nuñes
Gols: Rinaldo 8, Bianchini 11 e Ademar Pantera 46 do 1º; Ademar Pantera 13, Ademar Pantera 18, Jairzinho (pênalti) 29, Jairzinho 38 e Tupãzinho 45 do 2º

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Especial Primeira Academia 1965 – Sempre na ponta: Palmeiras 3 x 2 Fluminense https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-sempre-na-ponta-palmeiras-3-x-2-fluminense/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-sempre-na-ponta-palmeiras-3-x-2-fluminense/#respond Fri, 10 Apr 2020 15:17:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/10/especial-primeira-academia-1965-sempre-na-ponta-palmeiras-3-x-2-fluminense/

Depois de mais um show no Maracanã, com duas goleadas de 4 a 1 sobre Vasco e Flamengo, o Palmeiras voltava a atuar em casa. E sofrendo mais do que quando brilhava como visitante. A vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense manteve o time na ponta da tabela. Começando com Tupãzinho como ponta-de-lança […]

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Depois de mais um show no Maracanã, com duas goleadas de 4 a 1 sobre Vasco e Flamengo, o Palmeiras voltava a atuar em casa. E sofrendo mais do que quando brilhava como visitante.

A vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense manteve o time na ponta da tabela. Começando com Tupãzinho como ponta-de-lança no lugar de Servílio, com Ademar Pantera como centroavante mais fixo. O time ganhava mais presença de área e mais dinâmica na ligação meio e ataque.

O clássico foi equilibrado. O Flu saiu na frente aos 30, quando o centroavante Evaldo tocou para Antunes (irmão mais velho de Zico) passar por Djalma Dias e tocar na saída de Valdir.

O Palmeiras empatou aos 35. Tupãzinho passou para Ademir chutar a bola que Castilho largou e Pantera aproveitou o rebote. Mais 4 minutos e a virada à paulista: Tupãzinho armou para Ademar soltar o pé, e Castilho aceitar o gol palmeirense.

A 1 minuto da segunda etapa, um pênalti discutível do bicampeão mundial Altair e Dudu, que ainda saía bastante da cabeça da área alviverde. Rinaldo encheu o pé e fez 3 a 1.

Um dos motivos para que a equipe fosse apelidada de Academia foi a dinâmica de meio-campo. A parceria que começava a ser histórica (e duraria até 1976) entre Dudu e Ademir, que já em junho, dois meses depois, virariam titulares da Seleção Brasileira dirigida por Vicente Feola. O time realmente passou a ser mais equilibrado defensivamente com um ajuste que Filpo e os atletas mais experientes como Carabina incutiram na cabeça do volante que havia começado como armador na Ferroviária. Explica o próprio Dudu: "eu corria mais o campo todo e gostava de ajudar lá na frente. O Ademir e o Filpo e jogadores mais experientes chegaram em mim e pediram para eu ficar mais atrás, protegendo a nossa defesa na cabeça da área. Deu certo".

O Fluminense diminuiu para 3 a 2 aos 4 minutos, com Evaldo tocando por cobertura na saída de Valdir da meta. O Tricolor seguiu em cima, mas não conseguiu chegar ao empate numa partida mais eficiente que brilhante do Palmeiras.

PALMEIRAS 3 X 2 FLUMINENSE
Torneio Rio-São Paulo/Turno de Classificação
Sábado, 10/abril (tarde)
Pacaembu
Juiz: Antônio Viug
Renda: Cr$ 22 289 100
Público: não disponível
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto (Ferrari); Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Tupãzinho, Ademar Pantera e Rinaldo.
Técnico: Filpo Núñez
Gols: Antunes 30, Ademar Pantera 36 e Ademar Pantera 39 do 1º; Rinaldo (pênalti) 1 e Evaldo 4 do 2º

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Especial Primeira Academia 1965 – Festa no Rio: Flamengo 1 x 4 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-festa-no-rio-flamengo-1-x-4-palmeias/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-festa-no-rio-flamengo-1-x-4-palmeias/#respond Wed, 08 Apr 2020 12:44:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/08/especial-primeira-academia-1965-festa-no-rio-flamengo-1-x-4-palmeias/

https://youtu.be/2ZaGT_pLpCc O 7 x 1 contra o Santos (sem Pelé e outros 10) não tinha deixado dúvidas para a maioria. O Palmeiras era o grande líder do turno depois de seis rodadas no Rio-São Paulo. Mas sempre tem os céticos. Os chatos. Os cricríticos. E a turma que torce mesmo contra. RelacionadasProtagonista de virada heroica […]

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https://youtu.be/2ZaGT_pLpCc

O 7 x 1 contra o Santos (sem Pelé e outros 10) não tinha deixado dúvidas para a maioria. O Palmeiras era o grande líder do turno depois de seis rodadas no Rio-São Paulo. Mas sempre tem os céticos. Os chatos. Os cricríticos. E a turma que torce mesmo contra.

A segunda visita alviverde ao Maracanã acabou com as dúvidas. Na primeira tinha sido 4 x 1 sobre o Vasco, com gol na saída de bola de Gildo. Na segunda partida a história e o placar se repetiram. 4 x 1 no Flamengo.

Nelson Rodrigues, genial cronista, mais sentia do que via o jogo. E nem sempre tinha muitas simpatias pelo futebol paulista. Demorou mesmo a dar o braço a torcer pelo time que o coração nunca torceu. Armando Nogueira elogiava muito aquele Palmeiras. Nelson demorou um pouco. Mas começa a mudar de ideia depois de novo 4 x 1. Em sua coluna em O GLOBO, ele deixou claro:

"A equipe verde joga com um solene e avassalador desprezo pelas formações numéricas. Porque ataca com todo mundo e se defende com todo mundo. Só se distingue o Ademir do goleiro pela camisa".

Era uma das ótimas características do time de Filpo. Muito compacto e competitivo. Ótima movimentação. Abuso e apuro técnica e inteligência para se movimentar e trocar a bola. E, como todo time vencedor, muita sorte, também.

O Flamengo foi muito melhor nos 15 minutos iniciais. Sufocou o Palmeiras. Mas não fez. A grosso modo, ou melhor, sem nenhum grosso em campo, o Verdão teve quatro chances no Rio e fez os quatro gols.

A primeira foi no auge da pressão rubro-negra. Servílio lançou Tupãzinho que superou Zózimo, passou por Marcial e bateu pro gol vazio. O jogo ficou menos desequilibrado até o Flamengo empatar no pênalti cometido por Djalma Dias. Paulo Choco bateu com cavadinha, aos 38.

Não deu para o time da casa sentir o gostinho do gol porque dois minutos depois Servílio desempatou, de peixinho, livre na segunda trave, aproveitando cruzamento de Djalma Santos em cobrança de falta.

Com a vantagem, Filpo seguiu variando taticamente a equipe. Basicamente era um 4-2-4 que se tornava 4-3-3 com o recuo de Servílio, dando um pé a Dudu e Ademir. Mas muitas vezes virava mesmo um 4-4-2, com Rinaldo fechando pela esquerda, deixando Gildo e Tupãzinho para puxar os contragolpes

Como ele repetiu o lance do primeiro gol, marcando o terceiro aos 4 da segunda etapa. Tupãzinho foi lançado, passou por Zózimo (que substituiu Ditão que passara mal no vestiário) e fez, enchendo o pé de canhota na cara de Marcial.

O Flamengo não esmoreceu e seguiu martelando. Mas parou em Valdir e na má pontaria. Foi castigado aos 35, quando Servílio aproveitou rebote de Marcial em cobrança de falta explosiva de Rinaldo e fez 4 a 1.

O treinador carioca Flávio Costa e todo o time rubro-negro disseram que faltou "sorte". Que o placar era mentiroso. Mas era o mesmo do clássico contra o Vasco. "Nós merecíamos ter ganhado o jogo", disse o treinador do Brasil na Copa de 1950.

Djalma Santos foi muito aplaudido pela torcida no Maracanã. "Já vi que vocês cariocas gostam deste preto velho". Carabina foi bem, limpando a área ainda que sujando o nome com entradas duras. Geraldo Scotto não vinha em seu nível habitual. No mais, toda a equipe foi muito eficiente. Tupã e Servílio letais, Dudu e Ademir imperiais na intermediária.

O Palmeiras seguia líder do turno no Rio-São Paulo. Tinha disparado o melhor ataque com 23 gols em apenas 7 jogos e a melhor defesa com apenas 8 sofridos.

Pela vitória, cada jogador ganhou 150 mil cruzeiros. Ótimo para Gildo e Servílio, que seguiam jogando sem contrato…

Ótima notícia também era que o ponta-esquerda Germano foi contratado do Milan. Ótimo reforço que tinha jogado no próprio Flamengo, onde mais tarde atuaria seu irmão Fio Maravilha.

Germano estava bem no Milan. Foi forçado a voltar ao Brasil.

Mas essa é uma história para outro post. Um caso de amor com final feliz. Uma história real. E da realeza.

FLAMENGO 1 x 4 PALMEIRAS
Competição: Torneio Rio-São Paulo/Turno de Classificação
Sábado, 3/abril (noite)
Maracanã
Juiz: Ethel Rodrigues
Renda: Cr$ 28 911 080
Público: não disponível
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo
Técnico: Filpo Nuñez
Gols: Tupãzinho 17, Paulo Alves (pênalti) 39 e Servílio 41 do 1º; Tupãzinho 4 e Servílio 34 do 2º

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