O Palmeiras se classificou para as quartas da Copa do Brasil-99 ao vencer o Vitória por 3 a 2, no Palestra. Na ida, na Bahia, empate por dois gols. Dois de Petkovic. Mais uma vez o craque do jogo, como já a havia sido na primeira partida. Numa cobrança de falta dele, aos 7, Marcos não segurou e Hernández fez 1 a 0 Vitória.

O Palmeiras seguiu melhor e empatou com Alex, aos 24, numa pancada de fora da área.

No segundo tempo, Paulo Nunes virou com 22 segundos. Na celebração, pela primeira vez usou a máscara de Mister M, famoso personagem do programa FANTÁSTICO Pet empatou logo em seguida. Tácio foi expulso aos 11 e, um minuto depois, Paulo Nunes fez belo gol.

Felipão não pôde contar com César Sampaio (lesionado) e Rogério (convocado para a Seleção).

PALMEIRAS 3 X 2 VITÓRIA

Competição: Copa do Brasil/Oitavas-de-Final

Data: terça-feira, 28/abril (noite)

Palestra Italia

Juiz: Antônio Pereira da Silva (GO)

Renda: não disponível

Público: não disponível

PALMEIRAS: Marcos; Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Galeano, Roque Júnior e Zinho (Jackson); Alex (Pedrinho); Paulo Nunes e Evair (Oséas)

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gols: Hernandez 6 e Alex 23 do 1º; Paulo Nunes 22 s, Petkovic 8 e Paulo Nunes 12 do 2º

Expulsão: Tássio

O Palmeiras estava classificado para as oitavas-de-final da Libertadores-99. A virada no Palestra sobre o Cerro Porteño foi no sufoco felipônico.

Não precisava sofrer tanto. Mas foi mérito do time paraguaio que veio para cima e equilibrou o jogo no primeiro tempo. Na segunda etapa, falha defensiva palmeirense deu no gol do brasileiro Gauchinho, aos 3 minutos. Por 11 minutos o Palmeiras estava eliminado. Até Júnior Baiano mais uma vez salvar a equipe lá na frente, empatando aos 14. Arce, de falta, virou o placar, aos 18.

Com a vitória, o Palmeiras esperava o jogo do Corinthians contra o Olimpia, na sexta, no Pacaembu. Se o rival vencesse o time paraguaio, seria líder do grupo e o Verdão teria de enfrentar o adversário mais temível: o Vasco, campeão da Libertadores-98. Se o Olímpia ganhasse em São Paulo, a bucha ficaria para o Corinthians. Se houvesse empate, um jogo-desempate seria realizado: o vencedor do Derby escaparia do Vasco.

https://youtu.be/oEQzGlmreO8

 

 

O Corinthians não vencia o Derby havia dois anos. Eram quatro vitórias palmeirenses e quatro empates. Até os 2 a 1 naquela quarta de Libertadores, pela quinta rodada. O rival ainda faria dois jogos. O Palmeiras precisava agora vencer o Cerro Porteño no Palestra para garantir a classificação no mata-mata. Possivelmente atrás do Corinthians. E com a pedreira do Vasco que parecia ainda melhor que o time campeão da América em 1998… E com o Palmeiras que parecia pior que o campeão da Mercosul, em 1998…

Sem Velloso (que sofrera problema no pé que o tiraria de campo por pelo menos dois meses), Felipão apostou em Marcos. Mas o goleiro nada pôde fazer. O Corinthians foi melhor em quase todo o Derby e mereceu o resultado.

Antes da partida, o elenco rival recebeu manifesto da torcida exigindo mais futebol e raça dos medalhões, mesmo com os salários atrasados. Cobravam muito Marcelinho Carioca, em fase instável. E terminavam dizendo que NÃO AGUENTAMOS UMA NOVA DERROTA PARA “ELES”.

No caso, nós.

E nós não os aguentamos no Morumbi. Marcelinho fez 1 a 0 aos 8, aproveitando passe de Edilson. Aos 35 ampliou com Fernando Baiano, em mais um lance de Marcelinho, mais uma jogada pela esquerda da nossa zaga. Paulo Nunes ainda diminuiu, de cabeça, aos 45 (FOTO).

Na segunda etapa, com a volta do lesionado César Sampaio no lugar de Galeano, e Oséas no de Zinho, com Evair recuado para armar com Jackson, o Palmeiras melhorou, criou mais, mas não a ponto de merecer empatar.

CORINTHIANS 2 x 1 PALMEIRAS

Libertadores da América/Primeira Fase

Quarta-feira, 17/março (noite)

Morumbi

São Paulo (SP)

Juiz: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ)

PALMEIRAS: Marcos; Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Galeano (César Sampaio), Rogério e Zinho (Oséas); Alex (Jackson); Paulo Nunes e Evair

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gols: Marcelinho Carioca 7, Fernando Baiano 35 e Paulo Nunes 45 do 1º

Palavras de Felipão ao jornal FOLHA DE S.PAULO, depois do empate decepcionante com o Olimpia, na noite de sexta, no Palestra:

• O elenco é bom. Jogadores e comissão técnica são bons. Não sei porque o time ainda não deslanchou. Mas, a partir de abril, pode escrever que vai melhorar.

Ainda faltava melhor preparo físico e menos erros defensivos, além do ataque que não estava funcionando ao nível de uma equipe com os laterais ofensivos que tinha, os meias criativos como Zinho e Alex (ainda longe da forma ideal), e de opções de ataque como Paulo Nunes, Oséas e Evair.

No dia seguinte, o Palmeiras jogaria em Santa Bárbara do Oeste contra o União Barbarense.

https://youtu.be/LWUHrg2WHGc

Apenas 8.600 palmeirenses encararam o frio e a garoa para se decepcionarem com empate por 1 a 1 com o Olimpia. Depois de duas vitórias iniciais, uma derrota e um empate para o Olimpia deixavam o Palmeiras em situação perigosa no grupo complicadíssimo na Libertadores-99. Mas, se na quarta-feira seguinte, o Palmeiras vencesse o Corinthians, estaria classificado para as oitavas.

O Palmeiras criou mais chances no primeiro tempo, mas não fez uma boa partida. Com Evair como meia-atacante, faltou entrosamento. Como também faltou o árbitro Ángel Sánchez marcar um pênalti no Matador, aos 39 minutos.

Na segunda etapa, Felipão botou mais gasolina na equipe que voltou pressionando, mandou uma bola na trave aos 10 minutos, e abriu enfim o placar, aos 12, com o primeiro gol de Paulo Nunes em 1999.

O jogo estava nos pés do Palmeiras quando Velloso falhou na saída da meta e levou o gol de cobertura de Dezotti, aos 42 do segundo tempo, quatro minutos depois de ter entrado.

Wanderley Luxemburgo fez sua primeira convocação em 1999 para a Seleção. Palmeiras e Vasco foram os clubes que mais cederam atletas ao Brasil: Roque Júnior foi chamado pela primeira vez. Alex e Rogério foram os outros convocados.

Paulo Nunes não fazia gol desde o segundo jogo da final da Mercosul, em dezembro de 1998. O artilheiro alviverde em 1999 era Júnior Baiano.

Felipão pretendia melhorar o desempenho do ataque, com Evair mais recuado no lugar de Alex, com Nunes e Oséas na frente.

O Palmeiras havia solicitado exame antidoping para o jogo contra o Olimpia, no Palestra, no dia seguinte, sexta-feira, 21h40. Seria a quarta partida pela fase de grupos da Libertadores. A procura de ingressos não era das melhores. A torcida não estava muito confiante. Diferente das campanhas de 1994 e 1995 do Palmeiras.

A Parmalat prometera ao atacante Paulo Nunes que bancaria a dívida que o Benfica tinha com o atacante quando o repatriou. Mas o negócio seguia enrolado e ele prometeu não voltar a campo pelo Palmeiras em 1999 enquanto não recebesse 500 mil dólares do clube português – ou da cogestora do Palmeiras.

Felipão ia remontando a equipe agora com os titulares disponíveis depois de apenas uma semana de treinos para o quarto jogo pelo Rio-São Paulo. O rival seria o Fluminense novamente, que vencera o clássico no Rio por 4 a 0.

Ilton José da Costa era anunciado como novo assessor administrativo do clube. O ex-árbitro deixava a comissão de arbitragem da CBF.

Duas derrotas para Vasco e Santos, dois gols marcados e oito sofridos. Felipão preparava os titulares que voltaram antes de férias junto com o time reserva que perdera as duas primeiras partidas no Rio-São Paulo-99. "O Fluminense também é melhor do que a gente hoje". Equipe que se preparava para disputar a Série C do Brasileirão e era dirigida por Carlos Alberto Parreira (parceiro de Felipão na Copa de 2014).

O treinador do Palmeiras pensava em escalar o volante Ferrugem, vice-campeão Sub-20 pelo Brasil no Sul-Americano da categoria, que terminara dias antes, em Mar del Plata, na Argentina.

Paulo Nunes admitia que talvez não permanecesse em 1999 no Palmeiras. A Parmalat havia prometido bancar a multa da rescisão do contrato dele caso o Benfica não pagasse a parte do clube.