Arquivos tag-BR-17 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-br-17/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sat, 24 Nov 2018 15:15:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Pantera Verde da massa https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/pantera-verde-da-massaa/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/pantera-verde-da-massaa/#respond Sat, 24 Nov 2018 15:15:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/24/pantera-verde-da-massaa/

Jailson chegou ao clube do coração além da idade usual. Chegou da Série B com o time flertando mais uma Segundona, em 2014. Não jogou. Não caiu. Sabe lá o diabo como. Em 2015 ficou na reserva do reserva. Só jogou amistoso. Em 2016 também era reserva de novo reserva. Entrou na fogueira do Prass […]

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Jailson chegou ao clube do coração além da idade usual. Chegou da Série B com o time flertando mais uma Segundona, em 2014. Não jogou. Não caiu. Sabe lá o diabo como.
Em 2015 ficou na reserva do reserva. Só jogou amistoso. Em 2016 também era reserva de novo reserva. Entrou na fogueira do Prass quebrado e o Vagner quebrando. E não só ganhou a posição como, com ele, o Palmeiras foi campeão e não perdeu mais jogo.
Abraçou as bolas como ele e Prass se abraçaram no final do jogo do título, no mais emocionante abraço da história do enea. E de outros oito títulos brasileiros.

Jogou mais e muito bem em 2017 e 2018. Pegou pênaltis e bolas impegáveis, indefensáveis, inimagináveis para quem só nos últimos anos de carreira foi tudo e muito mais. Ídolo pelo caráter e simpatia, pela obstinação e perseverança. Jailsão da massa que superou lesões raras. Massa que se sente mais do que bem defendida. Muito bem representada por um dos nossos lá dentro.
Jailson merecia muito mais minutos em campo. Mas só joga um goleiro onde os três podem jogar. E para quem esperou anos para ser o que nem em delírio imaginava, estar ali entre os reservas para ser um titular de qualidade, integridade e moral como o Sergião multicampeão pelo Palmeiras é demais. Jailson, o Pantera Verde, vai ser sempre aquele cara que podemos contar para os nossos.
Tá vendo esse goleirão aí? Ele é nosso. Ou melhor: ele é dos nossos.
Jailson, você não precisa jogar pra fechar o gol. Nós fechamos com você a cada gol nosso.

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O gol de pai para filho do Derby do Deyverson https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-gol-de-pai-para-filho-do-derby-do-deyverson/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-gol-de-pai-para-filho-do-derby-do-deyverson/#respond Wed, 17 Oct 2018 15:08:17 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/10/17/o-gol-de-pai-para-filho-do-derby-do-deyverson/

Felipe Francisco: “Perdi meu pai no dia 4 de novembro de 2017. Uma doença só descoberta no dia de sua morte, um sábado. Um dia antes do último Palmeiras x Corinthians, em Itaquera. Partida que poderia resultar em uma reviravolta no BR-17, infelizmente a reviravolta foi em minha vida”. Felipe não morava na mesma cidade […]

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Felipe Francisco: “Perdi meu pai no dia 4 de novembro de 2017. Uma doença só descoberta no dia de sua morte, um sábado. Um dia antes do último Palmeiras x Corinthians, em Itaquera. Partida que poderia resultar em uma reviravolta no BR-17, infelizmente a reviravolta foi em minha vida”.

Felipe não morava na mesma cidade que o pai.

“Nossa última conversa foi por telefone. Eu queria dar a ele uma camisa do Prass. Mas não deu tempo de comprar”.

A separação física só não era maior porque havia o sangue verde a uni-los.

“Em todos nossos telefonemas, não faltava um ‘e o Palmeiras, hein?’. As últimas palavras que tive com meu pai foram: "te ligo no domingo para comemorarmos a vitória contra eles".

Não deu para ligar. A essa inesquecível (da pior maneira) partida eu tive que assistir em prantos. Foram os três gols deles mais dolorosos de todos”.

O Derby era o jogo da vida de pai e filho.

“Nasci em 1993, pouco mais de um mês depois do título paulista contra nosso maior rival. Para o meu pai, era como se eu já estivesse lá, assistindo ao seu lado… O primeiro jogo que lembro foi nas quartas de final da Libertadores de 1999. Novo-velho Derby. Meu pai ouvindo no rádio, atento a cada jogada para poder gravar o momento do gol em uma fita cassete. Lembro a alegria cada vez que ouvia o nome Marcos, principalmente nos pênaltis. Eu soube apenas pular no sofá para acompanha-lo na festa. Nasceu ali o que já estava vivo desde 1993: meu fanatismo por nosso Palestra”.

Em 2018, o Derby não vinha sendo o de sempre. Ainda mais sem o companheiro eterno.

“Até o último no Allianz Parque, pelo returno do BR-18. Assim que o segundo tempo começou, senti a presença do meu pai. Foi algo tão real que minha gata começou a miar de uma maneira maluca para o lado vazio da cama. Estava sozinho em casa, mas não me desesperei, só tive certeza que venceríamos”.

Não deu 2 minutos. Gol do Deyverson.

“Passou um filme de tudo que vivemos Em todos os Derbys, de alguma maneira, tivemos contato. Nesse, não era mais possível ligar pra ele”.

Mas Francisco e o pai estavam conectados pelo que há de maior e mais próximo.

“Não terei mais o meu pai ao lado. Mas sei que ele está acima. Nunca mais esquecerei esse Palmeiras 1 x 0 Corinthians. O primeiro que sei que meu pai veio comemorar comigo”.

Felipe, seu pai também está nesse bolo de gente que a gente não consegue nem distinguir. Mas sabe que é dos nossos.

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O Palmeiras faz chover https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-palmeiras-faz-chover/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-palmeiras-faz-chover/#respond Wed, 07 Feb 2018 16:36:02 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/07/o-palmeiras-faz-chover/

Atire o primeiro Kichute encharcado quem não amava jogar bola na chuva. Tire da carteira sua carteirinha de sócio-torcedor quem não tem lindas e aguadas histórias de jogos sob tormenta para lembrar. Em 28 de janeiro de 1951, o Paulista do Ano Santo de 1950 foi conquistado no Pacaembu no célebre Jogo da Lama, em […]

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Atire o primeiro Kichute encharcado quem não amava jogar bola na chuva. Tire da carteira sua carteirinha de sócio-torcedor quem não tem lindas e aguadas histórias de jogos sob tormenta para lembrar.

Em 28 de janeiro de 1951, o Paulista do Ano Santo de 1950 foi conquistado no Pacaembu no célebre Jogo da Lama, em arrancada sensacional do Verdão em busca de título que parecia perdido. O Choque-Rei da foto do Jair Rosa Pinto pilhando o Palmeiras na conquista do estadual contra o São Paulo. Título que nos deu o direito de jogar e ganhar a Copa Rio de 1951. O gol de empate e do campeonato foi de Aquiles, em grande lance de Jair. Aos 15 do segundo tempo, Jajá driblou as poças do Pacaembu depois de receber de Rodrigues Tatu e bolou o lance que o goleiro Mário não conseguiu segurar. A bola ficou próxima a ele, parada na poça e na lama. Mas distante o suficiente para a flecha Achilles chegar primeiro e inundar a rede adversária. Gol da lama e de grama, gol da poça e do Palmeiras, da raça e da graça do Jair verde.

A chuva valeu caneco em 1951. E já vi virar jogo em 1983. Noite de sábado com 47 mil palmeirenses no Morumbi para ver a estreia de Batista com a camisa 5. Volante do Grêmio e do Brasil em 1978 e 1982. Primeiro tempo igual e sem gols contra o Bahia. Até um temporal fazer a arquibancada virar mar. E a torcida esquentar vibrando e cantando para fugir da água fria. Foram 15 minutos de “Palmeiras” pulando e pulsando. Suficientes para, em 19 minutos de segundo tempo, o Palmeiras de Rubens Minelli marcar quatro gols. O primeiro com o nosso maior zagueiro – Luís Pereira. O segundo com um craque sonado que acordou com o grito somado – Enéas. Mais dois de Seixas. Mas foram mesmo quatro pela torcida que esquentou o jogo amarrado pela tromba d’água no Morumbi.

(Os gols de 1983 você vê abaixo).

https://youtu.be/sTFlKzCPhOY

Chuva que nos deu goleada em 1983, chuva que nos atrapalhou na derrota para o XV de Jaú, em 1985. Era só ganhar no Palestra para se classificar para a semifinal do Paulista. O Corinthians perdera jogo imperdível na manhã daquele domingo contra o Comercial, em Ribeirão Prato. O Palmeiras desenganado passou a depender apenas dele, à tarde, no Palestra. Eu ainda consegui ingresso. Mais de 30 mil não precisaram dele. O estádio foi tomado por uma torcida que o invadiu sem tíquete em um dos maiores públicos da história. Não computado. Muito menos processado pela tempestade que caiu sobre nossas cabeças e sobre nosso time.

(Trecho do documentário 12 DE JUNHO DE 93 – O DIA DA PAIXÃO PALMEIRENSE, dirigido por Jaime Queiroz e Mauro Beting).

https://youtu.be/ae-sVmHKiZw

Perdemos de virada por 3 a 2. No apito final já com algum sol, oficialmente passamos a viver então a maior fila de títulos do clube (que perduraria até 1993). Ninguém processou o clube pela chuva, pelo time, pela derrota, pela fila, pelo ingresso não cobrado, pelo estádio invadido. Eu fiquei meia hora olhando o gol da piscina debaixo do placar eletrônico (atual Gol Norte). Na mesma pose em que o goleiro reserva Martorelli ficou no banco.

Olhávamos para o infinito. Ou pior: para o inferno.

Dizem que choveu. E não foi pouco. Mas juro. Debaixo do placar, não lembro ter ficado ensopado como fiquei. Não lembro como meus amigos voltaram para casa encharcados pela enxurrada que nos levou. Não lembro um pingo de chuva. Só as lágrimas secas da derrota absurda.

Lembro sempre como ganhamos na água e na marra o jogo do Bahia em 1983. Como a mágoa e o barro do XV de Jaú não seca depois de 32 anos.

E mesmo defendendo o direito do cliente ao lugar marcado e não molhado no Allianz, como já publiquei a respeito em texto anterior, ainda vou lembrar com mais gosto os desgostos do cimento por vezes amaldiçoado do velho Palestra. O cheiro da casca do amendoim molhado na imagem do amigo Rodrigo Barneschi na nossa casa. As galochas do Bindi, as chagas do Iamin, os chatos de galocha das arenas e dos Parques.

Não quero ficar molhado pagando tão caro. Mas não tem preço misturar as lágrimas de chuva com aquela rede estufada pelo Evair no Derby de 1992, levantando cortina de água quando beijou a rede lateral, no gol da vitória de falta.

(O gol de Evair no SP-93).

https://youtu.be/0Wy2i7fAw60.

Aquele gol da lama que nunca vimos e sempre ouvimos em 1951.

Todos aqueles jogos em que aprendemos como ser o que somos na chuva e no barro. Não nas barras e nos berros dos tribunais.

Deixa chover, Palmeiras.

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Danos morais e ervas daninhas no Palestra https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/danos-morais-e-ervas-daninhas-no-palestra/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/danos-morais-e-ervas-daninhas-no-palestra/#respond Wed, 07 Feb 2018 11:35:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/07/danos-morais-e-ervas-daninhas-no-palestra/

Três clientes que foram ao Allianz Parque na borrasca contra o Santos, pelo BR-17, processaram a CBF, Palmeiras, WTorre (e a Liga da Justiça e o Vaticano) pelo “escoamento de água” em suas cadeiras. De fato não deve ter sido legal tentar ver um jogo com chuva braba em lugar coberto. Provável mesmo que eles […]

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Três clientes que foram ao Allianz Parque na borrasca contra o Santos, pelo BR-17, processaram a CBF, Palmeiras, WTorre (e a Liga da Justiça e o Vaticano) pelo “escoamento de água” em suas cadeiras. De fato não deve ter sido legal tentar ver um jogo com chuva braba em lugar coberto. Provável mesmo que eles tenham sido prejudicados no clássico tanto quanto o gol de Ricardo Oliveira doeu no torcedor que não dá bola às intempéries. Eles têm mais de cobrar quem de direito pelo prejuízo. Merecem dinheiro de volta. E até mesmo um justo agrado com convite para novo clássico no estádio tão moderno, bonito e caro para ter apresentado tal problema.

Mas os advogados dos palmeirenses prejudicados (e até onde escrevo não se sabe se eram mesmo torcedores do mandante) ainda pediram mais 20 mil reais para cada lesado (em todas as acepções) por “danos morais”.

Desde agosto de 1974 frequento os Jardins Suspensos (construídos 10 anos antes da minha estreia) pelas chuvas impiedosas na região que quase sempre alagam o pedaço. Já sofri por lá alguns danos morais irreparáveis que não têm preço. Os 3 x 2 para o XV de Jaú no SP-85, quando uma tromba d’água pior que a de 2017 nos lavou a alma dilacerada pelo vexame. Os 7 a 2 para o Vitória em 2003. A virada das viradas do Vasco em 2000. Os pênaltis perdidos na semifinal para o Boca, na Libertadores-01 foram doloridos – mas eu também devia cobrar na Justiça do Tinhoso o apito armado do Rubaldo Aquino do jogo de ida na Bombonera. As penalidades máximas como a de Egídio contra o Barcelona em 2017 também foram de lascar.

Todas cabiam indenização por danos morais. Assim como o Corinthians em 1933 nos 8 a 0 para o Palestra tinha como pleitear. O Flamengo na virada da Copa do Brasil-99, também. Deportivo Cali e River Plate no mesmo ano. Muitos adversários tiveram alguns danos colaterais. Irreversíveis até. A nossa histórica invencibilidade no Palestra, de 1986 a 1990. Nossa casa já deu muitos problemas a muita gente. Até pra nós mesmos. Goteiras, então, como em qualquer casa, são mais chatas que alguns advogados.

Amendoins descascados pela turma apoquentam. A patota da alfafa atazana. E os clientes no direito de exigir o que foi prometido também cornetam e cometem pecados de ganância.

Se o brasileiro fosse um cidadão tão exigente quanto o torcedor, certamente teríamos um país melhor.

Mas quando esse cidadão (em qualquer acepção) perde a noção do bom senso, do que é justo, e se perde ao tentar ganhar o que não é dele, não há como defender. Perde a razão. A causa. Até as calças com os bolsos balofos.

Esse que abusa do jus sperniandi (o sagrado direito ao chororô) merece voltar ao estádio de cimento molhado e com casca de amendoim nas entranhas. Merece o desconforto “raiz” e não a justiça Nutella.

Pode e deve pedir para ser ressarcido no que pagou e não usufruiu. Mas ir além só merece descrédito e débito.

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Não foi bom, mas também não foi péssimo o ano https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-foi-bom-mas-tambem-nao-foi-pessimo-o-ano/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nao-foi-bom-mas-tambem-nao-foi-pessimo-o-ano/#respond Mon, 04 Dec 2017 17:28:20 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/04/nao-foi-bom-mas-tambem-nao-foi-pessimo-o-ano/

Semifinalista do SP-17 eliminado do jeito que foi pela futura vice Ponte Preta é ruim. Muito ruim. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilPalmeiras conta com retrospecto positivo no Allianz em jogos de ida de mata-mataEmprestado pelo Ceará, David celebra chegada ao Palmeiras e reencontro com ex-clube no Brasileirão Sub-20Eliminado da […]

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Semifinalista do SP-17 eliminado do jeito que foi pela futura vice Ponte Preta é ruim. Muito ruim.

Eliminado da Copa do Brasil pelo futuro campeão Cruzeiro, dolorido como foi, com dois empates, e pelo gol sofrido em casa, é ruim. E ficaria pior.

Eliminado da Libertadores já nas oitavas, em casa, nos pênaltis, e para o Barcelona do Equador, por tudo que foi investido, é horrível.

Jogar o BR-17 muito atrás do Corinthians, e tropeçar quando por 28 horas só dependeu de si, foi triste.

Mas, para os números e para a história, não foi tão ruim.

Para ficar só no Brasileiro, o título que o Palmeiras defendia: foram bicampeões nacionais apenas Santos-62 (Taça Brasil), Palmeiras-73, Inter-76, Flamengo-83, Palmeiras-94, Corinthians-99, São Paulo-07, Cruzeiro-14. Não é fácil ser campeão. É dificílimo ser bi. (Tri, então, só o Santos-63: ele seria tetra em 1964, e penta em 1965, mas da Taça Brasil, com menos jogos; além do São Paulo, que foi tricampeão por pontos corridos, em 2008).

Se é muito complicado ganhar torneios seguidos, também não é usual o então campeão ir tão bem no ano seguinte. Fora os multicampeões listados acima, apenas mais cinco vezes um campeão brasileiro conseguiu ser vice no ano seguinte. Apenas três clubes conseguiram manter o nível, ainda que não o título: o Grêmio de 1982, o Santos-66 (Taça Brasil) e 2003. E o Palmeiras em 1970 (vice do Robertão) e agora em 2017.

Não é nada – embora represente mais dinheiro em caixa. Mas pode ser tudo.

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Vice! Atlético Paranaense 3 x 0 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vice-atletico-paranaense-3-x-0-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vice-atletico-paranaense-3-x-0-palmeiras/#respond Sun, 03 Dec 2017 19:33:41 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/03/vice-atletico-paranaense-3-x-0-palmeiras/

Ribamar, na história do Palmeiras, não traz boas lembranças. José Ribamar Sarney, na história brasileira, ainda causa pior memória antes e depois da presidência da República. RelacionadasAbel Ferreira fala sobre possibilidade de tricampeonato brasileiro do Palmeiras: ‘Vamos defender o que é nosso’Conheça ‘Rüdiger brasileiro’ contratado pelo PalmeirasEspecialista em futebol italiano avalia Felipe Anderson no Palmeiras: […]

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Ribamar, na história do Palmeiras, não traz boas lembranças. José Ribamar Sarney, na história brasileira, ainda causa pior memória antes e depois da presidência da República.

Foi ele, que era vice do eleito Tancredo Neves, que cunhou a frase: “vice-presidente não é nada. Mas pode ser tudo”.

Pois é…

Ser vice do Brasil depois de ter sido campeão brasileiro em 2016 não é muito. É pouco pelo investimento. É dolorido por quem foi o campeão de 2017. Mas é mais uma prova de que não foi um ano todo errado. Embora tenha dado errado.

Mais ou menos como a paulada em Curitiba. O Palmeiras até começou melhor. Chegou duas vezes. Mas a primeira investida contra a linha de defesa alta cobrou novo preço. Ribamar apareceu à frente de Prass aos 6. Gol do Furacão.

Aos 17 teve nova investida, enfiada e pênalti. 2 a 0 Atlético. Gol de Ederson. O Palmeiras tentou chegar. Bastou um contragolpe para o Furacão ampliar pelos lados de Michel Bastos e Luan, aos 34. Sidclei.

Na segunda etapa, o Palmeiras resolveu atacar. Jogar um tanto mais. Mas criar, mesmo, mais uma vez foi pouco. Não fosse Prass com os pés, o quase anual vexame teria acontecido no último jogo do BR-17.

Mas muita coisa mudou no Palmeiras. Mesmo com a sensação ruim da derrota feia, o empate do Santos com a Avaí (1 x 1) e a virada do Atlético Mineiro contra o Grêmio (4 x 3) mantiveram o segundo lugar na tabela final. O que há alguns anos era luta contra o rebaixamento agora voltou a ser brigar por título.

E, se nada mudar (e não deve se mexer tanto no elenco para 2018), o Palmeiras pode e deve ir ainda mais longe.

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O Zé é 11 que não se acha o um: Palmeiras 2 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/#respond Tue, 28 Nov 2017 09:50:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/28/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/

Aos 20 minutos de jogo decisivo do Brasileiro em 27 de novembro de 2016, Zé Roberto desarmou um rival, driblou o outro, fez nova finta até sofrer falta rente à linha lateral esquerda onde passaria 23 anos muito bem corridos de carreira muito bem jogada. O maior público em então dois anos de Allianz Parque, […]

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Aos 20 minutos de jogo decisivo do Brasileiro em 27 de novembro de 2016, Zé Roberto desarmou um rival, driblou o outro, fez nova finta até sofrer falta rente à linha lateral esquerda onde passaria 23 anos muito bem corridos de carreira muito bem jogada. O maior público em então dois anos de Allianz Parque, 96 de estádio do Palestra Italia, e 114 de jogos no Parque Antarctica, começou a gritar que ele era “animal”. Como em 31 de janeiro de 2015 ele disse aos companheiros no vestiário do Allianz Parque, antes do jogo contra o Audax, que queria que todos um dia tivessem o nome gritado como Edmundo. Como naquele instante do 1 x 0 contra a Chape em 2016 o maior público em casa gritou para ele.

Um ano depois, no mesmo estádio, na mesma data exata, o ainda mais certo Zé Roberto teve várias vezes gritado o nome no coro animal. Na justa vitória por 2 x 0 contra o Botafogo, também pela penúltima rodada do Brasileiro, lutando agora pelo vice e não pelo campeonato de 2017, Zé voltou a ser o lateral pela esquerda. Jogou e bem os 90 minutos em que o time foi um pouco melhor do que o Botafogo na primeira etapa de muitos passes errados de Moisés, de algumas tentativas frustadas como Borja, e de duas ótimas chances para o gol de falta em tiro livre direto que há mais de mil dias o Palmeiras não faz. E ainda assim marcou mais gols que todos os times do Brasileiro desde 2016.

Na segunda etapa, o time do Zé foi mais eficiente e contundente e abriu o placar com Dudu, o mesmo que fizera o 1 x 0 contra o Botafogo na antepenúltima rodada do BR-16. E fechou a conta com mais um belo gol de Keno, o melhor custo-benefício de 2017. Aquele que não se esperava muito na temporada em que se esperava demais de todos.

O Palmeiras se fechou e administrou a vantagem sem sustos. Esperava-se a substituição do Zé para a ovação final. Ele ficou até o fim. Melhor assim. Ele é assim. Não precisa de protagonismo. Precisa apenas ser necessário como sempre foi.

No time galáctico do Brasil na Copa de 2006 ele era o menos badalado. E foi o melhor e mais regular da equipe jogando na função de segundo volante onde menos atuou. Mas não jogou menos.

Assim é o Zé. O que veste as chuteiras da humildade. A que ele descalçou e jogou para a galera para o torcedor que fez malabarismo para a guardar mesmo com o filho no cangote. A outra ele guardou como fez Julinho Botelho, há 50 anos, quando Djalma Santos se ajoelhou para tirar as dele para o maior camisa sete palmeirense desfilar pelo gramado na última volta olímpica de tantas.

Zé foi sozinho pelo Allianz aplaudindo e sendo aplaudido por todos ao se despedir. Como seria se rivais estivessem na arquibancada. Um cara como ele é vencedor independente da camisa que veste e do uniforme que vence. Saiu discreto como chegou.

Entrou e saiu com a camisa 11. Por sempre ser um dos 11. Querer fazer parte dos 11. Mas não ter a pretensão de ser os 11. De ser o primeiro. O um. O único. Também por isso foi raro.

Quando pediu na última preleção para que os outros 10 jogassem pelo camisa 11, ele só esqueceu de dizer que os outros milhões também estavam com ele. E vamos continuar jogando juntos.

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O Botafogo, por Wesley Crowdfodeng, O Infiltrado https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-botafogo-por-wesley-crowdfodeng-o-infiltrado/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-botafogo-por-wesley-crowdfodeng-o-infiltrado/#respond Mon, 27 Nov 2017 08:55:45 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/27/o-botafogo-por-wesley-crowdfodeng-o-infiltrado/

ESCREVE WESLEY CROWDFODENG RelacionadasDono do Botafogo, John Textor diz ter ‘provas concretas’ de benefícios da arbitragem ao PalmeirasCom ‘lei do ex’ de Wesley, Palmeiras sofre derrota para Internacional no BrasileirãoAbel Ferreira se responsabiliza por má fase de Raphael Veiga no Palmeiras: ‘Me culpem’Preguiça de fim de ano Do lado palestrino do clássico que já definiu […]

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ESCREVE WESLEY CROWDFODENG

Preguiça de fim de ano

Do lado palestrino do clássico que já definiu todas as divisões nacionais, Alberto Valentim, o treinador que voltou a ser interino com a contratação de Roger Machado não dará descanso para os titulares. Mesmo já estando classificado para a fase de grupos da Taça Libertadores do ano que vem, ele não pretende realizar experiências. Pura balela. Como não será ele o comandante na temporada que vem Valentim pretende sacanear Roger. Poderia antecipar as férias dos atletas mais importantes. Afinal, ano que vem tem Copa do Mundo e o calendário de jogos começa antes e será mais apertado do que nunca. Não o fará. Com a desculpa que vale muito o vice-campeonato e o dinheiro que vem com a posição. Acredite quem quiser.

(Nota da redação. Nós aceitamos e acreditamos, seu mala).

O Botafogo não vive sua melhor fase (desde que Garrincha, Didi, Gérson e Jairzinho se aposentaram). Jair Ventura vive com um elenco na conta do chá. Mesmo assim, segue brigando por uma vaga na mais importante competição continental. Joga fechado atrás. Em um 4-2-3-1. Deixa a bola com o adversário. À espera de um erro fatal (e aposto que o sistema defensivo de vocês irá falhar pelo menos 997377476764 vezes nos 90 minutos). E para compensar a dificuldade em fazer gols lá na frente, o Alvinegro carioca leva poucos tentos atrás, com uma das mais sólidas retaguardas do futebol brasileiro.

Em suma, enquanto o time carioca briga ainda por um lugar ao sol, os Alviverdes já estão pensando na praia, no verão e nas peladas (em ambos os sentidos) de fim de ano. Isso já ficou claro diante do Avaí. E ficará novamente. No entanto, com a pouca efetividade do ataque visitante, o Palmeiras não será derrotado. A partida terminará num chato e sonolento zero a zero (como o título de 1972). Apesar de toda a preguiça verde de fim de ano.

Com ternura,

Wesley Crowdfideng

ESCREVEU WESLEY CROWDFODENG

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A vida começa aos 40: o Zé Roberto é gigante https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-vida-comeca-aos-40-o-ze-roberto-e-gigante/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-vida-comeca-aos-40-o-ze-roberto-e-gigante/#respond Sun, 26 Nov 2017 16:10:43 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/26/a-vida-comeca-aos-40-o-ze-roberto-e-gigante/

  O Zé chegou aos 40 anos no Palmeiras. Para começar a nossa vida com você. Para ele mesmo dizer que é o grande amor da carreira brilhante. De 1994 a 2017. Lateral, ala, volante e meia de clubes multicampeões e da maior Seleção. E também da Portuguesa onde começou e ele ajudou a levar […]

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O Zé chegou aos 40 anos no Palmeiras. Para começar a nossa vida com você. Para ele mesmo dizer que é o grande amor da carreira brilhante. De 1994 a 2017. Lateral, ala, volante e meia de clubes multicampeões e da maior Seleção. E também da Portuguesa onde começou e ele ajudou a levar à sua maior decisão na história, em 1996. Por minutos não deu o título brasileiro. Por mais 21 anos desde então ele daria muito mais.

Zé Roberto não precisava dizer que a torcida do Palmeiras é a mais impressionante que conheceu. Ele não precisava dizer que o Palmeiras é grande. Reafirmar que é gigante. O Zé não precisava fazer média. Por estar muito acima dela na vida exemplar. Ele sempre jogou pela bola, não pela boca. No modo mudo, pelo mundo, ele disse mais e com mais garra do que a geral que grita e bate no peito mais do que bate bola.

Mas agora precisa ouvir que ele é um animal como o Edmundo que citou na primeira preleção daquele Palmeiras reconstruído no começo de 2015. Temporada que terminaria com o Zé levantando a Copa do Brasil com a mesma dignidade, qualidade, superação e humildade com que levantara o moral da tropa palestrina no começo de tudo que ele foi para o Palmeiras.

O Zé mandou cada companheiro bater no peito e falar que era animal. E foi esse peito que, em 13 de outubro de 2016, fez uma das maiores defesas da história do Palmeiras. Como o gol do Corinthians que Junqueira salvou sobre a linha, de bicicleta, em 1942. Como o gol de Robinho que o Zé salvou contra o Cruzeiro, em Araraquara.

Eram 17 minutos e 17 segundos do segundo tempo na Fonte Luminosa. O ex-palmeirense Robinho recebeu livre e encobriu Jailson. O gol estava livre, sem goleiro. Ele tocou rasteiro. Eu fechei os olhos. E não vi o que só esse garoto do Zé Roberto enxergou. Ele deu um carrinho de perna esquerda e tirou a bola que bateu ainda no pé direito e seguia rumo ao fundo da rede, não fosse o peito de coragem e amor dele raspar a bola e a desviar de vez, enquanto ele se enrolava entre a trave direita e a rede da meta.

Eu nunca vi nada igual em décadas de Palmeiras desde a bike do Junqueira da foto. Acho que nunca vi um cara igual a ele com os então 42 anos de vida. A Academia de Goleiros do Palmeiras tem mais um monstro. E um cara que não precisa usar os braços para defender. Apenas o coração.

Órgão transplantado nesse menino com muito peito e barriga zero. Palavra de um jornalista palmeirense que escreve aqui para quem tem o mesmo coração. Ainda que tenha outras cardiopatias. Uma delas foi cornetar o Zé por não ser em 2017 tudo que foi desde 1994. Mesmo vendo o ótimo velhinho correr os 90 minutos, e dividir bolas e multiplicar pulmões e paixões como um fenômeno que desmoraliza os números e índices.

Quando ele corre para evitar um cruzamento, quando aquieta o jogo e acalma a bola pela técnica e experiência, tudo na muda, sem precisar bater no peito ou no rival ou gritar para o Brasil ouvir, a gente aprende mais um pouco que não precisa pilhar ânimos. Precisa só ter a energia do Zé para passar 23 anos correndo atrás e pra frente como se tivesse 23 anos.

Ele não foi no último ano tudo que é. Mas só de estar sempre presente, de ser o primeiro a chegar e o último a sair nos treinos, ele fazia os palmeirenses ganharem fôlego extra quando o colega extraclasse se esfalfava atrás dos rivais que podiam ser seus filhos.

Zé Roberto não joga apenas do lado de campo. E, se preciso, também no meio. Zé faz cada um jogar mais lá dentro. Não precisa dar porrada, pirada, pancada e palermada. Apenas ser Parmera como ele virou. Ser profissional com espírito amador. Jogar e se jogar como se fosse a criança que ele continua sendo. Fazendo ainda mais velhos como eu se sentirem mais jovens. Mais confiantes.

Para ganhar no futebol, precisamos correr atrás. Atrás do Zé Roberto.

Mas tem hora que precisa bater no peito como quem bate bola. E a hora de precisar bater palmas para quem bate o coração por nós é agora, na despedida dele.

O Zé. Um palmeirense depois dos 40 anos. Como se fosse do berço.

Pra sempre, Zé.

Obrigado por tudo.

Quando eu crescer, quero ser um jovem como você.

 

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Quem é o Roger Machado que o Palmeiras aposta https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-e-o-roger-machado-que-o-palmeiras-aposta/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/quem-e-o-roger-machado-que-o-palmeiras-aposta/#respond Thu, 23 Nov 2017 00:49:55 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/23/quem-e-o-roger-machado-que-o-palmeiras-aposta/

O desafio de Roger Machado ao assumir o Atlético Mineiro em dezembro de 2016 era transformar o Galo de melhor ataque (até a última rodada do Brasileiro) em uma equipe mais equilibrada. O time de Marcelo Oliveira teve a sexta defesa mais vazada na competição em que terminou em quarto lugar. Saldo de apenas 8 […]

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O desafio de Roger Machado ao assumir o Atlético Mineiro em dezembro de 2016 era transformar o Galo de melhor ataque (até a última rodada do Brasileiro) em uma equipe mais equilibrada. O time de Marcelo Oliveira teve a sexta defesa mais vazada na competição em que terminou em quarto lugar. Saldo de apenas 8 gols. Quase nada.

O Palmeiras eneacampeão era o exemplo de campanha que pretendia, como explicou ao blog de Renato Rodrigues, na ESPN. Melhor ataque ao final das contas (Atlético teve um jogo a menos), e também melhor defesa, junto com o Atlético Paranaense. Saldo de 30 gols. Mais do que suficiente.

Roger queria isso no Galo, e mostrou parte disso no Grêmio, seu primeiro trabalho em grande time, a partir de maio de 2015, quando substituiu Felipão: uma equipe que ataque com muita gente, e gente próxima uma da outra. Não só pra criar. Também para impedir a saída rival em contragolpe. Dando o bote em caso de perda de bola. Diminuindo e racionalizando espaços.

Roger é um treinador moderno. O que não necessariamente é elogio. No caso, vale. Até porque procura conhecer muito. E nas melhores fontes. Diz se inspirar e estudar o futebol brasileiro nos anos 70 e 80. Quer saber mais de Telê Santana, de brilhante passagem no Palmeiras em 1979-80 que o levou à Seleção, e frustrante em 1990 (que acabaria o levando ao São Paulo multicampeão…). Roger gostaria de emular uma equipe que atacasse com o DNA ofensivo brasileiro e se defendesse com a organização e método italiano.

Ótima escolha: Itália e Brasil. Palestra e Palmeiras!

O JOGO APOIADO

Roger é mais Eduardo Batista que Cuca. Mas é muito mais preparado que EB. Gosta de trabalhar a bola, apoiar o jogo, aproximar jogadores para construir e defender. Encurtar distâncias e espaços. Linhas de passe, criação entre as linhas, aproximação de jogadores. Aprecia passes curtos e lances rápidos. Variações de jogadas. Infiltrações. Treina e trabalha para isso.

Mas tem o fundamental para dar mais certo do que aconteceu em Belo Horizonte em 2017: ele pretende se adaptar ao elenco que tem. E não colocar uma camisa de força tática na equipe. Algo que também aprendeu com o treinador que o transformou de lateral-esquerdo em zagueiro pela esquerda no 3-4-2-1 do Grêmio campeão da Copa do Brasil de 2001. Treinador que o indicou ao Corinthians em 2016 quando ele foi chamado para assumir a Seleção: Tite.

Roger gosta de marcação por zona, sem longas perseguições individuais. Assim como Valentim e EB. Algumas das ideias de jogo ele toma emprestado de outros esportes, como confessou a Renato Rodrigues. Ele gosta de ver rúgbi. E se interessa também por futebol americano, basquete e handebol.

No Palmeiras, com os titulares de 2017 mantidos, e com alguns (poucos) reforços chegando, ele deve ir além do que não conseguiram Eduardo, Cuca e Valentim.

COMO FOI NO GRÊMIO (maio de 2015 a setembro de 2016)

Foram 93 partidas desde que assumiu no lugar de Felipão uma equipe que flertava com a zona de rebaixamento, com elenco limitado. Conseguiu 48 vitórias, 21 empates e 24 derrotas. Ótimo aproveitamento de 59%, com 137 gols a favor e 92 contra.

Deixou o clube em setembro de 2016, na oitava posição do Brasileiro, depois de uma derrota para a Ponte Preta de Eduardo Baptista. 3 a 0 em Campinas. Roger preferiu deixar o comando. Os jogadores não quiseram a sua saída. Edilson disse que a culpa não era dele. O elenco era reduzido e tinha muitos meninos. Logo os atletas se conformaram. Renato Portaluppi assumiu e foi campeão da Copa do Brasil de 2016. O primeiro título nacional tricolor desde aquela Copa do Brasil de 2001. Ganhando justamente do Galo que havia acabado de anunciar Roger.

Grêmio campeão em 2016 também com algumas sementes plantadas pelo ex-treinador.

Roger fez um trabalho excelente de recuperação em 2015, levando o Grêmio ao terceiro lugar no BR. Mas, em 2016, mesmo mais rodado, com a base do elenco mantida e reforçada, não deu liga. Na Primeira, caiu cedo, na fase de grupos. Não chegou às finais do RS-16. Foi eliminado nas oitavas da Libertadores para o ótimo Rosario. Foi caindo pela tabela no BR-16 depois de bom turno. Perdeu Giuliano e o time se desestruturou. Insistiu demais com alguns titulares. Trouxe reforços discutíveis no início da temporada como o zagueiro Fred e o atacante Negueba. Algumas mudanças durante os jogos foram muito contestadas. Maus desempenhos fora de casa. Falhas individuais e estruturais nas bolas paradas defensivas foram dizimando o trabalho que ele optou por encerrar.

COMO FOI NO ATLÉTICO MINEIRO (dezembro de 2016 a julho de 2017).

Foram 43 partidas. 23 vitórias, 9 empates e 11 derrotas. Ótimos 60% de aproveitamento. Campeão mineiro contra o Cruzeiro. Melhor campanha da primeira fase da Libertadores em grupo tranquilo.

Mas poucas partidas dignas de nota no desempenho de um elenco que mais uma vez deu pra trás. Antes e depois de Roger. No BR-17, quatro derrotas em 8 jogos em casa. Ele foi demitido depois de 0 a 2 no Independência para o Bahia, pela 15ª rodada. Saiu com o Galo em 11º lugar, depois de passar duas rodadas na zona de rebaixamento.

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