Arquivos tag-Chapecoense - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-chapecoense/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 28 Nov 2019 10:37:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Saudade que abraça https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/saudade-que-abraca/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/saudade-que-abraca/#respond Thu, 28 Nov 2019 10:37:57 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/28/saudade-que-abraca/

A sua mãe Letícia disse que há três anos em Chapecó seu pai Danilo o beijou levemente para não o acordar, Lorenzo, e foi para São Paulo enfrentar o Palmeiras, antes de ir para a Colômbia na decisão da Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Você disse ontem para a sua mãe que, na apresentação na […]

O post Saudade que abraça apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

A sua mãe Letícia disse que há três anos em Chapecó seu pai Danilo o beijou levemente para não o acordar, Lorenzo, e foi para São Paulo enfrentar o Palmeiras, antes de ir para a Colômbia na decisão da Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
Você disse ontem para a sua mãe que, na apresentação na sua escolinha, só o seu pai não estaria lá. Mas que o Danilo o estaria vendo lá do céu. Como faz todos os dias.
Lorenzo, eu vi seu pai jogar bem como sempre naquela tarde de 2016 no Allianz Parque. Só não defendeu uma bola. A que deu muita alegria para milhões. E, no fundo, também para o maior amor do Danilo que é a sua mãe.
No ano passado, antes da partida de festa contra o Vitória no BR-18, eu fui apresentar o vestiário do Palmeiras para vocês. Foi emocionante como sempre é. Na saída para o campo, quando você saiu correndo e a sua mãe e os seus queridos tios Cyntia e Danilo (o nome do seu pai) vieram atrás comigo, olhei para a porta ao lado, do último vestiário de onde saiu seu pai.
Segurei o choro como estou fazendo agora até olhar para a sua mãe, que olhava e pensava o mesmo. Mas com um sentimento e uma saudade que só o amor sabe e conforta.
Quando tocou o hino do Palmeiras e pudemos subir para o gramado, você subiu as escadas e o pessoal da CBF foi muito bacana ao deixar vocês dois entrarem no último campo do Danilo. Você, Lorenzo, saiu ainda mais correndo como sempre para ir à meta do Gol Sul. A última defendida por seu pai.
Sua mãe foi atrás de você. Confesso que não vi mais nada. Mas enxerguei tudo quando lembro que amanhã, Lorenzo, faz sete anos também que meu pai só me vê do céu. No mesmo dia. Ele partiu quatro anos antes do seu. No mesmo dia. Eu soube disso quase no mesmo minuto em que o mundo perderia o seu, quatro anos depois.
Amor e dor não se comparam, Lorenzo. Não tem maior e nem menor. Mas o que posso dizer para vocês, Letícia e Lorenzo, é que o Danilo não era ótimo goleiro por acaso. Era porque ele sabia que iria ganhar a vida dele e os amores da vida como precisava segurar a bola e vocês dois do melhor modo possível.
Abraçando.
Aqui de longe, mas sempre mais perto pelo nosso Palmeiras, aquele abraço para vocês dois.

O post Saudade que abraça apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/saudade-que-abraca/feed/ 0
Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/#respond Sun, 29 Apr 2018 10:25:59 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/29/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas […]

O post Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas e lágrimas.

Como se o vovô-garoto rejuvenescido como um Zé Roberto( emocionantemente ovacionado pelo que joga e rala e fala aos 20 finais contra a Chapecoense) desse o lugar a um moleque de futebol enorme como o futuro de Gabriel Jesus.

Tudo isso foi nos 5 a 0 na Ponte Preta. Maior goleada de uma final paulista. Em 2008. Tudo isso também aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo no Allianz Parque. 2016.

Fora desde que a dor de cotovelo por amor ao que faz o tirou do ouro olímpico e do Palmeiras, Fernando Prass, 38, estava do lado do gramado que com as luvas ele guarda. Ele iria substituir Jailson, 35, ainda invicto no Brasileiro. A maior invencibilidade da história de palmeirenses nos Brasileiros que nenhum clube venceu mais que o nosso.

Placa erguida. Sai 49 e entra 1. Entra um cara que chegou ao clube aos 34 e à Seleção pela primeira vez aos 37. O primeiro goleiro que o Palmeiras comprou desde 1994. Ano do último Brasileiro. Sai um palmeirense de berço que só estreou na Série A aos 35. Sai abraçado por todo o time.

Vai para o banco abraçado por todos os reservas. Ovacionado pelo então maior público que o Parque Antárctica já viu desde 1902, quando foi palco do primeiro jogo do futebol oficial no Brasil. O país que mais títulos mundiais tem. Casa desde 1920 do maior vencedor de títulos nacionais. Não é por fax e nem por fãs. É fato. É foda. É Palmeiras.

O clube que faz goleiros foi ao mercado depois de 18 anos comprar Prass (2012) e Jailson (2014). Um Prass que vai ser eterno Palmeiras como Zé Roberto, o capitão Dudu e Moisés (o melhor do campeonato para mim) e Tchê Tchê (o melhor no 1 a 0 contra a Chapecoense). Um Jailson que nasceu Palmeiras e vai para sempre guardar nos olhos essa homenagem como guardou nossa meta a paixão palestrina. “Eu não sabia que o Cuca me substituiria no final do jogo. Quando vi a placa fiquei muito emocionado pelo carinho dos companheiros e da torcida. E mais ainda pelo grande cara que é o Prass. Já falei para todo mundo: esse lugar é dele. Trabalhei para caramba para chegar até aqui, respeitei, mas preciso ter humildade. Ele é um ídolo. Ele é o titular. Eu fico na minha, trabalhando quietinho”.

Mas a sua também é nossa, Jailsão da massa. O primeiro título do primeiro goleiro negro do Palmeiras. Na linda tarde em que a avó dele veio a um estádio pela primeira vez. Aos 80 anos, ela era uma das quase 41 mil pessoas que mais que lotaram o Allianz Parque para ver e celebrar o maior vencedor nacional. Time de torcedores que muitas vezes se acham os maiores perdedores interplanetários. Só as meias brancas me tranquilizaram antes do jogo que merecia ser goleada contra o misto da Chapecoense, naquela que vinha sendo a melhor semana da história do clube catarinense, finalista da Sul-Americana (por isso a escalação alternativa de Caio Júnior)…

Tão ressabiados somos que o grito de ”é campeão” que todos os rivais já lamentavam só se ouviu aos 38 do segundo tempo – e olha que o Flamengo ganhava do Santos no RIo e garantia o enea desde o primeiro minuto de jogo no Allianz. É assim a torcida que corneta e desconfia. A que canta e vibra levou 37 jogos para ter confiança de gritar ”é campeão”. O palmeirense não sente cheiro de nada, não acha que o campeão voltou, ou que é contra tudo e contra todos.

Aqui é Palmeiras. Basta. Festa e alegria no apito final que remetem à Pazza Gioia da primeira conquista. O Paulista de 1920. A Louca Alegria dos palestrinos pelas ruas paulistanas nos anos 20. O primeiro título do futuro Campeão do Século. Acabando com uma “fila de seis anos”. Nada para quem estava por 21 anos até 27 de novembro de 2016 sem ser em nível nacional o que ninguém foi mais desde então – o maior campeão. Na primeira das nossas nove conquistas em casa.

O primeiro desde 1994, com a Via Láctea da Parmalat. Quando ganhar o Paulistão ainda era muito importante. Título estadual que o Palmeiras ganharia em 1996 como nenhum outro com tantos pontos na era profissional.

Voltaria a vencer em 2008. Palmeiras que ganhou Rio-São Paulo em 2000, a Copa dos Campeões no mesmo ano, três Copas do Brasil, uma Mercosul, a Libertadores.

Tudo isso desde 1994. Mas o Brasileiro fazia tempo. O Palmeiras não sabia o que era desde quando venceu de novo o Corinthians, no Pacaembu, com show de Velloso, Rivaldo e Edmundo. E, agora, quando venceu antecipadamente o nono brasileiro na longa novena de orações de um campeonato que parecia conquistado desde os 2 a 0 em Itaquera. “Ali foi o jogo do título”. Palavras de Cuca: “saímos de Atibaia depois do empate com o Flamengo e fomos direto para o estádio deles. Lá fiz a mais emocionante preleção da campanha. Falei mais das famílias que eles não viam do que do adversário ou do nosso time. Ali foi a arrancada para o título”.

O torcedor começou a represar na vitória em Itaquera o grito que só soltou na última semana antes do título, entre a vitória justa contra o Botafogo e o placar apertado demais pela superioridade contra a Chapecoense. Semana que. pareceu levar 21 anos para o palmeirense. E vai levar ainda muito tempo para os rivais lembraram e criticarem as coisas de sempre: “tabela que ajudava, a tabela que prejudicava, o nível do futebol de hoje, o Cucabol, o apito, o Marco Polo presidente da CBF, o Paulo Nobre do Palmeiras, a Parmalat, a Academia”, e qualquer motivo que se use contra o time que Zé Roberto disse que é “o mais gigante onde ele já jogou”, na bela festa na Paulista, depois do jogo. Críticas que serão levantadas por mais anos enquanto o Palmeiras seguir levantando taças. Elogios que serão eternos como as trocas de goleiros e abraços. A passagem de bastão de gerações campeãs. Como os filhos de Luís Pereira e Vagner Bacharel, que não viram os pais serem zagueiros do Palmeiras. Mas viraram palmeirenses que foram ao estádio ou às ruas vibrarem pelo time que os pais honraram. Pela paixão de Palmeiras para os filhos. De goleiros para arqueiros. Allianz Parque que veio abaixo quando, 16h21, vieram ao aquecimento os nossos camisas azuis. Prass entre eles. “O Soldado Universal”, como apelidaram o preparador de goleiros Oscar e Jailson. Ele não cansa de treinar. Por isso voltou antes. Como tambémretornaram o próprio Jailson, Moisés e Prass. Mostrando a qualidade do departamento médico do clube, a fisioterapia e fisiologia. Quando o atleta é profissional e ama o que faz, volta antes. Ou retorna sempre. Como estava Mazola, centroavante mítico dos anos 50. O maior camisa 9 revelado pelo Palmeiras antes e Gabriel Jesus. “Meu sangue é verde”, disse ele ao conhecer enfim o Allianz Parque.

Foi tudo muito lindo na decisão antecipada. O grito de “Olê, Cuca” antes de o jogo começar. Um minuto antes de a bola rolar, pela primeira vez senti a arquibancada superior tremer. Era muita emoção. Muita gente. Público total de 40.986 pagantes. Superando o de 40 anos antes, na conquista do Paulista de 1976, contra o XV de Piracicaba.

O maior público presente desde 1902 no antigo campo do Parque Antarctica.

Um dos maiores gritos de gol aos 26 minutos. Outra jogada bem ensaiada em cobrança de falta, e gol de Fabiano, em belo toque por cobertura. Outra aposta de Cuca muito feliz.

Ele deslocou o múltiplo Jean para a cabeça da área, liberando Moisés e Tchê Tchê, em notável atuação pelo lado esquerdo. “O Cuca ajustou nosso time. Apostou em mim na lateral e deu muito certo”, disse Jean, que deu muito certo em qualquer posição em 2016.

Palmeiras foi ao intervalo com pelo menos oito grandes chances de gol. Não fosse o ótimo Danilo, teria goleado no primeiro, e também no segundo tempo. Faltavam 38 minutos para acabar o jogo, Prass e todo o banco foram aoaquecimento. O goleiro de 38 anos parecia um juvenil.

Aquecia olhando o jogo e torcendo pelo apito final. Mas também para que ele pudesse jogar alguns minutos.

Cumprindo a promessa que fizera a amigos quando o Brasil ganhou o ouro olímpico: “não ganhei essa medalha.

Mas vou levantar o troféu de campeão brasileiro no final do ano”.

Uma volta literalmente olímpica. Quando ele também ergueu no final da festa Gabriel Jesus, no cangote. Meninoque pegou o microfone e agradeceu ao estádio como Marcos fizera no “Amém dele”, ao se despedir em 2012: “espero que vocês não me esqueçam. Eu sei que não esquecerei vocês”.

E ninguém esqueceu o garoto que nasceu antes do último brasileiro. No 1994 em que começou a correr atrás da bola o Nonno Zé Roberto. Figura da nona conquista brasileira. O enea. Como eu. Como todos nós.

“A defesa mais importante que eu fiz no campeonato foi a primeira”, disse Jailson, na estreia contra o Vitória, jogo dotítulo do turno. Mas entre tantas espetaculares dele e de Prass, ainda fico com a “defesa” do Zé Roberto emAraraquara, no empate sem gols contra o Cruzeiro. “Eu estava atrás daquela meta, ao lado do Mina”, lembra Prass.

“Quase fechei os olhos quando o Robinho passou pelo Jailson. Sofro demais quando não jogo. Como sofri no Horto contra o Galo. Quando estou no estádio, sem ser pela TV, é ainda pior. Fico meio que orientando a zaga, torcendo feito louco. Mas, naquela bola do Zé, vi tudo perdido”, disse nosso número um. Por sorte e por raça o nosso número 11 Zé Roberto, mais uma vez, jogou pelos onze. Por milhões. E salvou com a perna e com o peito o nosso Palmeiras.

Por isso a festa maravilhosa pelas ruas enfim abertas no fim do jogo. A festança com música, canto, tarantelas, funk, pagode e tudo quanto é música (e não-música) nos trios elétricos até 3 da manhã. Quando o Zé Roberto falou que nunca se identificara tanto com um clube em 22 anos de carreira. Por isso que também esperamos esse tempo todo para sermos Palmeiras. Campeões. Com craques e gente como Zé. Pode bater no peito. “Faz -u-hu!” E não dorme mais.

“We Are The Champions”! A última música que o Allianz Parque ouviu no enea. A canção que fui dormir cinco da zmanhã cantando no travesseiro. A canção dos campeões.

O post Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/feed/ 0
O lance do Egídio contra a Chapecoense, em 2015 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-lance-do-egidio-contra-a-chapecoense-em-2015/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-lance-do-egidio-contra-a-chapecoense-em-2015/#respond Wed, 11 Apr 2018 13:30:36 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/11/o-lance-do-egidio-contra-a-chapecoense-em-2015/

Texto que publiquei no meu blog então no LANCE!, em 5 de outubro de 2015 Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá, Papa Francisco, Velhinha de Taubaté, Dona Lúcia e quem acredita na inocência de Sepp Blatter também desconfiariam. Todos eles, e mais escoteiros e eleitores de Fernando Collor, têm sérias dúvidas a respeito da possibilidade […]

O post O lance do Egídio contra a Chapecoense, em 2015 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Texto que publiquei no meu blog então no LANCE!, em 5 de outubro de 2015

Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá, Papa Francisco, Velhinha de Taubaté, Dona Lúcia e quem acredita na inocência de Sepp Blatter também desconfiariam. Todos eles, e mais escoteiros e eleitores de Fernando Collor, têm sérias dúvidas a respeito da possibilidade de os delegados da CBF em Chapecó não terem recebido por celular a informação de que Egídio não cometera falta em Barbio na tunda chapecoense contra o Palmeiras por 5 a 1. Marco Antonio Martins, homem de apito, personagem sério do futebol, disse para nós, na Jovem Pan, que não.

Claro que não há a interferência externa na comunicação dos quatro árbitros. Evidente que não tem alguém vendo o jogo e cantando as bolas para eles pela intercomunicação. Não tem. Acho… Os árbitros brasileiros estão mesmo é se complicando sozinhos. Não precisam de “atrapalho” externo. Nem de ajuda íntima.

Mas em Chapecó não há como deixar de imaginar que os delegados da CBF souberam do equívoco do árbitro por algum recado externo. Receberam de alguém vendo pela TV a informação de que a expulsão era incorreta. E resolveram, então, contar ao quarto árbitro, que só depois chamou o árbitro, 2min30s depois da falta mal marcada e da expulsão injusta.

Humilde, o apitador corrigiu o erro. Mas quatro minutos depois?! Segundo o quarto árbitro, a eternidade se deveu à “falha no aparelho de comunicação”… Ou falha de outras coisas… Era só ter chegado próximo ao árbitro. Num lance como esse, o único que pode fazer o que quiser pelo campo é um membro da arbitragem. Não da comissão… Se o intercomunicador estava falhando, bastava o quarto árbitro andar até o árbitro e relatar o que ele “viu”… E lá do meio-campo… Longe do lance como também estava o atrapalhado apitador…

Muitas reticências. Muita resistência para corrigir um erro de mais de quatro minutos… É muita gente tirando da reta. É muito apelo à tecnologia. É muita falta de capacidade. Ao menos houve humildade do árbitro para reconhecer o erro. E, agora, espera-se que haja coragem para reconhecer que houve informação privilegiada de quem sem o direito. Cola indevida que gerou justificativas que não colaram.

O estágio deplorável da arbitragem brasileira chega a estratos risíveis. Ela erra até quando acerta. Ela é prepotente até quando admite o erro. Ela não sabe trabalhar no básico”.

 

O post O lance do Egídio contra a Chapecoense, em 2015 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-lance-do-egidio-contra-a-chapecoense-em-2015/feed/ 0
#SomosTodosFabiano: obrigado por tudo e até quando deu em nada https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/somostodosfabiano-obrigado-por-tudo-e-ate-quando-deu-em-nada/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/somostodosfabiano-obrigado-por-tudo-e-ate-quando-deu-em-nada/#respond Sat, 10 Mar 2018 20:26:23 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/10/somostodosfabiano-obrigado-por-tudo-e-ate-quando-deu-em-nada/

Fabiano foi emprestado ao Internacional até o final do ano. Eu só quero dizer o que escrevi quando ganhamos do Peñarol por 3 a 2, na Libertadores-17, no Allianz Parque, na última bola. RelacionadasPalmeiras enfrenta quarto time uruguaio na história do Allianz Parque; relembreEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoPalmeiras tem Allianz […]

O post #SomosTodosFabiano: obrigado por tudo e até quando deu em nada apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Fabiano foi emprestado ao Internacional até o final do ano.

Eu só quero dizer o que escrevi quando ganhamos do Peñarol por 3 a 2, na Libertadores-17, no Allianz Parque, na última bola.

“No jogo que encaminharia o título brasileiro de 2016, no final do aquecimento, o último palmeirense a deixar o gramado foi o lateral reserva Fabiano. Antes de ir para o vestiário, ele chutou a bola para a meta vazia do gol Sul do Allianz Parque. A mesma onde, no final daquele tarde, Dudu faria o gol da vitória no Botafogo. Fabiano deu aquele chute sem goleiro que qualquer torcedor adoraria mandar ver no palco dos nossos sonhos. Fabiano mandou meio de brincadeira. Meio que sério. Como no jogo seguinte em casa, na meta do Gol Norte, ele faria o gol do título contra a Chapecoense.

Herói improvável como o Betinho safra 2012.

Fabiano que foi o mais limitado titular do Palmeiras (enquanto Jean não voltava, em 2017). Do caro time montado para não sofrer o que vinha sofrendo contra o Peñarol que vive da história, não da fragilidade atual. Mas o clube charrúa sabe jogar a Libertadores que ganhou cinco vezes – a segunda na final no Pacaembu contra o Palmeiras, em 1961. Com Maidana na meta. O mesmo que seria Palmeiras de 1965 a 1968. O mesmo senhor que esteve na mágica noite no Allianz Parque, levado pelo Peñarol. Mas essa é história que conto outro dia.

Hoje é para falar que #SomosTodosFabiano. Até quem não é palmeirense. Até quem não tem essa felicidade de torcer por um clube. Até quem secou e não foi feliz. Até quem – com alguma razão e muita emoção – se irritou pelo gol aos 54min15s, 1min15 além do tempo indicado pelo árbitro. Tempo que também parecia pouco pela cera, catimba e antijogo carbonero. Se o árbitro quisesse mesmo ajudar o time da casa, não teria dado só um minuto de acréscimo no primeiro tempo (e terminado a etapa antes mesmo dos 60 segundos). Não teria expulsado Dudu (sacando o melhor palmeirense da dura volta no Uruguai) já no tempo extra concedido por tudo aquilo que o Peñarol fez e o árbitro não coibiu. Se fosse caseiro, o fraco assoprador teria expulsado por segundo amarelo quem empurrou Dudu no pênalti marcado. Quisesse ajudar o Palmeiras, ele poderia ter marcado pênalti (discutível) em Dudu no primeiro tempo, aos 16. Ele poderia também ter dado o gol (que não foi) que Tchê Tchê quase fez aos 28 finais, quando o zagueiro uruguaio salvou sobre a linha e mandou no travessão a primeira bola que o Palmeiras mandaria na trave. Quatro minutos antes de Willian limpar o goleiro e mandar nova bola inacreditável na noite que não parecia verde.

Afinal, Borja não perde os gols que desperdiçou. Não manda longe um pênalti que normalmente converte ao chutar no canto alto dos goleiros. Um time qualificado como o Palmeiras não perde tantas chances. Um forte candidato ao título faz o que fez nos cinco minutos iniciais do segundo tempo. Embalado e empurrado por uma torcida que quase nunca parou de berrar, empatou com William em lance em que a bola bateu (involuntariamente) nas mãos de Dracena e Borja, com 1 minuto de bola rolando. E virou com Dudu em bela arrancada de Guerra (em sua melhor partida) e falha defensiva uruguaia. Mas esse forte Palmeiras não pode errar tantos passes e cair nas provocações rivais. Não pode bobear nas bolas paradas como nos dois gols do bravo Peñarol. O segundo, o do 2 a 2, aos 30 finais, em falha rara de Mina. O primeiro, que abriu o placar, aos 32, em desatenção usual de Fabiano, que deixou livre Ramos Arias para cabecear.

Fabiano…

#SempreCritiquei.

Uns cinco minutos antes, ele pela meia direita, umas quatro ou cinco opções de passe melhores (ainda que muitas vezes a equipe tenha optado pela individualidade de um inspirado e isolado Dudu pela esquerda), Fabiano resolveu chutar de muito longe. E a bola foi ainda mais longe da meta rival.

Para quê?

Desnecessário. Como o calcanhar de Felipe Melo pouco antes, na intermediária, que gerou perigoso contragolpe carbonero.

Para quê?

Felipe Melo, com Dudu, era das melhores coisas em campo. Firme nas antecipações, cerebral nos passes, aturou as provocações que ele mesmo criou. Numa delas, sofreu a falta, foi atropelado pelo uruguaio, e só levantou e olhou feio e firme para o rival. Bastou. Intimidou e se impôs. Assim que se faz. “Com responsabilidade”, diria ele. Ou “ousadura”, só ele para dizer.

Libertadores não se ganha só no grito e na cara feia. É na bola. E, no frigir das bolas, esse Palmeiras tem mais potencial que qualquer outro. Mas precisa se ajeitar, se ajustar, e não assustar tanto. Não precisa de firula, mas da seriedade de quem sabe fazer a hora. Até mesmo além dela.

Só que não há palmeirense algum que, depois do apito final, não tenha dado graças ao Divino pelo que viu. Pelo que sobreviveu. Pelo que viveu por essa paixão que um dia ainda nos leva. Mas, até lá, nos leva mais vivos. Como Felipe Melo que a cada dias ganha mais fãs de verde. Como…

…Fabiano!?!

Sim, o lateral que ninguém dá bola. Só corneta. O limitado jogador que não tinha palmeirense que o quisesse ver nem pintado de verde. No final, ele se mandou para a área quando ninguém mais esperava nada além do apito final que já estava atrasado. Fabiano apareceu como centroavante e cabeceou a bola que o bom goleiro uruguaio espalmou para escanteio.

Aos 53min35s.

Não tinha mais jogo. Tempo esgotado como os times. Mas Fabiano não estava exausto. Ele seguiu na área, o Palmeiras tinha um a menos em campo, embora tivesse quase 38 mil que acreditavam no mesmo Palmeiras do gol no fim de Mina contra o Wilstermann.

(Mas, entre nós, quem acreditava mesmo em Fabiano?)

Ele seguiu na área. A bola seguiu ate ele no escanteio. O gigante Edu Dracena pareceu subir para fazer o tão aguardado e merecido primeiro gol dele pelo Palmeiras. Mas quem apareceu do nada, surgindo do nada, e quase que não querendo nada com tudo aquilo, fez um dos gols mais tudo de lindo e emocionante da história do Palmeiras.

Não pelo que representa na tabela. Mas pelo que nos representa pela vida.

A bola ainda bateu na trave antes de entrar. Como todos os lances dos nossos santos dias. Nós, seres limitados como Fabiano, somos como ele. Batemos ou raspamos a trave todos os dias dos diabos. Tudo parece que não vai dar. Mas tem uma hora que dá certo. De onde menos se espera, mais se deve esperar.

#NuncaCritiquei Fabiano.

#SomosTodosFabiano.

Gol de Fabiano. Depois de escanteio criado por Fabiano.

Quando eu parar de desfibrilar, eu volto para tentar contar um daqueles jogos que vamos contar aos nossos netos. E eles ainda não vão entender.

Amanhã a nossa jornada segue. Com vários Fabianos indo até a área rival em todos os campos para tentar o que só o Fabiano do Palmeiras parecia acreditar.

Obrigado, Fabiano, pela noite que não consegui dormir. Pela lição que o futebol mais uma vez nos dá.

Obrigado, Fabiano, por fazer a minha profissão ainda mais feliz. Não por ser Palmeiras. Mas por poder escrever que todo dia a gente sempre pode fazer alguma coisa por alguém.

É só aparecer lá do outro lado e acreditar que ainda dá.”

Não deu em 2017.

No último jogo de Fabiano, ele falhou no gol do São Caetano no SP-18. E foi vaiado e até xingado.

Talvez ele tenha tido chances demais no Palmeiras.

Mas os dois gols que ele fez nos fazem acreditar que ainda é sempre possível crer.

Boa sorte, Fabiano.

O post #SomosTodosFabiano: obrigado por tudo e até quando deu em nada apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/somostodosfabiano-obrigado-por-tudo-e-ate-quando-deu-em-nada/feed/ 0
Precisamos crer como todos eles acreditaram https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/precisamos-crer-como-todos-eles-acreditaram/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/precisamos-crer-como-todos-eles-acreditaram/#respond Wed, 29 Nov 2017 12:10:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/29/precisamos-crer-como-todos-eles-acreditaram/

O mundo ainda não acredita o que há um ano perdemos na semana da maior vitória de toda Chapecó. Quando o mundo todo foi Chapecoense. RelacionadasTite reencontra Palmeiras no Allianz Parque oito anos após último jogoViciado em vencer! Abel iguala Brandão como maior campeão na história do PalmeirasAbel Ferreira fala sobre possibilidade de tricampeonato brasileiro […]

O post Precisamos crer como todos eles acreditaram apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O mundo ainda não acredita o que há um ano perdemos na semana da maior vitória de toda Chapecó. Quando o mundo todo foi Chapecoense.

Vamos, Chapê.

Fomos, Chapê.

Ainda não dá para acreditar na tragédia depois daquela montanha na madrugada de Medellín. O maior ano nos 43 da Chapecoense. Ainda não dá pra acreditar no que só vocês, Chapê, acreditavam.

Do Oeste de Santa Catarina para conquistar o Sul da América. Das mãos trocadas pelos pés de Danilo. Da mãe do goleiro que tão bem abraçou a Chape abraçando o repórter que chorava como o Brasil. O indiozinho olhando para o céu de Condá com dó no peito dilacerado. A festa campeã do Nacional da Colômbia e de todas as nações que saudaram o maior vencedor. O que não precisa ganhar. Já ganhou. Até taça campeã do ano anterior foi entregue pelo Santa Fe.

Ainda não acreditamos em tudo que perdemos. E só vocês acreditaram em tudo que conquistaram. Todos vocês. Não apenas atletas, comissão técnica e gente de Santa Catarina. Também jornalistas e tripulantes. Vocês partiram antes da partida da vida de vocês. Vocês nem em sonho imaginavam tudo aquilo que sonharam. Nessa viagem foram todos que faziam como vocês. Por amor. Por acreditar. Todos sonharam um dia chegar lá. Ou nem sonhavam com a realidade de sonho que partiu sem volta.

Todos já eram vencedores porque escalados. Porque escolhidos.

Para quem acredita, Deus quis assim. Para quem não acredita, nada explica. E até para quem crê, nada conforta. Nem

a mais linda partida que se viu no dia seguinte em Medellín no estádio cheio. 90 minutos sem bola e nem times e nem as traves. Apenas o espírito do jogo. A partida deles todos. De todos nós.

A Chapecoense não era o Brasil. O mundo é a Chapecoense. Um ano depois, todo mundo precisa ser ainda mais o que eles foram. Precisa crer no que acreditaram. Aquele voo não pode ter partido em vão. Precisamos aprender além da tristeza e da tragédia.

Precisamos acreditar no que jamais pudemos crer. A partida da Chapecoense.

O post Precisamos crer como todos eles acreditaram apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/precisamos-crer-como-todos-eles-acreditaram/feed/ 0
O Zé é 11 que não se acha o um: Palmeiras 2 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/#respond Tue, 28 Nov 2017 09:50:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/28/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/

Aos 20 minutos de jogo decisivo do Brasileiro em 27 de novembro de 2016, Zé Roberto desarmou um rival, driblou o outro, fez nova finta até sofrer falta rente à linha lateral esquerda onde passaria 23 anos muito bem corridos de carreira muito bem jogada. O maior público em então dois anos de Allianz Parque, […]

O post O Zé é 11 que não se acha o um: Palmeiras 2 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Aos 20 minutos de jogo decisivo do Brasileiro em 27 de novembro de 2016, Zé Roberto desarmou um rival, driblou o outro, fez nova finta até sofrer falta rente à linha lateral esquerda onde passaria 23 anos muito bem corridos de carreira muito bem jogada. O maior público em então dois anos de Allianz Parque, 96 de estádio do Palestra Italia, e 114 de jogos no Parque Antarctica, começou a gritar que ele era “animal”. Como em 31 de janeiro de 2015 ele disse aos companheiros no vestiário do Allianz Parque, antes do jogo contra o Audax, que queria que todos um dia tivessem o nome gritado como Edmundo. Como naquele instante do 1 x 0 contra a Chape em 2016 o maior público em casa gritou para ele.

Um ano depois, no mesmo estádio, na mesma data exata, o ainda mais certo Zé Roberto teve várias vezes gritado o nome no coro animal. Na justa vitória por 2 x 0 contra o Botafogo, também pela penúltima rodada do Brasileiro, lutando agora pelo vice e não pelo campeonato de 2017, Zé voltou a ser o lateral pela esquerda. Jogou e bem os 90 minutos em que o time foi um pouco melhor do que o Botafogo na primeira etapa de muitos passes errados de Moisés, de algumas tentativas frustadas como Borja, e de duas ótimas chances para o gol de falta em tiro livre direto que há mais de mil dias o Palmeiras não faz. E ainda assim marcou mais gols que todos os times do Brasileiro desde 2016.

Na segunda etapa, o time do Zé foi mais eficiente e contundente e abriu o placar com Dudu, o mesmo que fizera o 1 x 0 contra o Botafogo na antepenúltima rodada do BR-16. E fechou a conta com mais um belo gol de Keno, o melhor custo-benefício de 2017. Aquele que não se esperava muito na temporada em que se esperava demais de todos.

O Palmeiras se fechou e administrou a vantagem sem sustos. Esperava-se a substituição do Zé para a ovação final. Ele ficou até o fim. Melhor assim. Ele é assim. Não precisa de protagonismo. Precisa apenas ser necessário como sempre foi.

No time galáctico do Brasil na Copa de 2006 ele era o menos badalado. E foi o melhor e mais regular da equipe jogando na função de segundo volante onde menos atuou. Mas não jogou menos.

Assim é o Zé. O que veste as chuteiras da humildade. A que ele descalçou e jogou para a galera para o torcedor que fez malabarismo para a guardar mesmo com o filho no cangote. A outra ele guardou como fez Julinho Botelho, há 50 anos, quando Djalma Santos se ajoelhou para tirar as dele para o maior camisa sete palmeirense desfilar pelo gramado na última volta olímpica de tantas.

Zé foi sozinho pelo Allianz aplaudindo e sendo aplaudido por todos ao se despedir. Como seria se rivais estivessem na arquibancada. Um cara como ele é vencedor independente da camisa que veste e do uniforme que vence. Saiu discreto como chegou.

Entrou e saiu com a camisa 11. Por sempre ser um dos 11. Querer fazer parte dos 11. Mas não ter a pretensão de ser os 11. De ser o primeiro. O um. O único. Também por isso foi raro.

Quando pediu na última preleção para que os outros 10 jogassem pelo camisa 11, ele só esqueceu de dizer que os outros milhões também estavam com ele. E vamos continuar jogando juntos.

O post O Zé é 11 que não se acha o um: Palmeiras 2 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-ze-e-11-que-nao-se-acha-o-um-palmeiras-2-x-0-botafogo/feed/ 0
Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, 37a. rodada do BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/#respond Mon, 27 Nov 2017 18:10:51 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/27/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de RelacionadasFlaco López renasce como artilheiro do Palmeiras em título do PaulistãoEspecialista em futebol italiano avalia Felipe Anderson no Palmeiras: ‘Melhor fase da carreira’Reserva mais usado em 2024, Gabriel Menino tenta retomar espaço no Palmeiras: ‘Todos são importantes’goleiros do […]

O post Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, 37a. rodada do BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de

goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um

profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora

por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego

Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas e lágrimas.

Como se o vovô-garoto rejuvenescido como um Zé Roberto

(emocionantemente ovacionado pelo que joga e rala e fala

aos 20 finais contra a Chapecoense) desse o lugar a um

moleque de futebol enorme como o futuro de Gabriel

Jesus.

Tudo isso foi nos 5 a 0 na Ponte Preta. Maior goleada de

uma final paulista. Em 2008. Tudo isso também aconteceu

aos 44 minutos do segundo tempo no Allianz Parque. 2016.

Fora desde que a dor de cotovelo por amor ao que faz o

tirou do ouro olímpico e do Palmeiras, Fernando Prass, 38,

está do lado do gramado que com as luvas ele guarda. Ele vai substituir Jailson, 35, ainda invicto no Brasileiro. A maior

invencibilidade da história de palmeirenses nos Brasileiros

que nenhum clube venceu mais que o nosso.

Placa erguida. Sai 49 e entra 1. Entra um cara que chegou

ao clube aos 34 e à Seleção pela primeira vez aos 37. O

primeiro goleiro que o Palmeiras comprou desde 1994. Ano

do último Brasileiro. Sai um palmeirense de berço que só

estreou na Série A aos 35. Sai abraçado por todo o time.

Vai para o banco abraçado por todos os reservas.

Ovacionado pelo maior público que o Parque Antárctica já

viu desde 1902, quando foi palco do primeiro jogo do

futebol oficial no Brasil. O país que mais títulos mundiais

tem. Casa desde 1920 do maior vencedor de títulos

nacionais. Não é por fax e nem por fãs. É fato. É foda. É

Palmeiras.

O clube que faz goleiros foi ao mercado depois de 18 anos

comprar Prass (2012) e Jailson (2014). Um Prass que vai

ser eterno Palmeiras como Zé Roberto, o capitão Dudu e

Moisés (o melhor do campeonato para mim) e Tchê Tchê

(o melhor no 1 a 0 contra a Chapecoense). Um Jailson que

nasceu Palmeiras e vai para sempre guardar nos olhos

essa homenagem como guardou nossa meta a paixão

palestrina. “Eu não sabia que o Cuca me substituiria no

final do jogo. Quando vi a placa fiquei muito emocionado

pelo carinho dos companheiros e da torcida. E mais ainda

pelo grande cara que é o Prass. Já falei para todo mundo:

esse lugar é dele. Trabalhei para caramba para chegar até

aqui, respeitei, mas preciso ter humildade. Ele é um ídolo.

Ele é o titular. Eu fico na minha, trabalhando quietinho”.

Mas a sua também é nossa, Jailsão da massa. O primeiro

título do primeiro goleiro negro do Palmeiras. Na linda tarde

em que a avó dele veio a um estádio pela primeira vez. Aos

80 anos, ela era uma das quase 41 mil pessoas que mais

que lotaram o Allianz Parque para ver e celebrar o maior vencedor nacional. Time de torcedores que muitas vezes

se acham os maiores perdedores interplanetários.

Só as meias brancas me tranquilizaram antes do jogo que

merecia ser goleada contra o misto da Chapecoense, naquele que vinha sendo a melhor semana da história do clube catarinense, finalista da Sul-Americana (por isso a escalação alternativa de Caio Júnior)…

Tão ressabiados somos que o grito de ”é campeão” que

todos os rivais já lamentavam só se ouviu aos 38 do

segundo tempo – e olha que o Flamengo ganhava do

Santos no RIo e garantia o enea desde o primeiro minuto

de jogo no Allianz. É assim a torcida que corneta e

desconfia. A que canta e vibra levou 37 jogos para ter

confiança de gritar ”é campeão”. O palmeirense não sente

cheiro de nada, não acha que o campeão voltou, ou que é

contra tudo e contra todos.

Aqui é Palmeiras. Basta. Festa e alegria no apito final que

remetem à Pazza Gioia da primeira conquista. O Paulista

de 1920. A Louca Alegria dos palestrinos pelas ruas

paulistanas nos anos 20. O primeiro título do futuro

Campeão do Século. Acabando com uma “fila de seis

anos”. Nada para quem estava por 21 anos até 27 de

novembro de 2016 sem ser em nível nacional o que ninguémfoi mais desde então – o maior campeão. Na primeira

das nossas nove conquistas em casa.

O primeiro desde 1994, com a Via Láctea da Parmalat.

Quando ganhar o Paulistão ainda era muito importante. Título estadual que o Palmeiras ganharia em 1996 como

nenhum outro com tantos pontos na era profissional.

Voltaria a vencer em 2008. Palmeiras que ganhou Rio-São

Paulo em 2000, a Copa dos Campeões no mesmo ano, trê

s Copas do Brasil, uma Mercosul, a Libertadores.

Tudo isso desde 1994. Mas o Brasileiro fazia tempo. O

Palmeiras não sabia o que era desde quando venceu de

novo o Corinthians, no Pacaembu, com show de Velloso,

Rivaldo e Edmundo. E, agora, quando venceu

antecipadamente o nono brasileiro na longa novena de

orações de um campeonato que parecia conquistado desde

os 2 a 0 em Itaquera. “Ali foi o jogo do título”. Palavras de

Cuca: “saímos de Atibaia depois do empate com o

Flamengo e fomos direto para o estádio deles. Lá fiz a mais

emocionante preleção da campanha. Falei mais das famílias que eles não viam do que do adversário ou do nosso

time. Ali foi a arrancada para o título”.

O torcedor começou a represar na vitória em Itaquera o

grito que só soltou na última semana antes do título, entre a

vitória justa contra o Botafogo e o placar apertado demais

pela superioridade contra a Chapecoense. Semana que

pareceu levar 21 anos para o palmeirense. E vai levar

ainda muito tempo para os rivais lembraram e criticarem as

coisas de sempre: “ tabela que ajudava, a tabela que

prejudicava, o nível do futebol de hoje, o Cucabol, o apito, o

Marco Polo presidente da CBF, o Paulo Nobre do

Palmeiras, a Parmalat, a Academia”, e qualquer motivo que

se use contra o time que Zé Roberto disse que é “o mais

gigante onde ele já jogou”, na bela festa na Paulista, depois

do jogo. Críticas que serão levantadas por mais anos

enquanto o Palmeiras seguir levantando taças. Elogios que

serão eternos como as trocas de goleiros e abraços. A

passagem de bastão de gerações campeãs. Como os filhos

de Luís Pereira e Vagner Bacharel, que não viram os pais

serem zagueiros do Palmeiras. Mas viraram palmeirenses

que foram ao estádio ou às ruas vibrarem pelo time que os

pais honraram. Pela paixão de Palmeiras para os filhos.

De goleiros para arqueiros. Allianz Parque que veio abaixo

quando, 16h21, vieram ao aquecimento os nossos camisas azuis. Prass entre eles. “O Soldado Universal”, como

apelidaram o preparador de goleiros Oscar e Jailson. Ele

não cansa de treinar. Por isso voltou antes. Como também

retornaram o próprio Jailson, Moisés e Prass. Mostrando a

qualidade do departamento médico do clube, a fisioterapia

e fisiologia. Quando o atleta é profissional e ama o que faz,

volta antes. Ou retorna sempre. Como estava Mazola,

centroavante mítico dos anos 50. O maior camisa 9

revelado pelo Palmeiras antes e Gabriel Jesus. “Meu

sangue é verde”, disse ele ao conhecer enfim o Allianz

Parque.

Foi tudo muito lindo na decisão antecipada. O grito de “Olê,

Cuca” antes de o jogo começar. Um minuto antes de a bola

rolar, pela primeira vez senti a arquibancada superior

tremer. Era muita emoção. Muita gente. Público total de

40.986 pagantes. Superando o de 40 anos antes, na

conquista do Paulista de 1976, contra o XV de Piracicaba.

O maior público presente desde 1902 no antigo campo do

Parque Antarctica.

Um dos maiores gritos de gol aos 26 minutos. Outra jogada

bem ensaiada em cobrança de falta, e gol de Fabiano, em

belo toque por cobertura. Outra aposta de Cuca muito feliz.

Ele deslocou o múltiplo Jean para a cabeça da área,

liberando Moisés e Tchê Tchê, em notável atuação pelo

lado esquerdo. “O Cuca ajustou nosso time. Apostou em

mim na lateral e deu muito certo”, disse Jean, que deu

muito certo em qualquer posição em 2016.

Palmeiras foi ao intervalo com pelo menos oito grandes

chances de gol. Não fosse o ótimo Danilo, teria goleado no

primeiro, e também no segundo tempo. Faltavam 38

minutos para acabar o jogo, Prass e todo o banco foram ao

aquecimento. O goleiro de 38 anos parecia um juvenil.

Aquecia olhando o jogo e torcendo pelo apito final. Mas

também para que ele pudesse jogar alguns minutos.

Cumprindo a promessa que fizera a amigos quando o Brasil ganhou o ouro olímpico: “não ganhei essa medalha.

Mas vou levantar o troféu de campeão brasileiro no final do

ano”.

Uma volta literalmente olímpica. Quando ele também

ergueu no final da festa Gabriel Jesus, no cangote. Menino

que pegou o microfone e agradeceu ao estádio como

Marcos fizera no “Amém dele”, ao se despedir em 2012: “

espero que vocês não me esqueçam. Eu sei que não

esquecerei vocês”.

E ninguém esqueceu o garoto que nasceu antes do último

brasileiro. No 1994 em que começou a correr atrás da bola

o Nonno Zé Roberto. Figura da nona conquista brasileira. O

enea. Como eu. Como todos nós.

“A defesa mais importante que eu fiz no campeonato foi a

primeira”, disse Jailson, na estreia contra o Vitória, jogo do

título do turno. Mas entre tantas espetaculares dele e de

Prass, ainda fico com a “defesa” do Zé Roberto em

Araraquara, no empate sem gols contra o Cruzeiro. “Eu

estava atrás daquela meta, ao lado do Mina”, lembra Prass.

“Quase fechei os olhos quando o Robinho passou pelo

Jailson. Sofro demais quando não jogo. Como sofri no

Horto contra o Galo. Quando estou no estádio, sem ser

pela TV, é ainda pior. Fico meio que orientando a zaga,

torcendo feito louco. Mas, naquela bola do Zé, vi tudo

perdido”, disse nosso número um. Por sorte e por raça o

nosso número 11 Zé Roberto, mais uma vez, jogou pelos

onze. Por milhões. E salvou com a perna e com o peito o

nosso Palmeiras.

Por isso a festa maravilhosa pelas ruas enfim abertas no

fim do jogo. A festança com música, canto, tarantelas, funk,

pagode e tudo quanto é música (e não-música) nos trios

elétricos até 3 da manhã. Quando o Zé Roberto falou que

nunca se identificara tanto com um clube em 22 anos de

carreira. Por isso que também esperamos esse tempo todo para sermos Palmeiras. Campeões. Com craques e gente

como Zé. Pode bater no peito. “Faz -u-hu!” E não dorme

mais.

“We Are The Champions”! A última música que o Allianz

Parque ouviu no enea. A canção que fui dormir cinco da

manhã cantando no travesseiro. A canção dos campeões.

O post Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, 37a. rodada do BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/feed/ 0
365 dias depois, 27 de novembro https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/365-dias-depois-27-de-novembro/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/365-dias-depois-27-de-novembro/#respond Mon, 27 Nov 2017 11:17:46 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/27/365-dias-depois-27-de-novembro/

Hoje, 27 de novembro de 2017, o Palmeiras entra em campo para encarar o Botafogo no Allianz Parque, pela penúltima rodada do Brasileirão. Há 365 dias, o Palmeiras comemorava no mesmo Allianz Parque, o seu nono título brasileiro, num dia que ficou marcado na história de muita gente. Zé Roberto, um dos líderes do elenco […]

O post 365 dias depois, 27 de novembro apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Hoje, 27 de novembro de 2017, o Palmeiras entra em campo para encarar o Botafogo no Allianz Parque, pela penúltima rodada do Brasileirão. Há 365 dias, o Palmeiras comemorava no mesmo Allianz Parque, o seu nono título brasileiro, num dia que ficou marcado na história de muita gente.

Zé Roberto, um dos líderes do elenco palmeirense, levantava naquela tarde,a sua última taça como jogador de futebol. O camisa 11 no auge dos seus 43 anos, irá se despedir do futebol e da torcida palmeirense no dia de hoje. Uma pena que o clube não fez o mínimo de esforço para ter o Allianz Parque lotado nesta noite. Dia chuvoso em São Paulo, segunda-feira, e os ingressos seguiram nos altos preços como se o jogo valesse mais uma taça.

27 de novembro de 2016. Tantos guerreiros da Chapecoense, finalista da Copa Sulamericana, jogariam o último jogo de suas vidas. Pisariam pela última vez em um gramado de futebol. O destino foi cruel, tanto para eles, quanto para os palmeirenses, que na madrugada da ressaca do título, já não tinham mais razão alguma para comemorar, nem de entender o porquê de tudo aquilo. Só lamentar o trágico acidente que ceifou tantas vidas.

Que hoje, Borja marque como Bruno Rangel. Que Keno drible como Ananias. Que Valentim oriente como Caio Júnior, aquele que também passou pela Sociedade Esportiva Palmeiras. Que Jaílson, o invictus, defenda sua meta como Danilo defendeu tão bem a da Chape. Torcemos pelo simples fato de termos a oportunidade de ver pela última vez o tal do Zé Roberto Animal em campo.

Joguemos pelo simples prazer de estarmos vivos.

Vivos como Zé Roberto, que com 40 anos, chegou para transformar um clube gigante que estava adormecido, e para buscar o título de campeão brasileiro, que escapou de suas mãos lá em 1996.

Hoje pela última vez tem Zé Roberto. Mas Palmeiras teremos pela eternidade, a Chape e o Enea também. Feliz 27/11/2017!

O post 365 dias depois, 27 de novembro apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/365-dias-depois-27-de-novembro/feed/ 0
Um brother que faz festa no céu https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/#respond Sat, 21 Oct 2017 08:40:15 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/10/21/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/

Marcello di Lallo também foi plantão. E foi de tudo no belo trabalho que Eldorado e ESPN fizeram no rádio. Com Silvio Valente ele foi um dos corações e cabeças de grande equipe. Com Flávio Gomes, dividiu microfone e madrugadas longas como a saudade que já bate depois da perda do amigo mais que colega […]

O post Um brother que faz festa no céu apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Marcello di Lallo também foi plantão. E foi de tudo no belo trabalho que Eldorado e ESPN fizeram no rádio. Com Silvio Valente ele foi um dos corações e cabeças de grande equipe. Com Flávio Gomes, dividiu microfone e madrugadas longas como a saudade que já bate depois da perda do amigo mais que colega há um ano. Em um jogo de tênis que ele também manjava e curtia.

Estivesse ainda fazendo o rádio que amava e entendia como poucos, seria o brother Di Lallo quem teria anunciado os tantos gols da grande classificação do Cruzeiro contra o Corinthians, pela Copa do Brasil de 2016. 4 a 2 no Mineirão! Vinte anos antes de partir sem dizer até logo, Marcelo cobriu comigo pela rádio Gazeta a inesperada derrota do nosso Palmeiras na épica final da Copa do Brasil de 1996. Virada celeste por 2 a 1. Aquele maravilhoso time de Luxemburgo teve 25 chances em dois jogos. Fez apenas dois gols. O ótimo Cruzeiro de Levir teve cinco oportunidades. Marcou três vezes e foi campeão. Como explicar? Como entender?

Não tivemos palavras. Como agora, um ano depois da partida dele, ainda não sei o que é falar a respeito da perda de um amigo querido por uma dor no coração grande. Soube pela mensagem de outro irmão que o jornalismo me deu. Sergio Patrick me mandou WhatsApp à tarde, quando eu estava na loja de discos Best Buy, no penúltimo dia das curtas férias em Nova York. As pernas tremeram. Só consegui olhar em volta e ver os poucos CDs que ainda são vendidos. Menos que os LPs que voltaram às prateleiras, num revival inesperado. Quase uma virada como a do Cruzeiro em 1996.

Lembrei do brother Di Lallo entrando comigo na Tower Records de Santa Clara, pouco antes da Copa de 1994, a primeira que cobrimos juntos, pela rádio Gazeta, onde trabalhamos de 1991 até a rádio ser alugada para uma igreja, em 1996. Não sei se o termo é esse, mas fomos desligados na véspera do fim do ano. Naquele mesmo 1996 sem palavras. Dois anos depois daquela Copa de tetra. E das longas horas na Tower buscando e ouvindo todos os sons e sonhos.

O do Di Lallo era viver um dia na praia. Pousada na Bahia. Ligado em alguma alta frequência de alta fidelidade. Desligando deste mundo em alguma vibe do Pink Floyd. Da banda que amamos. Da camiseta que logo vi à venda na outra loja da cidade que nunca dorme nos EUA. Mas que me pareceu perdida naquele momento de perda de um amigo que passou 50 anos pensando o rádio. Ouvindo o rádio. E tendo ideias. Uma delas, se tudo der certo, farei em nome dele. Aviso quando der certo. (E posso avisar agora. É o NOSSOPALESTRA.COM.BR).

Tem a ver com rádio. Tem a ver com o Palmeiras que o levou à rádio Gazeta. Ele começava na produção há 30 anos, com o mestre Pedro Luís. O nosso time perdeu o primeiro jogo da semifinal do SP-86 para o Corinthians em péssima arbitragem. Di Lallo ja produzia programas. Tinha contatos. E perdeu a estribeira. Era Cordenunzzi por parte de mãe. Mas não era cordeirinho para ninguém. Não teve dúvida. Pegou o telefone e ligou pra casa do árbitro. Falou um monte de absurdos e desligou. Sociedade Esportiva Jornalismo em ação. Clamor pro justiça que se viu no jogo de volta, no 3 x 0 no Corinthians. Aquele gol olímpico do Éder. Aqueles dois gols do Mirandinha.

Não é página notável de Di Lallo. Claro que não é. Mas era paixão por fazer de tudo pelos amigos e por aquilo que ele gostava. Ele talvez não tenha ficado triste pela merecida classificação do Grêmio na Copa do Brasil do ano passado. Rival que focava o penta da Copa do Brasil e que eliminou quem foca o enea como o Palmeiras.

(E deu tudo certo. Para nós, em 2016. Para eles, em 2017).

Di Lallo deve ter aplaudido o esforço do Juventude de Antonio Carlos Zago, que só perdeu nos pênaltis para o bravo e favorito Atlético Mineiro. Deve ter aplaudido a superação do Inter que eliminou o favorito Santos. Deve ter acompanhado tudo isso. Di Lallo não para. E crê, pela fé dele, que são estágios nessa e em outras vidas que vivemos.

A religião dele lida melhor com algo que não sei lidar. Ainda mais longe do Brasil. E mais longe ainda do amigo que vi pela última vez no lançamento do meu novo filme do Palmeiras. Cem anos de uma história que nos une.

Brother, bicho, para despedir, coloca aí em cima e no ar VENTURA HIGHWAY do AMERICA. Aquela canção que ouvimos no carro, no rádio, voltando do treino do Brasil, em 1994. E na própria Ventura Highway.

A gente continua nossa aventura por aqui. Um abraço. E já que está por aí, toma aquela com os nossos pais que eram amigos de Pinheiros. E, se tudo der certo, façam festa no final do ano. Vamos precisar de vocês por aí.

(Era o meu pedido em outubro de 2016. Deu certo em 27 de novembro contra a Chapecoense. E mais colegas e gente de Chapecó foi antes da hora lá pra cima com todos eles dois dias depois. Não tem como não ter saudade. Não tem como compreender).

O post Um brother que faz festa no céu apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/feed/ 0
Hyoran revela emoção no Choque-Rei: ‘Minha vontade era entrar com a bola no gol’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/hyoran-revela-emocao-no-choque-rei-minha-vontade-era-entrar-com-a-bola-no-gol/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/hyoran-revela-emocao-no-choque-rei-minha-vontade-era-entrar-com-a-bola-no-gol/#respond Fri, 01 Sep 2017 10:40:06 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/01/hyoran-revela-emocao-no-choque-rei-minha-vontade-era-entrar-com-a-bola-no-gol/

Foram exatamente dez dias entre o inferno e o céu para o menino Hyoran. Nascido em Chapecó e uma das maiores revelações da história da Chapecoense, de um dia para o outro o jovem viu todos os seus colegas de time morrerem em um acidente de avião que chocou o mundo. Não havia mais clima […]

O post Hyoran revela emoção no Choque-Rei: ‘Minha vontade era entrar com a bola no gol’ apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Foram exatamente dez dias entre o inferno e o céu para o menino Hyoran. Nascido em Chapecó e uma das maiores revelações da história da Chapecoense, de um dia para o outro o jovem viu todos os seus colegas de time morrerem em um acidente de avião que chocou o mundo. Não havia mais clima algum para Hyoran seguir na sua cidade. O garoto de 23 anos só não estava no avião porque se tratava de uma lesão na panturrilha e não foi relacionado por Caio Júnior. Depois da tragédia, o Palmeiras surgiu na vida de Hyoran.

google_ad_client = "ca-pub-6830925722933424";

google_ad_slot = "5708856992";

google_ad_width = 336;

google_ad_height = 280;

Nome de craque em homenagem ao holandês Johann Cruyff, o camisa 28 recebeu o Nosso Palestra na academia de futebol e concedeu uma entrevista exclusiva para que o torcedor alviverde possa conhecer ainda mais o cara que decidiu o Choque-Rei.

Gol no clássico, maior da carreira?

“Com certeza foi um dos gols mais importantes da minha carreira. Um gol que vai ficar marcado para sempre pra mim. Um gol em um clássico, da magnitude que teve, com a repercussão que teve. Uma sensação maravilhosa ver a torcida comemorando e vibrando muito naquele momento.”

O que a torcida pode esperar do Hyoran daqui pra frente?

“A torcida pode esperar de mim muita determinação e garra. Sempre que o Cuca me der uma oportunidade, eu vou buscar dar o meu melhor. É assim que eu sempre fui e é assim que eu vou ser.”

Pressão da torcida palmeirense

“Quando eu vinha treinando fisicamente e tecnicamente, eu trabalhei muito essa parte psicológica, pra que quando eu entrasse em campo essa pressão não me atrapalhasse. Tento levar tudo isso como um apoio, um incentivo, para entrar dentro de campo e me dedicar ainda mais.”

Acidente da Chape e vinda para o Palmeiras logo depois

“Foi algo que me magoou bastante, deixou uma ferida muito forte, é até complicado falar. Mas aí o Palmeiras veio, eu sabia que era uma grande oportunidade de eu crescer na carreira, evoluir e de certa forma ajudar a Chapecoense financeiramente. Naquele momento, foi a melhor forma de eu poder contribuir com a reconstrução do clube, porque desenvolver meu futebol lá depois de tudo que se passou ia ser muito difícil. Perdi muitos amigos, e quando veio a oportunidade de defender o Palmeiras, aceitei na hora.”

Hyoran ainda é a maior transação da história da Chapecoense. Mesmo antes da tragédia, ele já estava apalavrado com o Palmeiras. Os valores são mantidos em sigilo, mas estima-se que o clube de SC recebeu perto de R$ 5 milhões por 50% do passe do garoto. O ex-presidente Sandro Parollo, que também morreu no acidente, foi o responsável por toda a negociação com o Verdão.

Características e influências do futsal

“Eu tenho bastantes caraterísticas do futsal, joguei muito tempo salão. Eu sou um meia de mobilidade, gosto de sempre estar me movimentando perto da área para fazer gols e dar algumas assistências também.”

E se fosse para fazer a mesma homenagem do pai, para algum filho. Qual jogador seria o escolhido?

“Zinedine Zidane. Zidane é o cara que eu sou fã, e se fosse para homenagear um filho com o nome de algum jogador, com certeza seria o dele.”

Lembranças do amigo Bruno Rangel

A descrição do gol contra o São Paulo diante da foto de Marcelo Brandão, do Nosso Palestra

(Foto: Marcelo Brandão/ @ClickPalestra)

google_ad_client = "ca-pub-6830925722933424";

google_ad_slot = "5708856992";

google_ad_width = 336;

google_ad_height = 280;

“Nessa hora, eu só pensava que tinha que fazer o gol. A minha vontade era entrar junto com a bola pra dentro do gol, uma felicidade sem fim. O Willian tocou e a bola veio quicando, não estava tão fácil assim como parece, mas aprendi com meu grande amigo Bruno Rangel: ele dizia que essa bola, você tem que entrar com ela dentro do gol, com fome. Dedico esse gol a ele.”

Bruno Rangel é até hoje o maior artilheiro da história da Chapecoense com 81 gols e infelizmente era uma das vítimas que estavam no avião da Lamia naquele fatídico 29 de novembro de 2016. Hyoran tem contrato com o Palmeiras até 2020 e quer fazer história com a camisa do Palmeiras.

O post Hyoran revela emoção no Choque-Rei: ‘Minha vontade era entrar com a bola no gol’ apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/hyoran-revela-emocao-no-choque-rei-minha-vontade-era-entrar-com-a-bola-no-gol/feed/ 0 O gol, a reza e o click: ‘Uma das fotos mais bonitas da história do Palmeiras!’