Antes de sofrer o gol, o Palmeiras não sofreu pressão do Corinthians. Poucas eram as chances criadas pelo time de Fábio Carille, já que o acesso ao campo de defesa do Palmeiras era muito difícil pela estratégia adotada por Roger Machado. Além disso, os contragolpes alviverdes pela direita assustavam e muito. Mas foi aí que os erros começaram e a derrota alviverde se consolidou com o passar dos 90 minutos.

Analisei o jogo com imagens em câmera aberta e separei os sete erros do Palmeiras no Dérbi para que o torcedor possa identificá-los visualmente. Confira no vídeo abaixo:

Os sete erros do Palmeiras no Dérbi:

1. Não aproveitou as chances criadas em roubadas de bola enquanto o placar marcava 0 a 0 e o Corinthians tentava furar o bom bloqueio defensivo alviverde.
2. Thiago Santos perdeu a grande oportunidade cara a cara com o goleiro Cássio em ataque formulado após mais uma roubada de bola em equívoco alvinegro.
3. Palmeiras levou o gol em contragolpe no qual poderia ter feito a falta e impedido o avanço do adversário até dentro da grande área de Jailson.
4. Diante da mudança de postura do Corinthians ao abrir o placar, a equipe de Roger Machado foi pouco criativa e não conseguiu passar pelo bloqueio alvinegro.
5. Quando teve a chance de contra-atacar e fazer o Corinthians sofrer gol semelhante ao que marcou no 1º tempo, Palmeiras desperdiçou a oportunidade
6. Pouco cruzou na grande área, mas quando cruzou apenas conseguiu assustar em uma cabeçada de Antônio Carlos na trave.
7. Mesmo após treinar na véspera da partida finalizações de fora da área, o Palmeiras arriscou pouco. Quando arriscou, apenas Bruno Henrique conseguiu levar perigo.

Palmeiras e Corinthians se enfrentam pela quarta vez na temporada de 2018 neste domingo (13) na Arena. Centenário, o clássico apresenta contas diferentes para cada clube. Na alviverde, são 367 partidas. Já na alvinegra, são 357 compromissos.

O Palmeiras entende que, para efeito de estatísticas, é necessário contabilizar todas as partidas em que os dois clubes se enfrentaram com os seus times principais, sejam elas por jogos de 80 minutos (duas etapas de 40, como acontecia nas décadas de 10 e de 20), sejam por jogos de 90 minutos (duas etapas de 45, como ocorre atualmente) ou até mesmo jogos com duração específica para determinada competição (como os casos do Torneio Início e do Troféu Henrique Mündel, com um total de 15 e 30 minutos, respectivamente, e como alguns jogos de Campeonato Paulista que contemplavam prorrogação, totalizando 120 minutos). A conta alvinegra não contempla os encontros do Torneio Início e do Troféu Henrique Mündel.

Em ambas, porém, o Verdão leva vantagem no histórico. São três vitórias a mais na conta alviverde e uma de frente nos números do Corinthians.

 

Futebol é assim. Quando alguém merece elogios, ouve elogios. Quando merece críticas, ouve críticas. É jornalismo. É análise. Claro que uma confusão do tamanho da que ocorreu com a arbitragem da final do Paulistão mexe com a história de um jogo, mas antes mesmo da anulação da penalidade, a equipe de Roger Machado não era melhor do que o Corinthians. Em 17 finalizações, foram 12 longe do alvo e apenas uma que exigiu grande defesa de Cássio. Os 70% de posse de bola do Palmeiras não se transformaram em grande perigo ao Corinthians. Faltou precisão, faltou construção e faltou criatividade. Tudo o que não vinha faltando desde o início do mata-mata do Paulistão.

Produzi um vídeo mostrando os problemas do Palmeiras na partida. Além de ter sofrido o gol com menos de dois minutos de jogo, a equipe de Roger Machado não mostrou qualidade alguma na saída de bola durante o jogo. Foi um show de decisões erradas forçadas pela boa marcação do time de Fábio Carille.

Sem Felipe Melo, o Palmeiras abusou de passes longos sem grande direção e o lado direito ofensivo alvinegro deu um baile no lado direito defensivo alviverde. Por pouco o Corinthians não abre vantagem ainda no primeiro tempo da partida. Na segunda etapa, uma substituição de Roger tornou o Palmeiras criativo e perigoso, mas ainda assim não conseguiu tornar o time decisivo. Nas penalidades, Cássio, que quase não sujou a camisa no tempo normal, cresceu.

Polêmica à parte, a decisão foi bastante curiosa: Palmeiras foi melhor na Arena Corinthians, já que abriu vantagem no começo do jogo e soube travar o Corinthians, que foi quem abriu vantagem no Allianz Parque e soube travar o Palmeiras. Nas penalidades, o título paulista ficou com o Corinthians. Enquanto a equipe de Carille comemora durante a semana, o time de Roger Machado não tem tempo para lamentar. Precisa fazer ajustes para não permitir que, nessa quarta-feira, o Boca trave seu jogo na 3ª rodada da Copa Libertadores da América.

Com imagens em câmera aberta do gramado, produzi um vídeo no qual é possível observar todos os movimentos da equipe de arbitragem da partida entre Palmeiras e Corinthians que protagonizou a marcação e a anulação de uma penalidade favorável ao Palmeiras.

De acordo com as imagens, Alberto Poletta Masseira, quinto árbitro da equipe, é quem parece pedir a anulação da penalidade com convicção, mesmo estando muito distante da jogada, o que é possível visualizar no vídeo em câmera aberta, e surgindo com a informação somente após quase dois minutos da infração, que na minha opinião não existiu, ter sido marcada.

O bom jornalismo exige questionamentos, investigação, observação e interpretação. Algumas perguntas surgem, como o motivo para o quinto árbitro demorar tanto a trazer a informação de que não havia infração e por qual motivo os três árbitros (quarto árbitro, juiz e bandeira) aparentemente desconsideraram sua decisão baseando-se no árbitro que mais distante da jogada estava.

É importante destacar que o Corinthians nada tem a ver com a confusão da arbitragem. Também é fundamental lembrar que penalidade não significa gol. Além disso, muito importante registrar que as imagens acima não provam qualquer interferência externa, mas exigem grandes esclarecimentos. A reportagem aguarda o posicionamento da arbitragem para entender o que ocorreu. No dia do jogo, a arbitragem preferiu permanecer calada.

 

Um empate basta para o Palmeiras ser campeão paulista no próximo domingo (8) contra o Corinthians. Em 102 partidas no Allianz Parque, o resultado de 85 garantem o título ao Verdão (83,3%). São 68 triunfos e outros 17 empates.

Nas 17 vezes em que saiu derrotado, 12 levariam a decisão para os pênaltis (11,8%) e somente cinco (4,9%) fariam o time perder o troféu. Outro ponto a favor do Alviverde é o desempenho em mata-mata no Allianz.

Até o momento são 16 partidas, com 13 vitórias e três empates. São cinco confrontos eliminatórios válidos pelo Paulistão e 100% de aproveitamento, com dez gols marcados e nenhum sofrido.

Nada como um dérbi para inflamar torcida, imprensa, dirigentes e atletas. Um dérbi bem feio tecnicamente, mas que deixou marcas quase avassaladoras para permear a semana que precede o último jogo da decisão.

Estão pintando um clima de já ganhou no Palmeiras. E, de fato, o Palmeiras já ganhou. Ganhou o primeiro jogo, mas ainda tem o segundo.

Agora, o que esperar de uma equipe que vence um clássico na casa do adversário, com quase 44 mil torcedores gritando contra e quebrando uma sequência de quatro vitórias consecutivas do rival, numa decisão de campeonato?

Queriam, por um acaso, que os jogadores saíssem cabisbaixos? Que sua torcida não vibrasse? Que não aproveitasse a semana para tirar ondinha? É de futebol que estamos falando, não é mesmo?

Meu amigo Sandoval Fraccionni sempre diz “aproveita hoje porque a gente não sabe como vai ser amanhã”. Tá aí o recado.

Você que acredita em oba-oba, já ganhou e outras expressões comemorativas já imaginou como estaria o Corinthians e sua torcida se fosse o alvinegro o vencedor? Certeza que estariam, corretamente, comemorando.

E tem razão quem diz que o futebol anda chato. Até comemorar agora virou esportivamente incorreto. Vou te falar viu… chata é a maneira como alguns andam observando o futebol.

Aliás, comentarista analisa F-U-T-E-B-O-L, de preferência. Depois do dérbi do fim de semana estabelecemos uma nova modalidade: os especialistas em comemoração.

Este é o Brasil da mudança. Trabalhando para ampliar a oferta e criando novas oportunidades de mercado.

O Corinthians tem 128 jogos na Arena e perdeu 11 vezes, três delas para o Palmeiras. O Alviverde é quem mais derrotou o rival em Itaquera e também o que mais marcou como visitante. São nove gols em oito encontros – o time da casa levou 78 tentos no estádio. Palmeiras e São Paulo são as equipes que mais estiveram no local, porém o time do Morumbi nunca venceu – seis derrotas e dois empates.

São outras quatro derrotas e um empate, mas na única igualdade, na semifinal do Campeonato Paulista de 2015, conquistou a classificação nos pênaltis. Os gols palmeirenses em Itaquera foram marcados por: Mina (2), Moisés (2), Rafael Marques (2), Borja, Zé Roberto e Victor Ramos.

Embora tenha sido o primeiro gol de Borja na fase eliminatória do Paulistão 2018, a característica da jogada já apareceu em outros gols que abriram o placar alviverde nos confrontos de mata-mata do torneio estadual. Embora muitos tenham colocado nas costas do escorregão de Cássio a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Corinthians, uma análise que envolve outros gols recentes permite dar méritos ao setor ofensivo do Palmeiras.

• POSICIONAMENTO É FUNDAMENTAL

Faz parte de um coletivo bem treinado o bom posicionamento da equipe durante a partida. Os gols que você pode acompanhar na análise em vídeo da matéria mostram uma equipe pronta para formar uma linha de conclusão dentro da área muito perigosa para momentos em que a criação surge das pontas.

• INTENSIDADE GERA OPORTUNIDADE

O Palmeiras tem adotado a intensidade e a marcação alta em busca da posse de bola como princípio dos seus primeiro minutos de jogo, fato que tem dado resultado. No mata-mata do Paulistão, o Palmeiras balançou as redes em todos os jogos antes dos 20 minutos do 1º tempo:

1. Novorizontino 0 x 3 Palmeiras – 1º gol sai aos 18 minutos do 1º tempo
2. Palmeiras 5 x 0 Novorizontino – 1º gol sai aos 6 minutos do 1º tempo
3. Santos 0 x 1 Palmeiras – 1º gol sai aos 11 minutos do 1º tempo
4. Palmeiras 1 x 2 Santos – 1º gol sai aos 16 minutos do 1º tempo
5. Corinthians 0 x 1 Palmeiras – 1º gol sai aos 7 minutos do 1º tempo

Confira no material que produzi com imagens em câmera aberta de três exemplos de gols do Palmeiras nas partidas citadas acima e a semelhança entre eles.

Diante dos seus adversários, o Palmeiras inicia o jogo com intensidade para abrir vantagem no placar o mais rápido possível. Impondo a sua qualidade, a equipe pode não necessariamente abrir o placar em uma jogada construída desde o campo de defesa, mas pode criar chances em bolas paradas por estar sendo parado com faltas ou com bolas espirradas pela linha de fundo. De qualquer jeito, a intensidade gera oportunidade e a inteligência para aproveitar os momentos de perigo aparece também no bom posicionamento da equipe para concluir a gol.

Vale destacar que as jogadas dos gols que abriram o placar diante do Novorizontino e Santos que não aparecem no vídeo foram construídas no toque de bola, na imposição da qualidade. Diante do Novorizontino, em Novo Horizonte, o Palmeiras abre o placar de pênalti sofrido após boa construção de jogada. Contra o Santos, a bola sai do campo de defesa até balançar as redes.

Observando os cinco gols, é possível concluir que o Palmeiras sabe aproveitar as oportunidades que cria quando impõe alta intensidade. Se a bola não entra em jogada de pé em pé, é possível aproveitar as sobras das bolas paradas para abrir o placar se aproveitando do entrosamento. Em todos os casos, a alta concentração do time é a grande semelhança. Se for mantida, o Palmeiras tem grandes chances de abrir o placar no Allianz Parque até os 20 minutos do 1º tempo. Caso o Corinthians ainda não tenha colocado a bola nas redes, será um passo gigante em direção ao título.

O Palmeiras entra em campo neste sábado (31) para a disputa da primeira final do Campeonato Paulista de 2018, às 16h30 contra o Corinthians, em Itaquera. O Verdão saiu derrotado nos últimos quatro encontros entre as equipes e a série atual é a pior do clube no clássico centenário.

O Alviverde lidera o confronto em número de vitórias (veja abaixo as contas) e também é dono da maior série de triunfos seguidos no Derby. Entre 1931 e 1934 foram seis seguidos contra o rival, incluindo os 8 a 0 de 1933, a maior goleada da história. A segunda maior sequência é outra palmeirense e ocorreu entre 1930 e 1931, com cinco.

Um empate em 1 a 1, dia 13 de setembro de 1931 pelo Paulista, impediu que as duas séries citadas acima se juntassem, chegando assim a 12 vitórias do Palmeiras seguidas.

Dos quatro Derbys recentes, três aconteceram em Itaquera e só um foi realizado no Allianz Parque, palco da finalíssima no domingo, dia 8 de abril.

 

Desde 1999 Palmeiras e Corinthians não decidem um título de campeonato. Naquele ano, o Palmeiras que estava focado na campanha do seu primeiro e único título de Libertadores, viu o seu rival ganhar o título Paulista em um jogo que acabou numa grande pancadaria, protagonizada por uma provocação do atacante Edílson.

Agora, 19 anos depois, os dois times voltam a se enfrentar pelo título do Campeonato Paulista 2018. É muita história em jogo. Prepare o seu coração torcedor!