Arquivos tag-Edu Bala - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-edu-bala/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:23:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial BR-72 – Edu de volta: Palmeiras 4 x 1 Bahia https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-edu-de-volta-palmeiras-4-x-1-bahia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-edu-de-volta-palmeiras-4-x-1-bahia/#respond Mon, 25 Nov 2019 03:21:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/25/especial-br-72-edu-de-volta-palmeiras-4-x-1-bahia/

https://youtu.be/RxB1cz7IurY Goleada e ótima atuação no Palestra. Em sua coluna em O GLOBO, João Saldanha disse que o "Palmeiras está jogando uma bola linda e vai ganhando como quem chupa laranjas, sem fazer força". RelacionadasAbel Ferreira festeja título do Paulistão e se declara para torcida do Palmeiras: ‘Dizem que sou um deles, sou mesmo’EXCLUSIVO: Presidente […]

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https://youtu.be/RxB1cz7IurY

Goleada e ótima atuação no Palestra. Em sua coluna em O GLOBO, João Saldanha disse que o "Palmeiras está jogando uma bola linda e vai ganhando como quem chupa laranjas, sem fazer força".

Méritos do elenco. E também do seu treinador. Brandão deu a letra e o tom na véspera para o Palmeiras já classificado para a próxima fase do BR-72: "quero meu time jogando sério e muito bem contra os baianos para ninguém dizer que facilitamos a vida deles só para tirar o São Paulo da próxima fase".

Ainda assim o treinador pretendia mexer mais na equipe. As longas viagens pelo país no segundo Brasileirão ampliado já desgastavam o elenco. "Só não mudo mais atletas porque a fonte de renda deles também depende dos bichos que recebem por jogo. Esses prêmios eles não querem abrir mão. Então acabo jogando muitas vezes com força máxima para não os prejudicar", explicou o velho mestre.

Sem Eurico (o mais desgastado), Alfredo (suspenso) e Ronaldo (liberado pela morte da mãe), Brandão voltou com João Carlos na lateral, Polaco na zaga e Edu mantido na ponta. Tinha jogado bem contra o São Paulo. Mandado duas bolas na trave. Só lamentava a falta de sorte: "duas na trave no Choque-Rei, mais duas na trave contra o Corinthians… Acho que posso dizer que estou com azar".

O Palmeiras, porém, tinha a felicidade de o ter de volta. Ele abriu a goleada contra o Bahia, aos 12. De falta, claro. Uma bomba da meia-esquerda que entrou no ângulo esquerdo da baliza das piscinas. Golaço. As duas que bateram na trave no clássico desta vez venceram Buttice. Goleiro que não tinha sorte contra o Palmeiras – como quase todos os rivais naqueles anos: o goleiro argentino seria o camisa um corintiano na decisão do SP-74, quando o rival completou 20 anos de fila sem títulos.

O Bahia tentou buscar o empate depois do gol e concedeu espaços ainda mais generosos atrás. Em mais uma bela ação combinada entre Ademir e Nei, o Divino avançou pela esquerda e deu para Madurga aparecer livre para ampliar, aos 32.

Até Dudu faria o dele, aos 14, chutando de fora da área uma bola que desviou na zaga tricolor. O zagueiro Roberto Rebouças diminuiu de penalti cometido por Luís Pereira, aos 21. Nei fechou a conta. 4 a 1, aos 40, depois de boa enfiada de Madurga para Fedato, que se atrapalhou com a bola que bateu na trave, ele pegou o rebote e bateu para o ponta completar.

PALMEIRAS 4 X 1 BAHIA
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Sábado, 25/novembro (tarde)
Palestra Italia
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: Cr$ 100 940
Público: 10 815
PALMEIRAS: Leão; João Carlos, Luís Pereira, Polaco e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Madurga, Leivinha (Fedato) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Edu 12 e Madurga 32 do 1º; Dudu 14, Roberto Rebouças (pênalti) 21 e Nei 40 do 2º

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Especial BR-72 – líder de novo: Grêmio 0 x 1 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-lider-de-novo-gremio-0-x-1-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-lider-de-novo-gremio-0-x-1-palmeiras/#respond Tue, 12 Nov 2019 19:21:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/12/especial-br-72-lider-de-novo-gremio-0-x-1-palmeiras/

O Palmeiras ainda não tinha Edu, que seria aceito de volta por Brandão (ainda que a contragosto). Mas voltava a vencer fora de casa e retomava a ponta do grupo, empatado em pontos com o Coritiba. Em Porto Alegre, em jogo arrastado contra o Grêmio dos futuros alviverdes Beto Fuscão e Jorge Tabajara, o Palmeiras […]

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O Palmeiras ainda não tinha Edu, que seria aceito de volta por Brandão (ainda que a contragosto). Mas voltava a vencer fora de casa e retomava a ponta do grupo, empatado em pontos com o Coritiba. Em Porto Alegre, em jogo arrastado contra o Grêmio dos futuros alviverdes Beto Fuscão e Jorge Tabajara, o Palmeiras fez o suficiente para voltar à liderança com os dois pontos conquistados.

Ronaldo estava de volta à ponta-direita. Foi dele o lance do gol da vitória. Lançado em profundidade, cruzou para a área a bola que sobrou para Leivinha fazer o único gol do clássico. O meia-atacante palmeirense foi o melhor em campo em partida muito lenta. O Grêmio perdia seu quarto jogo seguido. O Palmeiras ganhava a segunda partida fora de casa em três jogos como visitante. Em todos eles não foi vazado.

O prêmio pela vitória foi de 1.500 cruzeiros para cada atleta.

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GRÊMIO 0 x 1 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Domingo, 12/novembro (tarde)
Olímpico
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 117 688
Público: não disponível
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga (Fedato), Leivinha, Madurga e Pio
Técnico: Oswaldo Brandão
Gol: Leivinha 20 do 2

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Especial BR-72 – Mais uma crise de Brandão: Remo 0 x 2 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-mais-uma-crise-de-brandao-remo-0-x-2-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-mais-uma-crise-de-brandao-remo-0-x-2-palmeiras/#respond Fri, 08 Nov 2019 03:43:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/08/especial-br-72-mais-uma-crise-de-brandao-remo-0-x-2-palmeiras/

Mais uma crise contornável criada pelo mestre Oswaldo Brandão… Ele disse ainda em Manaus, depois do empate sem gols contra o Nacional, que Edu não estava mais nos planos dele: “enquanto eu for treinador ele não joga mais”. Tudo (ou nada…) pela lesão que o ponta sentir com 20 minutos de jogo. “Ele é muito […]

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Mais uma crise contornável criada pelo mestre Oswaldo Brandão… Ele disse ainda em Manaus, depois do empate sem gols contra o Nacional, que Edu não estava mais nos planos dele: “enquanto eu for treinador ele não joga mais”.

Tudo (ou nada…) pela lesão que o ponta sentir com 20 minutos de jogo. “Ele é muito indisciplinado. Pouco profissional”.

O preparador físico Hélio Maffia discordava do treinador. “Foi uma contusão muscular normal a do Edu. Ele não estava sentindo a coxa”.

Jogadores mais uma vez se posicionaram contra o treinador e a favor do companheiro. Desgaste parecido com a crise depois de jogo em Pernambuco. Eles acreditavam que Brandão seria mais uma vez convencido pela diretoria do clube.

Em campo, mesmo com a retranca do time da casa, o Palmeiras fez o dever fora dela ainda no primeiro tempo. Deslocado pela direita no lugar de Edu, e compondo mais o meio, Pio abriu a contagem. Leivinha (destaque da equipe ao lado de Dudu e Ademir) fechou o placar ainda no primeiro tempo.

Na segunda etapa, Ademir cadenciou mais o ritmo. Fedato substituiu Nei e Pio foi na jogar na dele, pela esquerda. Mas o pé palmeirense não foi feliz como antes e o placar (justo) terminou 2 a 0.

O Palmeiras era o terceiro colocado do grupo, ao lado do Cruzeiro, e com um ponto a menos que o Coritiba.

REMO 0 x 2 PALMEIRAS

Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Quarta-feira, 8/novembro (noite)
Estádio: Evandro Almeida
Belém (PA)
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: Cr$ 125 288
Público: 15 600
PALMEIRAS: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Pio, Madurga, Leivinha e Nei (Fedato)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Pio 28 e Leivinha 41 do 1º

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Especial Robertão-69: três jogos, três derrotas, Palmeiras 0 x 1 Cruzeiro https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-tres-jogos-tres-derrotas-palmeiras-0/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-tres-jogos-tres-derrotas-palmeiras-0/#respond Thu, 17 Jan 2019 10:57:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/01/17/especial-robertao-69-tres-jogos-tres-derrotas-palmeiras-0/

https://youtu.be/9txc6UUBAgg Não tenho medo desses corneteiros que seguem querendo a minha cabeça. Preciso continuar trabalhando firme para tirar o time dessa situação desconfortável. Rubens Minelli estava "prestigiado" pelo diretor José Giménez López. Mas apenas por ele. O Palmeiras não se acertava depois da vitoriosa excursão pela África e Europa. 50 anos depois, aos 90, o […]

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https://youtu.be/9txc6UUBAgg

  • Não tenho medo desses corneteiros que seguem querendo a minha cabeça. Preciso continuar trabalhando firme para tirar o time dessa situação desconfortável.

Rubens Minelli estava "prestigiado" pelo diretor José Giménez López. Mas apenas por ele. O Palmeiras não se acertava depois da vitoriosa excursão pela África e Europa. 50 anos depois, aos 90, o treinador explica: "fomos pegos de surpresa. Nosso planejamento foi por água abaixo. O Robertão começou duas semanas antes do previsto inicialmente pela CBD. Havíamos nos planejado para treinar por 15 dias depois da excursão. A equipe sentiu muito a falta desse período de treinos".

O elenco chegou desgastado e perdeu os três jogos iniciais do Robertão-69. Este, em casa, foi o mais dolorido. Até porque o Palmeiras não jogou mal. Criou boas chances contra o ótimo time mineiro. Mas mesmo assim perdeu.

No primeiro tempo, o domínio foi paulista. Dudu e Ademir jogaram bem e não deram espaços para os craques celestes Dirceu Lopes e Tostão. Mas a pontaria seguia fora de forma. Na segunda etapa, o Palmeiras dominava e Minelli apostou no ponta Edu (que acabara de chegar da Portuguesa) no lugar de Serginho, aberto pela esquerda. A torcida vaiou a alteração. Copeu estava pior e muito recudo pelo lado direito. O Verdão foi perdendo a força e se complicou de vez aos 40, quando Minuca se atrapalhou ao tentar dominar uma bola para Leão e Tostão foi mais esperto e fez o gol da vitória mineira.

A torcida vaiou o time e Minelli ao final do jogo. Uma garrafa foi atirada em direção aos atletas que desciam para o vestiário. Apenas Edu pareceu poupado, por ter estreado bem no seu primeiro jogo em casa – mesmo com a cobrança inicial. Baldochi foi o melhor palmeirense em campo.

Nas entrevistas, Minelli disse que a equipe atuou "bem" mesmo perdendo o terceiro jogo seguido e prometeu: "vamos buscar a classificação para o quadrangular final". O Palmeiras era o lanterna do Robertão.

No dia seguinte, o zagueiro Minuca pediu para ficar fora da equipe por 10 dias para se recondicionar. O treinador probiu os atletas de lerem jornais e programas esportivos de rádio e televisão na concentração. Os jornalistas também estariam proibidos de frequentá-la. Minelli explica hoje:

"Na terceira derrota, a torcida se virou contra o time e a imprensa se aproveitou… Então conversei com os jogadores e vi que eles estavam se atrapalhando nas respostas por conta de perguntas capciosa…"

PALMEIRAS 0 X 1 CRUZEIRO
Torneio Roberto Gomes Pedrosa – 1ª fase
Quarta-feira, 17/setembro (noite)
Palestra Italia
Árbitro: Armando Marques
Renda: NCr$ 92 510
Renda: 15.954
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Baldochi, Minuca e Dé; Dudu, Jaime (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Copeu, César Maluco e Serginho (Edu Bala)
Técnico: Rubens Minelli
Gol: Tostão, 40 do 2º tempo.

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Especial Robertão-69: a estreia, Flamengo 2 x 1 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-a-estreia-flamengo-2-x-1-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-a-estreia-flamengo-2-x-1-palmeiras/#respond Thu, 10 Jan 2019 15:21:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/01/10/especial-robertao-69-a-estreia-flamengo-2-x-1-palmeiras/

Desde a perda da decisão da Libertadores-68 e da péssima campanha no SP-68 no primeiro semestre, o Palmeiras precisou modernizar o departamento de futebol e o elenco. Para isso o presidente Delfino Facchina deu o comando a José Giménez Lopes. Carioca, era Fluminense até ver o Palestra Italia jogar, em 1934. Virou casaca. O único […]

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Desde a perda da decisão da Libertadores-68 e da péssima campanha no SP-68 no primeiro semestre, o Palmeiras precisou modernizar o departamento de futebol e o elenco. Para isso o presidente Delfino Facchina deu o comando a José Giménez Lopes. Carioca, era Fluminense até ver o Palestra Italia jogar, em 1934. Virou casaca. O único de uma família de corintianos.

Logo deu passe livre a bandeiras históricas como o goleiro Valdir, o lateral Djalma Santos e o volante Zequinha (os dois últimos bicampeões mundiais pelo Brasil, em 1962, todos com quase ou mais de 10 anos de Palmeiras). Saíram também os pontas Gildo (Atlético Paranaense, por 50 mil cruzeiros novos) e Rinaldo (Coritiba, por 30 mil). O lateral Ferrari foi para o Paulista por 100 mil. O atacante Tupãzinho foi trocado pelo lateral-esquerdo Zeca, com o Grêmio. O goleiro uruguaio Maidana ganhou passe livre. O meia-atacante Servílio foi para o Corinthians por 80 mil cruzeiros novos. Outro goleiro (Perez) acertou com a Portuguesa Santista.

No segundo semestre de 1968, o Palmeiras fez a reformulação necessária no elenco. Foram contratados 15 jogadores. Mais de 3 milhões de cruzeiros novos foram investidos. Era necessário. E, como sempre, parte da imprensa achou que gastamos muito… Do Botafogo de Ribeirão Preto veio o lateral-direito Eurico (titular absoluto da Segunda Academia, a partir de 1972). Do São Bento, com apenas 18 anos, Luís Pereira (o maior zagueiro da história do clube), o goleiro Chicão e o ponta-direita Copeu. Do América de Rio Preto veio o zagueiro Nelson Coruja. Da Portuguesa Santista o lateral-esquerdo Dé e o meia-atacante Serginho. Do Flamengo voltou em definitivo César Maluco, além do goleador argentino Artime, que chegou do Independiente. O atacante Cardoso foi contratado do Guarani. Além de outros menos votados como Joaquim (Hercílio Luz), Marco Antonio (Francana) e Cassiano (Itápolis).

Da estrutura-base só ficaram os eternos Dudu e Ademir da Guia. A zaga manteve o miolo com Baldochi e Minuca. Já em 1969 chegou Leão, jovem goleiro do Comercial. O técnico Filpo Núñez foi mantido dede 1968.

O reformulado Palmeiras de 1969 fez boa campanha no primeiro semestre no Paulista. Mas Pelé desequilibrou no quadrangular final. Santos tricampeão estadual. Verdão foi vice. Logo depois de ganhar do Corinthians e ficar com o segundo lugar, Filpo falou mal de cartolas e de alguns jogadores que teriam “se vendido” para o Santos nos 3 a 0 dolorido no Palestra… O papo em um restaurante chegou até os cabeças que cortaram a do treinador.

Assumiu em 2 de julho de 1969 o jovem Rubens Minelli. Um dos maiores treinadores da história. Mas ainda desconhecido e muito combatido desde o início do trabalho no clube. Numa noite de sexta-feira, Giménez Lópes acertou com ele, por telefone, o desligamento do Guarani. A ideia inicial era contratar alguém de peso como o ex-santista Lula ou o também jovem mas já vitorioso técnico Zagallo, do Botafogo. Mas faltava dinheiro. Minelli era mais barato – então.

Giménez tinha uma filosofia de trabalho que era sempre necessário renovar. Jogadores não poderiam ficar mais de 4 anos num clube – a não ser que fossem Ademir e Dudu. Treinador, no máximo uma temporada.

Minelli era uma aposta. Mas conhecia o clube. Como treinador da base palmeirense, ganhou 10 títulos até 1964, quando resolveu ser treinador de equipes profissionais.

Ele estreou em amistoso em Maringá. Vitória por 1 a 0. Mais duas semanas começou a turnê internacional pela África e Europa, com excelentes resultados: 10 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota. Na mala o primeiro dos três Ramón de Carranza do clube. Vitórias contra Real Madrid e Barcelona, em amistoso. Esta apenas quatro dias antes da estreia no Robertão de 1969. O torneio que começara em 1967 e que o Palmeiras conquistou de cara. (Veja no ESPECIAL ROBERTÃO-67 em O NOSSO PALESTRA todos os jogos da campanha). Palmeiras que seria finalista também em 1968. E que seria bicampeão em 1969. Apesar dos problemas iniciais.

Sem Ademir da Guia, sem contrato, Dudu foi adiantado para jogar onde se destacou na Ferroviária na partida inaugural do torneio, no Rio. Como armador. Mas o time ficou muito fechado. Defensivo. O Flamengo de Tim acabou vindo pra cima.

Aos 18 abriu o placar, quando o ponta-esquerda Arilson recebeu de Rodrigues Neto. Aos 29 o atacante Cardoso empatou, de fora da área, em chute de bico que desviou em Guilherme e ainda bateu no travessão.

No intervalo, Rubens Minelli quis fazer a equipe mais ofensiva. Trocou Dudu por César Maluco, recuando o meia-atacante Serginho para a armação. Deu certo por 10 minutos. Depois o Flamengo voltou a crescer. E desempatou aos 33, quando Dionísio marcou de cabeça, depois de escanteio.

A única boa notícia daquele dia de estreia no Robertão-69 foi a contratação do ponta-direita Edu. A Portuguesa aceitou vendê-lo por 250 mil cruzeiros novos e mais o goleiro reserva Neuri. No final das contas, Neuri ficou em Perdizes e o clube pagou mais 50 mil pelo atacante. Edu viraria Bala e jogaria no Verdão até 1977. Seria o 7 da Segunda Academia. Veloz, driblador e dono de patada de perna direita. Um senhor jogador.

Ótimo reforço para o Robertão-69 que começava mal. E ficaria ainda pior.

FLAMENGO 2 x 1 PALMEIRAS
Roberto Gomes Pedrosa – 1ª fase
Quarta-feira, 10/setembro (noite)
Maracanã
Rio de Janeiro (RJ)
Juiz: Agomar Martins (RS)
Renda: NCr$ 41 569
Público: não disponível
PALMEIRAS: Chicão; Eurico, Baldochi, Minuca e Dé; Zé Carlos, Jaime e Dudu (César);
Copeu, Cardoso e Serginho
Técnico: Rubens Minelli
Gols: Arílson 17 e Cardoso 27 do 1º; Dionísio 34 do 2º

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Amarcord: Cruzeiro 0 x 1 Palmeiras, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/#respond Wed, 26 Sep 2018 13:58:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/09/26/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/

Quadrangular final do Brasileirão de 1973, turno único. Em 13 de fevereiro de 1974, uma quarta-feira no Mineirão, o Cruzeiro (que era um senhor time) enfrentava o então campeão brasileiro de 1972. A Segunda Academia de Oswaldo Brandão que não tinha o maior artilheiro da história do clube desde que se chama Palmeiras (César Maluco), […]

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Quadrangular final do Brasileirão de 1973, turno único. Em 13 de fevereiro de 1974, uma quarta-feira no Mineirão, o Cruzeiro (que era um senhor time) enfrentava o então campeão brasileiro de 1972. A Segunda Academia de Oswaldo Brandão que não tinha o maior artilheiro da história do clube desde que se chama Palmeiras (César Maluco), e, por opção do treinador, preferiu apostar no mineiro Ronaldo na ponta-direita, deixando Edu Bala no banco.

Em casa, o Cruzeiro lamentaria demais a ausência do goleiraço Raul Plasmann, substituído por Hélio. Mas tinha um timaço. Nelinho (o mais absurdo cobrador de faltas que vi) na lateral-direita, o eficiente Vanderlei na outra. Na zaga, Perfumo, El Mariscal, um dos maiores zagueiros da Argentina, e Procópio, zagueiro que atuara no Palmeiras 10 anos antes, e que acabara de voltar a atuar depois de ficar 5 anos sem jogar depois de uma entrada horrorosa de Pelé, em 1968. No meio-campo, Piazza (campeão mundial em 1970), Zé Carlos (volante sensacional) e Dirceu Lopes (que deveria ter sido campeão mundial em 1970, e foi tão – ou mais jogador – que Tostão). Na frente, Baiano, Palhinha (outro baita jogador) e Eduardo (Amorim).

Time tão bom que pressionou o Palmeiras desde o início. Só não abriu o placar aos 20 minutos porque Leão fez o primeiro de tantos milagres numa bomba de Nelinho. Aos 25, Piazza só não marcou porque foi desarmado pelo imenso Luís Pereira que impediria aos 30 outro gol, depois de Baiano encobrir Leão e Luisão não apenas salvar sobre a linha como ainda saiu driblando Palhinha. Um monstro! Como Nelinho, aos 37, mandou outro balaço no travessão alviverde.

Na segunda etapa, o Cruzeiro seguiu pressionando e o Palmeiras não conseguiu atacar, até pelo recuo excessivo dos atacantes de Brandão. Mas havia Leão para fazer uma de suas melhores atuação na vida. Nelinho bateu falta para defesa espetacular dele, e, no rebote, Eduardo só não fez porque Leão fez outra grande defesa à queima-luvas. Aos 10, Edson Cegonha e Edu Bala vieram a campo. O velho mestre sacou o centroavante Fedato e o ponta Ronaldo. Edu foi jogar na dele, aberto pela direita, com Leivinha adiantado para ser o centroavante que havia sido no BR-72, e Edson fechando a área ao lado de Dudu, com Ademir da Guia dando um pé atrás e organizando o time mais à frente.

Mas o Cruzeiro seguiu melhor. Só não fez gols porque Luís Pereira não deixava a bola chegar na área verde. Quando ele era superado, Leão foi insuperável com mais alguns milagres até os 28 minutos, quando outro aconteceu. Nei recebeu bela bola de cobertuea de Zeca e cruzou no segundo pau. Hélio se enrolou com Vanderlei e Leivinha e, na sobra, Edu bateu de canhota a bola que passou por sobre o lateral e definiu o placar que seria mantido também pela cera de Leão, além de suas grandes defesas até o final.

No jogo seguinte, o Palmeiras venceu o Inter de virada no Morumbi, por 2 a 1. No jogo decisivo, empate sem gols com o São Paulo deu o bicampeonato nacional de 1973 ao Palmeiras.

Conquista iniciada naquele jogo em que Edu aproveitou a única chance em BH.

CRUZEIRO 0 X 1 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Quadrangular Final
Quarta-feira, 13/02/1974 (noite)
Mineirão
Belo Horizonte (MG)
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 684 794
Público: 74.865
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo (Edu), Leivinha, Fedato (Édson) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gol: Edu 28 do 2º

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Edu Bala https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/edu-bala/#respond Tue, 05 Sep 2017 11:21:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/05/edu-bala/

Quem vê um senhor caminhando tranquilamente pelas ruas de Perdizes, em São Paulo, talvez não saiba o quão rápidas eram aquelas pernas. Veloz, incisivo e inteligente. Dentro de campo, não havia lateral-esquerdo que não temesse o confronto com Edu Bala. Perigoso com a bola nos pés, o ponta-direita sabia como poucos aproveitar os espaços deixados […]

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Quem vê um senhor caminhando tranquilamente pelas ruas de Perdizes, em São Paulo, talvez não saiba o quão rápidas eram aquelas pernas. Veloz, incisivo e inteligente. Dentro de campo, não havia lateral-esquerdo que não temesse o confronto com Edu Bala. Perigoso com a bola nos pés, o ponta-direita sabia como poucos aproveitar os espaços deixados nas linhas defensivas adversárias. Piques de 20m, 30m ou 40m que se transformavam em idas a linha de fundo e cruzamentos perfeitos para César Maluco e Leivinha.

“Minha característica era a velocidade, mas você conquista isso através de treinamento. Não é só ser veloz. O mais importante de tudo isso é o arranque e dar opção para seu companheiro poder fazer o lançamento”, afirma.

Quando chegou ao Palmeiras, em 1969, contratado junto a Portuguesa, Edu sequer imaginava que escreveria história tão bonita trajando verde e branco. 480 partidas e 76 gols em nove anos pelo clube. 252 vitórias, 158 empates e 70 derrotas. Tricampeão brasileiro (1969, 1972 e 1973) e tricampeão paulista (1972, 1974 e 1976). Camisa 7 da lendária Segunda Academia, time em que vivenciou títulos, gols, passes, desarmes, alegrias e tristezas.

“É um motivo de satisfação. Mostrar para os filhos e netos que tínhamos grandes amigos e defendemos uma grande equipe”, exalta.

Em 1974, experimentou sua maior alegria como atleta. Na primeira partida da final do Campeonato Paulista daquele ano, marcou o gol no empate por 1 a 1 com Corinthians, no Pacaembu, após assistência de Nei. Na grande decisão, diante do Morumbi repleto de torcedores do time alvinegro, Ronaldo anotou gol histórico e garantiu não só o triunfo por 1 a 0, mas também mais um troféu ao clube palestrino. Ao rival, restou aguardar mais um ano na fila de títulos que perdurava desde o estadual de 1954.

“O Corinthians era favorito, mas nós tínhamos uma missão muito grande de ganhar o título. Nossa primeira obrigação era parar o Rivellino. O Oswaldo Brandão (treinador) dizia: ‘se marcarmos o Rivellino, 50% está feito’. Isso era responsabilidade do Dudu. Mas também precisávamos cumprir os outros 50%”, relembra. “Sair do Morumbi foi duro. A torcida do Corinthians ficou parada, sentadinha na arquibancada”, completa.

Mesmo para alguém tão veloz, a vida corre depressa. Fora de campo, Edu não é Bala. É Carlos Eduardo da Silva. Um paulistano de 68 anos, pai de Rodrigo, de 35 anos, e Flavia, de 31 anos. Casado há 37 anos com Rosana. Diferentemente do comportamento que adotava em campo, opta por ritmo mais tranquilo. Quando a inspiração surge, vai à garagem de sua casa e desenha caricaturas de personalidades do mundo do esporte, como Marcos, Pelé, Ronaldo, Cafu, Alex, Bernardinho, Maguila e Rubens Barrichello. Entre as dezenas de obras nas paredes, há espaço também para o Papa João Paulo II e Roberto Carlos.

Entretanto, é na cozinha que Edu encontra seu grande hobby e paixão. Desde os tempos de atleta, passa horas preparando pratos que aprendeu com sua mãe, Dona Francisca, falecida há pouco mais de 30 anos. Massas e receitas de diversas regiões do Brasil. Não há uma só especialidade do Chef Bala. Para acompanhar? Cerveja, vinho ou caipirinha.

“Acho que esse é o grande legado que minha mãe me deixou. Eu passava muito tempo ao lado dela, aprendia de tudo um pouco”.

Se Edu enaltece o legado deixado por Dona Francisca, os corações palestrinos agradecem pelo legado deixado por Edu Bala. Títulos, gols e lances inesquecíveis. Obrigado, camisa 7.

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