Arquivos tag-Copa do Brasil-15 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-copa-do-brasil-15/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:12:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 29 de novembros https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/29-de-novembros/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/29-de-novembros/#respond Fri, 29 Nov 2019 20:21:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/29/29-de-novembros/

Faz sete anos que meu pai partiu. Foi na madrugada de 29 de novembro. Um dia depois de minha noiva pegar na mão dele pela primeira vez e dizer a ele, na UTI, que me amava, adorava meus filhos e o nosso Palmeiras. Quando os batimentos dele registados pela máquina aumentaram. Mesmo em coma irreversível […]

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Faz sete anos que meu pai partiu. Foi na madrugada de 29 de novembro. Um dia depois de minha noiva pegar na mão dele pela primeira vez e dizer a ele, na UTI, que me amava, adorava meus filhos e o nosso Palmeiras. Quando os batimentos dele registados pela máquina aumentaram. Mesmo em coma irreversível que o levaria um dia depois.
Foi num 29 de novembro. Três anos antes de Luiz Cazorla Ortega partir. Palmeirense três anos mais moço que o meu pai. Espanhol palestrino. Duplamente bravo.
Pai do Luís. Avô do Lucas. Marido da Leda que partira em 1983. Também em um 29 de novembro. Todos palmeirenses como dom Luiz. Em novembro de 2015 foi perdendo a luta contra a diabetes. Teve a perna amputada dia 13. O médico o impediu de maiores emoções. Estava proibido de saber sobre o Palmeiras. Justo ele, que tanto acreditava em 2015 na reformulação do elenco, não podia saber o que acontecia com o time de Marcelo Oliveira.

O neto não pôde contar a derrota na Vila para o Santos no primeiro jogo valendo a Copa do Brasil. Talvez não suportasse o absurdo gol perdido pelo santista Nilson no final, que pai e filho não acreditaram quando viram na quadra da Mancha. Mas no fundo o avô já sabia. Tanto que passou os últimos dias confiante num time que parecia desenganado.

A partida de volta no Allianz Park foi adiada. Fosse antes, seu Luiz teria sabido. Ou não. Porque ele partiu antes da final. No domingo, 29 de novembro. Mesmo dia do meu pai. O neto Lucas acordou pressentindo a perda. Como pressentiria o gol do tri de Prass no pênalti final, três dias depois.

Ele e o pai apertados em um dos bares da Palestra ocupada. Seu Luís tirou o fone onde ouvia a transmissão do rádio para sentir o vizinho Allianz Parque transmitindo o gol de goleiro do tri. Enquanto abraçava o filho Lucas chorando, puxou das meias uma foto do avô Luiz: "eu sabia que seríamos campeões. Ele também sabia. Ele está aqui com a gente!"
Luís e Lucas se abraçaram mais aínda com a foto do dom Luiz nas mãos.
Como eu sinto agora que meu pai e avô dos meus Luca e Gabriel celebra ainda mais nossas vitórias. Conforta ainda mais nossas derrotas.
Meu pai está mais vivo e palmeirense como don Luiz. Como não estão tão vivos alguns que parecem que não sabem que não é mera coincidência essa conexão de datas e ideias. Alguns que perecem em campo vestindo nossa camisa.
Não exijo que os nossos sejam tão torcedores como seu Luiz e o meu Babbo. Mas que, além do 29 de novembro, os que jogam por nós compartilhem essa mensagem de amor que cobriu os caixões do
meu pai e do seu Luiz.
A gente não sabe o que vai ser nossa vida. Mas sabemos que ela terá mais vida se nos conectarmos como nosso clube nos faz uma equipe que joga junto. Que acredita mesmo sem ter o porquê. Mesmo tendo o melhor motivo que é o Palmeiras. O que independe de vitórias. Só dependem as nossas vidas dele

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Quando ressurgiu o Alviverde Imponente https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quando-ressurgiu-o-alviverde-imponente/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quando-ressurgiu-o-alviverde-imponente/#respond Fri, 16 Nov 2018 14:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/16/quando-ressurgiu-o-alviverde-imponente/

(Foto: César Greco) Depois do trágico final de 2012 é hora de olhar para frente e de se reeguer. O ano de 2013 começa com quatro competições a serem disputadas. É óbvio que o foco era um só: voltar para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Mas além do Brasileirão série B, tínhamos […]

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(Foto: César Greco)

Depois do trágico final de 2012 é hora de olhar para frente e de se reeguer. O ano de 2013 começa com quatro competições a serem disputadas. É óbvio que o foco era um só: voltar para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Mas além do Brasileirão série B, tínhamos Libertadores da América, Copa do Brasil e Campeonato Paulista. Havia esperança. Fernando Prass acabava de chegar no Palmeiras e, finalmente, teríamos um goleiro em quem confiar. O banho de água fria veio logo em março, levando uma goleada desconcertante para o Mirassol, 6×2. O Paulista acaba e o Palmeiras fica apenas em sexto. A Libertadores termina nas oitavas e a Copa do Brasil, também. O objetivo maior foi conquistado e fomos campeões da série B. 2014 é centenário e nada mais do que justo estarmos no nosso lugar.

O nosso ano começou. 100 anos de uma história gigante, mas que ficou manchada por um quase terceiro rebaixamento. Quando acabou o Campeonato Paulista e o alviverde ficou em terceiro lugar, achamos, de fato, que seria um bom ano. Passando pelo comando de Gilson Kleina, Alberto Valentim, Ricardo Gareca e, finalmente, Dorival Júnior – que comandou a equipe nas 20 últimas rodadas do Brasileiro. Estávamos de volta na série A e também na nossa casa e o time conseguiu ser o pior Palmeiras que o palmeirense poderia ter em ambas. O desespero só passou depois do apito final da última rodada, quando o Santos fez o gol e despachou o Vitória para a série B. O Palmeiras terminou o ano mais importante da sua história em 16°.

É 2015 e o sentimento de desespero recomeça. O que seria do Palmeiras nas competições daquele ano? O sofrimento ia continuar por mais quanto tempo? Num domingo de manhã, no dia 11 de janeiro, o Palmeiras anuncia a contratação de Dudu, atacante do Grêmio que vinha sendo disputado pelos rivais, Corinthians e São Paulo. São Paulo esse que tinha levado Alan Kardec no ano anterior e dito que o Palmeiras havia se apequenado. Não, caro presidente tricolor, o Palmeiras é gigante. Zé Roberto disse isso na preleção e o time reafirmou isso em campo e fora dele. E falando no Corinthians, logo nas semifinais do Paulista encontramos eles. E na casa deles, eliminamos o rival do estadual. O próximo era o Santos. Nos pênaltis, perdemos o Campeonato Paulista. Mas diferente dos vexames passados, o sentimento não era todo de tristeza. Algo havia mudado. Para melhor. Em uma série de jogos dificeís na Copa do Brasil, o Palmeiras volta a encontrar o time da baixada em uma final. Começou perdendo. Empatou. Pênaltis. E se o Prass fizesse o Palmeiras era campeão… e ele fez! Um ano depois de lágrimas de alívio, as lágrimas que escorriam agora no rosto palmeirense era de felicidade máxima!
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(Foto: César Greco)

Na temporada seguinte, o Palmeiras saiu do Paulista nas semifinais para o Santos. Na Libertadores, o time não se classificou nem para as oitavas. Na Copa do Brasil, saiu nas quartas de final para o Grêmio. No Brasileiro, o time liderou a competição desde a 19° rodada e esteve na frente de todo mundo em 29 rodadas. No jogo emocionante contra a Chapecoense, bastava uma vitória para, enfim, o Palmeiras ser campeão Brasileiro depois de 22 anos sem levantar esse troféu. E, no penúltimo jogo daquele ano – e último jogo daquele time campeão da Chapecoense – em meio ao abraço do Prass e do Jailson, o Palmeiras se consagrou Campeão Brasileiro. Junto com o time campeão, Dudu terminou de se confirmar como ídolo e Alexandre Mattos pôde carimbar que o camisa 7 foi o maior acerto em décadas.
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(Foto: César Greco)

2017 foi um ano irregular. O time vinha com confiança mas não passou da semifinal do Paulista, nem das oitavas de final da Libertadores e nem das quartas de final da Copa do Brasil. Teve alguns problemas internos com o volante Felipe Melo e o técnico Cuca e acabou o ano sendo vice-campeão do Brasileiro.

Hoje, em 2018, cinco anos após a série B e toda a reestruturação necessária que o Alviverde Imponente passou, o Palmeiras está a poucos passos de conquistar o campeonato Brasileiro pela décima vez. Nos últimos três anos, o nosso Palestra conquistou o tri da Copa do Brasil, o Brasileirão pela nona vez e foi vice-campeão Brasileiro. Voltou a ser respeitado pelos rivais e, o mais importante, voltou a ter a crença da torcida. A obrigação do Palmeiras nunca foi ganhar todos os títulos que disputa (por mais que seja isso que a torcida queira, com razão), a obrigação do Palmeiras era voltar a ser, de fato, o que sempre foi: gigante. Obrigação era voltar a ser protagonista, voltar a sonhar com coisas grandes e deixar o meio pro final da tabela. Isso o Palmeiras conseguiu, palmeirenses. Os frutos dessa conquista a gente colhe desde 2015 e, logo logo, chega mais um para a nossa conta.

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Dudu https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dudu/#respond Mon, 23 Apr 2018 12:50:13 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/23/dudu/

Eu não queria Lucas Lima jogando como titular contra o Inter. E foi ele quem começou o lance do belo gol de quem eu achava que não valia pagar tanto em janeiro de 2015 ainda que tenha me dado a alegria do reforço. De quem eu tinha certeza que pisara na bola ao peitar o […]

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Eu não queria Lucas Lima jogando como titular contra o Inter. E foi ele quem começou o lance do belo gol de quem eu achava que não valia pagar tanto em janeiro de 2015 ainda que tenha me dado a alegria do reforço. De quem eu tinha certeza que pisara na bola ao peitar o árbitro na decisão contra o Santos no SP-15. De quem eu achava que poderia ser negociado para a Europa se viesse uma boa proposta em 2015. De quem me dera o tri da Copa do Brasil contra o Santos e calara a minha boca.

Lucas Lima não tem sido aquele. Ou só o do último semestre na Vila. Felipe Melo tem deixado de ser o da primeira fase do SP-18. O Palmeiras não tem sido o que pode ser. Não a Academia 3.0. Mas um time melhor e mais confiável. Como Dudu não parecia confiável como capitão e foi bem demais no enea. Como Dudu merecia um puxão de orelha por pensar em tirar o time de campo em Itaquera.

Como Dudu não merecia perder o pênalti na partida em que foi o melhor na decisão do Paulista. Como Dudu merece o reconhecimento pelo belo gol em bom jogo dele em outra pálida partida do Palmeiras contra o Inter. Como ele pode reclamar das cornetas. Como ele pode não celebrar o gol.

Como todos têm o direito de se manifestar. Desde que respeitando o que nos une – Palmeiras. Desde que honrando o que é nosso – Palestra. Desde que fazendo o que Dudu tem feito muito bem desde que chegou em 2015.

Como ele deu carrinho na linha de fundo para impedir cruzamento do Inter aos 3 minutos. Como na segunda etapa ele desarmou lá no campo de defesa. Como ele nem sempre joga bem. Mas sempre quer jogar.

Tem nome de mito, jeitão de Animal, camisa de craque. É dos nossos. E precisa de todo carinho para virar esse jogo que não está ganho. Nem perdido. E nem pode se perder para nós mesmos.

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Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Santos, final da Copa do Brasil-15 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/#respond Tue, 27 Mar 2018 10:38:54 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/27/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/

ALLIANZ PARQUE VINCERÒ!!! RelacionadasPalmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão contra SantosOpinião: ‘Palmeiras e a sensação de como se fosse a primeira vez no Allianz Parque’Caso conquiste Paulistão, Palmeiras pode consagrar Santos como ‘vice em tudo’42 minutos da quinta-feira. O início da arrancada para a volta olímpica do maior campeão nacional […]

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ALLIANZ PARQUE VINCERÒ!!!

42 minutos da quinta-feira. O início da arrancada para a volta olímpica do maior campeão nacional no seu novo lar.

42. 1942. A Arrancada Heroica para o Palestra morrer líder e o Palmeiras nascer campeão. E depois se transformar no maior vencedor no país que mais títulos mundiais conquistou.

33. O número do bicampeão Betinho em 2012. 33. O número do melhor tricampeão palmeirense: Gabriel. Jesus que multiplicou porcos.

3:00. O tempo de “Nessun Dorma”, a ária de Turandot, talvez a mais linda, na certamente mais tocante versão, a de Luciano Pavarotti.

14h19. A hora em que comprei no Itunes na quarta-feira da decisão da Copa do Brasil-15 essa versão que encaminhei para o amigo Luciano Kleiman, do marketing do clube, mandar para o sistema de som do Allianz Parque, no final da volta olímpica do campeão que retornou. Ideia do palestrino Paulinho Corcione, que assina a trilha sonora de nosso filme “Palmeiras – O Campeão do Século”, que eu apenas encaminhei para o clube e para o estádio. E que me custou os mais prazerosos 0,99 dólares.

E quem diz que 0,99 é pouco?

E quem diz que o Palmeiras estava apequenado? Que seria massacrado? Que… Que… Quén, quén…

KKK.

Pois é. Eu até teria postado antes se não tivessem levado meu celular na esquina da Caraíbas com a Palestra Italia. Quando era abraçado, beijado, e fotografado por muitos amigos de credos e cores. E roubado por um amigo do alheio.

Acontece. E se perdi meu telefone, aumentei minha conexão com nossa torcida.

Essa gente que corneta e vibra.

Nós que tanto desejamos e conseguimos.

Queremos a Copa?

Queremos Palmeiras!

Querer todo mundo quer. Mas quem é que pode 12 canecos nacionais (e seriam 13 em 2016)? Quem pode é Palmeiras.

Queremos a taça. Um brinde.

Queremos o campeonato. Vem de brinde.

Queremos tudo. Não brinque com essa gente que corneta. É sério. É Palmeiras.

A gente detona tudo. Depena de dar pena nossos palmeirenses de chuteiras. Depreda sem piedade o patrimônio. Deprecia o que é nosso. Depaupera o pau da imprensa deles. Dá porrada em tudo.

Somos bravos.

Bravíssimo!

Nessa ópera por vezes bufa cantamos a plenos pulmões que somos Palmeiras até morrer.

Ainda morreremos de Palmeiras. Mas é ele que nos faz mais vivos. Tirando o ar e o sangue. Dando energia e amigos.

Pelo Palmeiras não somos loucos, apenas insanos.

Pelo Palmeiras não somos fiéis, apenas leais.

Pelo Palmeiras não torcemos, apenas somos.

No que há de Darinta e no que há de Divino, de capetas ao Santo nessa família.

Brigamos entre si. Lutamos contra todos.

Nós falamos mal de nós mesmos. Vocês, não! Nós somos porcos. Assumimos e viramos mais um bicho. Vocês não podem nos chamar de porcos. Só nós.

Vocês que assumam outros animais. Aqui é porco tanto quanto periquito. Aqui é Palmeiras. Aí é com vocês.

Eu falo mal de mim mesmo quando eu falo mal do meu time. Eu não gosto do jornalista que não vê graça, futebol e pênalti no meu time. Eu não gosto de quem tem outro gosto. Eu sou assim. O Palmeiras é assim.

Não peça razão. Só peço Palmeiras. Não tem preço. Por isso peco como palestrino por imprecar contra o time na imprensa. É o que me paga. Mas é gratuito o estado de graça de ser palmeirense. Seja jornalista como eu, seja o que você for. É profissão de fé. Bem de família. Cromossomo de como somos felizes por ser Palmeiras.

Queremos a Copa. Sempre. Mas o que queremos mesmo independe dela. Pra sempre queremos Palmeiras.

Verdão que vem, vê e vence. Até quando não ganha.

Quisemos a Copa. Ela veio. Nos pênaltis. Nas meias brancas. Pras cabeças. Pros corações. Prass. Pelas mãos penais. Pelo pé do campeão.

Queremos a manutenção do elenco que chegou duas vezes. Duras vezes jogou. E deu. Dudu na primeira, Dudu na segunda. Dois a zero dava título. O gol do Santos depois deu pênaltis. Foi doído. Mas foi doido demais.

É insistindo que se chega longe. É perseverando. É preservando.

É…

Palmeiras.

Estava na hora. Faltou pouco para perder. Mas nunca vai faltar tantos que te apoiam.

Vamos, Palmeiras. Amor é na Academia e na dor.

Amor cala fundo. E cala quem não gosta do espírito de porco.

Aquele que se supera na multiplicação dos porcos. Um milagre. 

A boa nova ao palmeirense era Gabriel Jesus recuperado para a decisão. O milagre fez Vanderlei, sonegando com menos de 10 segundos o gol de quem mandou no primeiro tempo. O Palmeiras de Gabriel Jesusque saiu de novo antes do fim. Um pecado: Jesus era o redentor e, quando saiu, o Peixe se multiplicou, depois de não ter conseguido articular na primeira etapa emocionante como a festa que o palmeirense fez no Allianz Parque, com o Corredor Verde.

Na segunda etapa, o Santos parecia melhor antes de a bola rolar.  Mas a torcida da casa incendiou o time que, com as meias brancas da fortuna, abriu o placar bonito com Dudu, e foi além buscar o título com Dudu no fim, depois de perder Barrios lesionado. Linda festa que o Santos impediu ao quase no fim conseguir o que Nilson havia perdido na Vila. Ricardo Oliveira que nada fazia fez o gol que levou aos pênaltis. E fez justiça às duas equipes que acabaram iguais em duas grandes partidas.

E faria ainda mais justiça às mãos e até aos pés de Fernando Prass. O melhor palmeirense na Vila. A mão que defendeu o pênalti de Gustavo Henrique (que repetiu o mesmo canto da cobrança no SP-15). O pé que leva o reformado Palmeiras ao 12º título nacional. O maior campeão do Brasil. O que não estava ruim para quem estava se apequenando” na mentalidade pequena de quem pediu licença e saiu pela porta dos fundos do futebol.

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100 x Palmeiras no Allianz Parque: a casa do campeão https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/100-x-palmeiras-no-allianz-parque-a-casa-do-campeao/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/100-x-palmeiras-no-allianz-parque-a-casa-do-campeao/#respond Thu, 08 Mar 2018 10:48:17 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/08/100-x-palmeiras-no-allianz-parque-a-casa-do-campeao/

A minha homenagem e a da Rádio Jovem Pan, editada por Bruno Landi, pelos 100 jogos na nova casa do maior campeão nacional.

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A minha homenagem e a da Rádio Jovem Pan, editada por Bruno Landi, pelos 100 jogos na nova casa do maior campeão nacional.

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A estiva do Tio Mi estava sempre com o Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-estiva-do-tio-mi-estava-sempre-com-o-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-estiva-do-tio-mi-estava-sempre-com-o-palmeiras/#respond Tue, 13 Feb 2018 10:34:14 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/13/a-estiva-do-tio-mi-estava-sempre-com-o-palmeiras/

José Laudemir trabalhava na sacaria do Porto de Santos. Estivador. Carregando peso desde os 18 anos, saco de café na estopa, 20 kg na cabeça e nos braços levando pela vida os filhos Diego e Denis. Palmeirenses como o pai. A irmã Maria de Fátima é casada com Marcos. Torcedor do Santos. Mas não a […]

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José Laudemir trabalhava na sacaria do Porto de Santos. Estivador. Carregando peso desde os 18 anos, saco de café na estopa, 20 kg na cabeça e nos braços levando pela vida os filhos Diego e Denis. Palmeirenses como o pai.

A irmã Maria de Fátima é casada com Marcos. Torcedor do Santos. Mas não a ponto de querer o filho Maicon alvinegro.

Na escola, com sete anos, fizeram fotos dos alunos vestindo as camisas dos seus clubes. Maicon escolheu entre tantas a do Palmeiras da Parmalat que estava sobre a mesa. E com boné, como se fosse capa da PLACAR. Os pais colocaram o retrato na sala da casa de Santos, onde o tio vinha almoçar para economizar ao sair da estiva. Quando viu a foto, o Tio Mi fez questão de pagar a irmã pelo retrato. Aquilo ali não tinha preço.

Mas custava muito sair de Santos para ir ver o Palmeiras em São Paulo. Não tinha como. Só dava mesmo para ir na pizzaria perto de casa ver o jogo pela TV. Essa era a arquibancada do Maicon e do Tio Mi: a pizzaria Nossa Senhora. Ali, Maicon, os primos e o tio viram o Palmeiras sair da fila contra o Corinthians, em 12 de junho de 1993. Maicon tinha a idade do retrato.

Vibraram com as Vias Lácteas da Parmalat ganhando quase tudo. Até os pênaltis contra o Deportivo Cali, em 1999, lavarem a alma e Maicon dar o sangue pelo campeão da América.

Ele foi erguido pelo tio no pênalti final de Zapata na celebração da conquista. José Laudemir que levou anos levantando café de um lado a outro do cais ergueu um dos grandes prêmios da vida e bateu com o nariz do Maicon na parede. Não quebrou, mas sangrou bastante. Hoje ele ri. Então chorou de dor tanto quanto de emoção.

Faz parte da vida de levar de um lado a outro o que se ganha. É fardo, é pesado, mas é assim que se vence.

José Laudemir chegava seis da manhã todos os dias no Porto de Santos. Tio Mi ia pra parede onde começavam os trabalhos enquanto o sobrinho ainda dormia para a escola à tarde. Uma hora o tio tinha de almoço. Alguns desses minutos ele passava com o sobrinho mais falando de Palmeiras que da vida, vendo na casa do Maicon os programas de esporte na TV. O que é muitas vezes a mesma coisa. Quando não melhor. Mesmo quando na pior o nosso amor nos deixou nas quedas. Mas essas sempre têm volta. Maicon e os primos estavam no Palestra quando o Palmeiras goleou o Botafogo e ganhou a Série B em 2003 para voltar ao lugar onde não ficaria dez anos depois.

É maré. Vai e volta. O bom é que ainda é Palmeiras. A gente vai e volta com ele.

Quando o Tio Mi foi morar em São Vicente, ele dava sempre um jeito de pegar o sobrinho para ver com ele e os primos o Palmeiras na pizzaria. Quando não era churrascaria. Padaria. Bar. Onde fosse quando fosse Palmeiras na TV.

Maicon não só escolheu o Palmeiras. Ele foi acolhido pelo clube e pelo tio. E pôde uma noite retribuir tantas visitas ao “Palestra da família”. Final da Copa do Brasil de 2015. Palmeiras x Santos – time da cidade deles, mas não do coração.

Maicon e o primo Denis saíram 17h30 do Atacadão onde trabalhavam em Santos. Eles e amigos tinham passado desde segunda de madrugada tentando comprar ingresso para a decisão no Allianz Parque. Não conseguiram. Queriam ver a final com a torcida no Bar da Grade – só que estava fechado. A saída seria o Bar da Mancha, lá na Praia Grande. Mas não era perto. Decidiram então assistir ao jogo de volta na casa do pai do Denis, o Tio Mi, o maior responsável pela paixão quase irresponsável pelo Palmeiras.

Qualquer coisa o Maicon dormia por lá. Ou nem dormiria se o Palmeiras vencesse o clássico por dois ou mais gols de diferença. Ou se vencesse por 2 a 1, com gols de Dudu e, então, nos pênaltis, o Fernando Prass fizesse o gol do tri. O do título. Imagina se acontece tudo isso?

Quando chegaram na casa do Tio Mi, ele estava deitado no sofá cuidando das hérnias da estiva. Só os olhos visíveis. Todo o corpo escondido pelo cobertor inusitado no dezembro santista. Não era frio. Mas ele tremia só de ver o Nivaldo Prieto na cabine do Fox Sports no Allianz Parque. Não era nem seis da tarde. Faltavam quatro horas para a decisão. Mas ela já tinha começado pro Tio Mi muito antes. Só os olhos de fora da coberta, ele perguntou ao filho e sobrinho onde eles iriam ver o jogo que ele já não aguentava só de ver o pré-jogo na televisão.

⁃ Vamos ver aqui, pai, com você.

⁃ Não tem outro lugar?

⁃ Tem o Bar da Mancha, lá na Praia Grande.

⁃ Vamos! Eu quero ver esse jogo no meio da massa! Não consigo ficar aqui em casa parado!

E eles foram para o meio da torcida no Palestra deles e de muitos Palmeiras. Nosso lar não é só o Allianz Parque, o Porcoembu que é nosso por usocampeão, o Morumbi de festas em 1974 e 1993, a Vila onde ganhamos tantas, o Maracanã onde conquistamos todos os rios. A nossa casa é onde podemos estar com o Palmeiras ao lado como José Laudemir levou os filhos e o sobrinho pelas mãos de tantos pegadas e paradas.

O vecchio Palestra também é cada bar que vira lar. Como fez o Tio Mi já na madrugada da decisão, em 2 de dezembro de 2015. Ele não conseguia dormir. Já estava aposentado pelo que carregou na vida. Acordou 4 da manhã e foi pro porto de Santos. Não para descarregar coisas. Mas para tirar o peso dos nervos. Chegou nos bares do cais já abertos para tantas histórias para encontrar os amigos de estiva e tentar esquecer a ansiedade da decisão. Apreciou com moderação e papo a vigília da final. Desde 5 da manhã daquela quarta-feira ele jogou conversa dentro. Não para esquecer a vida. Mas para lembrar que a nossa é você, Palmeiras.

No Bar da Mancha o Tio Mi pôde ver com aqueles olhos que só eles não estavam cobertos no sofá de casa como não é mesmo preciso ter um lar pra chamar de nosso. Só é preciso ter uma família unida em torno dele. Um espírito de comunhão que faz de qualquer lugar o nosso.

Agora a gente precisa um dia trazer o Tio Mi pra conhecer o Allianz Parque. Ele só precisa prometer deixar o cobertor lá em Santos.

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9 + Gols Mais Inusitados do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-gols-mais-inusitados-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-gols-mais-inusitados-do-palmeiras/#respond Mon, 25 Sep 2017 10:39:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/25/9-gols-mais-inusitados-do-palmeiras/

Betinho. Final da Copa do Brasil 2015. Coritiba 1 x 1 Palmeiras RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilRoteiro conhecido: Palmeiras vive mesmo cenário de estreia na Libertadores em 2023Palmeiras treina antes de estreia na Copa do Brasil, e Luis Guilherme vive ‘expectativa de gol no Allianz’Betinho chegou em 2012 horas […]

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Betinho. Final da Copa do Brasil 2015. Coritiba 1 x 1 Palmeiras

Betinho chegou em 2012 horas antes de fechar a janela de contratações. Felipão havia pedido um centroavante para compor elenco. Conseguiram um que estava encostado no São Caetano. Ele só jogou a decisão da Copa do Brasil porque Barcos havia operado o apêndice uma semana antes. O Coritiba vencia no Paraná por 1 a 0, gol aos 16 do segundo tempo. Precisava de mais um para os pênaltis quando Marcos Assunção levantou falta na área e Betinho desviou de cabeça, aos 20. Alguns narradores demoraram a achar o autor do gol do título porque, como a torcida, não acreditavam. Gol de Betinho. Gol do bicampeonato da Copa do Brasil. O limitado atacante seria talismã também no tricampeonato do torneio, em 2015. Centenas de máscaras com o rosto dele foram vendidas no Allianz Parque e estiveram na festa da conquista pelo Brasil. O famoso “Betinho da Sorte” jogou tanto quanto Fernando Prass e Dudu contra o Santos de Lucas Lima.

Betinho. Copa do Brasil-12. Veja

Fabiano. Jogo do título do BR-16. Palmeiras 1 x 1 Chapecoense.

Fabiano havia sido trocado no início do BR-16 com o Cruzeiro , por Lucas, titular na campanha de 2015. Fabiano era reserva de Jean na lateral-direita. Não transmitia confiança. Teve de ir para o jogo que poderia valer o título antecipado depois de 22 anos. Faltava uma rodada. Era contra a Chapecoense, ex-clube de Fabiano. A Lei do Ex foi decretada de modo imperial. Bola cruzada na área, um toque de categoria mais inusitado do que o autor, e o gol que acabaria sendo o do título para o maior público do estádio desde 1902! Novamente incredulidade da torcida e dos narradores. Fabiano ainda repetiria a dose em virada cardíaca contra o Peñarol, na Libertadores-17, na última bola do jogo.

Fabiano. BR-16. Veja

Galeano. Semifinal da Libertadores-00. Palmeiras 3 x 2 Corinthians

O rival era bicampeão brasileiro. Havia conquistado o torneio da Fifa em janeiro, contra o Vasco. Queria a Libertadores que não tinha. Vinha com mais time que o então campeão continental Palmeiras. Tinha vencido na última bola o primeiro jogo por 4 a 3. A imprensa jogava duro com Felipão e o elenco que entrou mordido. O Corinthians virara o placar para 2 a 1. Alex empatou. Ainda faltava um gol para os pênaltis. Alex bateu falta no segundo pau, o zagueiro Adilson bobeou, e Galeano fez de cabeça na saída de Dida. Ele estreou no Palmeiras aos 17 anos, em 1989. É o 11º jogador que mais atuou pelo clube. E o mais criticado entre muitos pelas limitações superadas pela entrega em campo como volante e zagueiro. Gol que levaria a decisão da vaga para os pênaltis. Quando Marcelinho Carioca bateu e São Marcos… Eles sabem o que aconteceu naquela noite de outono no Morumbi.

Galeano. Libertadores-00. Veja

Jorge Preá. Primeira fase do SP-08. Palmeiras 1 x 0 Portuguesa.

Jorge Preá fazia parte da cota Luxemburgo de reforços exóticos da ótima equipe montada em 2008 para terminar com o jejum de títulos estaduais desde a melhor campanha do profissionalismo – em 1996. Não tinha chance no ataque formado por Alex Mineiro e Kléber Gladiador. Mas, no desespero do final do clássico com a Lusa, no Palestra, ele foi para o jogo. E para a área. Depois de bate-rebate monstro, Preá fez o gol dele pelo Palmeiras. Um gol chorado e cantado antes de acontecer. O Palestra inteiro gritou “vamos ganhar, Porco!” antes de a falta ser cobrada no lance que daria no gol da vitória. Não se esperava que Preá fosse o autor. Mas poucas vezes se viu num jogo complicado tanta gente com esperança/confiança daquele gol. Não era um grito de “vai dar”. Era uma sensação de “já foi”. Difícil explicar. (E quem disse que o Palmeiras e um texto sobre gols inusitados é para ter explicação?)

Jorge Preá. SP-08. Veja

Andrei Girotto. Quartas-de-final Copa do Brasil-15. Palmeiras 3 x 2 Internacional.

Ele foi um dos 35 contratados para remontar o elenco pavoroso de 2014. Não funcionou. Foi reserva como volante. Foi embora no ano seguinte. Mas deixou na história o gol da classificação contra o Inter. Cruzamento de Allione e belíssima cabeçada em um dos mais celebrados gols do Allianz Parque, em uma das mais emocionantes partidas do Verdão. Quando tivemos mais uma vez a confirmação de que o Palmeiras nos faz mais vivos. Mas ainda morremos disso, na palavra do nosso Victor Galvão.

Andrei Girotto. Copa do Brasil-15. Veja

Egídio. Segundo turno do BR-17. Fluminense 0 x 1 Palmeiras.

Primeiro lugar na Escala Wesley de Vaias e Xingamentos no Allianz Parque em 2017, antes mesmo de perder o pênalti na eliminação na Libertadores-17 diante do Barcelona, um mês e meio antes do golaço que marcou no Maracanã, numa pancada de fora da área. Egídio já tinha atuado bem na partida anterior, contra o Coritiba. E foi o nome em mais uma vitória no Rio. Com um gol do tamanho do Maracanã. A hashtag #nuncacritiquei ganhou as redes sociais e mentes palmeirenses minutos depois.

Egídio. BR-17. Veja

Charles. Libertadores-13. Palmeiras 1 x 0 Libertad.

Um dos mais lindos estádios de espírito no Porcoembu. Torcida jogou e cantou junta com o limitadíssimo time desde o início até o gol em que Wesley errou o chute e a bola ficou entre as pernas do esforçado volante Charles até ele bater com o pé ruim pra fazer 1 a 0. Uma das mais tocantes partidas da torcida do Palmeiras, muito mais do que a atuação da modesta equipe. O time não era bom. Mas o grito do torcedor o jogo todo é mais um daqueles momentos inexplicáveis. E maravilhosos. Um dos melhores jogos “inúteis” e que sabíamos que não levaria a lugar algum de nossa história.

Charles. Libertadores-13. Veja

Amaral. Quartas de final da Libertadores-95. Palmeiras 5 x 1 Grêmio.

Amaral era titular da Seleção no segundo semestre de 1995. Excelente ladrão de bola. Figura maravilhosa. Mas não sabia chutar. Fazer gol. Em três anos de Palmeiras, e de Vias Lácteas montadas pela Parmalat, só ele não marcava gol. Até o jogo espetacular contra o Grêmio. Na ida, no Olímpico, derrota de 5 a 0 para o time de Felipão. Na volta, disputada entre as finais do SP-95 contra o Corinthians, o Palmeiras levou um gol de Jardel logo de cara. Precisava de um 6 a 1 para levar aos pênaltis (não havia gol qualificado como critério de desempate). O Verdão fez 5 a 1. Fora o show. E até Amaral fez o dele. Não deu classificação. Mas deu muito orgulho do poder de reação do time.

Amaral. Libertadores-95. Veja

Baiano. Quadrangular final da Série B de 2003. Palmeiras 2 x 0 Marília.

Alessandro era o ala-direito de Jair Picerni e foi negociado com o futebol russo. O Palmeiras trouxe Baiano, volante e lateral revelado pelo Santos. Ele assumiu a titularidade da equipe e começou a jogar melhor do que o imaginado. E marcou o mais belo gol dele pelo Palmeiras em um sábado à noite, numa das tantas lindas festas feitas pela torcida que colocou o time no colo na Segundona dos infernos, em 2003. Na mesma noite, o ala-esquerdo Lúcio também fez um golaço de Roberto Carlos. Mas dele havia como esperar aquele golaço. De Baiano, não.

Baiano. Série B 2003. Veja

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Dando a mão pelo Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dando-mao-pelo-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dando-mao-pelo-palmeiras/#respond Thu, 07 Sep 2017 20:06:48 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/07/dando-mao-pelo-palmeiras/ A história de dois amigos que ficaram unidos além da vitória contra o Fluminense, na semifinal da Copa do Brasil de 2015   A história é de novembro de 2015. Mas vale por todos os nossos 103. RelacionadasPalmeiras conta com retrospecto positivo no Allianz em jogos de ida de mata-mataVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira […]

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A história de dois amigos que ficaram unidos além da vitória contra o Fluminense, na semifinal da Copa do Brasil de 2015

 

A história é de novembro de 2015. Mas vale por todos os nossos 103.

Giovani Forati Sarcinella é de Santos. Mas é mesmo do Palmeiras desde que nasceu, 26 anos antes da semifinal da Copa do Brasil de 2015. A amiga dele Brenda Aguiar Costa é de Iguape. É do Palmeiras de Pacaembu, de Palestra, e do Allianz Parque onde ainda não havia conseguido levar o amigo de 15 anos de Verdão e de vida.

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Na semifinal da Copa do Brasil de 2015 contra o Fluminense, Brenda convenceu os pais de Giovani a deixarem o menino do coração verde ir pela primeira vez ao estádio. Os dois amigos compraram juntos o ingresso pela internet, na véspera da partida de volta, depois da derrota na ida no Maracanã por 2 a 1. Quando deu certo o processo, Gio olhou para a amiga que ele chama de “Benda” e disse sem conter a euforia:

– Vamos ver o Fernando Prass!

Ele mal conseguiu dormir. Brenda também. Mas, antes de deitar, ela conseguiu entrar em contato com o ídolo de Giovani. Contou a história dela e do Gio a Prass. Brenda disse ao goleiro do Palmeiras que os dois estariam torcendo atrás do gol Sul do Allianz, no jogo decisivo da semifinal.

Arquibancada que não existia no velho Palestra. Era o gol das piscinas do clube. Até 2010, ali só tinha gente em dias de jogos lotados nas plataformas de salto e nos trampolins. Era um espaço de sócios que eram torcedores. Agora é dos sócios-torcedores. Dos torcedores mais comuns. Mais Palmeiras. Gente como Giovani. A Brenda. Como todos nós. Especiais. Avanti!

A emoção de Gio chegando ao novo templo tem a gravação no Facebook da Brenda. E é praticamente a mesma de cada palmeirense quando conhece o estádio. Agora a imagem do Gio recebendo um prêmio de Prass não tem imagem. Nem consegue ter letras.

Quando acabou o aquecimento antes do jogo dificílimo, o goleiro palmeirense foi até a direção de Giovani. Brenda já havia gritado para ele. Fernando fizera sinal de positivo antes de se aquecer.

– O Giovani viu o Prass vindo na nossa direção e os olhinhos dele começaram a brilhar de um jeito que não tem o que falar. Como eu não tenho palavras para o que fez o Fernando Prass.

O goleiro tirou as luvas que usou no aquecimento, foi até a arquibancada, e deu o par a Giovani.

O primeiro jogo no estádio do Palmeiras já estava ganho para uma pessoa. Antes mesmo da vitória por 2 a 1. Antes mesmo da disputa de pênaltis naquela mesma meta do gol Sul.

As luvas eram outras. Claro. Mas o Prass era aquele mesmo de Itaquera. Nas semifinais do Paulista de 2015 foi a mão esquerda que garantiu a classificação para enfrentar o Santos. Nas semifinais da Copa do Brasil de 2015 foi a mão esquerda que salvou gol certo de Fred no fim. e foi a mão direita que encheu a meta e desviou a bola de Scarpa que daria em nova classificação contra o Santos. Desta vez, com o final diferente do estadual, reconquistando o Brasil como o maior campeão nacional. Mais uma vez pelas mãos de Prass. E também com o pé direito no pênalti decisivo contra o time da cidade do Gio. Mas não do coração.

Giovani parecia saber de tudo isso antes de acontecer. Mesmo calouro no Allianz Parque, era ele quem acalmava a amiga Brenda nos pênaltis das semifinais contra o Fluminense.

Rafael Marques fez um golaço, no ângulo. Jean, hoje palmeirense, empatou para o Fluminense. Jackson deslocou o ex-palmeirense Diego na segunda cobrança. O ótimo Gustavo Scarpa mandou bem no canto esquerdo, mas o amigo do Gio espalmou. Cristaldo fez 3 a 1. Gum isolou o pênalti dele. Era só Allione fazer o dele no Allianz. Ele encheu o pé e tirou Diego do lance, e o Fluminense do título. All-in-one. Tudo junto!

Vencedor no tempo normal, nos pênaltis e no aquecimento, Giovani voltou para Santos de madrugada com os dois prêmios nas mãos. As luvas do goleiro que levou o time à decisão. E levaria a taça trocando as mãos pelos pés em nova disputa de pênaltis.

Isso tudo é mais que Palmeiras. É futebol (se é que para um torcedor o futebol está acima do clube). Isso é amizade. É dar a mão. As luvas. Os anéis podem ir. A aliança permanece.

Mas Gio precisava mesmo era agradecer a quem dera de tudo para ele ter aquela noite inesquecível para o torcedor na vitória contra o Flu. O palmeirense estava feliz. Mas nenhum como Gio. Ele precisava dar a mão à amiga:

– Benda, eu vou te dar a luva esquerda. Ela é que fica do lado do coração.

Giovani, você não é só pé-quente. Você tem a mão direita ainda mais quente do seu time. Você tem um coração do tamanho do nosso Palmeiras.

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Invicto em 3/9/1972, inferno em 3/9/1986, eterno em 3/9/1998 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/#respond Sun, 03 Sep 2017 10:20:39 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/03/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/

Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras ser campeão. 1972. Pela TV em preto e branco o Verdão empatou com o São Paulo no Pacaembu e celebrei meu primeiro título paulista. Invicto. Com a Segunda Academia. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilPalmeiras reencontra adversário […]

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Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras ser campeão. 1972. Pela TV em preto e branco o Verdão empatou com o São Paulo no Pacaembu e celebrei meu primeiro título paulista. Invicto. Com a Segunda Academia.

Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras não ser campeão de um campeonato que já estava vencido. 1986. Perdeu para a Inter de Limeira no Morumbi. E eu perdi o chão. Como o goleiro Martorelli. O último a deixar o vestiário. Direto para a maternidade para ver o filho nascer. A mãe se enervara com a decisão. O garoto nasceu antes.

Foi às 14h04 de um 3 de setembro que meu Luca mudou todos os 3 se setembro. 1998. O Palmeiras voltara a ser Palmeiras. Era o campeão da Copa do Brasil. Seria o campeão da Mercosul. Ganharia a Libertadores de 1999 nove meses depois.

Quando o meu Luca foi acordado de madrugada pelo pai alucinado, ganhou um beijo na testa, e uma faixa de campeão da América maior do que ele no berço.

Em 2008 o Luca estava no Palestra campeão paulista no camarote abaixo da minha cabine. Celebrando cada um dos cinco gols com o sorriso que só ele e o Gabriel têm. Que só este Babbo babão conhece.

Em 2012 os irmãos saíram com o pai de madrugada para celebrar a Copa do Brasil pela gelada São Paulo. Mal dormiram e desde 8 da manhã estavam na Academia, esperando a delegação chegar para a festa no gramado que o pai apresentou. Anunciando cada campeão como se fosse um filho.

Porque só o futebol faz de cada palmeirense um filho. Como viramos criança celebrando na madrugada a Copa de 2015, até o sol nascer depois da festa com espumante na Paulista, e o brinde no Tônico. Como viramos outra noite no Trio Elétrico por 2016, em outra festa de título que apresentei com meus filhos, minha mulher, e a Nonna.

Vão brincar que, como o pai, o Luca nasceu dia primeiro de setembro e só foi registrado depois. Só para não…

Mas quem conhece o avô que tem frase no nosso estádio.

Mas quem conhece o pai das duas alegrias da foto.

E quem conhece o amor dos nossos do Nonno, sabe que a nossa vida é você, Palmeiras.

Mas eu sei ainda mais que as três coisas que amo antes de eu nascer são os meus filhos e o nosso Palmeiras.

Não digo “parabéns”, Luca. Apenas obrigado.

Seus 19 anos e os futuros 16 do Gabriel são os anos que abençoam os meus 51.

Felizes 19 anos, Luca.

O seu pai te ama cada dia mais. Mesmo que nem toda noite eu possa te beijar a testa e colocar uma faixa de campeão sobre a cama.

Mas toda noite e todo o dia eu estou com você. Dando o beijo à distância que o Nonno me ensina a cada noite a dar.

Te amo.

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