Arquivos Treinador do Palmeiras - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/treinador-do-palmeiras/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sat, 28 Jul 2018 10:00:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Como Luxa e Telê contribuíram para a história de Felipão no Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/como-luxa-e-tele-contribuiram-para-a-historia-de-felipao-no-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/como-luxa-e-tele-contribuiram-para-a-historia-de-felipao-no-palmeiras/#respond Sat, 28 Jul 2018 10:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/28/como-luxa-e-tele-contribuiram-para-a-historia-de-felipao-no-palmeiras/

Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação O retorno de Luiz Felipe Scolari ao Palmeiras marca um ponto de reflexão para a atual diretoria sobre os caminhos que ela mesmo determinou para o time. RelacionadasAbel Ferreira iguala Felipão como técnico com mais jogos pelo Palmeiras na LibertadoresOpinião: ‘Ciclos se encerram e saída de Breno Lopes é […]

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Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação

O retorno de Luiz Felipe Scolari ao Palmeiras marca um ponto de reflexão para a atual diretoria sobre os caminhos que ela mesmo determinou para o time.

Presidência e diretoria executiva abrem mão dos acadêmicos para dar vez a experiência e ao estilo pulsante de Big Phil.

Apesar de ser um atestado de que o planejamento foi por água abaixo, a prática não é novidade, nem no Palmeiras, muito menos no futebol nacional.

A primeira vez de Felipão no Palmeiras ocorreu em circunstâncias parecidas. Sem acadêmicos antecedendo, mas na condição de bombeiro. E o incêndio era dos grandes.

Início de 1997. Diretoria e torcida ainda inconformadas com o fato do grande time de 96 ter conquistado apenas um Campeonato Paulista. Sim, o time dos 102 gols no estadual naufragou na Copa do Brasil. Foi vice para o Cruzeiro.

No Campeonato Brasileiro daquele ano parou no Grêmio, nas quartas de final. O time gaúcho chegaria ao título naquela decisão contra a Portuguesa. Moral da história: com um dos maiores times de todos os tempos, o Verdão não conseguiu classificação para a Libertadores do ano seguinte.

Do Paulista para a Copa do Brasil e o Brasileiro o Verdão perdeu Muller, que estava emprestado de uma equipe japonesa, aceitou a proposta do São Paulo e ficou fora da decisão. No Brasileiro outras peças importantes como Rivaldo e Amaral também foram negociadas.

Luxembrurgo era o técnico, mas não resistiu à queda no Brasileirão, no fim de novembro. Com a expectativa causada pelo grande time de 96 como a diretoria poderia responder ao torcedor? Mostrar que continuaria o trabalho em busca de grandes conquistas.

A solução do diretor-executivo da Parmalat, José Carlos Brunoro, foi mirabolante. No início da temporada 97 anunciou Telê Santana como novo técnico do Palestra. O único problema é que Telê se recuperava de uma isquemia que havia sofrido um ano antes e não tinha condições de trabalhar.

No acordo costurado com o Palmeiras, o então auxiliar Marcio Araújo comandaria o time até que o Mestre Telê, homem que fez o Verdão voltar a sonha com títulos em 1979 com um time que encantou o país com seu jeito ofensivo de jogar, se recuperasse plenamente e enfim voltasse a dirigir a equipe.

Claro, isso nunca aconteceu e, no começo de abril as esperanças de ver Telê no comando do time acabaram com o anúncio do fim do acordo. Em campo, um irreconhecível Palmeiras terminava a participação no Estadual em quarto lugar num quadrangular final com os outros grandes. Perdeu as três partidas contra os rivais.

Naquele momento o Palmeiras precisava ser sacodido. Os atletas já não demonstravam comprometimento, ninguém mais ouvia as ordens do técnico. E mais um campeonato ia para o ralo. Marcio Araújo foi demitido.

Para impactar, às vésperas do Campeonato Brasileiro, a diretoria anunciou a chegada do técnico casca grossa e que tantos jogos épicos travara dirigindo o Grêmio contra o Palestra. Era o atual campeão nacional, inclusive. Para ter Felipão o Palmeiras convenceu o treinador a romper contrato com o Jubilo Iwata, do Japão, onde estava há poucos meses. Era o choque de gestão. A chacoalhada que precisava para retomar o caminho.

Naquele tempo a ideia era clara: conquistar a Libertadores e chegar ao Mundial de clubes. Em seis meses Felipão transformou um time desacreditado em vice-campeão nacional. Depois só conquistas.

O segundo regresso é parecido. A direção percebeu que, dentro de campo, não havia mais resposta ao comando. Os atletas estavam perdendo o foco.

Lá se foram 21 anos e as histórias de Palmeiras e Felipão tem outras páginas, com outros capítulos, outras conquistas. Apesar de caminhos diferentes nunca deixaram de fazer parte um da vida do outro.

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Não sei se é o Felipão. Mas ele sabe. https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-sei-se-e-o-felipao-m/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-sei-se-e-o-felipao-m/#respond Fri, 27 Jul 2018 17:51:03 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/27/nao-sei-se-e-o-felipao-m/

Não queria hoje Felipão no Palmeiras. Preferia Abelão que não pode. Mas eu quero sempre Felipão no Palmeiras. E ele pode tudo. Até quando parecia impossível na Libertadores-99 e Copa do Brasil-12. Até quando não é possível encaminhar para um rebaixamento no BR-12. Mas mesmo o meu preferido da hora Abel Braga era aposta. Tudo […]

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Não queria hoje Felipão no Palmeiras. Preferia Abelão que não pode. Mas eu quero sempre Felipão no Palmeiras. E ele pode tudo. Até quando parecia impossível na Libertadores-99 e Copa do Brasil-12. Até quando não é possível encaminhar para um rebaixamento no BR-12.

Mas mesmo o meu preferido da hora Abel Braga era aposta. Tudo é aposta na vida. No futebol, então, pode virar solução ou uma rima ruim e fedida com aposta. Eu gosto de Roger. Não rolou. Ainda poderia rolar. Mas não estava dando certo. E não se tem paciência.

Quero treinador bom independente do lastro, rastro, mastro, cadastro. Roger é. Não vinha sendo. Felipão lógico que é. Não foi nos últimos trabalhos. Mas o jogo vira. E de virada Scolari é mestre honoris causa. Vincit qui se vencit.

Em latim e latindo contra abutres do apocalipse e cães vira-latas. Sem Abelão poderia ser outro que está no Olimporco dos técnicos. Mas apostaria ainda menos em Luxemburgo HOJE pelo que não tem conquistado e pelo que tem dito.

Outro treinador? Dorival Júnior poderia ser. Mas já começaria mais cobrado. Como Gareca. Sampaoli é louco como nós. Bom nome. Mas não sei se para clube. E sei que estrangeiro em meio de temporada no Brasil é osso.

Zé Ricardo é bom. Mas treinador novo no Palmeiras AGORA é clamar pela inclemência e impaciência. Não rola. Jair Ventura, até pela filosofia de jogo, ainda menos.

Não sei qual seria o treinador ideal HOJE para o Palmeiras. Qualquer um. Menos um qualquer. Ainda mais Felipão. Ponto final. Reticências…

Não é o meu ideal HOJE. Mas sempre será o meu treinador. Jamais falarei mal dele no Palmeiras – ainda que discorde, ainda que discuta.

Felipão é pai. Discordo, mas respeito. Não gosto agora, mas amo pra sempre.

A palavra final é dele. Até porque de palavra e de final ele entende.

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O que Roger deixa de legado para Felipão https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-que-roger-deixa-de-bom/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-que-roger-deixa-de-bom/#respond Fri, 27 Jul 2018 16:30:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/27/o-que-roger-deixa-de-bom/

(Foto:César Greco/Ag. Palmeiras/ Divulgação) O mundo do futebol de vez em quando prega algumas peças no mínimo curiosas. Roger Machado foi auxiliar técnico de Felipão no Grêmio em 2014, e após um curto trabalho de Scolari, assumiu o tricolor gaúcho para entregar um belo trabalho para Renato Gaúcho brilhar um ano depois. RelacionadasAbel Ferreira iguala […]

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(Foto:César Greco/Ag. Palmeiras/ Divulgação)

O mundo do futebol de vez em quando prega algumas peças no mínimo curiosas. Roger Machado foi auxiliar técnico de Felipão no Grêmio em 2014, e após um curto trabalho de Scolari, assumiu o tricolor gaúcho para entregar um belo trabalho para Renato Gaúcho brilhar um ano depois.

Passados 4 anos, agora será a vez de Felipão pegar um trabalho iniciado por Roger Machado. Apesar de Roger ter saído desgastado e com uma imagem ruim por boa parte da torcida palmeirense, o vice-campeão paulista fez alguns grandes jogos no comando do Verdão e deixa uma herança aproveitável para Big Phil.

Listamos algumas delas aqui pra você:

**Rodízio de goleiros **

Roger Machado teve com os goleiros palmeirenses, a coerência que faltou para administrar outros setores do elenco. Com o jovem no comando, Jaílson, Prass e Weverton tiveram as suas chances. Porém com Felipão, esse rodízio deve acabar.

**Antônio Carlos **

De quase dispensado no final do ano, para um dos grandes nomes do Palmeiras em 2018. O zagueiro fez diversas boas apresentações nesta temporada, tanto que garantiu sua permanência no clube até 2023. Roger é um dos grandes responsáveis pela evolução de AC.

Bruno Henrique

O volante camisa 19 pode ser considerado o maior legado de Roger em seu trabalho no comando do Palmeiras. De detestado por grande parte da torcida no início do ano, para hoje ser o grande nome e capitão do elenco palmeirense. Deve seguir como titular com Felipão.

Hyoran

O garoto Hyoran atuou pouquíssimas vezes durante toda a temporada de 2017. Com Roger Machado, o menino de Chapecó recebeu diversas oportunidades, sendo por diversas vezes titular e decisivo, marcando gols e dando assistências para os seus companheiros.

Borja

Para muitos Miguel Borja renasceu no alviverde no comando de Machado. O colombiano igualou sua marca de gols de todo ano passado em apenas 4 meses com Roger. Foi o artilheiro do Paulistão, e ainda é o artilheiro do elenco no ano com 15 gols. Roger Machado foi o grande responsável por recuperar o atacante, inclusive o colocando na Copa do Mundo da Rússia.

Melhor Campanha na Libertadores

Pelo segundo ano consecutivo, Roger entrega um cargo no meio do ano, mesmo tendo feito a melhor campanha da 1ª fase da Libertadores. Felipão com seu estilo copeiro, terá o privilégio de decidir todas as partidas de mata-mata da competição continental em casa. Na Libertadores, o Palmeiras de Machado provou que pode sim, jogar muito mais do que vem jogando. Foram partidas perfeitas diante do Boca em La Bombonera e do Junior em Barranquilla.

**Roger Machado deixa o Palmeiras com mais de 70% de aproveitamento. Foram ao todo 44 partidas. Sendo 27 vitórias, 9 empates, 8 derrotas. **

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Big Phil volta 2138 dias ao Palmeiras e pode igualar Osvaldo Brandão https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/big-phil-volta-2138-dias-ao-palmeiras-e-pode-igualar-osvaldo-brandao/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/big-phil-volta-2138-dias-ao-palmeiras-e-pode-igualar-osvaldo-brandao/#respond Fri, 27 Jul 2018 13:15:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/27/big-phil-volta-2138-dias-ao-palmeiras-e-pode-igualar-osvaldo-brandao/

(Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press) 2138 dias. Esse foi o número exato de dias que o palmeirense esperou para estufar o peito e dizer: Felipão é treinador do Palmeiras! Desde sua demissão em 13 de setembro de 2012. Naquela ocasião foi derrotado por 3 a 1 pelo Vasco da Gama, em São Januário. Essa será a […]

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(Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press)

2138 dias. Esse foi o número exato de dias que o palmeirense esperou para estufar o peito e dizer: Felipão é treinador do Palmeiras! Desde sua demissão em 13 de setembro de 2012. Naquela ocasião foi derrotado por 3 a 1 pelo Vasco da Gama, em São Januário. Essa será a 3ª passagem de Luis Felipe Scolari pelo nosso clube. Porém, Big Phil não é o único que retorna ao Palestra Itália em busca da imponência que canta e vibra no estádio.

O bairro da Pompéia viu ainda nos anos 30, o primeiro treinador passar duas vezes pelo até então Palestra Itália. A façanha foi do uruguaio Humberto Cabelli que dirigiu à equipe sem muito brilho em um ano, e voltar em 32 para ser tricampeão Paulista (32/33/34), além de dois torneios Rio-São Paulo (33/34). Cabelli sairia do cargo em meados de 35.

O saudoso e sempre lembrado Osvaldo Brandão, o técnico que mais dirigiu nosso time na história, que passou entre 1947/48 e 1958/60 – ano do 1º título do brasileiro para a alegria da nação palmeirense. Mário Travaglini também repetiu o feito de Brandão na 2ª passagem e venceu um Campeonato Brasileiro.

Além deles, Filpo Nuñez também passou por dois momentos pelo alviverde. Final dos anos 60 e 70. Nenhum título conquistado. Mas sua característica de jogo é lembrada até hoje para nós palestrinos. Vanderlei Luxemburgo também especulado em assumir à equipe, após vencer dois brasileiros com a gente, passou outras três vezes, sendo a mais marcante o ano de 2008, pois mais uma vez ele dirigia um time que quebrava o tabu do título paulista de 1996 que o mesmo havia vencido no século passado. Tamém houve Cuca que brilhou em 2016 quebrando o tabu de mais de duas décadas sem levantar uma taça do campeonato nacional, mas sua volta em 2017 pouco deixou saudades. Tanto que culminou em sua demissão antes do fim do contrato.

Como Scolari, Brandão também tem no seu currículo uma 3ª via com a Sociedade Esportiva Palmeiras. E foram glamourosos. Foram mais duas taças de campeonato brasileiro em 4 anos. Felipão se cumprir até o fim seu contrato será de dois anos seu retorno ao Parque Antárctica. La nostra casa.

Para qualquer palmeirense ter Felipão de volta é uma parte de ti que está representada em campo. Como estímulo, ainda tem a possibilidade de ultrapassar os 580 jogos de Osvaldo Brandão dirigindo o alviverde. Está com 408. Outro aspecto que pode encorajá-lo, é que são cinco taças de Luis Felipe Scolari dirigindo o Palmeiras contra sete de Brandão e Luxemburgo.

Big Phil tem uma diferença: ganhou uma libertadores e foi vice de outra. Em ambas passou pelo Corinthians. Sua chegada é cercada de expectativas pelo Brasileirão, mas principalmente pelo desempenho em mata-matas. Benvenuto, Scolari!

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Felipão é caso nosso https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/felipao-e-caso-nosso/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/felipao-e-caso-nosso/#respond Fri, 27 Jul 2018 12:16:48 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/27/felipao-e-caso-nosso/

Quando ele chegou, se sabia a competência e o carisma. Tinha dois anos de rusgas e rasgos de raiva dos dois lados. Não se gostava dele quando Grêmio. Do jeito dele tricolor. Mas se queria o mesmo. Vitória Verde. Em seis meses de Palmeiras já chegou além do primeiro objetivo. Não deu para vencer o […]

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Quando ele chegou, se sabia a competência e o carisma. Tinha dois anos de rusgas e rasgos de raiva dos dois lados. Não se gostava dele quando Grêmio. Do jeito dele tricolor. Mas se queria o mesmo. Vitória Verde.

Em seis meses de Palmeiras já chegou além do primeiro objetivo. Não deu para vencer o rival que era melhor no BR-97. Dos amados Edmundo e Evair no Vasco, e o ex-gremista general Felipão no nosso barco.

Mas era mesmo nosso? Nem tanto. Ele não gostava do estilo “acadêmico” do clube. O sonho era um dia dirigir o Uruguai vizinho do Sul, não o Brasil da CBF. Era apaixonado pela classe de Francescoli, amava meio que às escondidas o “jogo bonito”. Mas era muito escancarado defensor de um Dinho dando pra doer que um Zinho dando gosto. Era mais sangue e suor que sabor e saber.

Foi fazendo seu grupo – não grupinho. Foi domando feras e focas. Criando fatos e factoides. Treinando o time e a imprensa. Levando a arquibancada com ele. Virando o jogo e o jeito de o Palmeiras jogar.

Se perdesse a Copa do Brasil de 1998, provável que perderia o que nunca ganhou de Mustafá. Nem a Parmalat seguraria. Mas o celeste Paulo César não segurou aquela bola, Oséas mandou pro céu sem ângulo, Copa do Brasil de 1998. Tíquete assegurado pra Libertadores-99. Hora pra treinar na primeira Mercosul. Outro título: Copa Mercosul, nos últimos dias de 1998.

Nem um mês de férias. Reservas em campo no Rio-São Paulo. Grupo duríssimo na Libertadores. Ele anuncia que não fica mais ao final dela. Vaza lista dos fora de forma do elenco. Eles ficam putos. Mas respondem pela bola. Era assim. Felipão cutucava o elenco que respondia a ele em campo. Não no vestiário. Funcionava. Hoje, com story de esposa, Instagram do irmão, tuitada de tutor, Facebook do assessor, vira o caos. Vida de cão.

Em 1999 não se acreditava no time dele. Só o Palmeiras para superar Cerro, Olímpia, Corinthians, Vasco campeão da América, Corinthians mais uma vez e sempre pra sempre, River Plate, Deportivo Cali pra fora com Zapata, São Marcos pro Japão com a Libertadores.

Não deu contra o United mesmo jogando melhor. Não daria Mercosul-99. Mas teve mais Rio-São Paulo em 2000 com a Parmalat já nas vacas magras. Teve mais uma final de Libertadores eliminando o Corinthians. Mas já não tinha mais Felipão depois disso. Ainda deu Copa dos Campeões em 2000 com time frágil e remontado por Murtosa.

Era memória e glória o Felipão que tinha raiva de rival, comprava briga, elogiava quem não podia, era radical e ranzinza. Mas era nosso. Muito nosso. No que há de Palmeiras e no que há de ruim. Para o Palestra e para o mal.

Esperamos 10 anos por ele depois da Copa de 2010. Botamos bigodes sobre a boca e a desconfiança de um clube que também repatriava ídolos recentes como Valdivia e Kleber. Não rolou. Eles não foram os mesmos de 2008. Felipão também não foi o mesmo de 1997-2000. Ou pior: era o mesmo. As broncas do grupo que se engolia então viraram brigas. Os atletas mudaram. Na média, pra pior. Ele não mudou. E ficou pior.

Derrotas duras de engolir como a Sul-Americana de 2011 para o Goiás. Os pênaltis sempre vencidos que foram perdidos antes para o maior rival, no SP-11. Elenco mais frágil. Sem Parmalat. Sem muito Palmeiras. Mas ainda com o espírito felipônico de que é possível. É Palestra. E foi demais na Copa do Brasil-12. Gol de Betinho!? Bicampeão!

Libertadores-13 no horizonte. Esqueceram de jogar bola no BR-12. Felipão esqueceu como fazer um time limitado competitivo. Não deu liga. Daria rebaixamento. Já sem Felipão.

O Palmeiras não era o mesmo. Ele não era o mesmo. Ninguém é. Na Copa-14 não foi.

Mas sempre tem volta. Tem jogo. Mesmo um maluco como é o futebol. Louco como somos nós. Apaixonado como somos. Apaixonante como é esse tiozão Felipão. O que faz coisas que não pode. Jogar bola no campo no final de jogo, tretar com Deus, o mundo e os diabos da bola. Um cara que não se quer enfrentar. O cara para encarar quem vier. Para ter raiva daquela porra, ter raça deste porco, ter gana de ganhar.

Mas já disse antes e reitero agora. Ele não me parece mais ter pique para treinar clube no Brasil. Jogador no Brasil. Não é que esteja ultrapassado. Mas o jeito dele não bate mais com o da geração atual muito delicada para aceitar algumas grossuras e outras que são apenas cobranças duras de quem é tão dedicado. Felipão precisa se adaptar ao novo jogador. Ao novo YouTuber de chuteiras coloridas. Também precisa estar antenado com o que rola aqui e com a bola que se joga acolá.

Temo que a teima num passado brilhante na primeira passagem e discutível na segunda esteja mais para repetir a segunda que a primeira história. Por mais que ela não se repita, são outras pessoas (e mesmo Felipão é diferente ainda que seja igual demais em outras situações). Não tenho a mesmo convicção de vitória que tive desde o dia em que chegou em 1997. A alegria do retorno e apoio de 2010 a 2012.

Não tenho. Não é por duvidar dele. Não tenho como torcedor como não o elevar ao máximo do Olimporco por tudo que fez como um dos nossos três maiores treinadores. Mas por questionar os métodos dele com os medos de hoje. Por não saber amanhã se ele vai se adaptar aos humores de jogadores que não entendem os modos muitas vezes sem modos que deram muito certo antes. Não mais agora.

Não preciso desejar nada além de obrigado a ele por tudo. O crédito de Felipão é eterno. Ele sempre terá aqui dentro a imagem que tem na placa da foto do Bar Dissidenti.

Posso discutir muito. Posso não gostar das ideias atuais. Dos modos desde sempre. Mas no meu peito e no meu Palmeiras o Felipão pode até estar errado. Pode pensar errado. Pode agir errado.

Mas ele vai ser sempre estar “certo”. O tiozão que pega pra nós o brigadeiro da mesa antes de cortar o bolo. Vai ser sempre o cara que no chute de Zapata não vai celebrar com a Via Láctea da Parmalat. Vai direto abraçar os gandulas que faziam o jogo dele. Nem sempre o que é certo é bonito. Mas sempre o que um paizão-tiozão faz para defender a prole, a plebe, e o Palmeiras.

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Voltamos a ser você https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voltamos-a-ser-voce/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/voltamos-a-ser-voce/#respond Fri, 27 Jul 2018 10:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/27/voltamos-a-ser-voce/

(Foto: César Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação) Eu fui você quando Zapata bateu para fora. Quando Marcos pulou para o lado esquerdo. Quando você enfaixou a perna do Arce. E fui você quando Oséas chutou sem ângulo. O Palmeiras virou contra o Flamengo. Nós fomos juntos o Palestra Itália. Seremos nós no Allianz. Nós que apoiávamos com Júnior […]

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(Foto: César Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Eu fui você quando Zapata bateu para fora. Quando Marcos pulou para o lado esquerdo. Quando você enfaixou a perna do Arce. E fui você quando Oséas chutou sem ângulo. O Palmeiras virou contra o Flamengo. Nós fomos juntos o Palestra Itália. Seremos nós no Allianz. Nós que apoiávamos com Júnior e com gente que canta e vibra. Nós que rimamos Felipão com Japão, em 99, pedindo para você ficar. E você ficou.

Nós pedimos para você ficar em 2012. E você saiu. Nós caímos. Nós dois. Assim como nós fomos o pedaço de cabeça de Betinho desviando para o gol do Coritiba. Fui você em cada chute do Marcos Assunção. E em cada engrossada de Rivaldo (o genérico, claro), Gerley, Mazinho. Fui – e acreditei em – você quando Luan corria. E errava. Quando Márcio Araújo canelava. Também fui Felipão quando Pierre saiu. Pierre que tanto foi o Palmeiras. Mas – ainda assim – eu era mais você.

Fui você quando Marcos fez a defesa mais importante da história do Palmeiras. Quando Marcelinho desperdiçou. E você saiu, sem rumo, pelo campo do Morumbi. Pelo canto que sempre te acolheu. Nós gritamos juntos. Comemoramos muito. Choramos juntos – mesmo você não estando naquele momento – quando Romário virou. Quando nossa defesa parou. O Vasco passou. E quando Alex dominou. E quando Alex fuzilou o River Plate. Quando você tentou trazer Alex de volta. E não levou em 2002. Mas venceu.

Fui Ronaldo e fui você. Principalmente Ronaldo. Quando acreditou no rebote. O rebote que você proibia, no treino, com medo de lesão. E Rivaldo. E Ronaldinho. E Denílson puxando a fila. Marcos impedindo os alemães. E os belgas. E os turcos. Marcos só foi Marcos por causa sua. O Marcos que tanto foi o Palmeiras por bastante tempo.

Também fui você em 2014. Me decepcionei como você. E com você, não vou negar. Dante jogou e falou. A Alemanha fez o que quis. Triangulou, armou, engoliu o meio de campo. Mastigou o Brasil. Fomos para o abismo. Você virou reflexo de ultrapassado. Sua imagem mudou da água para o vinho. A nossa, aliás. Nós viramos o país do vexame. A gota de chocolate. A decepção e a reciclagem. A humilhação escancarada nos olhos de David Luiz. No nosso choro.

Disse alguém há dois mil anos atrás: "não somos mais aquelas pessoas nem é mais o mesmo aquele rio". Não sei qual versão de você é a que chega. O que volta ou o que saiu pela última vez. Mas o que ficou, ficou. Para o bem e para o mal. Para o verde ou o amarelo.

Fomos você. E voltamos a ser.

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Luiz Felipe Scolari é o novo técnico do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/felipao-novo-tecnico-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/felipao-novo-tecnico-palmeiras/#respond Fri, 27 Jul 2018 00:15:18 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/27/felipao-novo-tecnico-palmeiras/

(Foto: Gazeta Press) O Palmeiras anunciou na noite desta quinta-feira (26) que Luiz Felipe Scolari é novo treinador da equipe com contrato até dezembro de 2020. O professor de 69 anos irá substituir Roger Machado, demitido após derrota contra o Fluminense na última quarta (25), pelo Brasileirão. RelacionadasAbel Ferreira iguala Felipão como técnico com mais […]

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(Foto: Gazeta Press)

O Palmeiras anunciou na noite desta quinta-feira (26) que Luiz Felipe Scolari é novo treinador da equipe com contrato até dezembro de 2020. O professor de 69 anos irá substituir Roger Machado, demitido após derrota contra o Fluminense na última quarta (25), pelo Brasileirão.

Será a terceira passagem do Felipão no comando do Verdão. As outras aconteceram de 1997 a 2000 e de 2010 a 2012.

Com o Palmeiras, o treinador conquistou a Copa Libertadores de 1999, Copas do Brasil de 1998 e 2012, Copa Mercosul de 1998 e o Torneio Rio-São Paulo de 2000.

Além do treinador, os auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli irão se juntar a equipe técnica palmeirense. Os dois profissionais chegarão ao clube nesta sexta-feira (27), enquanto o treinador irá se apresentar ao Verdão na próxima semana, após resolver problemas particulares em Portugal.

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