Arquivos tag-Leivinha - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-leivinha/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:25:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial BR-72 – Time de chegada! Palmeiras 3 x 0 Coritiba https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/#respond Mon, 16 Dec 2019 13:47:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/16/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/

https://youtu.be/ufJtoMWv3WE Manchete da FOLHA DE S.PAULO (e parecia mais do São Paulo Futebol Clube…): "São Paulo, campeão hoje – se ganhar". RelacionadasAnálise: Ríos tem queda de rendimento, e Palmeiras precisa encontrar soluçãoPalmeiras fica três jogos seguidos sem marcar no Brasileirão pela primeira vez em sete anos‘Faltou fazer gol’, afirma Abel sobre atuação do Palmeiras em […]

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https://youtu.be/ufJtoMWv3WE

Manchete da FOLHA DE S.PAULO (e parecia mais do São Paulo Futebol Clube…): "São Paulo, campeão hoje – se ganhar".

Nem para a semifinal estava classificado! Mas era o grande favorito. Jogava pelo empate no Maracanã contra o já eliminado América. O time de José Poy vencera Palmeiras e Coritiba, que fariam o jogo na mesma hora daquele sábado à noite, no Palestra vazio pela torcida alviverde que já parecia ter jogado a toalha. Pouco mais de 8 mil pagantes… E, no Rio, nem 4 mil…

De fato, mesma "hora" numas… Brandão entrou atrasado e o Palmeiras começou o jogo 20 minutos depois da partida iniciada no Maracanã, às 21h. O campeão paulista de 1972 tinha que vencer o ótimo e ainda vivo Coritiba e torcer pelo América sem animação e sem torcida pelo radinho de pilha.

Brandão não tinha Luís Pereira e Zeca 100%. Mas a diretoria e torcedores alviverdes tinham dado um jeito de animar os americanos. Especulava-se uma mala branca de 5 mil cruzeiros a cada jogador carioca pela vitória necessária no Maracanã.

Desde o início o Palmeiras atacou o ótimo time Coxa-Branca (que vencera o primeiro duelo na primeira rodada do BR-72), mas que tinha 4 desfalques no Palestra. A ordem de Brandão era esquecer o Maracanã e focar no jogo.

Foi atendida. O gol saiu aos 27 minutos. Ronaldo saiu da direita e cruzou da esquerda. Ademir da Guia escorou de cabeça para Leivinha fazer o mesmo. 1 a 0.

O Palmeiras seguiu em frente e mandou duas bolas na trave. Na segunda etapa, a mesma pressão até 15 minutos, quando o velho Palestra explodiu como poucas vezes com o anúncio do sistema de som: Mauro marcava na falha de Sérgio Valentim. América 1 x 0 São Paulo. Os placares combinados que levavam ao empate em pontos com o rival e à classificação pela melhor campanha na primeira fase.

A festa prosseguiu por mais 10 minutos até o segundo gol. Madurga abriu para Nei puxar o contragolpe pela direita e levantar para Leivinha marcar mais um.

Aos 44, quando a torcida mal prestava atenção no jogo porque o São Paulo já havia perdido a partida e a classificação no Rio, Leivinha foi ao fundo e cruzou de canhota para Luís Pereira marcar de cabeça.

Palmeiras classificado para a semifinal contra o Internacional.

PALMEIRAS 3 X 0 CORITIBA
Competição: Campeonato Brasileiro/Fase Semifinal
Data: sábado, 16/dezembro (noite)
Estádio: Parque Antártica
Cidade: São Paulo (SP)
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 66 617
Público: 7 052
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Gols: Leivinha 27 do 1º; Leivinha 25 e Luís Pereira 40 do 2º

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Especial BR-72 – ainda no páreo: Palmeiras 3 x 1 América-RJ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-ainda-no-pareo-palmeiras-3-x-1-america-rj/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-ainda-no-pareo-palmeiras-3-x-1-america-rj/#respond Fri, 13 Dec 2019 13:30:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/13/especial-br-72-ainda-no-pareo-palmeiras-3-x-1-america-rj/

Na preleção do último treino antes do jogo contra o América, quando o Palmeiras tinha que vencer a equipe carioca no Pacaembu e torcer contra o São Paulo na partida com o Coritiba, Oswaldo Brandão tentou chacoalhar o elenco: "ninguém aqui perdeu nada no chão para ficar olhando pro gramado. Vamos levantar a cabeça e […]

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Na preleção do último treino antes do jogo contra o América, quando o Palmeiras tinha que vencer a equipe carioca no Pacaembu e torcer contra o São Paulo na partida com o Coritiba, Oswaldo Brandão tentou chacoalhar o elenco: "ninguém aqui perdeu nada no chão para ficar olhando pro gramado. Vamos levantar a cabeça e jogar o futebol que nos fez o melhor time da primeira fase".

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Edu seguiria fora do time. Agora por causa de um problema gripal. Brandão relacionou o novo reforço: o meia-atacante Manfrini, que acabara de chegar da Ponte Preta.

O América perdera no domingo no Paraná para o Coritiba. Também tinha que vencer o Palmeiras na primeira partida da rodada dupla: 19h30 seria o primeiro confronto no Pacaembu. 21h30 o jogo de fundo, entre São Paulo e Coritiba.

Também por isso o Palmeiras não esteve efetivamente em casa. Muitos são-paulinos chegaram cedo ao estádio e torceram muito pelo Coritiba. Nervoso e afobado, o Palmeiras demorou a se acertar. Perdeu duas boas chances com Nei. Mas abriu o placar aos 14, com Ademir, que se aproveitou de falha do zagueiro Alex, e bateu firme na saída de Alberto, depois de ótimo passe de Ronaldo.

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O América só chegou com algum perigoso nos 15 minutos finais da primeira etapa. Dudu não deixava Edu Coimbra, maior craque da história do clube, armar. Tanto que foi substituído.

Na segunda etapa, o Palmeiras seguia errando passes acima da média. Mas, aos 12, a zaga carioca errou ainda mais depois de cruzamento de Zeca e Ronaldo ampliou, de cabeça. Aos 23, lance pela direita, de Eurico para Leivinha vencer Alberto, em brilhante cabeçada do camisa 8.

Aos 35, Mauro diminuiu para o América, em rebote dado por Leão. A torcida do São Paulo fez festa, mesmo com a vitória palmeirense. Porque no jogo de fundo, contra o Coritiba, o time de Poy fez o dever de casa: 2 a 0 no Coritiba.

O rival só precisava empatar com o já eliminado América, no Maracanã, para se classificar para as semifinais do BR-72.

PALMEIRAS 3 X 1 AMÉRICA-RJ
Campeonato Brasileiro/Segunda fase
Quarta-feira, 13/dezembro (noite)
Pacaembu
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: Cr$ 379 672
Público: 40 441
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga (Fedato), Leivinha e Nei (Pio)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Ademir da Guia 14 do 1º; Ronaldo 12, Leivinha 22 e Mauro 34 do 2º

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Especial BR-72 – Leivinha! Grêmio 0 x 1 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-leivinha-gremio-0/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-leivinha-gremio-0/#respond Tue, 12 Nov 2019 03:40:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/12/especial-br-72-leivinha-gremio-0/

https://youtu.be/maztf3PXrIQ O Palmeiras ainda não tinha Edu, que seria aceito de volta por Brandão (ainda que a contragosto). Mas voltava a vencer fora de casa e retomava a ponta do grupo, empatado em pontos com o Coritiba. Em Porto Alegre, em jogo arrastado contra o Grêmio dos futuros alviverdes Beto Fuscão e Jorge Tabajara, o […]

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https://youtu.be/maztf3PXrIQ

O Palmeiras ainda não tinha Edu, que seria aceito de volta por Brandão (ainda que a contragosto). Mas voltava a vencer fora de casa e retomava a ponta do grupo, empatado em pontos com o Coritiba. Em Porto Alegre, em jogo arrastado contra o Grêmio dos futuros alviverdes Beto Fuscão e Jorge Tabajara, o Palmeiras fez o suficiente para voltar à liderança com os dois pontos conquistados.

Ronaldo estava de volta à ponta-direita. Foi dele o lance do gol da vitória. Lançado em profundidade, cruzou para a área a bola que sobrou para Leivinha fazer o único gol do clássico, de peixinho. O meia-atacante palmeirense foi o melhor em campo em partida muito lenta. O Grêmio perdia seu quarto jogo seguido. O Palmeiras ganhava a segunda partida fora de casa em três jogos como visitante. Em todos eles não foi vazado.

O prêmio pela vitória foi de 1.500 cruzeiros para cada atleta.

GRÊMIO 0 x 1 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Domingo, 12/novembro (tarde)
Olímpico
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 117 688
Público: não disponível
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga (Fedato), Leivinha, Madurga e Pio
Técnico: Oswaldo Brandão
Gol: Leivinha 20 do 2

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Especial BR-72 – Primeira em casa: Palmeiras 2 x 2 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/#respond Sat, 21 Sep 2019 02:27:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/09/21/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/ O Robertão de 1969 foi conquistado depois de um 3 a 1 no Botafogo, no Morumbi. O BR-72 acabaria sendo vencido meses depois, em dezembro, com empate sem gols no mesmo estádio. Mas, naquela noite de quarta-feira no Pacaembu, o time carioca era o mesmo que, em dezembro de 1971, vencera o Palmeiras naquele Pacaembu […]

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O Robertão de 1969 foi conquistado depois de um 3 a 1 no Botafogo, no Morumbi. O BR-72 acabaria sendo vencido meses depois, em dezembro, com empate sem gols no mesmo estádio. Mas, naquela noite de quarta-feira no Pacaembu, o time carioca era o mesmo que, em dezembro de 1971, vencera o Palmeiras naquele Pacaembu e acabaria se classificando para o triangular decisivo que daria o Brasileiro do ano anterior ao Atlético Mineiro.

O Palmeiras vinha de três jogos fora de casa. Derrota para o Coritiba, 3 a 0 no Vitória, empate surpreendente contra o Sergipe. Era o primeiro jogo em São Paulo desde o título paulista invicto.

Dudu seguia se recuperando das costelas fraturadas naquele empate sem gols contra o São Paulo no SP-72. César havia sido suspenso por 7 meses (mas ao menos enfim renovara contrato por um ano). Com lesão muscular na coxa direita, Leão mais uma vez seria substituído por Raul Marcel (que tinha uma empresa com César). Goleiro de boas qualidades, mas sempre brigando contra a balança.

Dudu fazia muita falta na cabeça da área. Ademir tinha de fazer vários funções. Fedato e Ronaldo sabiam fazer gols. Eram ótimos jogadores. Mas não eram o que viria a ser o artilheiro histórico do Palmeiras desde 1942 como César.

A imprensa começava a discutir a maratona de viagens e jogos e se os clubes tinham elencos suficientes para tanto. Era opinião quase unânime que o Palmeiras tinha: Leão, Raul Marcel, Neuri e Tonho que vinha da base para a meta; Eurico e João Carlos (que atuava em qualquer posição da zaga), Zeca e Celso para as laterais; Luís Pereira, Alfredo, Polaco e Beliato na zaga; Dudu, Ademir da Guia, Zé Carlos, Madurga no meio; na frente, Edu, Leivinha, César, Nei, Ronaldo, Fedato, Bio e Pio.

O time titular era muito melhor que o reserva. Mas não seria necessário até o final do BR-72.

Sorte de Brandão que Leivinha seguia jogando o fino. E cabeceando como nenhum outro no Palmeiras e talvez no futebol brasileiro.

O Botafogo vinha de derrota em casa para o Grêmio (melhor time do início do BR-72). O técnico Tim não tinha os lesionados Jairzinho (o Furacão da Copa-70) e o ponta Zequinha. Começou pressionado pelo Palmeiras. Mas com 10 minutos já equilibrou o clássico e, numa bela enfiada de Carlos Roberto às costas de Luís Pereira, o artilheiro argentino Lobo Fischer tocou na saída de Raul Marcel. 1 a 0 Botofago, aos 24.

O Palmeiras demorou a se acertar. O rival se fechou bem. Mas em boa troca de bola entre Eurico e Ademir pela direita, o Divino cruzou de esquerda para a área. Toda a zaga alvinegra bobeou (e era de Seleção com Brito e Osmar) e Nei aproveitou para vencer Wendel (outro que seria do Brasil, também como preparador de goleiros).

O jogo seguiu igual na segunda etapa. Em lance confuso, Fischer desempatou de novo, de bico, aos 16. Só aos 39 o Palmeiras voltou a empatar. Eurico cruzou da direita, e Leivinha cabeceou espetacularmente no ângulo de Wendel. Brito não o alcançou. (Como também não alcançaria na final do SP-74).

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Empate justo. Também pela força do Botafogo. Mas ainda ruim na tabela para o Palmeiras que não engrenava.

Vaias injustas à equipe. Madurga foi muito vaiado quando substituído pelo volante Zé Carlos. Leivinha vinha sendo apupado até o gol de empate. Por isso foi em direção à torcida mostrar a camisa suada. “Nessas horas difíceis precisamos demais do apoio do torcedor”. Eurico também estava chateado com a reação da torcida. “Quando estamos vencendo não precisamos do apoio. Mas quando as coisas não estão bem, fundamental que a torcida nos ajude”.

Não eram muitos no Pacaembu. Nem 11 mil. E quase todos cornetando o momento irregular do campeão paulista de 1972.

Para Marinho Chagas, que seria titular do Brasil na Copa de 1974, o empate em São Paulo havia sido uma vitória para o Botafogo. Para Tim, o Palmeiras tinha condições de disputar o título de 1972. E seria contra o próprio Botafogo.

https://youtu.be/2dqbphtO5fA

PALMEIRAS 2 X 2 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Quarta-feira, 20/setembro (noite)
Pacaembu
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 81 580
Público: 10 856
PALMEIRAS: Raul Marcel; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Ademir da Guia e Madurga (Zé Carlos); Ronaldo, Leivinha, Fedato (Pio) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Fischer 24 e Nei 42 do 1º; Fischer 16 e Leivinha 39 do 2º

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Luís Pereira, 70 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/luis-pereira-70/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/luis-pereira-70/#respond Fri, 21 Jun 2019 18:41:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/06/21/luis-pereira-70/

Já contei que tive uma infância feliz como o que veio depois dela na vida. Sou sortudo com quem amo, com o que amo, com o que faço, com o que falo. Tão feliz e afortunado que a primeira perda da minha vida foi pelo futebol. Nem foi uma derrota ou título não conquistado. RelacionadasLuís […]

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Já contei que tive uma infância feliz como o que veio depois dela na vida. Sou sortudo com quem amo, com o que amo, com o que faço, com o que falo.

Tão feliz e afortunado que a primeira perda da minha vida foi pelo futebol. Nem foi uma derrota ou título não conquistado.

Foi uma partida. Dupla.

Eu tinha 9 anos e um dia quando Luís Pereira e Leivinha foram vendidos para o Atlético de Madrid. Exatos e incertos três anos do primeiro título que lembro. O Paulista de 1972.

3 de setembro de 1975. O fim da Segunda Academia sem Leiva e sem Luisão. 18 de agosto de 1976 o Dudu já treinava o melhor Ademir da Guia campeão paulista de 1976. Com Leão na meta, ainda Edu e Nei nas pontas. Tinham chegado Jorge Mendonça, Toninho e Rosemiro.

Mas não era a mesma coisa. Não seria. Não seríamos campeões até 12 de junho de 1993. Dia da Paixão Palmeirense. Meu primeiro documentário. Quando entrevistando Leivinha eu chorei ao lembrar 3 de setembro de 1975.

Ele chorou junto como está na foto.

Desde que tem número em camisa, no final dos anos 1940, e mesmo desde 1914, ninguém vestiu essa camisa 3 como ele. Hoje Luís Pereira faz 70 anos. Nessa década de 70 ninguém jogou mais. Até hoje também não.

Eu diria ainda mais parabéns. Além de obrigado por tudo desde que chegou do São Bento, em 1968, até a partida em 1975. Desde que voltou em 1981 até ser partido em 1984.

Mas tem tanta coisa que vi e senti com Luisão que não tenho as palavras que vou escrever na biografia que estamos fazendo. Ele foi o primeiro palmeirense que vi em campo na minha estreia, em 1973, pela fresta do portão do Pacaembu. Ele será sempre o eterno defensor que vou querer ver.

Até porque quando ele e Leivinha saíram em 1975, chorei pela primeira vez por causa do Palmeiras. Chorei pela primeira vez de saudade que eu não sabia o que era quando eles partiram.

Desde então já chorei muito pelo Palmeiras. Por muitos que partiram.

Mas só de saber que hoje meus ídolos são amigos, que eles são pessoas tão boas como foram craques, a dor daquela saudade infantil hoje é adulta nostalgia.

Eu tinha mesmo razão em lamentar a partida deles. Porque eles vão sempre jogar nos sonhos das crianças de todas as idades.

Parabéns pelos seus 70, Luisão.

Obrigado pelos nossos 104 anos de Palestra.

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Quem vive de Palmeiras é quem tem memória https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/#respond Tue, 30 Oct 2018 16:16:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/10/30/quem-vive-de-palmeiras-e-quem-tem-memoria/

Haroldo é de Natal. Presente potiguar de belas praias e sol todo o ano. Ele é de 1932. Ano da revolução de São Paulo. Reviravolta mesmo foi quando ele se mudou para a capital paulista. Do sol 365 dias à terra da garoa e da fumaça. Foi em 1951. Ano das Cinco Coroas do Palmeiras […]

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Haroldo é de Natal. Presente potiguar de belas praias e sol todo o ano. Ele é de 1932. Ano da revolução de São Paulo. Reviravolta mesmo foi quando ele se mudou para a capital paulista. Do sol 365 dias à terra da garoa e da fumaça. Foi em 1951. Ano das Cinco Coroas do Palmeiras bicampeão da Cidade de São Paulo. Campeão paulista. Do Rio-São Paulo. Da Copa Rio. Quando o Palestra foi Brasil. O primeiro campeão intercontinental pelo país.

O irmão mais velho do Haroldo o levou ao Pacaembu em 1951. Ficou apaixonado pelo verde e vestiu a casaca. O fraque foi logo depois com Eunice. Prima de segundo grau do Lima que jogou em 1935 no Palestra. Tudo em família.

Nasceram duas palmeirenses. E o caçula, em 1969. O teste do pezinho foi quente. Nasceu campeão do Robertão. Com o nome do pai. Haroldo.

Em 1970 o pequeno Haroldo já torcia sem saber no Palestra. Cresceu com Leão, Luís Pereira e Leivinha. Dono da camisa 8 que sempre vestia nos jogos ao lado do pai. Ele sempre de 10. Divino da Guia.

Estavam juntos quando Ademir entrou em campo com o filho Namir pelas mãos. No jogo das faixas de 1976. 2 a 1 no Corinthians. Show e golaços de Jorge Mendonça. O herdeiro da 8 do pequeno Haroldo. Herança de pai de Natal. Presente de todos os natais dos Haroldos.

Perdeu a final para o Guarani no BR-78. Não sabia que ali se despedia do ídolo Leão. Ali começava Gilmar que era de Presidente Altino, Osasco. Onde eles foram vizinhos por 14 anos.

A alegria dos 5 a 1 de Telê em 1979. A penúria de 1980. Taça sim de Prata. Aparta o Darinta! Fila! XV? Braga? Ferroviária? Que trem é esse?

A estação só mudou em 1993. A Via Láctea da Parmalat fez os Haroldos viajarem por São Paulo. Foram em 30 jogos pelas estradas. O garoto sempre do lado direito para abraçar o pai com a mão esquerda sobre o ombro do Haroldo mais velho.

Dava sorte. Deu certo.

Lado a lado nas vacas magras do novo século até a alegria de 2004. Igual ao pênalti de Marcos de 2000. Tinha mais um palmeirense em campo. Henrique.

Assim foram os três no velho Palestra até 2010. Em 2011 perderam Eunice. Logo depois o seu Haroldo foi perdendo 1951, 1959, as Academias, a memória que só um palmeirense pode ter.

O Alzheimer fez do filho Haroldo o pai do Haroldo pai.

Assim mesmo eles iam ao Pacaembu. Esquecendo a vida. Mas a recuperando pelo Palmeiras.

O que a doença o tirava do ar, aquele mesmo verde que o acolhera em 1951 o escolhera para reavivar a família. Conta o filho:

  • Durante a semana, com a rotina, ele ficava com a cabeça baixa, e normalmente sonolento devido ao medicamento. Mas no sábado ou domingo que eu dizia que iria levá-lo ao jogo ele já mudava…

O velho Pacaembu reanimava Haroldo.

  • Na chegada ao estádio, pedia um sorvete e incrivelmente a memória ativava. A feição com sorriso e a cabeça sempre erguida.

No estádio, com o Palmeiras em campo, independente da fase brava, seu Haroldo conversava com todo mundo, dava risada de tudo, reclamava do juiz e, quando perguntado de algum jogo ou placar, respondia na hora.

O Palmeiras continuava em algum canto perdido do vovô Haroldo. Perdido, não. Ganho.

O time do coração fazia Haroldo mais Haroldo. Mais Palmeiras.

Quando o Verdão voltou para casa, em 2014, meses depois a doença o levou. Em 13 de julho de 2015. Uma semana antes ele celebrou os 4 a 0 no São Paulo, pela TV. Vibrou muito. E ainda pediu a permanência de Valdivia. Nem o chileno e nem o potiguar permaneceram.

Mas Haroldo ainda conseguiu conhecer a casa nova.

Ele voltou ao velho novíssimo lar. Com o neto foi torcer. Na foto estão mais de 60 anos de família unida pela cor e pelo credo. O filho Haroldo tirou a foto. Desta vez ele não estava do lado direito do pai. Mas havia o velho Haroldo imitando o gesto de sempre da mão no ombro esquerdo.

Não era o filho dando a mão ao pai. Era o avô dando ao neto o legado das gerações.

A memória do vovô Haroldo não era mais a mesma. Mas eu jamais vou esquecer quem eu não conheci.

Não é preciso ser Palmeiras para entender uma tradição de família. Basta ser torcedor para sacar que o código genético ainda não foi decifrado. Mas a genética futebolística não precisa de explicação.

É só ir a um estádio. Qualquer um. É só ensinar uma camisa, um hino, uma bandeira, alguns nomes.

O seu bastão foi passado. Basta.

Obrigado, vovô Haroldo, pelo Haroldo e pelo Henrique.

Ali é Palmeiras. Aqui é a memória.

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Amarcord: Palmeiras 0 x 0 Botafogo, BR-72 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-botafogo-br-72/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-botafogo-br-72/#respond Wed, 22 Aug 2018 14:53:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/22/amarcord-palmeiras-0-x-0-botafogo-br-72/

Meus pais não me deixaram estrear do baixo dos meus seis anos no Morumbi. Na decisão do BR-72, na antevéspera de Natal. Contei mais no meu texto a respeito do jogo de futebol de botão com Ademir da Guia. http://nossopalestra.com.br/o-divino-e-o-futebol-de-botao/. O camisa 10 da Segunda Academia que ganhara os quatro torneios que disputara em 1972. […]

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Meus pais não me deixaram estrear do baixo dos meus seis anos no Morumbi. Na decisão do BR-72, na antevéspera de Natal. Contei mais no meu texto a respeito do jogo de futebol de botão com Ademir da Guia. http://nossopalestra.com.br/o-divino-e-o-futebol-de-botao/. O camisa 10 da Segunda Academia que ganhara os quatro torneios que disputara em 1972. Incluindo um Paulista invicto. Agora, na tarde daquele sábado tão chuvoso que atrasou o início do jogo em meia hora (16h30), bastava o mesmo empate sem gols que dera volta olímpica no Pacaembu, em 3 de setembro, contra o São Paulo.

A partida só começou mesmo 16h50. O Palmeiras atrasou 5 minutos para subir ao gramado do Morumbi. O Botafogo do treinador e ex-zagueiro Sebastião Leonidas levou mais 10. O preparador físico Helio Maffia, fundamental para o desempenho excepcional da Segunda Academia, se preocupou com a chuva e com a perda do aquecimento e pediu para o time se movimentar mesmo durante o Hino Nacional executado enquanto jogadores do Botafogo ainda davam entrevistas para as rádios. O repórter Gilberto Pereira levou um choque com o equipamento e foi atendido pouco depois. Voltou a campo a tempo de acompanhar a partida que fez uma vítima fatal: um torcedor palmeirense teve infarto no intervalo e morreu ainda no Morumbi.José Lazarini Filho tinha 73 anos.

O Palmeiras jogava pelo empate em jogo único pela melhor campanha em 29 jogos, com apenas 4 derrotas, numa temporada em que só foi perder um jogo no meio do ano. Sonou três pontos a mais que o Inter, terceiro colocado. Soube mais uma vez fazer os tempos do jogo. Ademir foi o melhor em campo e craque do BR-72. Melhor condicionado fisicamente pelo professor Maffia, dava um pé a Dudu e Madurga no meio, e se juntava a Leivinha na frente, com a ajuda dos pontas Edu e Nei, que também socorriam os laterais Eurico e Zeca.

O Botafogo pouco criou no primeiro tempo. Apático, Zequinha foi bem marcado por Zeca e por Alfredo, revelação da base do Palmeiras que foi sendo emprestado por três temporadas até Oswaldo Brandão o requisitar para ser reserva de Polaco, que chegara do Corinthians. Mas ele entrou tão bem na zaga quando o ex-alvinegro se lesionou ainda em janeiro de 1972 que acabou ficando.

Na segunda etapa, com o centroavante Fischer aberto na esquerda e o grandalhão Ferreti no comando do ataque substituindo o armador Ademir, o Botafogo acertou um lance aos 2min. Mas Fischer se atrapalhou com a bola na melhor chance carioca. Madurga trocou de função com Leivinha, que foi atuar na dele, puxando os contragolpes. O Palmeiras seguiu mais perigoso. Mesmo perdendo Dudu, lesionado no tornozelo depois de lance com Valtencir. O volante mais uma vez saía carregado de campo em uma decisão. No SP-72 quebrara duas costelas contra o São Paulo. Contra o Botafogo, anulara o Furacão Jairzinho.

Se não foi um jogo brilhante e emocionante, as palavras de Leônidas, treinador do Botafogo, encerram a discussão.

  • Nunca vi um esquema tático tão bem executado. O time deles marcou homem a homem e não deu espaço para nós. Seria uma injustiça o Palmeiras perder este jogo e o campeonato. Eles estão de parabéns.

Jairzinho corrobora a análise de seu treinador:

-Eles foram o melhor time do campeonato. O título está em boas mãos.

O público de 58.287 não foi o esperado, também pela chuva, e pela antevéspera de Natal. Então cabiam até 150 mil torcedores no estádio do São Paulo. Mas, na saída do Morumbi, nas avenidas 9 de Julho e Rebouças, e na Rua Augusta, o trânsito do começo de noite parecia de dia de trabalho. A noite teve a tradicional festa de título com chope no clube do Parque Antarctica. Não com tanta gente. Mas sempre com César Maluco comandando o samba da Camisa Verde e Branco. Suspenso disciplinarmente até março de 1973, ele não esteve em campo. Mas esteve sempre na festa.

PALMEIRAS 0 X 0 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro de 1972 /Final — Jogo Único
Sábado, 23/dezembro (tarde)
Morumbi
Juiz: Agomar Martins (RS)
Renda: Cr$ 649 445
Público: 58 287
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
BOTAFOGO: Cao; Valtencir, Brito, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir (Ferretti)
Técnico: Sebastião Leônidas

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Olhei para a minha esquerda enquanto subia a Passalaqua apressado pelo jogo que começaria pelo BR-73 e por toda a minha vida quando vi um dos portões estreitos do Pacaembu. Aquela luz forte trocada em 1969 que então era a mais poderosa nos estádios da América – propaganda do prefeito da época da instalação: Paulo […]

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Olhei para a minha esquerda enquanto subia a Passalaqua apressado pelo jogo que começaria pelo BR-73 e por toda a minha vida quando vi um dos portões estreitos do Pacaembu. Aquela luz forte trocada em 1969 que então era a mais poderosa nos estádios da América – propaganda do prefeito da época da instalação: Paulo Maluf… Eu ainda não sabia o que ele era pros cofres públicos…

E, no fundo, eu também não sabia mesmo o que eu seria. Mas já estava tão iluminado meu futuro como aquela cena que lembro mais que os chatos 90 minutos de um clássico sem gols e com poucas chances – pelas ausências de Leivinha, lesionado, e também o Maluco do César, e pela ótima presença do goleiro Andrada, com três grandes defesas.

Aquela explosão de luz deixando a grama só menos verde que o primeiro jogador do Verdão que vi aquecendo. Luís Pereira. Não precisaria ver mais nenhum outro. Mas veria Ademir da Guia jogando mais à frente e jogando demais quase marcando um golaço, aos 13, depois de driblar meio Vasco. Vi Dudu mais uma vez tendo de sair por se machucar para evitar que lesassem o nosso Palmeiras. Entrou Careca que foi atuar mais à frente, com Ademir então voltando para dar um pé a Edson Cegonha no meio. Sim. Tinha cegonha no meu parto em partidas de Palmeiras.

O Vasco de Mário Travaglini (palestrino dos ótimos) fechou-se todo atrás. Esperando e sem atacar. A ponto de a crônica da FOLHA dizer que o ataque era “fraco”. O mesmo que tinha no comando Roberto, o maior artilheiro dos Brasileiros, com 190 gols marcados até 1992. Quando eu já tinha dois anos de jornalismo esportivo. Profissão que abracei sem saber então quando o Pacaembu me deixou ver pelo velho portão estreito o meu futuro brilhante. Radiante como a alegria do menino Mauro que, enfim, com 7 anos, estreava em estádios.

Li agora que choveu. Garoa chata como o jogo. Pra mim foi só sol a noite toda. Embate iluminado. O belo uniforme do Vasco reluzindo como o Verdão do Palmeiras. E eu vendo pela primeira vez o meu time em um estádio. Os primeiros 90 minutos que de fato acompanhei na vida. Eram poucos os jogos pela TV na época. Futebol era em estádio. E, no mais lindo estádio de espírito paulistano, “o seu, o meu, o nosso Pacaembu”, era ainda maior e melhor.

Mas nada superior àquela primeira imagem do Luisão Pereira se aquecendo pouco antes do jogo. Meu próximo biografado, 45 anos depois. Com a mesma emoção da primeira vez do amor de todas as vezes.

O Palmeiras manteve a invencibilidade e a ponta naquele que seria o ano do bi de 1972-73. A defesa que só 13 vezes passaram em 40 jogos (a melhor média da história do Brasileirão). Luís Pereira monstruoso quase fez um gol aos 42. Mas Andrada não deixou. Os pontas vascaínos Jorginho Carvoeiro e Luís Carlos recuavam para acompanhar os laterais verdes Eurico e Zeca. Não foi um grande jogo. Mas foi o meu primeiro. O maior.

Quando não pude gritar “Fedato” pedindo para ele entrar e marcar os gols decisivos porque ele já estava desde o início no lugar de César. Talvez por isso também não saímos do zero na minha iniciação.

Contradição passar em branco no debut? Não. Apenas Palmeiras. Passei verde. Sempre. Não precisa vencer. Preciso apenas é o Palmeiras que tanto preciso. O que neste Dia dos Pais, 45 anos depois, continua fazendo o papel de Babbo, Nonno, filho, irmão, amigo pelos que estão e pelo meu pai que com meu tio me levou pela mão para ver o maior amor incondicional além deles e dos meus: o nosso Palmeiras.

Feliz Dia dos Palmeiras. Amor de Palestra para filhos.
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É preciso jogar mais, mas não ser mais preciso do que foi em Assunção https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-preciso-jogar-mais-mas-nao-ser-mais-preciso-do-que-foi-em-assuncao/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-preciso-jogar-mais-mas-nao-ser-mais-preciso-do-que-foi-em-assuncao/#respond Fri, 10 Aug 2018 11:04:55 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/10/e-preciso-jogar-mais-mas-nao-ser-mais-preciso-do-que-foi-em-assuncao/

Nunca será uma vitória apenas do Felipão como nunca foi só uma defesa do São Marcos embora fossem todas. Jamais será só a bênção do Ademir da Guia, a lição do Pai da Bola Fiúme, o desarme do Luís Pereira, o drible do Julinho, o gol do César, a cabeçada do Leivinha, o cabeção do […]

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Nunca será uma vitória apenas do Felipão como nunca foi só uma defesa do São Marcos embora fossem todas. Jamais será só a bênção do Ademir da Guia, a lição do Pai da Bola Fiúme, o desarme do Luís Pereira, o drible do Julinho, o gol do César, a cabeçada do Leivinha, o cabeção do Alex, o pênalti do Evair, a falta do Marcos Assunção, o talento do Júnior em 1999, a mão do Oberdan sempre, o coração eterno do Dudu que é estátua e alma das Academias.
Também do Dudu que como todo o time no Paraguai pouco criou contra o Cerro. Mas foi em Assunção que se ganha pelo nome que o Palmeiras foi Palestra: 100% de aproveitamento. Duas chances só no segundo tempo, dois gols de Borja. O que muitos não queriam nem pintado de verde. Como também muitos respeitam a história mas não o presente de Felipão.
Mesmo ele voltando e vencendo como Felipão na Libertadores. Não precisa jogar bem. Preciso é vencer muito bem.
Ele e o time podem muito mais. Como foi em 1999. Só na semifinal a gente passou a acreditar no título que só na bola do Zapata ainda não acreditamos até hoje que foi Palmeiras. Campeão.
Dever exigir mais. Prazer não pedir nada além.

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Leivinha, há 47 anos https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/leivinha-ha-47-anos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/leivinha-ha-47-anos/#respond Thu, 15 Mar 2018 00:40:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/15/leivinha-ha-47-anos/

47 anos da estreia de Leivinha. Eu tinha quatro anos. Não lembro. Um dia depois do meu aniversario de 9, em 3 de setembro de 1975, vendemos ele e Luís Pereira pra Espanha. Não quero lembrar. Foi a primeira sensação de perda da minha vida. Até então não conhecia ninguém que tinha morrido. Só eu, […]

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47 anos da estreia de Leivinha.

Eu tinha quatro anos. Não lembro. Um dia depois do meu aniversario de 9, em 3 de setembro de 1975, vendemos ele e Luís Pereira pra Espanha. Não quero lembrar. Foi a primeira sensação de perda da minha vida. Até então não conhecia ninguém que tinha morrido. Só eu, um pouco, naquele dia em que dois dos maiores da minha vida saíram dela.

Luisão um dia voltou, e foi Verdão de 1981 a 1985. Leiva, não. Foi São Paulo em 1979 até o joelho pendurar a chuteira. Não as dores que até hoje sente.

Leivinha me fez chorar como homem aos 9 anos. E como criança aos 46, gravando o filme do centenário do Palmeiras, que lançamos em 2016. Quando eu relembrei essa história de choro que já havia contado a ele quando trabalhamos juntos na Band. Perguntei chorando pela primeira vez no trabalho. Ele respondeu chorando, como se vê no trailer do 12 de Junho de 93 – O Dia da Paixão Palmeirense.

Leivinha conseguia ser ídolo ao lado de Ademir, Dudu, Luisão e Leão. Artilheiro com o Maluco do César. Mais um craque naquela Academia. O melhor cabeceador que vi. Técnica, tempo de bola e impulsão. E leveza para driblar e jogar.

E pedalar à frente dos marcadores. Até dos goleiros. O último gol dele pelo Palmeiras no Brasil foi na Máquina do Fluminense. Deixou sentado o goleiro Nielsen numa passada elegante sobre a bola. Me deixaria prostrado depois pela ausência que nem a presença no ano seguinte de Jorge Mendonça com a 8 saciaria.

Leivinha pode não estar entre os 10 melhores do Palmeiras. Mas, na lembrança afetiva, e na efetiva memória de um senhor jogador, ele sempre vai subir mais que todos na área. Sempre sairá ganhando os jogos. Fazendo gols. Ou passando a bola para o mais importante Ronaldo de um dérbi fazer 1974 tão inesquecível como Leiva foi de 1971 a 1975.

Faz 47 anos que Leivinha apareceu bem na foto que hoje ele segura amassada. Farão mais todos os meus anos para alguém subir mais que ele no meu conceito. Não adianta. Posso ter visto jogadores ainda melhores que ele. Mas mais ídolos?

De cabeça, de primeira, do jeito que ele jogava? Não tem. De coração? Só ele.

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